Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Terapia Endovenosa Vantagens: Efeito farmacológico imediato; Precisão da dose; Admite grandes volumes; Permite substâncias com pH diferente da neutralidade. Desvantagens: Efeito farmacológico imediato; Material esterilizado; Complicações locais e sistêmicas; Acidentes com material biológico e perfurocortante; Dor (sucessivas tentativas de punção). - Acesso venoso periférico: veias cefálicas (mediana e acessória), basílicas (Mediana), metacarpianas (dorsal), jugular externa, safena magna, tibial anterior. - Acesso venoso central: subclávia, jugular interna ou femoral; - Acesso venoso central de inserção periférica: dispositivo “PICC” – Peripherally Inserted Central Catheter. Sitios de Punção: Veias do braço e antebraço Braço: Cefálica; Basílica. Antebraço: Cefálica; Basílica; Cefálica acessória; Cefálica e Basílica mediana; Intermediária do cotovelo (mediana). Veias do dorso da mão Veias doa Membros Inferiores Arcada venosa do dorso do pé Punção venosa de MMII é contraindicada por dificultar o retorno venoso, levando a um alto risco de lesão dos vasos e consequente trombose e embolia. Veias da região cervical Jugular externa punção só por enfermeiros capacitados Veias da cabeça (região cefálica) Cateter de linha média: Cateter longo, até 20 cm; Permanência de dias a semanas Acesso Venoso Central de Inserção periférica (PICC): Somente por médicos e enfermeiros capacitados Dispositivos Intravenosos: Cateter Intravenoso periférico (CIP): Dispositivo inserido em uma veia periférica para que possa ocorrer o acesso à corrente sanguínea do paciente; USO EM CURTOS PRAZOS. O mais empregado no ambiente hospitalar; Principalmente em veias das mãos e antebraços. Vantagens: menor risco à ocorrência de infecções da corrente sanguínea, quando comparado aos CVC. Desvantagens: dificuldade de manutenção por tempo prolongado, punções sucessivas, múltiplas punções, estímulo doloroso de moderada intensidade, complicações locais. CIP – cateter agulhado: Dispositivo com asas (scalp, butterfly, asepto); Duração: até 24h; Leves, anatômicos, tubo extensor de 30 cm. Quanto menor o número, mais calibrosa e comprida a agulha. Nº Cateter Calibre Agulha Comp. Agulha 19 1,1 mm 2,2 cm 21 0,9 1,9 23 0,8 1,9 25 0,5 0,9 27 0,4 0,9 CIP – cateter curto flexível: Quanto menor o número, mais calibroso e comprido. Métodos de administração: Infusão contínua: administração de volumes de líquido durante um período prolongado (> 60 minutos), de forma ininterrupta; infusão gravitacional ou por meio de bomba infusora (BI). A bomba infusora permite o controle rigoroso do gotejamento (controle de fluxo / velocidade de infusão): mg/min ou ml/h. É indicada geralmente para drogas vasoativas; anestésicos; Cloreto de potássio; Insulina EV; Dieta (enteral e parenteral); etc. Infusão Intermitente: uma solução é administrada em um período de tempo mais curto (minutos a 1 hora), com intervalos determinados. infusão gravitacional → contagem das gotas por minuto, para que a solução seja infundida na velocidade correta. Infusão contínua ou intermitente: Feitas através de um equipo, e os medicamentos são diluídos em bolsas ou frascos de solução salina 0,9%, glicosada 5% ou outras específicas; Injeção direta (bolos): Administração do medicamento diretamente da seringa para um acesso venoso (periférico ou central), ou diretamente no vaso; Utilizada para uma única dose de medicação; Volumes até 20 ml; Tempo até 1 minuto; Produz um nível de medicamento máximo quase imediato no sangue do paciente; Monitorar cuidadosamente o paciente quanto aos efeitos adversos. Antes de realizar a punção avaliar: Calibre, trajeto, rigidez e visibilidade da veia; Integridade da pele; Palpação da veia; Ausência de nervos próximos. Materiais para a fixação do cateter: gaze, fita, filme transparente de poliuretano; Identificação: data, hora, calibre e iniciais do nome. Troca de materiais de fixação: Gaze e fita: a cada 24h; Filme transparente: 7 dias; Sujidade, umidade, descolamento das bordas ou perda da integridade. Troca de cateteres: Rotineira (72 ou 96h); Indicação clínica; Apenas se ocorrência de alguma complicação. Equipos: Datar!; Infusões contínuas: troca a cada 72 horas ou no máximo em até 24 horas se ocorrer refluxo de sangue; Infusões intermitentes e equipo de dieta: troca a cada 24h. Conexões das linhas de infusão: Realizar a desinfecção das conexões com álcool 70% antes da administração de qualquer medicamento (fricção vigorosa com movimentos rotatórios). Registros no prontuário: Data, horário e sítio EXATO de punção; Tipo e calibre do cateter; Diariamente verificar a permeabilidade e os sinais de complicação; Motivo de retirada. Recomendações: Higienizar as mãos antes e após o procedimento de punção e manipulação do cateter; Luvas de procedimento; Antissepsia da pele no sentido do retorno venoso, ou circular de dentro para fora; Adultos: priorizar MMSS, iniciando pelas porções mais distais; Crianças até 1 ano: cabeça e MMII; Evitar puncionar áreas de articulação; Remover os dispositivos intravenosos assim que seu uso não for mais necessário. Manutenção do cateter periférico: Trocar o material de fixação conforme o recomendado; Cobrir o cateter para o banho; Inspecionar o local da punção quanto a presença de complicações; Manter a permeabilidade do cateter (heparina ou solução salina); Evitar contaminação durante a manipulação (técnica asséptica); Preencher os extensores (equipos e dispositivos multivias) com solução salina antes da administração → prevenção de embolia gasosa. HEPARINA→ inibe reações que levam à coagulação do sangue e formação de coágulos de fibrina. SOLUÇÃO SALINA→ utilização de Cloreto de Sódio a 0,9% como agente de manutenção da permeabilidade. Complicações Locais: Hematoma e equimose: Definição: infiltração de sangue no espaço extravascular (tecido SC); Causas: transfixação da veia, retirada do cateter sem pressão local, garroteamento; Sinais e sintomas: cor arroxeada da pele ao redor da punção, inchaço local e desconforto. Flebite: Definição: inflamação na veia Classificação: - Mecânica: cateter grande em veia pequena, punção inapropriada, má fixação; - Química: soluções irritantes, medicações diluídas inapropriadamente, infusão rápida, presença de pequenas partículas na solução; - Bacteriana: flebite séptica. Inflamação associada com uma infecção bacteriana; Causa: falha na técnica asséptica; - Pós infusional: evidente em 48 a 96 horas após remoção do cateter. Grau Sinais e Sintomas 0 Sem sinais clínicos 1 Presença de eritema, com ou sem dor local 2 Presença de dor, com eritema e/ou edema 3 Presença de dor, com eritema e/ou edema, com endurecimento e cordão fibroso palpável 4 4 Presença de dor, com eritema e/ou edema, endurecimento e cordão fibroso palpável maior que 1 cm de comprimento, com drenagem purulenta Flebite grau 1 Flebite grau 2 Flebite grau 3 Flebite grau 4 Flebite química grau 4 Tromboflebite: Definição: lesão dupla (trombose e inflamação). Sinais e sintomas: flebite + fluxo lento. Infecção Local: Definição: decorre da contaminação do cateter ou da solução de infusão. Causas: técnica asséptica e manutenção do dispositivo inadequados. Sinais e sintomas: hiperemia e inchaço local, possível exsudato purulento, febre. Infiltração: Definição: administração inadvertida de soluções não vesicantes ao redor do tecido SC. Causas: deslocamento do cateter da íntima da veia. Sinais e sintomas: pele fria e tensa, edema, retorno ausente do fluxo sanguíneo ou retorno “rosa pálido”, velocidade de infusão lenta, porém contínua. Extravasamento: Definição: extravasamento de solução vesicante nos tecidos adjacentes. Sinais e sintomas: dor ou queimação, tensão no local de punção, pele fria e pálida, infusão lenta ou parada, edema, bolhas, necrose. O ACESSO VENOSO PERIFÉRICO É CONTRA INDICADO PARA A ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS OU SOLUÇÕES IRRITANTES E/OU VESICANTES. - Medicações irritantes: capazes de produzir desconforto ou dor ao longo do lúmen interno da veia; Extremos de pH (<5,0e >9,0); Flebite química. - Medicações vesicantes: capazes de causar dano tecidual quando escapam da veia para as estruturas adjacentes; Vesículas ou bolhas na pele; Necrose do tecido. Lista de medicamentos vesicantes Aciclovir; Fenitoína; Agentes antineoplásicos; Gluconato de Cálcio; Anfotericina B; Meios de contraste radiológico; Bicarbonato de Sódi;o Noradrenalina; Cefalotina; Nutrição Parenteral Total; Cloreto de Potássio; Oxacilina; Diazepam; Penicilina; Dopamina; Soluções hipertônicas de glicose; Eritromicina; Terlipressina; Hidróxido de ferro III; Vancomicina.
Compartilhar