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1 @claimafra – MED UFOB É uma droga que bloqueia reversivelmente a transmissão do impulso nervoso na região em que foi aplicada, sem afetar o nível de consciência. AÇÃO O anestésico local bloqueia a bomba de sódio e inibe a despolarização da fibra nervosa. Facilitando ... Eles impedem os impulsos nervosos pela diminuição da passagem de íons sódio para os canais de sódio. A forma ionizada do anestésico local se liga de forma inespecífica aos canais de sódio, inativando-os e impedindo a despolarização celular, no axoplasma. Essa ligação ocorre no meio intracelular e, portanto, é importante que o anestésico na forma molecular (não ionizada), atravesse a membrana plasmática. Obs: A condução é mais lenta nas fibras amielínicas ao se comparar com as mielínicas devido a condução saltatória. ESTRUTURA Porção hidrofóbica lipossolúvel – anel aromático. Porção hidrofílica – grupo amina. Duas porções interligadas por cadeia de hidrocarboneto – éster/ amida. Características são variáveis de acordo com o tipo de ligação. Amnioesteres: procaína, tetracaína... Aminoamidas: Lidocaína, xilocaína, Bupivacaína. SEQUENCIA DE BLOQUEIO NAS FIBRAS Na sequência de bloqueio: fibra C, fibra A gama, fibra A alfa. De baixo pra cima, sempre nessa sequência. OBS: A absorção dos anestésicos locais da injeção para a circulação sistêmica é influenciada pelo local da injeção, vascularização e está diretamente ligada à toxicidade (se eu colocar no subcutâneo, a taxa de intoxicação é menor do que se eu colocar no subcostal por onde passa um feixe vascular, por exemplo). CARACTERÍSTICAS IDEAIS PARA ANESTÉSICOS LOCAIS Irritação mínima, bloqueio reversível, boa difusibilidade, baixa toxicidade sistêmica, eficácia, início rápido de ação, duração de ação adequado. - Capacidade de ligação às proteínas plasmáticas e aos tecidos (para ele ser carreado) - Capacidade de atravessar a membrana celular. - pH do tecido onde se espera ação (quanto mais ácido for o tecido, menor a ação – abscessos). - São bases fracas. - Formas hidrossolúveis ou lipossolúveis. - Penetração da forma lipossolúvel: principal mecanismo. Obs: a lipossolubilidade é o principal determinante da potência anestésica. Os anestésicos locais com pKa próximos ao pH do meio – maior porção lipofílica = melhor penetração. - Maior ligação a proteínas = maior duração. ABSORÇÃO DO AL DEPENDE - Local de injeção: vascularizaão à toxicidade. - Dosagem (quanto maior a dose, mais absorvido ele vai ser e maior a toxicidade). 2 @claimafra – MED UFOB - Lipossolúveis possuem uma taxa de absorção mais lenta – porque são sequestrados em compartimentos ricos em lipídios (subcutâneo). - Estado cardiovascular: Criança absorve mais anestésico local porque o débito cardíaco dela é maior. - Idade: quanto mais jovem, mais absorve. - Grávidas – muito mais suscetível ao efeito (paciente vasodilatada). - Função hepática: Metabolizado pelo fígado e excretado pelos rins – se função ruim, chance de intoxicação. ADIÇÃO DE VASOCONSTRITOR - Adrenalina (1:50000 a 1:200.000). Objetivo: Limitar a absorção do anestésico local (faz durar mais), prolonga efeitos, diminui a toxicidade. Obs: contraindicação – uso em extremidades para evitar isquemia devido a vasoconstrição. OUTROS ADJUVANTES Opióides: Sinergia entre analgesia e anestesia sem aumentar a toxicidade em bloqueios do neuroeixo. Agonistas alfa-2 adrenérgicos: Clonidina – analgesia sinérgica por meio de receptores adrenérgicos supraespinhais e espinhais. Esteróides: Dexametasona – Prolongam o bloqueio de condução de nervos periféricos, aumentam a duração do bloqueio anestésico local. OUTROS EFEITOS Bupivacaína: Maior risco de arritmias graves, relação entre dosagem necessária de colapso cardiovascular e a que produz toxicidade no sistema nervoso central é pequenas. Dose máxima de anestésicos locais: Lidocaína Sem vasoconstritor: 5 mg/kg; Com vasoconstritor: 7mg/kg Bupivacaína Sem vasoconstritor: 2,5mg/kg; Com vasoconstritor: 3mg/kg. Mepivacaína Sem vasoconstritor:5mg/kg; Com vasoconstritor: 7mg/kg. Prilocaína Sem vasoconstritor:7mg/kg; Com vasoconstritor: 8,5mg/kg. Essas doses são importantes, pois não podem ser ultrapassadas para que seja evitada uma possível toxicidade. INTOXICAÇÃO Diagnóstico clínico, sistema nervoso central, cardiovascular e é importante conhecer os efeitos tóxicos da lidocaína. CARDIOVASCULAR Doses maiores que as necessárias para ser tóxico. Geralmente o paciente que desenvolve toxicidade cardiovascular, antes desenvolve sinais e sintomas relacionados ao SNC. A lidocaína pode causar hipotensão, bradicardia, hipoglicemia. Bupvacaína causa colapso circulatório, disritmia ventriculares e bloqueio cardíaco completo com sistolia. OBS: Toxicidade por bupivacaína a RCP é longa e insistente até a droga ser metabolizada para o coração voltar a bater. SNC Atravessam a barreira hematoencefálica – quanto maior a dose, mais complicações. A ácidos e o aumento de PCO2 podem aumentar a toxicidade do AL pelo aumento da perfusão cerebral e pela diminuição da ligação proteica. OBS: Bloqueio de Bier – faixa de sharch, garroteia o paciente no braço, não passa sangue nem venoso e nem artérial, pega a veia do paciente e faz 20 a 40ml de lidocaína. O garroteamento faz 3 @claimafra – MED UFOB uma vasodilatação, influencia a dispersão do anestésico através do vaso sanguíneo. TRATAMENTO Caso haja alguma complicação: Oxigênio/ suporte ventilatório. Se tiver convulsões: benzodiazepínicos (midazolam/diazepam). Emulsões lipídicas a 20% - novidade. Essa emulsão faz com que os AL sejam capitados do plasma mais rapidamente. Efeito colateral sistêmico – prilocaína. Meta hemoglobulinemia – oxigênio, azul de metileno. TOXICIDADE NEURONAL Direta no nervo Relacionada à injeção intraneural. Quando é feita essa injeção dentro do nervo sem querer. OBS: Para prevenir toxicidade – aspirar frequentemente durante a injeção e administrar dose teste, fazer injeção lenta e com pausas e fracionar a dose. APLICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS TIPOS DE BLOQUEIO - Troncos nervosos – troncular/regional (Ex: bloqueio do dedo) - Bloqueio de raízes nervosas do espaço extradural – peridual (epiduaral) e caudal - Bloqueio das raízes nervosas do espaço subaracnóideo – raquianestesia. - Bloqueio dos terminais sensitivos – local. ANESTÉSICO LOCAL POR VIA VENOSA - Diminui a resposta reflexa associada à manipulação das vias aéreas. Então são feitos quando vamos intubar ou extubar um paciente. - Faz uma redução na velocidade máxima de despolarização – efeito antiarrítimico. OBS: Efeito Ion-Trap – Atravessam membrana placentária e o anestésico local acumula na circulação fetal devido ao meio mais ácido que faz com que o anestésico fique na forma ionizada. Então é bom ter cuidado com anestésico venoso em grávidas. OBS: bupivacaína Indicações: Duração de anestesia – raqui (menos tóxica em contato com o nervo) e peridural (paciente demora mais de voltar a sentir dor). Não tem antídoto e sim formas de removê-la. Obs: A peridural tem uma latência maior que a raquianestesia, ela demora pra fazer efeito, precisa de no mínimo 5 a 10 min. Já a raqui o efeito é quase imediato, em 1 minuto ocorre o bloqueio. Obs: Dica – alcalinizar o meio do acesso local – consegue diminuir latência e acelerar a instalação. .
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