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SISTEMAS ADESIVOS 
 
São substancias capazes de unir o material restaurador 
a estrutura dentaria, possibilitando restaurações mais 
estéticas e conservadoras. Permitem a obtenção de 
substrato dental e o material restaurador tanto em 
estruturas diretas como diretas. Existe no mercado 
uma grande diversidade de adesivos isso se dá pelas 
diferentes composições da estrutura dentária. Têm 
como base monômeros Bis-GMA, que também estão 
nas resinas. 
 
O esmalte é formado basicamente por mineral (96%) 
organizado sob a forma de prismas e 4% de conteúdo 
orgânico com a adição do ataque ácido, o esmalte fica 
áspero e a resina não tem capacidade de molhamento 
para penetrar e imbricar tendo então a adesão, 
posteriormente isso foi conseguido com invenção do 
sistema adesivo que além de unir-se ao substrato, 
adere-se também a dentina. A dentina contém grande 
quantidade de agua e de matéria orgânica sob forma 
de fibras colágenas. A dentina intertubular, localizada 
entre os túbulos dentinários, é o principal substrato 
para a adesão dentinária. Já a dentina peritubular, 
situada ao redor dos túbulos dentinários, exerce papel 
secundário no processo de adesão. A intima relação 
com a polpa dental e a diversidade de substratos 
dentinários fazem com que haja necessidade de mais 
de um protocolo de adesão ao tecido dentinário. A 
dentina superficial apresenta-se com maior 
quantidade de dentina intertubular e com poucos 
túbulos dentinários. Por isso, em se tratando de 
dentina, é o melhor substrato para adesão. A dentina 
próxima a polpa apresenta túbulos dentinários mais 
numerosos e calibroso e pouca quantidade de dentina 
intertubular. Além disso a diferenciação da dentina 
também é influenciada por idade, experiência cariosa 
ou traumática. Por isso, quanto maior a profundidade 
da cavidade, maior será a dificuldade no processo de 
adesão. A maior idade ou experiência de cárie pode 
mudar o protocolo de condicionamento ácido devido a 
maior ou menor mineralização dessa dentina 
A adesão a dentina é dada pela penetração do adesivo 
por entre as fibras colágenas (após a desmineralização 
com ácido, só sobra a camada orgânica), gerando uma 
zona de interdifusão chamada de camada híbrida. É 
preciso ter dois produtos diferentes, um para passar no 
esmalte e outro para dentina, já que as estruturas são 
bem diferentes. 
 
A polpa dental é um tecido conjuntivo frouxo, 
ricamente vascularizado e inervado, que integra junto 
com a dentina o complexo dentinopulpar. Adesão nela 
não é vantajosa. 
*PERGUNTA DE PROVA: os sistemas adesivos são 
compatíveis com a resina composta: não, por que deve 
haver uma compatibilização entre o sistema adesivo e 
a resina, por exemplo, as resinas compostas p90 por 
terem monômeros diferentes, não possuem 
compatibilidade com os sistemas adesivos 
convencionais, feitos com Bis-GMA. 
 
COMPOSIÇÃO DOS ADESIVOS DENTAIS: 
No passado os sistemas adesivos eram monômeros 
resinosos hidrofóbicos sem carga que proporcionavam 
adesão somente em esmalte. Composição química dos 
adesivos dentinários são mais complexas, 
apresentando monômeros hidrofílicos e hidrofóbicos, 
solventes, diluentes e, em alguns casos partículas de 
carga. Já que a dentina é úmida, precisa de monômeros 
hidrofílicos para ter compatibilidade e solvente (água, 
etanol e acetona) para deixar mais fluido (menos 
viscoso e escorrer melhor). Entre os monômeros, o Bis-
GMA é o mais utilizado, mas existem vários outros. A 
compatibilidade de um adesivo com um outro 
monômero resinoso se dá pelo fato de que ambas 
estruturas devem ter o mesmo monômero e então 
esse compartilhamento de elementos faz-se com que 
elas tenham afinidade para se unir quimicamente (a 
adesão do adesivo ao dente é mecânica, mas do 
adesivo a restauração é geralmente química. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Quanto ao condicionamento ácido prévio: 
convencionais, utilizam condicionamento ácido (ácido 
fosfórica 32% a 37% por cento, sua forma em gel é 
graças a sílica coloidal, pegar por 30 a 60 segundos em 
esmalte –demineralização seletiva do esmalte, cria 
retenções- e aproximadamente 15segundos em dente 
–remove smear layer, desmineraliza a dentina 
intertubular e desobstrui a entrada dos túbulos 
dentinários-). Enquanto que os autocondicionantes 
utilizam um agente acídico (monômero ácido) é o 
responsável pelo condicionamento do esmalte e 
dentina e a capacidade de tamponamento do tecido 
dentário neutraliza esse monômero, segundos após 
sua aplicação. 
 Quanto à afinidade aos fluidos 
dentinários: podem ser classificados como 
hidrofílicos ou hidrofóbicos (usaria só em área de 
esmalte). Os hidrofílicos apresentam o primer que é 
uma solução que contém grupos funcionais hidrofílicos 
e hidrofóbicos diluídos em solventes orgânicos. 
Os grupamentos hidrofílicos estabelecem a união do 
adesivo às fibras colágenas resultantes da dentina 
desmineralizada e úmida (camada híbrida). Os 
grupamentos hidrofóbicos (adesivo ou bond) que 
podem ser utilizados ou vir junto com os hidrofílicos ou 
ser usado separadamente somente em esmalte tem 
composição mais simples e servem para a adesão do 
adesivo ao material restaurador. No esmalte não 
precisa de hidrofílico porque não é úmido como a 
dentina desmineralizada. 
 Quanto à forma de polimerização: Podem 
ser divididos em dual, auto (polimerização química) e 
fotopolimerizável isso porque existem materiais que 
podem passar luz e outros não, como é o caso de 
cerâmicas (cimentação dual) e restauração de resinas 
compostas. 
Os adesivos fisicamente ativados polimerizam-se na 
presença de um comprimento de onda especifico, sem 
a necessidade de misturas. Os mais utilizados 
atualmente são os sistemas adesivos polimerizados por 
luz visível ou simplesmente fotopolimerizáveis. A 
escolha do tipo de polimerização depende do tipo de 
polimerização e compatibilidade dos materiais. O 
quimicamente ativado serve mais para coroas com 
acabamento de interno de zircônia ou 
metalocerâmicas que não deixam passar a luz, então 
precisam ser ativados “no escuro”. As 
fotopolimerizáveis são indicadas para cerâmicas 
feldspáticas finas (facetas) e restauração direta com 
resina (aumenta o tempo de trabalho). 
Quanto ao número de passos: Pode existir 
de 1, 2 ou 3 passos. Há sistemas convencionais de 2 
(ácido + primer-bond) ou 3 passos (ácido, primer – 
hidrofílico e bond – hidrofóbica) e autocondicionantes 
de 1 (ácido-primer-bond) ou 2 passos (primer acídico e 
bond). Geralmente, quanto menos passos, maior é o 
acerto do procedimento, mas menor é a resistência de 
adesão. Por isso foi criado um método de aplicação de 
ácido somente no esmalte (cria retenções) e depois 
bota o autocondicionante. 
 
FATORES CLINICOS QUE INTERFEREM NA 
ADESÃO: 
Nos sistemas adesivos convencionais o tempo do 
condicionamento ácido na dentina e no esmalte 
diferencia com já dito e esse é um processo crítico que 
deve ser levado a sério, sendo que a lavagem do ácido 
deve ser feita pelo dobro do tempo de 
condicionamento. A dentina deve se manter 
umedecida, o que mantém a rede de colágeno íntegra 
e permite a difusão de monômeros (não deve estar 
seca nem molhada, deve estar úmida). No momento 
em que o primer é aplicado sobre a estrutura dental, o 
solvente ajuda a deslocar a água e auxilia na 
penetração do sistema adesivo, porém deve ser 
evaporado. Para isso usa-se jatos de ar com intuito de 
remover somente o solvente e não o monômero. 
Assim, o primer condiciona a dentina para receber o 
adesivo (bond) que está liga o primer ao material 
restaurador. Em casos de sistemas 
autocondicionantes, a aplicação do sistema é feita sob 
esmalte e dentina secos. 
 
PROTOCOLOS CLÍNICOS 
- convencional de 3 passos: condicionamento ácido 
(tempo para esmalte e dentina, lavar abundantemente 
e secar suavemente com papel absorvente ou suaves 
jatos de ar para não desidratar a dentina), aplicaçãodo 
primer em duas ou mais camadas (aplicar primer em 
abundância e jatos de ar para evaporar o solvente) e 
aplicação do bond (aplicar formando uma camada fina, 
uniforme e brilhante em toda cavidade, caso 
necessário remover excessos do bond com um 
aplicador seco e fotopolimerizar de acordo com as 
indicações do fabricante). 
- convencionais de 2 passos: condicionamento ácido 
(tempo para esmalte e dentina, lavar abundantemente 
e secar suavemente com papel absorvente ou suaves 
jatos de ar para não desidratar a dentina) e aplicação 
do primer/bond (aplicar duas ou mais camadas, aplicar 
suaves jatos de ar para auxiliar na evaporação do 
solvente, o volume final do material deve ser mínimo, 
formando uma camada uniforme e brilhante, se 
necessário utilizar o aplicador seco para remover 
excessos e fotopolimerizar de acordo com as 
indicações do fabricante). 
- autocondicionantes de 2 passos: aplicação do primer 
acídico (não lavar a cavidade) e aplicação do bond 
(aplicar formando uma camada fina, uniforme e 
brilhante em toda cavidade, caso necessário remover 
excessos do bond com um aplicador seco e 
fotopolimerizar de acordo com as indicações do 
fabricante). 
- autocondicionante de 1 passo: aplicação de uma 
única solução contendo o primer e bond acídico (deve 
ser feita com a cavidade seca, não desidratada em duas 
ou mais camadas, de acordo com as indicações do 
fabricante, o volume final do material deve ser mínimo, 
formando uma camada uniforme e brilhante, se 
necessário utilizar o aplicador seco para remover 
excessos e fotopolimerizar de acordo com as 
indicações do fabricante). 
- autocondicionantes com aplicação prévia de ácido em 
esmalte: aplicação do ácido fosfórico (aplicar por 30 
segundos no ângulo cavossuperficial em esmalte, lavar 
abundantemente e secar suavemente toda a cavidade) 
e aplicação do sistema adesivo autocondicionante 
(deve ser aplicado em toda a cavidade inclusive no 
esmalte previamente condicionado e o número de 
passos depende do tipo de autocondicionante que está 
usando; o volume final do material deve ser mínimo, 
formando uma camada uniforme e brilhante, se 
necessário utilizar o aplicador seco para remover 
excessos e fotopolimerizar de acordo com as 
indicações do fabricante).

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