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Perfil Criminal

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Disciplina: Perfis Criminais e Comportamentais: Criminal Minds.
Identificação da tarefa: Tarefa 4. Unidade 4. Envio de arquivo.
Pontuação: 15 pontos. 
Importância dos Perfis Criminais
O perfil criminal não pode substituir um vestígio físico na identificação pessoal, mas, no decorrer de uma investigação, e até mesmo em procedimentos judiciais, pode ajudar no processo de identificação forense, ou seja, ajudar a contextualizar e a explicar elementos da prova. Para que os peritos compreendam o perfil criminal do ofensor é necessário que se analise a vítima no contexto investigativo, lembrando que a investigação poderá abarcar a vítima sobrevivente ou em estado de óbito.
Os Perfis Criminais têm três objetivos principais para facilitar o sistema de justiça criminal (Holmes & Holmes, 2009): 
1. Uma avaliação social e psicológica do (s) ofensor (es). 
2. Uma avaliação psicológica dos bens em causa encontrados com os suspeitos ofensores.
3. Uma consulta com oficiais quanto à aplicação da lei sobre as estratégias que deveriam ser usadas aquando da entrevista com os ofensores.
No Brasil o conhecimento científico sobre Perfil Criminal ainda é escasso e desvalorizado pelo Estado. Identificar o perfil criminal é o alicerce para iniciar as investigações criminais e assim identificar e deter o autor do ilícito penal. Nesse sentido, o Perfilador Criminal verificará se o infrator da norma deixou alguma assinatura psicológica na vítima em estado de óbito. Nesses termos, as técnicas de metodologias investigativas são de conhecimento do Criminal Profiling, ademais, no caso de vítima sobrevivente o investigador analisará o discurso da descrição do ofensor. 
O Criminal Profiling é um método de análise comportamental que se propõe a auxiliar as investigações criminais, reunindo conhecimentos de diversas disciplinas para projetar as características pessoais de um suspeito desconhecido. A premissa básica do perfilamento é a de que cada comportamento reflete traços de personalidade e, portanto, o comportamento de um criminoso refletiria em sua cena de crime o tipo de pessoa que esse criminoso é. A análise dessa cena de crime, juntamente com a descrição que a vítima faz do perpetuador quando possível podem sugerir traços do tipo de pessoa que comete um crime.
O objetivo comum de um perfil criminal é fornecer informações para auxiliar na investigação criminal de crimes violentos aparentemente insolúveis. Podemos responder que existe cinco questões fulcrais da investigação criminal como sendo quem cometeu o crime, quando cometeu o crime, como foi executado o crime, qual a motivação que está na base nos comportamentos e onde o crime foi cometido. Quando um Perfil Criminal está completo se pode determinar uma indicação probabilística acerca do sexo e da idade do ofensor, o estado civil, o grau de escolaridade, o seu status social, a categoria ocupacional, a história criminal e o potencial para continuar as atividades criminosas.
Existem quatro grupos fundamentais onde a aplicação do Perfil Criminal do ofensor violento é possível (Soeiro, 2009):
1. Comportamentos de violência extrema que abrangem as situações de homicídios, tentativas de homicídios e outros comportamentos voluntários com graves níveis de violência.
2. Crimes sexuais, como a violação e diversas agressões sexuais, que envolvem uma certa perversão e crueldade. 
3. Destruição de bens públicos ou privados motivados por eventuais reivindicações. 
4. Comportamentos violentos que afetam aspectos morais e que compreendem coação psicológica, recorrendo a meios como cartas ou chamadas telefónicas de reivindicação de um crime ou de chantagem.
A construção de um Perfil Criminal é uma técnica de investigação evolutiva que tem como base as Ciências Humanas e Comportamentais, tais como a Psicologia, a Psicopatologia, a Psiquiatria Forense e a Vitimologia, devendo ter em conta, também, a experiência profissional dos polícias que estão no local. O percurso de desenvolvimento da técnica dos Perfis Criminais, apesar de requerer um trabalho sistematizado de estudo da eficácia de cada uma das metodologias, permite considerar que as tipologias obtidas são importantes, não apenas para a intervenção nos casos de crimes não resolvidos, mas também, de uma forma mais global, para caracterizar a complexidade de cada tipo de crime violento.
O perfilamento criminal (criminal profiling, em inglês), também tem sido denominado de perfilagem criminal, perfilamento comportamental, perfilamento de cena de crime, perfilamento da personalidade criminosa, perfilamento do ofensor, perfilamento psicológico, análise investigativa criminal e psicologia investigativa. Por conta da variedade de métodos e do nível de educação dos profissionais que trabalham nessa área, existe uma grande falta de niformidade em relação às aplicações e definições desses termos. Consequentemente, os termos são usados inconsistentemente e indistintamente.
O Criminal Profiling é uma área do conhecimento ainda muito pouco conhecida e explorada no ambiente brasileiro e, por isso, os cursos elaborados possuem em sua maioria referências estrangeiras. É necessário falar sobre a alta relevância das pesquisas sobre esse assunto, tanto no exterior como no Brasil. Mesmo argumentando que o perfilamento criminal ainda seja uma área em desenvolvimento, que busca base firme para apoiar-se, o motivo da escassez de trabalhos técnico-científicos a seu respeito pode também ser atribuído ao número insuficiente de Psicólogos que atualmente estão inseridos na Segurança Pública.
ALMEIDA, F. A. S. de. Profiling em crimes violentos: o perpetrador e a vítima em casos de filicídio. Mestrado em medicina legal e ciências forenses. Universidade de Coimbra. 2014.
HEUSI, T. R. O perfil criminal como prova pericial no Brasil. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics 5(3):232-250. Univali Forensic Sciences, 2016.
Holmes, R. M., & Holmes, S. T. (2009). Profiling violent crimes: An investigative tool. California: SAGE Publications.
MENDES, B. S. A. Profiling Criminal: técnica auxiliar de investigação criminal. Dissertação de mestrado em medicina legal. Universidade de Porto, 2014.
RODRIGUES, Marina Joana Ribeiro. Perfis Criminais: validade de uma técnica forense. Dissertação em Mestrado, 2010.
Soeiro, C. (2009). Os perfis criminais: Contornos e aplicabilidade de uma técnica forense. Ousar Integrar – Revista de Reinserção Social e Prova, 4, 1-12.
Soeiro, C. B. (2009). Perfis criminais e crime de abuso sexual de crianças. Ousar Integrar – Revista de Reinserção Social e Prova, 4, 49-63.

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