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Transtorno de ansiedade generalizada

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Transtorno de Ansiedade Generalizada:
De modo geral, os transtornos de ansiedade englobam as manifestações patológicas de pelo menos três estados emocionais distintos, ansiedade, medo e pânico. O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é o protótipo dos transtornos do estado emocional de ansiedade, e o seu principal caráter é a dificuldade em controlar preocupações excessivas sobre temas variados. O transtorno de ansiedade generalizada é definido como ansiedade e preocupação excessivas com vários eventos ou atividades na maior parte dos dias durante um período de pelo menos 6 meses. A preocupação é difícil de controlar e está associada com sintomas somáticos, como tensão muscular, irritabilidade, dificuldade para dormir e inquietação. É perturbadora e compromete áreas importantes da vida da pessoa. 
Epidemiologia: 
É uma condição comum, estimativas da prevalência em um ano variam entre 3 a 8%. A proporção de mulheres para homens é de aproximadamente 2 para 1. O transtorno, em geral, começa ao fim da adolescência ou início da vida adulta, embora seja comum ver casos em adultos mais velhos. 
Diagnóstico:
O TAG é caracterizado por um excesso de comportamentos relacionados à prevenção e esquiva de riscos em detrimento do restante do repertório comportamental de indivíduo. Pessoas com TAG costumam superestimar riscos e antecipar desfechos negativos. Isso ocorre por meio de preocupações relacionadas a diversos temas cotidianos e não restritas ao foco de outros transtornos psiquiátricos. Deve ser crônica (pelo menos 6 meses) e ocorrer na maioria dos dias. 
Outros sintomas psicológicos que podem estar presentes são irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração e falhas de memória. Associados aos sintomas psicológicos ocorrem sintomas físicos, como tensão muscular, mãos úmidas e frias, boca seca, sudorese, náusea, diarreia, desejo frequente de urinar e dores no corpo. 
Critérios Diagnósticos do TAG segundo o DSM-5:
1. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva) ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos 6 meses, com diversos eventos ou atividades (como desempenho escolar ou profissional).
2. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
3. A ansiedade e a preocupação estão associadas com 3 (ou mais) dos seguintes 6 sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos 6 meses). 
a. Inquietação ou sensação de estar com os “nervos à flor da pele”.
b. Fatigabilidade
c. Dificuldade em concentrar-se ou sensação de “branco” na mente
d. Irritabilidade
e. Tensão muscular
f. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono ou sono insatisfatório e inquieto) 
 (
Nota: em crianças, não é exigido 
3
 ou mais dos 6 itens, apenas 
1.
)
4. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo do funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
5. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos da substância (p. ex: droga de abuso, medicamentos) ou a outra condição médica (p. ex: hipertireoidismo).
6. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental. 
Curso e Prognóstico da TAG:
Estudos baseados nos critérios da 3° edição DSM indicam início precoce da TAG, por volta dos 15 anos de idade, enquanto os pautados nos critérios da 4° edição indicam idade média de início após os 30 anos de idade. De forma geral, considera-se que os sintomas costumam começar no início da vida adulta, mas a instalação na infância e na adolescência não é rara, ocorrendo em aproximadamente 1/3 dos casos e estando essa forma associada a um maior risco de depressão e transtorno por uso de substâncias. O curso da TAG é crônico e flutuante, com piora nos períodos de estresse. Quanto maior a duração dos sintomas nesse transtorno, maior o risco de depressão, portanto, é fundamental a detecção e início de tratamento precoce. 
Diagnósticos diferenciais psiquiátricos do TAG:
Transtorno Depressivo Maior: os indivíduos com Transtorno de Ansiedade Generalizada não costumam apresentar oscilações significativas do humor ao longo do dia, assim como não apresentam anedonia (perda da capacidade de sentir prazer). Além disso, dificilmente indivíduos com TAG manifestam ideação suicida ou perda de apetite, com ocorre na depressão. No TAG com sintomas depressivos secundários, a ansiedade precede as alterações importantes do humor, e os sintomas depressivos costumam ser menos intensos. 
Transtorno Afetivo Bipolar (TAB): sintomas da TAG podem estar presentes na TAB, principalmente nas fases hipomaníacas, maníacas ou mistas. É possível observar em ambos os transtornos agitação psicomotora, irritabilidade, aumento do fluxo de pensamentos, distraibilidade e insônia. Nas fases hipomaníacas ou maníacas do TAB, há diminuição da necessidade do sono, já nos pacientes com TAG, a insônia geralmente leva à sensação de fadiga posteriormente. 
Transtornos de Pânico: no transtorno de pânico, as preocupações costumam estar relacionadas a possibilidade de ocorrência de ataques de pânico, não há preocupações direcionadas a vários temas como no TAG. Nos pacientes com transtorno de pânico, há pensamentos sobre doenças agudas com risco de morte, enquanto os pacientes com TAG tendem a se preocupar por queixas crônicas envolvendo vários segmentos do corpo. 
Transtorno de Ansiedade Social (TAS): No TAS, há preocupação excessiva acerca de possíveis avaliações negativas dos outros. O que provoca sintomas ansiosos são a exposição e situações nas quais podem ser alvo da observação e julgamento de outras pessoas. Já na TAG, a ansiedade não surge apenas em situações específicas.
Transtorno de sintomas somáticos e transtorno de ansiedade de doença (hipocondria):
Indivíduos com transtorno de sintomas somáticos se assemelham aos pacientes com TAG devido à excessiva e constante preocupação com desconfortos físicos. A grande diferença entre os dois transtornos é que no transtorno de sintomas somáticos há ao direcionamento apenas aos aspectos do corpo, além da ideia de se ter uma doença grave que ainda não foi descoberta. Já no TAG há preocupação com múltiplos temas. 
Transtorno de ansiedade induzido por substância ou medicamento:
O uso excessivo de cafeína, de anfetaminas ou de cocaína pode gerar manifestações ansiosas psíquicas e somáticas, podendo surgir em decorrência do consumo ou na abstinência dessas substâncias. Tais sintomas também são comuns na abstinência de substâncias não estimulantes, como na abstinência ao álcool e aos benzodiazepínicos. Além disso, muitas medicações podem ter sintomas ansiosos como efeitos colaterais, como os agonistas dos receptores beta2adrenérgicos, corticosteroides, hormônio tireoidiano, anti-hipertensivos e digitálicos. Além disso, o consumo de neurolépticos e ISRS pode causar acatisia, que consiste em uma intensa sensação de inquietação e incapacidade de ficar parado, a qual se assemelha à ansiedade.
Diagnósticos diferenciais da clínica médica:
Condições endócrinas: dentre elas, destaca-se o hipertireoidismo e outras tireotoxicoses. O aumento dos hormônios tireoidianos acelera o metabolismo, levando a taquicardia, palpitação, tremor e aumento da frequência respiratória, insônia, irritabilidade, ansiedade e instabilidade emocional, também descritos no TAG, desse modo, é um importante diagnóstico diferencial. 
Exames Complementares: 
O diagnóstico de transtorno de ansiedade generalizada é clínico, não necessitando de nenhum exame complementar. Apenas são necessários a anamnese clínica e psiquiátrica, o exame psíquico e o exame físico geral, com foco no exame neurológico, cardiovascular, pulmonar e endócrino. Os exames complementares são úteis para descartar diagnósticos diferenciais na presença de sinais e sintomas que sugiram alguma possível causa orgânica adjacente. Podem ser úteis: função tireoidiana, glicemia, eletrocardiograma, ecocardiograma, perfil toxicológico e metanefrinas plasmáticas livres ou urinárias.
Tratamento: 
O tratamento medicamentoso associado à psicoterapiaé adequado para o tratamento inicial de pacientes com TAG. São consideradas medicações de primeira linha os ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina) e os IRSN (Inibidores seletivos da recaptação da noradrenalina). 
Medicações de primeira linha para TAG: Escitalopram, Paroxetina, Paroxetina CR, Sertralina, Agromelatina, Duloxetina, Pregabalina, Sertralina, Venlafaxina XR. 
As medicações devem ser iniciadas e retiradas gradualmente. Por causa da demora no início dos efeitos terapêuticos, essas medicações não devem ser consideradas inefetivas até atingirem a dose minimamente adequada e serem continuados por 4 a 8 semanas. Uma vez atingida a melhora terapêutica, a medicação deve ser mantida por 1 ano. 
Benzodiazepínicos são efetivos na redução de efeitos ansiosos, porem têm uma relação dose-resposta associada à tolerância terapêutica, risco de dependência, sintomas cognitivos e sedação. Quando usados em combinação com antidepressivos, podem acelerar a melhora dos sintomas depressivos, mas devem ser usados por um tempo curto e apenas durante crises.
Tratamento psicoterápico: 
Apesar dos resultados das terapias cognitivo-comportamentais (TCC) serem inferiores aos obtidos em outros transtornos de ansiedade, elas ainda são o tipo de psicoterapia com maior evidência de eficácia no tratamento da TAG. 
Transtorno de Ansiedade Generalizada:
 
De modo geral, os transtornos de ansiedade englobam as manifestações patológicas 
de pelo menos três e
stados emocionais distintos, 
ansiedade, medo e pânico.
 
O 
transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é o protótipo dos transtornos do estado 
emocional de ansiedade, e o seu principal caráter é a dificuldade em controlar 
preocupações excessivas sobre temas v
ariados
.
 
O transtorno de ansiedade 
generalizada é definido como ansiedade e preocupação excessivas com vários eventos 
ou atividades na maior parte dos dias durante um período de pelo menos 6 meses. A 
preocupação é difícil de controlar e está associada com
 
sintomas somáticos, como 
tensão muscular, irritabilidade, dificuldade para dormir e inquietação. É perturbadora 
e compromete áreas importantes da vida da pessoa. 
 
Epidemiologia: 
 
É uma condição comum, estimativas da prevalência em um ano variam entre 3 a 
8%. A 
proporção de mulheres para homens é de aproximadamente 2 para 1. O transtorno, 
em geral, começa ao fim da adolescência ou início da vida adulta, embora seja comum 
ver casos em adultos mais velhos. 
 
Diagnóstico:
 
O TAG é caracterizado por um excesso de
 
comportamentos relacionados à prevenção 
e esquiva de riscos em detrimento do restante do repertório comportamental de 
indivíduo. Pessoas com TAG costumam superestimar riscos e antecipar desfechos 
negativos. Isso ocorre por meio de preocupações relacionada
s a diversos temas 
cotidianos e não restritas ao foco de outros transtornos psiquiátricos. 
Deve ser crônica 
(pelo menos 6 meses) e ocorrer na maioria dos dias. 
 
Outros sintomas psicológicos que podem estar presentes são irritabilidade, insônia, 
dificuldade
 
de concentração e falhas de memória. Associados aos sintomas 
psicológicos ocorrem sintomas físicos, como tensão muscular, mãos úmidas e frias, 
boca seca, sudorese, náusea, diarreia, desejo frequente de urinar e dores no corpo. 
 
Critérios Diagnósticos do 
TAG segundo o DSM
-
5:
 
1.
 
Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva) ocorrendo na maioria 
dos dias por pelo menos 6 meses, com diversos eventos ou atividades (como 
desempenho escolar ou profissional).
 
2.
 
O indivíduo considera difícil control
ar a preocupação.
 
3.
 
A ansiedade e a preocupação estão associadas com 3 (ou mais) dos seguintes 6 
sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos 6 
meses).

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