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NOMENCLATURA → Reptum = rastejar; → Ordem squamata: Inclui lagartos e serpentes (possuem parentesco próximo). → Ordem testudine: Inclui as tartarugas (marinhas), jabutis (terrestres) e cágados (água doce ou terrestres). → Ordem crocodilia: Inclui crocodilos e jacarés. → Ordem rhynchocephalia: Inclui os tuataras (lagarto particular que só vive na Nova Zelândia). CARACTERÍSTICAS GERAIS → Corpo coberto com pele seca cornificada (superfície externa possui escamas) e não mucosa, geralmente com poucas glândulas superficiais. → Alguns táxons possuem dois pares de membros locomotores adaptados para escalar, correr, nadar e rastejar. → Outros táxons não possuem membros locomotores, como no caso das serpentes (apresentam ossos do crânio não fusionados e uma audição ruim pela ausência de membrana timpânica e condutor auditivo). → Possuem escamas (feitas de queratina), não pele. → Geralmente, põem ovos (testudines e crocodilianos), às vezes, podem parir filhotes (algumas espécies de lagartos e serpentes). → Possuem orifícios (com presença de membrana timpânica e condutor auditivo) em vez de orelhas. → 4 pernas ou sem pernas. → Possuem sangue frio (são exotérmicos, ou seja, dependem do ambiente para regular seus processos vitais). → Sofrem ecdise (troca de pele morta por uma nova, devido ao processo de crescimento do animal). Geralmente, depende da idade e da oferta de alimento no ambiente. → A primeira escama que se solta é a ocular. ❖ Olho branco e leitoso = início do processo de ecdise. ❖ Serpentes= ausência de pálpebras. → Possuem doze pares de nervos cranianos (nervo do olfato, tato, paladar, visão e audição). → Pele nova é mais permeável que a velha. → Em Testudines e Crocodilianos a troca é constante e imperceptível. → Adaptação dos membros locomotores para diversos ambientes. ANATOMIA → Todos os répteis possuem dentes especializados, exceto os testudines. → Não possuem diafragma, respiração ocorre pela movimentação das vísceras. → Taxa metabólica basal: quantidade de energia necessária para mante seus processos vitais (10 kcal). → Necessitam de 90% de energia a menos do que os mamíferos para sobreviverem. → Tegumento: escamas protegem contra perda de líquidos e funciona como uma barreira natural. → Cores simbolizam perigo, mimetismo (adaptação, na qual um organismo possui características que o confundem com um individuo de outra espécie) e atração sexual, além da capacidade de se camuflar (conjunto de técnicas e métodos que permitem a um dado organismo ou objeto @lelevalim permanecer indistinto do ambiente que o cerca). → Estímulos neuroendócrinos de algumas espécies possibilitam a mudança de cores. → Presença de glândulas (liberação de feromônio que possui função de atração sexual, demarcação de trilhas ou comunicação entre indivíduos) apenas envolta da cloaca. RESPIRAÇÃO → Fase inicial: brânquias. → Fase adulta: única e exclusivamente pulmonar. → Todos os répteis possuem escamas impermeáveis e não produzem muco debaixo da pele como acontece com os anfíbios. Ordem squamata (cobras e serpentes) Todas as cobras são serpentes, mas nem todas as serpentes são cobras. → Aliás, cobra, serpente e víbora possuem significados distintos. A palavra cobra muitas das vezes é utilizada como sinônimo de serpente, porém, cientificamente a palavra cobra refere-se as serpentes da família Colubridae (colubrídeos). Dentre as espécies existentes, grande parte delas são cobras inofensivas, de porte médio, ou seja, não são venenosas ou não possuem uma dentição adequada para inocular o veneno. Podemos chegar ao consenso que todas as cobras são serpentes, mas nem todas as serpentes são cobras. O termo serpente deve ser utilizado quando nos referimos de modo genérico a todos os répteis rastejantes, sem patas, que apresentam o corpo alongado coberto de escamas. Sendo assim, as serpentes são animais vertebrados, da classe dos répteis, da ordem squamata e subordem serpentes (ophidia). Muitas serpentes são peçonhentas e injetam seu veneno através de dentições (presas inoculadoras) especializadas. No Brasil há aproximadamente 70 espécies de serpentes peçonhentas, ou seja, venenosas. As víboras são animais vertebrados, da classe dos répteis, da subclasse lepidosauria, da ordem squamata, da subordem serpentes, da família Viperidae (viperídeos). Pode-se afirmar que as víboras são serpentes do tipo venenosas, com dentição apta para a inoculação de veneno, com formato de cabeça triangular e super ágeis. Outro grupo de víboras venenosas são as da família Elapidae, que tem como principal representante a coral verdadeira. As víboras da família viperidae, como as jararacas, surucucus e cascavéis, são encontradas no Brasil. No Brasil, a maioria dos acidentes ofídicos é devido a víboras dos gêneros Botrópico (jararaca, urutu e jararacuçu), Crotálico (cascavel), Laquésico (surucucu) e Elapídico (coral verdadeira). ASPECTOS EVOLUTIVOS → Possibilidade de explorar ambientes longe da água. → Desenvolvimento sensorial (língua bífida, órgão vômero-nasal ou órgão de Jacobson, fossetas loreais, fossetas labiais=térmicas). Fosseta loreal Fosseta labial Órgão de Jacobson → As cobras só enxergam em tons de verde e azul. → O ato de colocar a língua para fora da boca serve para captar moléculas do ar, que são analisadas por um órgão chamado vômero-nasal. Assim, elas podem dizer se há uma presa ou um predador por perto. → O processo evolutivo de espécies como cascavel ou a jararaca fez com que as cobras tenham uma espécie de supervisão. Com isso, podem sentir ondas de calor e entender onde estão suas presas. Assim, algumas cobras podem enxergar no escuro. DIFERENCIAÇÃO ENTRE SERPENTES PEÇONHENTAS E NÃO-PEÇONHENTAS Quanto à Cabeça: → Peçonhenta: cabeça chata, triangular, bem destacada. → Não-peçonhenta: cabeça estreita, alongada, mal destacada. Quanto aos olhos: → Peçonhenta: olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas. → Não-peçonhenta: olhos grandes, com pupila circular e fosseta lacrimal ausente. Quanto às escamas: → Peçonhenta: escamas de corpo alongadas, pontudas, lubrificadas e espessas. → Não-peçonhenta: escamas achatadas, lisas e escorregadias. Quanto à composição da cabeça: → Peçonhenta: cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo. → Não-peçonhenta: cabeça com placas em vez de escamas. Quanto à cauda: → Peçonhenta: cauda curta e afinada bruscamente. → Não-peçonhenta: cauda longa e afinada bruscamente. Quando perseguida: → Peçonhenta: toma atitude de ataque, enrodilhando-se. → Não-peçonhenta: foge. Peçonhenta ou venenosa? → A cobra peçonhenta é a que tem algum mecanismo para injetar o veneno no organismo de outros animais, como os dentes ocos por onde passa o veneno. → Já as cobras venenosas são as que produzem substâncias tóxicas, mas que não possuem um aparelho inoculador, como dentes ou ferrões. → Apresentam escama ocular, denominada espetáculo. → Apresentam dimorfismo sexual externo (jiboias): comprimento da cauda e esporão (maiores nos machos). Esporão Crânio da Coral Verdadeira Crânio da Coral Falsa As 4 serpentes peçonhentas do Brasil Jararaca Apresenta cauda lisa Cascavel Cauda com a presença de guizo (chocalho) Surucucu Cauda com ultimas fileiras de escamas eriçadas Coral Verdadeira Coral Falsa OBS: As Corais apresentam ausência de fosseta loreal (diferente da Jararaca, da Cascavel e da Surucucu que apresentam fosseta loreal) e podem se diferenciar pela sequência das cores, sempre no sentido da cabeça para a cauda.OFÍDIOS → Todas as serpentes peçonhentas possuem uma glândula produtora de veneno que se localiza no maxilar superior. → Apesar de algumas serpentes não possuírem dentes inoculadores de veneno, a maioria consegue injetar sua peçonha através de uma dentição especializada, que pode ser classificada em: Áglifas → Também chamadas de aglifodontes, possuem todos os dentes iguais e maciços, sem nenhum canal ou sulco para a passagem da peçonha. → Essas serpentes costumam prender suas presas, enrolando-se nelas e matando-as por asfixia e constrição, sendo que sua mordida pode provocar sérios ferimentos. → Exemplos: jiboia e sucuri. Opistóglifas → Também chamadas de opistoglifodontes, são dotadas de um ou mais pares de presas na região posterior dos maxilares superiores, com canais por onde passa a peçonha. → A localização de suas presas dificulta a inoculação do veneno; e, por esse motivo, suas picadas, na maioria das vezes, não causam acidentes sérios. → Exemplos: muçurana, cobra-cipó e falsa- coral. Proteróglifas → Também chamadas de proteroglifodontes, possuem presas, localizadas na parte anterior do maxilar superior, dotadas de canais para a passagem da peçonha. → São serpentes que possuem a boca pequena, o que dificulta a inoculação do veneno, entretanto sua mordida pode ser letal. Representam grande perigo para o homem. → Exemplos: coral-verdadeira e naja. Solenóglifas → Também chamadas de solenoglifodontes, são dotadas de grandes dentes inoculadores (de venenos ocos), que se localizam na região anterior do maxilar superior e que se projetam quando a serpente abre a boca. → Em virtude da localização das presas, a inoculação de veneno dessas serpentes é extremamente eficiente. Representam grande perigo para o homem. → Exemplos: cascavel, jararaca e surucucu. Ordem squamata (lagartos) ADAPTAÇÕES AO TERRENO → As lagartixas conseguem escalar paredes ou outras superfícies, pois as suas patas têm milhões de filamentos (cerdas) que se subdividem em milhares de estruturas espessas chamadas de espátulas. → O fato de serem tão pequenas aumenta a área que fica em contato com a parede. ANATOMIA TOPOGRÁFICA → Exceção: glândula de peçonha. O Mostro- de-gila é a exceção pois não apresenta essa estrutura. Monstro-de-gila → Exceção: microbiota oral (Essa microbiota é extremamente importante na proteção contra patógenos externos e por serem adaptadas ao ambiente, levam vantagens na competição por nutrientes em relação a micro-organismos externos). O Dragão de Komodo é a exceção pois não apresenta essa estrutura. Dragão de Komodo → Autotomia: perda da cauda para defesa própria ocorre somente em alguns lagartos. DIMORFISMO SEXUAL EXTERNO DE ALGUNS LAGARTOS → Lagartos machos e fêmeas podem diferir em várias características, como coloração, forma e tamanho do corpo. Essas diferenças são atribuídas geralmente aos efeitos da seleção sexual. → Queratofagia: ingestão de pele velha (muda). Ordem testudine (chelonia) CARACTERÍSTICAS GERAIS → Sem dentes, bico córneo com presença de ranfoteca (rinoteca + gnatoteca). Ranfoteca → Onívoros. → Ovíparos (põem ovos). → Corpo recoberto por casco ósseo (revestido externamente por escamas de queratina) formado por: carapaça (porção superior) e plastrão (porção inferior). Fusão das vertebras torácicas e lombares com o casco Fusão do coxal com o casco e com o plastrão REPRODUÇÃO → Apresentam dimorfismo sexual (quando há ocorrência de indivíduos do sexo masculino e feminino de uma espécie com características físicas não sexuais marcadamente diferentes). Jabuti- concavidade no plastrão Diferença entre os gêneros → OBS: cauda é maior em machos. REPRODUÇÃO → Ninhos escavados na areia e no solo. → Proporção entre machos e fêmeas: Formação de fêmeas: a angulação do ninho deve ser igual ou maior que 30º. Formação de machos: a angulação do ninho deve ser igual ou menor que 29º. → Ovos com casca mole. INCUBAÇÃO → Tartarugas: 45 a 60 dias. → Jabutis: 240 a 260 dias. Ordem crocodilia → Aligatorídeos: apenas os dentes superiores são visíveis quando fecha a boca. → Crocodilídeos: pode-se ver os dentes superiores e inferiores quando fecha a boca. → Gavialídeos: quando fecha a boca a maioria dos dentes são visíveis. Aligátor Crocodilo Gavial Indiano Gavial Falso Crocodilo Caiman CARACTERÍSTICAS GERAIS → Semi-aquáticos. → Corpo coberto por escamas. → Ovíparos. → Carnívoros. → Placas osteodérmicas cobrindo o corpo (porção dorsal). → Dentes: polifiodonte vertical. → Jacaré e crocodilo: apresentam pele grossa recoberta por escamas com algumas placas córneas queratinizadas que os protegem contra a perda excessiva de água. → Alimentação: insetos, anfíbios, peixes, mamíferos. → Particularidades da cavidade oral: Válvula palatal: isola a água dos pulmões e do estômago quando ele está submerso. REPRODUÇÃO → Não há dimorfismo sexual, com exceção do crocodilo indiano. Placas osteodérmicas Válvula palatal Ghara Aparelho reprodutor do macho → Maturidade sexual relacionada com o tamanho do indivíduo. → Cópula dentro d´água. → Ritual de corte e acasalamento. → Ninhos: formado por folhas em decomposição e areia. → Proporção entre machos e fêmeas: Formação de machos: a angulação do ninho deve ser igual ou maior que 30º. Formação de fêmeas: a angulação do ninho deve ser igual ou menor que 30º. Formação de ambos os sexos: a angulação do ninho deve ser de + - 30º. → Ovos com casca áspera e calcificada. → Incubação: 42 a 115 dias. → Vocalização entre filhotes e mãe próxima da eclosão (infrassom). → Cuidados parentais com a prole.
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