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SOC 17 FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO

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FORMAÇÃO DO ESTADO 
BRASILEIRO
SOCIOLOGIA17
PRÉ-VESTIBULAR 1PROENEM.COM.BR
O BRASIL DA ORDEM CAPITALISTA
Pode-se dizer que as cidades brasileiras são hoje a expressão 
do antagonismo e da desigualdade resultantes de toda construção 
e inserção do Brasil na lógica capitalista mundial. A atratividade 
exercida pelos polos industriais sobre a massa de mão de obra 
emigrante do campo provocou a partir da década de 60 uma 
explosão urbana. O Estado nunca teve o interesse (pois não era 
interesse dessas elites) em estabelecer um modelo de bem-
estar que garantisse poder aquisitivo e qualidade de vida aos 
trabalhadores. As periferias dos grandes centros industriais 
onde se instalou a massa de imigrantes cresceram sem serem 
acompanhadas de provisão de habitações, infraestrutura e 
equipamentos urbanos compatíveis com a velocidade de sua 
expansão e sem serem objetos de qualquer aparato jurídico que 
ordenasse sua ocupação.
Construção da Companhia Siderúrgica Nacional – 1941
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d9/
Constru%C3%A7%C3%A3o_da_Companhia_Sider%C3%BArgica_Nacional_%28CSN%29.
tif/lossy-page1-800px-Constru%C3%A7%C3%A3o_da_Companhia_Sider%C3%BArgica_
Nacional_%28CSN%29.tif.jpg
Resulta disso a divisão social do espaço urbano nas 
gigantescas metrópoles industriais fordistas subdesenvolvidas, 
que cresceram exageradamente no período mais intenso da nossa 
industrialização. Tornam-se concentradoras da produção industrial 
e da massa de mão de obra disponível, e caracterizadas por áreas 
centrais bem equipadas e historicamente ocupadas pelas classes 
dominantes, além de enormes periferias destituídas de qualquer 
qualidade físico-espacial, ocupadas pela população de baixa renda. 
Para as áreas centrais, um aparato legislativo regulador rigoroso 
e de extrema complexidade, construído segundo os interesses do 
capital imobiliário especulativo. Nas áreas periféricas ocupadas 
por favelas e cortiços em ocupações ilegais ou loteamentos 
clandestinos, há total abandono da ação do Estado. É a cidade 
desigual, na qual a “não cidade” cresce com extrema velocidade 
por sobre as áreas críticas de proteção ambiental, justamente por 
não serem estes objetos de interesse do mercado imobiliário.
No Brasil, os elementos sempre valorizados foram terra, 
capital e trabalho. Nas sociedades atuais, é valorizado um novo 
fator de produção: o conhecimento. E, por essa razão, para que 
o Brasil entre como uma sociedade competitiva de escala global 
foi necessário investir em setores como agroindústrias, de 
softwares, biotecnologia, petróleo, entre outros que necessitavam 
de uma sociedade do conhecimento e da tecnologia. Na verdade, 
o conhecimento fica responsável pela inovação em setores de 
produtos e serviços já oferecidos.
O capitalismo no Brasil ao longo dos anos 50, na fase 
de JK, seguido pelos anos de ditadura militar, sobretudo nos 
governos Médici e Geisel, atingiu a fase monopolista, baseada 
em concentração de capital, investimento estrangeiro e 
industrialização, que começava a se diversificar.
Na década de 80, o capital procurou superar a grave crise 
que afetou todo o sistema produtivo na década anterior e 
intensificou as transformações no processo produtivo através 
do avanço tecnológico, das formas de acumulação flexíveis e da 
implementação de modelos produtivos que substituíam o binômio 
fordismo-taylorismo, tais como o modelo toyotista que mais se 
destacou nesse período.
Essas transformações, resultantes da própria concorrência 
intercapitalista e das necessidades de controle sobre o movimento 
operário e a luta de classes, afetaram profundamente a 
subjetividade dos trabalhadores e o próprio movimento sindical.
O surto de reestruturação produtiva procurou preparar a 
indústria brasileira para a concorrência no mercado mundial, assim 
como aumentar a aquisição de reservas para saldar compromissos 
com os credores internacionais e garantir uma maior lucratividade 
às empresas transnacionais.
ANOS 80
Congresso Nacional – Brasília. 
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/74/Brasilia_Congresso_
Nacional_05_2007_221.jpg/1280px-Brasilia_Congresso_Nacional_05_2007_221.jpg
O aumento do desemprego foi sem dúvida o efeito imediato 
da aplicação da reestruturação produtiva e da grave recessão 
econômica pela qual o país atravessou nos anos 80, crise esta 
que teve como principais características a hiperinflação, o 
estrangulamento das contas externas e a deterioração do setor 
público, motivados pelas imposições dos ajustes ortodoxos 
do Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo aumento da 
especulação financeira. A miserabilidade, tanto nos centros 
urbanos como nas áreas rurais, ganharia maior dimensão social 
e política e contribuiria para aguçar o cenário da luta de classes 
no Brasil.
No mundo do trabalho, houve uma diminuição do operariado 
fabril, aumentando sobremaneira as variadas formas de 
precarização do mesmo, através do trabalho temporário, parcial, 
expansão dos assalariados médios em áreas de serviços, exclusão 
de jovens e “velhos” (cerca de 45 anos) do mercado de trabalho e 
expansão do uso de mão de obra infantil e feminina. Este cenário 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR2
SOCIOLOGIA 17 FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
heterogeneizou e fragmentou o perfil da classe trabalhadora. 
As transformações atingiram em cheio o operariado industrial 
tradicional, fazendo com que alterações no nível de consciência 
e nas formas de representação, das quais os sindicatos são a 
principal expressão, viessem ocorrendo em acelerado processo.
ANOS 90
Sob a égide da lógica neoliberal, que teve em FHC seu 
principal expoente nos anos 90, com o sucateamento do Estado 
e a desnacionalização da economia através das privatizações 
de diversas estatais, houve aumento inédito da concentração de 
renda e do desemprego no país. A economia brasileira ficou ainda 
mais vulnerável após a aplicação da chamada política da “âncora 
cambial”, que atrelava o real ao dólar.
OS MEGABLOCOS
Os megablocos econômicos constituem-se devido à 
necessidade capitalista dos países de diminuir barreiras de fluxo 
de mercadorias, capitais, serviços ou mão de obra, culminando 
no surgimento de blocos supranacionais que fazem com que os 
países integrantes se fortaleçam diante dos países isolados.
Por exemplo, a União Europeia já funciona como um 
mercado comum, onde são estabelecidas legislações próprias, 
padronizações fiscal, trabalhista e ambiental.
Os megablocos buscam a abolição das barreiras alfandegárias 
internas e a padronização das tarefas de comércio exterior. 
Objetivam, ainda, uma liberação quanto à circulação de capitais, 
mercadorias, serviços e pessoas no interior do bloco. O auge da 
integração seria a implantação de uma moeda única - o euro, 
por exemplo - para transformar-se numa união econômica e 
monetária.
Bandeira do Mercado Comum do Cone Sul
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d2/Bandeira_Mercosul.png
O Mercosul, por exemplo, funciona como um bloco de 
integração econômica e não chega à união monetária entre os 
países. O projeto do Mercosul se desenvolve numa situação de 
crescente participação de seus países nos fluxos comerciais 
mundiais. Nesse ponto, verifica-se um significativo potencial de 
expansão do comércio preferencial do Mercosul com outros países 
e regiões.
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Aponte as principais características do patrimonialismo no 
Brasil. 
02. Aponte as principais características da industrialização 
brasileira. 
03. Defina “capitalismo monopolista”.
04. Aponte as principais causas da hiperinflação no Brasil nos anos 
1980. 
05. Aponte as principais características dos chamados megablocos 
econômicos.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (ENEM) Em sociedades de origens tão nitidamente personalistas 
como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de pessoa 
a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência 
para a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase 
sempre os mais decisivos. Asagregações e relações pessoais, 
embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lutas entre facções, 
entre famílias, entre regionalismos, faziam dela um todo incoerente e 
amorfo. O peculiar da vida brasileira parece ter sido, por essa época, 
uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do 
passional e uma estagnação ou antes uma atrofia correspondente 
das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995. 
Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, segundo 
a análise do historiador, na 
a) rigidez das normas jurídicas. 
b) prevalência dos interesses privados. 
c) solidez da organização institucional. 
d) legitimidade das ações burocráticas. 
e) estabilidade das estruturas políticas.
02. (UERJ)
No dia 15 de março de 1985, a presidência da República no Brasil 
foi assumida por um civil após 21 anos de governos militares. 
Nos trinta anos posteriores, houve um conjunto de mudanças 
destinadas a pôr fim às práticas autoritárias até então vigentes. 
A partir da análise do gráfico, a tendência observável na opinião 
pública resulta de uma nova conjuntura caracterizada por: 
a) regularidade das eleições. 
b) extinção do unipartidarismo. 
c) fortalecimento do poder executivo. 
d) valorização da liberdade de expressão. 
e) as pessoas não valorizam a liberdade.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
17 FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
3
SOCIOLOGIA
03. (ENEM PPL) A depressão que afetou a economia mundial 
entre 1929 e 1934 se anunciou, ainda em 1928, por uma queda 
generalizada nos preços agrícolas internacionais. Mas o fator mais 
marcante foi a crise financeira detonada pela quebra da Bolsa de 
Nova Iorque.
Disponível em: http://cpdoc.fgv.br. Acesso em: 20 abr. 2015 (adaptado).
Perante o cenário econômico descrito, o Estado brasileiro assume, 
a partir de 1930, uma política de incentivo à 
a) industrialização interna para substituir as importações. 
b) nacionalização de empresas estrangeiras atingidas pela crise. 
c) venda de terras a preços acessíveis para os pequenos 
produtores. 
d) entrada de imigrantes para trabalhar nas indústrias de base 
recém-criadas. 
e) abertura de linhas de financiamento especial para empresas 
do setor terciário. 
04. (UEL) “No Brasil, a Proclamação da República efetivou-se 
basicamente no âmbito das elites e como reação às tensões sociais 
que se acumulavam na ordem pós-escravista [...]. Uma alternância 
entre indiferença, pragmatismo e violência, quando não o deboche 
e a carnavalização, pautaria a relação das classes subalternas com 
o mundo formal da política. Não se trataria nem de ruptura, nem de 
legitimação da ordem, mas talvez da articulação de ambas num 
outro registro [...].” (BAIERLE, Sérgio G. A Explosão da Experiência. 
In: ALVAREZ, S. et al. (Orgs.) Cultura e Política nos Movimentos 
Sociais Latino-Americanos. Belo Horizonte: UFMG, 2000. p. 189.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o advento da 
República, é correto afirmar que ela significou: 
a) a continuidade dos princípios políticos da ordem institucional 
anterior. 
b) o rompimento com a cultura patrimonial típica do escravismo.
c) a privação das elites do livre exercício do poder político. 
d) a instituição de uma ordem democrática perpassada pela 
fragilização do exercício da política. 
e) o rompimento com um passado de mando e de subserviência.
05. (ENEM) Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil nos anos 
imediatamente anteriores ao golpe militar de 1964. A diminuição 
da oferta de empregos e a desvalorização dos salários, provocadas 
pela inflação, levaram a uma intensa mobilização política popular, 
marcada por sucessivas ondas grevistas de várias categorias 
profissionais, o que aprofundou as tensões sociais. “Dessa vez, as 
classes trabalhadoras se recusaram a pagar o pato pelas sobras” 
do modelo econômico juscelinista.
MENDONÇA, S. R. A industrialização Brasileira. São Paulo: Moderna, 2002 (adaptado)
Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no início dos anos 
1960 decorreram principalmente 
a) da manipulação política empreendida pelo governo João 
Goulart. 
b) das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista. 
c) do poder político adquirido pelos sindicatos populistas. 
d) da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço 
das greves. 
e) da recusa dos sindicatos em aceitar mudanças na legislação 
trabalhista. 
06. (UNESP) Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas 
é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou 
proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa 
presa. (...) Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente 
da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde 
a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum. 
Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, 
transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga 
serão confiscados como se fossem propriedade inglesa. 
Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós 
Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963), 1977.
Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador 
da França em 1806, permitem notar a disposição francesa de 
a) estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que 
passariam a depender mais de seu comércio interno. 
b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova 
legislação para o comércio na Europa e nas áreas coloniais.
c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por 
meio da ocupação militar da Península Ibérica. 
d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano 
Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos mares europeus. 
e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo 
de industrialização, limitando seu comércio com o restante 
da Europa.
07. (ENEM) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã 
e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito 
grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra 
com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não 
pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de 
metal ou ferro; nem lho vimos.
Porém a terra em si é de muitos bons ares [...]. Porém o melhor fruto 
que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna 
através de textos. São Paulo: Contexto, 2001. 
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto 
colonizador para a nova terra. 
Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade 
portuguesa. 
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial 
econômico existente. 
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a 
superioridade europeia. 
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar 
a ausência de trabalho.
08. (ENEM) Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência 
médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver 
figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem 
o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o 
“coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que 
resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural. 
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado). 
O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-
1930), tinha como uma de suas principais características o controle 
do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse 
período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social 
a) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda.
b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes. 
c) tradicional, com a manutenção da escravidão nosengenhos 
como forma produtiva típica. 
d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão 
mantido pelo exército e polícia. 
e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político 
local e regional.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR4
SOCIOLOGIA 17 FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
09. (ENEM) A transferência da corte trouxe para a América 
portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, 
e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. 
Personalidades diversas e funcionários régios continuaram 
embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos 
seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência 
da América portuguesa por terem 
a) incentivado o clamor popular por liberdade. 
b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana. 
c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial. 
d) obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
e) provocado os movimentos separatistas das províncias.
10. (ENEM) De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas 
mais de 150 leis novas de proteção social e de regulamentação do 
trabalho em todos os seus setores. Todas elas têm sido simplesmente 
uma dádiva do governo. Desde aí, o trabalhador brasileiro encontra 
nos quadros gerais do regime o seu verdadeiro lugar.
DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942. Apud 
BERCITO, S. R. Nos Tempos de Getulio: da revolução de 30 ao fi m do Estado Novo. 
São Paulo: Atual, 1990. 
A adoção de novas políticas públicas e as mudanças jurídico-
institucionais ocorridas no Brasil, com a ascensão de Getúlio 
Vargas ao poder, evidenciam o papel histórico de certas lideranças 
e a importância das lutas sociais na conquista da cidadania. Desse 
processo resultou a 
a) criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 
que garantiu ao operariado autonomia para o exercício de 
atividades sindicais. 
b) legislação previdenciária, que proibiu migrantes de ocuparem 
cargos de direção nos sindicatos. 
c) criação da Justiça do Trabalho, para coibir ideologias 
consideradas perturbadoras da “harmonia social”. 
d) legislação trabalhista que atendeu reivindicações dos 
operários, garantido-lhes vários direitos e formas de proteção. 
e) decretação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que 
impediu o controle estatal sobre as atividades políticas da 
classe operária.
11. (ENEM PPL) TEXTO I
A Resolução nº 7 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passou 
a disciplinar o exercício do nepotismo cruzado, isto é, a troca de 
parentes entre agentes para que tais parentes sejam contratados 
diretamente, sem concurso. Exemplificando: o desembargador 
A nomeia como assessor o filho do desembargador B que, em 
contrapartida, nomeia o filho deste como seu assessor.
COSTA, W. S. Do nepotismo cruzado: características e pressupostos. 
Jusnavigandi, n. 950, 8 fev. 2006.
TEXTO II
No Brasil, pode-se dizer que só excepcionalmente tivemos 
um sistema administrativo e um corpo de funcionários puramente 
dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993
A administração pública no Brasil possui raízes históricas 
marcadas pela
a) valorização do mérito individual.
b) punição dos desvios de conduta.
c) distinção entre o público e o privado.
d) prevalência das vontades particulares. 
e) obediência a um ordenamento impessoal
12. (ENEM - LIBRAS) Getúlio libertou o povo, e são 8 horas de 
trabalho e só. Não tinha que trabalhar dia e noite mais não. Getúlio 
é que fez as leis. A princesa Isabel assinou a libertação, mas quem 
nos libertou do jugo da escravatura, do chicote, do tronco, foi 
Getúlio, Getúlio Dorneles Vargas. Papai falava assim: “Meu filho. 
Nunca houve no mundo governo igual a esse, meu filho”.
Relato de Cornélio Cancino, 82 anos, descendente de ex-escravos, 
Juiz de Fora (MG), 9 maio 1995. 
In: MATTOS, H.; RIOS, A. L. (Org.). Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania no 
pós-Abolição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 (adaptado).
A construção da memória apresentada no texto remete ao seguinte 
aspecto da referida experiência política: 
a) Fortalecimento da ideologia oficial, limitada à dimensão da 
escola.
b) Legitimação de coligações partidárias, vinculadas à utilização 
do rádio.
c) Estabelecimento de direitos sociais, associados à propaganda 
do Estado.
d) Enaltecimento do sentimento pátrio, ligado à consolidação da 
democracia.
e) Desenvolvimento de serviços públicos, submetidos à direção 
dos coronéis.
13. (ENEM)
São Paulo, 10 de janeiro de 1979.
Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel.
Considerando as instruções dadas por V. S. de que sejam 
negados os passaportes aos senhores Francisco Julião, Miguel 
Arraes, Leonel Brizola, Luis Prestes, Paulo Schilling, Gregório 
Bezerra, Márcio Moreira Alves e Paulo Freire. 
Considerando que, desde que nasci, me identifico plenamente 
com a pele, a cor dos cabelos, a cultura, o sorriso, as aspirações, a 
história e o sangue destes oito senhores. 
Considerando tudo isto, por imperativo de minha consciência, 
venho por meio desta devolver o passaporte que, negado a eles, me 
foi concedido pelos órgãos competentes de seu governo. 
Carta do cartunista Henrique de Souza Filho, conhecido como Henfil. 
In: HENFIL. Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981 (adaptado). 
No referido contexto histórico, a manifestação do cartunista Henfil 
expressava uma crítica ao(à) 
a) censura moral das produções culturais.
b) limite do processo de distensão política.
c) interferência militar de países estrangeiros.
d) representação social das agremiações partidárias.
e) impedimento de eleição das assembleias estaduais.
14. (ENEM) Em 1879, cerca de cinco mil pessoas reuniram-se para 
solicitar a D. Pedro II a revogação de uma taxa de 20 réis, um vintém, 
sobre o transporte urbano. O vintém era a moeda de menor valor 
da época. A polícia não permitiu que a multidão se aproximasse do 
palácio. Ao grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes espancaram 
condutores, esfaquearam mulas, viraram bondes e arrancaram 
trilhos. Um oficial ordenou fogo contra a multidão. As estatísticas 
de mortos e feridos são imprecisas. Muitos interesses se fundiram 
nessa revolta, de grandes e de políticos, de gente miúda e de 
simples cidadãos. Desmoralizado, o ministério caiu. Uma grande 
explosão social, detonada por um pobre vintém.
Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 4 abr. 2014 (adaptado).
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
17 FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
5
SOCIOLOGIA
A leitura do trecho indica que a coibição violenta das manifestações 
representou uma tentativa de 
a) capturar os ativistas radicais. 
b) proteger o patrimônio privado. 
c) salvaguardar o espaço público. 
d) conservar o exercício do poder. 
e) sustentar o regime democrático
15. (ENEM PPL) Torna-se importante, portanto, salientar que as 
pautas econômicas dominantes não se incompatibilizavam com 
demandas políticas ou por garantia de direitos contra as decisões 
da própria Justiça do Trabalho. Pelo contrário, muitas greves 
incluíam várias demandas de natureza distinta, e mesmo em 
demandas primariamente econômicas, colocava-se muitas vezes 
a dimensão do enfrentamento político. Em todos esses casos, 
confirma-se a hipótese de que direitos instituídos ou garantias 
das convenções coletivas, respaldadas pela Justiça do Trabalho, 
não significavam conquistas materiais às quais os trabalhadores 
tivessem acesso líquido e certo. Era preciso muitas vezes recorrer 
às greves para garantir direitos conquistados.
MATTOS, M. B. Greves, sindicatos e repressão policial no Rio de Janeiro (1954-1964). 
Revista Brasileira de História, n. 47, 2004 (adaptado).
De acordo com o texto, um dos problemas com os quais as 
organizações sindicais de trabalhadores sedefrontavam, de 1954 
a 1964, era o descompasso entre
a) legislação e realidade social.
b) profissão e formação técnica.
c) meio rural e cidades industriais.
d) população e representação parlamentar.
e) empresariado nacional e capitais estrangeiros.
16. (ENEM PPL) Temos vivido, como nação, atormentados pelos 
males modernos e pelos males do passado, pelo velho e pelo 
novo, sem termos podido conhecer uma história de rupturas 
revolucionárias. Não que não tenhamos nos modernizado e 
chegado ao desenvolvimento. Mas não eliminamos relações, 
estruturas e procedimentos contrários ao espírito do tempo. Nossa 
modernização tem sido conservadora.
NOGUEIRA, M. As possibilidades da política: ideias para a reforma democrática do 
Estado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
O texto apresenta uma análise recorrente sobre o processo de 
modernização do Brasil na segunda metade do século XX. De acordo 
com a análise, uma característica desse processo reside na(s)
a) uniformização técnica dos espaços de produção.
b) construção municipalista do regime representativo.
c) organização estadual das agremiações partidárias.
d) limitações políticas no estabelecimento de reformas sociais.
e) restrições financeiras no encaminhamento das demandas 
ruralistas.
17. (ENEM) Batizado por Tancredo Neves de “Nova República”, o 
período que marca o reencontro do Brasil com os governos civis e 
a democracia ainda não completou seu quinto ano e já viveu dias 
de grande comoção. Começou com a tragédia de Tancredo, seguiu 
pela euforia do Plano Cruzado, conheceu as depressões da inflação e 
das ameaças da hiperinflação e desembocou na movimentação que 
antecede as primeiras eleições diretas para presidente em 29 anos.
O álbum dos presidentes: a história vista pelo JB. Jornal do Brasil. 15 nov. 1989.
O período descrito apresenta continuidades e rupturas em relação 
à conjuntura histórica anterior. Uma dessas continuidades 
consistiu na
a) representação do legislativo com a fórmula do bipartidarismo.
b) detenção de lideranças populares por crimes de subversão. 
c) presença de políticos com trajetórias no regime autoritário.
d) prorrogação das restrições advindas dos atos institucionais.
e) estabilidade da economia com o congelamento anual de 
preços.
18. (ENEM PPL)
Na imagem, encontram-se referências a um momento de intensa 
agitação estudantil no país. Tal mobilização se explica pela 
a) divulgação de denúncias de corrupção envolvendo o presidente 
da República.
b) criminalização dos movimentos sociais realizada pelo Governo 
Federal.
c) adoção do arrocho salarial implementada pelo Ministério da 
Fazenda.
d) compra de apoio político promovida pelo Poder Executivo.
e) violência da repressão estatal atribuída às Forças Armadas.
19. (ENEM) A democracia que eles pretendem é a democracia dos 
privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. A democracia 
que eles querem é para liquidar com a Petrobras, é a democracia 
dos monopólios, nacionais e internacionais, a democracia que 
pudesse lutar contra o povo. Ainda ontem eu afirmava que a 
democracia jamais poderia ser ameaçada pelo povo, quando o 
povo livremente vem para as praças – as praças que são do povo. 
Para as ruas – que são do povo.
Disponível em: www.revistadehistoria.com.br/secao/artigosldiscurso-de- 
joao-goulart-no-comicio-da-central. Acesso em: 29 out. 2015. 
Em um momento de radicalização política, a retórica no discurso 
do presidente João Goulart, proferido no comício da Central do 
Brasil, buscava justificar a necessidade de
a) conter a abertura econômica para conseguir a adesão das 
elites.
b) impedir a ingerência externa para garantir a conservação de 
direitos.
c) regulamentar os meios de comunicação para coibir os partidos 
de oposição.
d) aprovar os projetos reformistas para atender a mobilização de 
setores trabalhistas.
e) incrementar o processo de desestatização para diminuir a 
pressão da opinião pública.
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SOCIOLOGIA 17 FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
20. (ENEM) TEXTO I 
Programa do Partido Social Democrático (PSD)
Capitais estrangeiros
É indispensável manter clima propício à entrada de capitais 
estrangeiros. A manutenção desse clima recomenda a adoção de 
normas disciplinadoras dos investimentos e suas rendas, visando 
reter no país a maior parcela possível dos lucros auferidos. 
TEXTO II 
Programa da União Democrática Nacional (UDN)
O capital
Apelar para o capital estrangeiro, necessário para os 
empreendimentos da reconstrução nacional e, sobretudo, para o 
aproveitamento das nossas reservas inexploradas, dando-lhe um 
tratamento equitativo e liberdade para a saída dos juros. 
CHACON, V. História dos partidos brasileiros: discurso e práxis dos seus programas. 
Brasília: UnB. 1981 (adaptado). 
Considerando as décadas de 1950 e 1960 no Brasil, os trechos dos 
programas do PSD e UDN convergiam na defesa da 
a) autonomia de atuação das multinacionais. 
b) descentralização da cobrança tributária. 
c) flexibilização das reservas cambiais. 
d) liberdade de remessa de ganhos. 
e) captação de recursos do exterior. 
APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (UNESP) A deposição de Getúlio é o fim do regime excepcional 
estabelecido em 10 de novembro de 1937. […] O governo passa ao 
Judiciário. O presidente José Linhares esclarece melhor o quadro, 
com a Lei constitucional no 13, de 12.11.1945, estabelecendo que 
“os representantes eleitos a 2 de dezembro de 1945 para a Câmara 
dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão no Distrito Federal, 
sessenta dias após as eleições, em Assembleia Constituinte...”
Francisco Iglésias. Constituintes e constituições brasileiras, 1985.
a) Indique qual foi o “regime excepcional estabelecido em 10 de 
novembro de 1937” e cite uma característica da Constituição 
que esse regime gerou.
b) Contextualize o cenário interno do país no período que se 
seguiu à “deposição de Getúlio” e cite uma característica da 
Constituição produzida por essa Assembleia Constituinte. 
02. (FUVEST) O período do governo Juscelino Kubitschek 
(1956-1960) é uma referência positiva no imaginário político 
brasileiro. Não por acaso ele é denominado de “Anos Dourados”. 
As transformações implementadas nesse período suscitaram 
desafios e impasses.
A partir destas considerações,
a) caracterize a política econômica adotada no referido período;
b) explique qual foi o papel do Estado e cite uma diretriz 
implementada por aquele governo;
c) indique de que maneira as transformações implementadas 
por esse governo repercutiram nas migrações populacionais 
internas. 
03. (UNESP) [...] a década de 1970 começou repressiva, sanguinária 
e careta. [...] Os poucos heróis que tentavam fazer a guerrilha 
foram se isolando, sem respaldo, nem dos camponeses, nem do 
proletariado. O país estava triste e ufanista ao mesmo tempo. [...]
Quando, em 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi torturado até 
a morte e os militares tentaram fazer valer a versão de um suicídio, 
a oposição começou a pegar fogo outra vez.
Maria Rita Kehl. “As duas décadas dos anos 70”. In: Anos 70: trajetórias, 2005.
a) Explique a afirmação “O país estava triste e ufanista ao mesmo 
tempo”.
b) Caracterize e exemplifique a transformação que o texto sugere 
ocorrer no cenário interno brasileiro após 1975. 
04. (UNICAMP) Vinte anos depois da promulgação da Constituição 
de 1988, é difícil imaginar como um país com graves problemas 
econômicos e recém-saído de uma longa ditadura militar foi capaz 
de escrever seu futuro numa Constituição que foi chamada de 
“Constituição Cidadã”.
Adaptado de Ricardo Amaral, “Memórias da última batalha ideológica”. http://
revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI12361-15273,00.html. Acesso em 
18/11/2010.
a) Por quais razões a Constituição de 1988 foi apelidada 
“Constituição Cidadã”?
b) Quais eram os “graves problemas econômicos” que afetavam 
o Brasil no contexto de transição da ditadura militar para o 
regime democrático? 
05. (UERJ) Leia.
Sr. Presidente, Srs. Senadores, levamos a cabo atarefa da transição.
Acredito firmemente que o autoritarismo é uma página virada 
na história do Brasil. Resta, contudo, um pedaço de nosso passado 
político que ainda atravanca o presente e retarda o avanço da 
sociedade. Refiro-me ao legado da Era Vargas, ao seu modelo de 
desenvolvimento autárquico e ao seu Estado intervencionista.
Esse modelo, que à sua época assegurou progresso e permitiu 
a nossa industrialização, começou a perder fôlego no fim dos 
anos 70. Atravessamos a década de 80 às cegas. No final da 
“década perdida”, os analistas políticos e econômicos mais lúcidos 
já convergiam na percepção de que o Brasil vivia não apenas 
um somatório de crises conjunturais, mas o fim de um ciclo de 
desenvolvimento a longo prazo.
Fernando Henrique Cardoso. Discurso de despedida do Senado, em 15/12/1994. 
Adaptado de www.planalto.gov.br
Em seus dois mandatos como presidente, Fernando Henrique 
Cardoso buscou apoio de diferentes forças políticas e partidárias 
para implementar um programa de reformas que rompesse com o 
que chamou de “legado da Era Vargas”. Essas reformas eram vistas 
pelo grupo político ao qual pertencia como fundamentais para que 
o país vencesse definitivamente as dificuldades enfrentadas na 
“década perdida”.
Explique o significado da expressão “década perdida” para a 
economia brasileira.
Cite, ainda, duas ações desenvolvidas durante os governos de 
Fernando Henrique Cardoso relacionadas a seu rompimento com 
a “Era Vargas”.
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17 FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
7
SOCIOLOGIA
 GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. B
02. D
03. A
04. D
05. B
06. E
07. A
08. E
09. B
10. D
11. D
12. C
13. B
14. D
15. A
16. D
17. C
18. A
19. D
20. E
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01.
a) Dia 10/11/1937, Vargas deu um golpe e implantou a ditadura política do Estado Novo 
que durou até 1945. Em 1937, entrou em vigor uma nova constituição, conhecida como 
“Polaca”, esta foi muita autoritária, concedendo amplos poderes ao executivo, limitando o 
poder do legislativo bem como dos estados da federação. 
b) Vargas foi deposto em outubro de 1945 por Dutra e Gois Monteiro tendo como estopim 
a nomeação de seu irmão Benjamim Vargas para ser chefe da polícia. Teve início no 
Brasil a chamada “República Liberal Populista”, 1946-1964, pautada pelo processo de 
redemocratização que marcou o mundo logo após o término da Segunda Guerra Mundial 
em 1945. Surgiram partidos políticos no Brasil; PSD e PTB apoiaram Vargas e a UDN 
era contrária ao estilo Vargas. A própria constituição promulgada em 1946 marca essa 
redemocratização, comparada com a polaca autoritária de 1937, era mais liberal e 
democrática, dando mais equilíbrio aos três poderes. 
02.
a) JK adotou o chamado nacional desenvolvimentismo, ou política desenvolvimentista, 
modelo econômico que se baseava em altos investimentos externos destinados ao 
crescimento nacional, em especial na infraestrutura e na industrialização. 
b) O papel do Estado era regular os investimentos e oferecer a estrutura adequada para 
o crescimento industrial.
c) O crescimento industrial ocorrido no Sudeste e a construção de Brasília estimularam 
o êxodo rural e a migração regional. Ambos os movimentos foram desequilibrados, de 
maneira boa parte dos migrantes não foi adequadamente absorvida. 
03.
a) A tristeza pode ser explicada pela repressão imposta pelo AI-5 e o ufanismo foi 
resultado da maciça propaganda do Governo Militar sobre as benesses de ser brasileiro, 
a partir, principalmente, do Milagre Econômico.
b) A transformação é a volta à ativa da oposição político-social ao Regime Militar. Tal volta 
foi caracterizada por uma mobilização parlamentar e popular contra o Regime. Podemos 
citar como exemplos disso a Passeata dos Cem Mil e a proposta de reabertura do Regime 
pelos próprios militares nos governos de Geisel e Figueiredo. 
04.
a) Assim denominada pelo Deputado Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia 
Constituinte, valorizava o resgate das liberdades democráticas e de um conjunto de 
direitos que reforçavam a participação política e demais direitos políticos, após vinte e 
um anos de ditadura.
b) Os “anos 80” são normalmente entendidos como “a década perdida” devido aos 
problemas econômicos e a estagnação vivida pelo país. O problema mais evidente era a 
inflação, que durante o governo Sarney atingiu o mais alto índice de nossa história e foi 
responsável pela elaboração de quatro planos econômicos diferentes. A dívida externa, o 
desemprego e o atraso no desenvolvimento industrial são outros problemas da época. 
05.
A década de 80, dos governos Figueiredo e Sarney, é valorizada pela transição política em 
direção à democracia, mas desprezada do ponto de vista econômico. Daí a expressão 
“década perdida”, pois foi caracterizada por forte recessão, com inflação crescente e 
retração das atividades econômicas, tendo como efeito o aumento do desemprego e forte 
redução no poder de compra.
Em contraposição à política considerada intervencionista do modelo varguista, o governo 
FHC promoveu a desestatização, com abertura da economia ao capital estrangeiro, além 
de uma política de flexibilização na legislação trabalhista.
ANOTAÇÕES
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