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Lesão medular

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Lesão medular
Outro nome: trauma raquimedular
comum em homens (10 a 30 anos)
“Lesão medular toda injúria às
estruturas contidas no canal medular
(medula, cone medular e cauda equina),
podendo levar a alterações motoras,
sensitivas, autonômicas e
psicoafetivas”
Etiologia:
Origem traumática:
● Ferimento com arma de fogo
● acidentes automobilísticos
● Quedas (quedas da laje)
Origem não traumática:
● tumores intra-extra medulares
● fraturas patológicas (metástases
vertebrais, tuberculose,
osteoporose)
● estenose de canal medular
● deformidades graves da coluna
● hérnia discal
● isquemia
● patologias infecciosas
● autoimunes
Sintomas:
● paralisia ou paresia dos membros
● alteração de tônus muscular
● alteração dos reflexos superficiais e
profundos
● alteração ou perda das diferentes
sensibilidades (tátil, dolorosa, de
pressão, vibratória e proprioceptiva)
● perda de controle esfincteriano
● disfunção sexual e alterações
autonômicas como vasoplegia
● alteração de sudorese e controle de
temperatura corporal
ASIA: American Spinal Injury Association,
ela padronizou internacionalmente a
classificação de nível da lesão medular
CIF: usada pela OMS para classificar
Frankel OU ASIA: uso de escala específica
para diferenciar se há movimentação
muscular ativa e preservação sensitiva
abaixo do nível de lesão
● Tetraplegia: acometimento de
tronco, membro superiores e
inferiores
● Paraplegia: acometimento de
tronco e membros inferiores
● Plegia: ausência de movimento
voluntário
● Paresia: presença de contração
muscular voluntária com diminuição
da força
Medir nível sensitivo: avaliação da
sensibilidade dos dermátomos ao toque
leve e a dor, 0 ausência de sensibilidade, 1
sensibilidade alterada, 2 sensibilidade
normal
Avaliar nível motor: escala de grau de
força muscular (0 a 5), *essa escala não é
aplicada aos músculos do tronco
Dor após a lesão medular:
● Nociceptiva
● Neuropática
Dor Neuropática:
Sensação desconfortável, imprecisa de
queimação, choque ou formigamento em
região de perda de sensibilidade
crônica e de forte intensidade após lesão
Abordagem terapêutica para dor:
➔ Medicamentoso-cirúrgico
➔ Reab fisica : rotina de exercícios e
atividades funcionais, diminui
analgesia e desvia o foco do
paciente, engaja em atividades no
cotidiano e favorece potencial
produtivo, reflete no humor e na
motivação
➔ Posicionamento
➔ Aconselhamento
comportamental-afetivo: explicar
ao paciente as possíveis causas da
dor, valorizar os seu potencial
residual e incentivar a busca de
recursos para superar o quadro de
incapacidade
Alterações músculo-esqueléticas:
Ossificaçao heterotópica:
Formação de osso em tecidos moles em
locais onde normalmente não existe
Aparece 1° ao 6° mês após lesão ocorre
abaixo do nível da lesão, quadril, joelho,
cotovelo e ombro
Sintomas:
● Diminui ADM
● Crepitação ao movimento ativo ou
passivo (barulho de estalo)
● Sinais inflamatórios
● Edema periarticular
● Eritema (rubor)
● Aumento de temperatura local
● Dor
Prevenção:
Mobilização articular nos extremos do arco
de movimento, especial no quadril evitar
realização de punções venosas abaixo do
nível da lesão
Osteoporose:
Declínio na densidade mineral óssea,
fragilidade óssea, aumento no risco de
fraturas
Aparece nos membros inferiores a partir da
6° semana após lesão e se estende até 1 ou
2 anos
Prevenir:
● evitar trações
● cuidado ao tratamento conservador
com uso de gesso, devido ao risco
de úlcera de pressão
● Orientar o paciente sobre risco de
fraturas
● Ensinar ao paciente técnicas
corretas de transferências e demais
AVDs
Alterações Vasculares:
Hipotensão postural:
Vasodilatação abaixo do nível de lesão
medular, represamento de sangue nos
membros inferiores
Sintomas:
Ao realizar elevação brusca do decúbito
para em pé:
● Tontura
● Escurecimento da visão
● zumbido
● Síncope
Disreflexia autonômica:
Crise hipertensiva
*Obs.PA de pacientes com lesão medular
são baixos, por isso o nosso normal
128x80mmhg é considerado alto para esse
tipo de pessoas
Sintomas:
● cefaleia
● sudorese
● piloereção (arrepio dos pelos)
● dilatação das pupilas
● rubor facial
Tratar:
● uso de anti hipertensivos
● esvaziamento vesical com sonda de
alívio
● colocar pessoa na posição sentada
Prevenção:
● Treino progressivo de elevação de
decúbito
● ingesta hídrica adequada
● uso de meias elásticas
compressivas
● faixas elásticas abdominais
Trombose venosa profunda:
hipercoagulabilidade sanguínea
Pode evoluir para embolia pulmonar
Sintomas:
● Edema
● Empastamento da extremidade
● Aumento da temp local
● Cianose
● Hiperemia
● Dor
Prevenção:
● Uso precoce de anticoagulantes
● mov passivos dos membros
inferiores
● Uso de meias elásticas
compressivas
Bexiga Neurogênica:
Incontinência urinária
Garantir esvaziamento vesical a baixa
pressão, evitar estase urinária e perda
involuntárias
Intestino Neurogênico:
Perda do controle do esfíncter anal
externo, fica hipertonico e contraído,
impede eliminaçao de fezes
Tratamento:
● evitar dieta rica em fibras
(obstipante)
● realizar manobras como massagens
abdominais
● seguir medidas laxativas prescritas
● rotina de esvaziamento que não
prejudique o cotidiano o acarrete
em fecaloma
Úlceras por pressão:
Orientar sobre o cuidado adequado da pele
Prevenir: alívio da pressão nas áreas de
maior descarga de peso a cada 2 horas
manter massa muscular adequada
Espasticidade/ Automatismo:
Causadora de deformidade articular
atrapalha ao realizar atividades
Tratamento pode ser:
I. Emergencial
II. Cirúrgico
III. Acompanhamento psicológico
IV. Reabilitação
Reab T.O:
1. Avaliação inicial
2. Saber a classificação ASIA do
paciente, se nao tiver, ver os níveis
motores e sensitivos preservados
3. Usar a classificação de nível
funcional, a CIF, para definir metas
de reab
4. metas traçadas junto ao paciente e
família
5. Treino de AVDs
6. Engajar indivíduo as tarefas e
rotinas
Fase inicial:
Estratégias preventivas:
● evitar surgimento de alterações de
sensibilidade e motricidade comuns
a lesão
● controle da hipotensão postural
● posicionamento do paciente na
postura sentada
Órteses:
Evitar deformidades ortopédicas
Membros superiores:
● pessoas com tendência a contratura
em flexão de punho e dedos
● órteses de posicionamento
● estabilizadores de punho
Contratura instalada:
● órtese seriada com tala gessada
● extensores dinâmicos com distrator
para o cotovelo
Pacientes com tenodese ativa:
● uso de luva flexora para os dedos
para facilitar a realização das pinças
e da preensão cilíndrica
Adaptações:
fase hospitalar:alimentação e higiene
bucal
mais comuns são:
● copos de alça dupla
● substituidores universais de
preensão
● engrossadores
● substituidores de pinça para escrita
● barra contensora de alimento
● clips para digitação
● mudanças na realização das
atividades
● mudança na altura onde ficam
dispostos produtos de higiene no
banheiro
● Cintas e tábuas de transferências
Tetraplegia no hospital: uso de softwares
livres de controle do mouse por
movimentos da cabeça como câmera
mouse, head mouse ou eviacam
Após hospital:
● adaptações ambientais definitivas
● dispositivos de apoio
● técnicas adaptadas
Cadeiras de Rodas:
Precisa proporcionar: conforto, segurança,
funcionalidade e independência
Orientações:
1. Orientar pacientes e cuidadores
2. Explicar características da lesão,
alterações sistêmicas, motoras e
sensitivas, procedimentos
3. informado e treinado na realização
das técnicas facilitação nas AVDs:
mudanças posturais, vestuário,
higienização, autocuidado,
transferências, alimentação,
condução da cadeira de rodas, etc
4. Aplicar os princípios de conservação
de energia, proteção articular e
vantagem biomecânica, durante as
mudanças posturais, transferências
e atividades que demandem maior
quantidade de força e sobrecarga
articular
Programa de reabilitação baseado na
Abordagem Orientada à Tarefa:
O paciente aprende enquanto prática as
atividades cotidianas, mediadas pelo
terapeuta
Principais metas funcionais a ser
trabalhadas com a pessoa com lesão na
medula:
●O treino básico de habilidades em
cadeira de rodas (dessensibilização,
alívio, prevenção de quedas,
alcance)independência no leito, as
transferências, o vestuário, a
alimentação, os autocuidados e o
uso de ferramentas de tecnologia
da informação
Programa de fortalecimento e de
controle motor:
Utilizando atividades graduadas
Metas funcionais são estabelecidas de
acordo com nível de lesão
Exemplo:
Lesão a nível da C1-C3:
Esternocleidomastóideo, possível parte do
trapézio e do diafragma
Metas funcionais: locomoção e alívio de
pressão com cadeira de rodas
motorizada com inclinação eletrônica
(controle cervical ou mentoniano), uso do
computador com
softwares de controle de
mouse/emuladores de mouse, uso de
unidades de controle ambiental,
dependente de respirador portátil
Para todos os níveis de lesão medular se
fazem necessárias prescrições de
adaptações ambientais que se destinam
a remover ou minimizar as barreiras e/ou
favorecer a segurança e bom desempenho,
tanto em ambientes domésticos quanto
comunitários
Usuários com Lesão Medular também
deverão ser assistidos pelos
profissionais da Atenção Básica, uma vez
que a população adscrita deverá ser vista e
acompanhada em sua integralidade, como
um usuário que apresenta necessidades
de cuidado e de assistência para além do
cuidado específico decorrente da
lesão medular
Garantir esse cuidado integral, às Equipes
de Atenção Básica e Núcleos de Apoio à
Saúde da Família (NASF) se somam aos
centros de reabilitação, centros de
especialidades e as equipes de Atenção
Domiciliar, para ampliar a resolutividade
TO na lesão medular:
● Melhorar Desempenho Ocupacional
● Participação social
● Melhorar déficits motores e
sensoriais
Uso de Tecnologia Assistiva:
Tetraplegia ao nível da C6
● Pessoas com esse nível de lesão
tem dificuldade no ato preênsil e
nas habilidades manuais
● tem os extensores do punho
preservado
● Cadeira de rodas: encosto e assento
de base rígida, pinos no sobrearos,
almofada com gomos de ar para
aliviar a pressão durante a postura
sentada
● Uso da MIF para avaliar
independência funcional, com base
no escore elencar as atividades com
maior limitação
● Normalmente as áreas de
autocuidado são as mais afetadas e
as de mais ganho após reab
● Montagem de uma planilha com
todas as atividades realizadas pelo
paciente ao longo do dia
Exemplos de adaptações:
● Autocuidado: Adaptações para
passar batom, engrossador na
escova de pentear cabelo e velcro, e
escova de dente elétrica e um
encaixe para mão
● Escrita: órtese, adaptação pré
fabricada
● Leitura: Anel para virar páginas de
livro
● Alimentação: cock up para colher e
engrossador de colher
Para lembrar:
● Avaliar pelo MIF
● Usar a ASIA e ver o nível da lesão e o
que se espera de melhora
● Basear a intervenção na
necessidades do paciente e no seus
limites descritos na ASIA