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Marianna Lopes – Propedêutica TM, 3° semestre FTC normalidade CONCEITO Sabendo que delimitar comportamentos e formas de sentir em normais e patológicos é difícil, o conceito de normalidade é relacionado com a saúde e transtorno mental e, para compreendê-lo, é preciso avaliar se tal ou qual fenômeno é normal, patológico ou se faz parte de um momento existencial do indivíduo, ou seja, esse conceito impõe a análise do contexto sociocultural para a psiquiatria cultural e etnopsiquiatria Critérios de normalidade • Normalidade como ausência de doença: Normal seria o não-portador de um transtorno mental (critério falho e redundante, baseando-se numa “definição negativa” – o que ela não é, ao invés do que ela é de fato) • Normalidade estatística: Normal seria o mais frequente (muitas vezes falho – o frequente nem sempre é o saudável – ex. sintomas ansiosos e depressivos) • Normalidade como bem-estar: Saúde é um completo bem-estar físico, mental, social e espiritual, e não simplesmente como ausência de doença, sendo assim um conceito utópico (OMS) • Normalidade funcional: O patológico é disfuncional e produz sofrimento para o indivíduo e/ou para seu grupo social • Normalidade como processo: Consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das desestruturações e reestruturações ao longo do tempo (conceito útil na psiquiatria infantil, juvenil e geriátrica) • Normalidade subjetiva: Ênfase à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde e suas vivências psíquicas (falho em pessoas com manias – se sentem bem, mesmo com um transtorno leve) • Normalidade ideal: Considerado normal aquilo que é mais “sadio”, mais “evoluído” (critério utópico) • Normalidade como liberdade: Saúde se vincula a possibilidades de guiar o próprio destino, enquanto no transtorno mental teria a perda da liberdade existencial • Normalidade operacional
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