Detecção de cocaína

Prévia do material em texto

P á g i n a | 1 FARMÁCIA - UFRN 
TOXICOLOGIA 
Detecção de cocaína 
 
Conceito: a cocaína é um alcaloide presente nas folhas do gênero Erytroxylum, denominado de 
coca. 
• Erytroxylum novagranatense (Colômbia e Venezuela) 
• Erytroxylum novagranatense (norte do peru e vale do maranon) 
• Erytroxylum coca (leste dos Andes, Sul do equador, Bolívia e partes da Bacia 
amazônica) 
Destinos: 
• Indústria farmacêutica = anestésico local, usado antigamente. 
• Indústria alimentícia = chás 
• Produção ilícita = pasta, cloridrato de cocaína (pó) e crack. 
Funções da cocaína: 
• Potente anestésico local 
• Potente estimulante central de concorrência natural, por isso é usado como droga de 
abuso. 
Vias de introdução: Importante para saber, quando vai ser analisado em um material 
biológica, as quantidades presentes. 
• Via intranasal 
• Intravenosa (mais perigosa, efeito rápido, risco de overdose). 
• Oral 
• Respiratória 
Biotransformação da cocaína: 
• Na primeira reação perde o metil, com a entrada de uma hidroxila no seu lugar, 
formando a benzoilecgonina (demora mais a ser eliminada, portanto utilizada para 
análise em material biológico). Quando administrada juntamente a etanol, forma o 
composto cocaetileno, sendo útil para análises toxicológicas. 
Análises toxicológicas: 
• Material biológico 
o Lavado gástrico 
o Sangue (diagnóstico de intoxicação aguda) 
o Urina (quando o indivíduo não está mais com os sinais clínicos da presença do 
estimulante, nesse caso se pesquisa benzoilecgonina.) 
o Cabelo (a cocaína é incorporada na estrutura do fio de cabelo, quando o fio vai 
crescer, marcando até 10 meses, na raiz é recente, e a cada 1,5cm é um mês 
mais ou menos) 
• Métodos utilizados 
o Cromatografia em camada delgada (CCD) 
P á g i n a | 2 FARMÁCIA - UFRN 
TOXICOLOGIA 
o Imunofluorescência polarizada 
o Cromatografia em fase gasosa (CG) 
o Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) 
Técnicas empregadas: 
• Triagem: técnicas de fácil execução, com respostas rápidas e baixo custo. Por exemplo 
RIA, FPIA, CCD, CCDAE. Porém pode ocorrer falso positivo, indo para a confirmação. 
• Confirmação: devem possibilitar a identificação incorreta na etapa anterior, por 
exemplo usado CG/MS, onde vai definir os resultados. 
Determinação de cocaína em sangue por cromatografia em fase gasosa: baseia-se na 
separação entre uma fase estacionária (líquida) ou fase móvel (gás). 
• Material biológico: sangue 
• Preparo da amostra: pegar a amostra e fazer uma série de extrações com solventes 
orgânicos, e esse extrato injetar no cromatógrafo. 
Vantagens da cromatografia gasosa: 
• Análise de várias substâncias de uma mesma amostra 
• Alta sensibilidade 
• Necessidade de pequenas quantidades de amostra 
• Análise quantitativa de amostras 
Desvantagens da cromatografia gasosa: 
• Útil apenas para substâncias voláteis e estáveis termicamente 
• Necessidade de etapas de preparação de amostra (extração) 
• Etapa de extração as vezes é longa e complexa 
• Alto custo de análise 
Reação de coloração para identificação de cocaína: 
• Teste com reativo de Young: gera uma coloração de azul turquesa quando ligado a 
cocaína. 
o Tiocianato de cobalto reage com cocaína. 
• Cromatografia em camada delgada: 
o Aplicar o padrão da cocaína 
o Sistema solvente (fase móvel) 
o Agente cromogênico.