Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Beatriz Marinelli, 9º termo Urgência & Emergência INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES (IVAS) RESFRIADO COMUM Sintomas: rinorreia (coriza) e obstrução nasal são os sintomas mais comuns, podendo ter tam- bém mialgia e febre; Etiologia: rinovírus, coronavírus, VSR, influenza, parainfluenza; Prevalência:criaças de até 3 anos tem em média 6 a 7 vezes de quadro de resfriado por ano, com duração média de 5 dias. No 1º ano de vida associado a creche, a quantidade aumenta em 50%, apresentandp 10 episódios de resfriado por ano; Transmissão: contato direto e aerossol, sendo indispensável a lavagem das mãos na prevenção; Quadro clínico: o 1º sintoma é a odinofagia (dor na deglutição de alimentos), seguido de ob- strução nasal e rinorreia. A tosse está presente em 30% dos casos, e teremos febre em caso de influenza, VSR e adenovírus; Incubação: 1-3 dias; Duração: 3 - 5 dias, mas em casos de alergias associadas esse quadro pode se estender por 2 semanas; Tratamento: antipirético, analgésicos e lavagem com soro fisiológico. Obstrução nasal: Oximetazolina Risco de intoxicação Rinite medicamentosa Não usar < 2 anos pelo risco de intoxicação e rinite medicamentosa. Criança > 2 anos – usar no máximo pode 3-4 dias Rinorréia: Anti-histamínico de 1ª geração: efeito colinérgico (dá sono, dorme melhor e diminui a se- creção). Diminui a coriza e dá sono. Hidroxizina Polaramine proibido em menores de 2 anos, usar hixizine. Tosse persistente: Hiper-reatividade B2 – fenoterol (berotec) Influenza: oseltamivir , evitar uso de AAS. Evitar AAS: devido a síndrome de Reye – é uma encefalopatia por insuficiência hepática, pode ocorrer quando há associação com o influenza. Prevenção: lavar as mãos, usar máscara e vacinação. SINUSITE 98% são de causas virais e 2% bacteriano; Seios da face: etmoidal ( ao nascimento), maxilar (aerado aos 4 anos), frontal ( a partir dos 7 anos - adolescência); Etiologia: pneumococos (30%), hemófilos não tipáveis (20%)* e moraxella (20%)*; * Tem resistência a ATB betalactâmicos, devendo associar com inibidores de betalactamase; Fatores de risco: IVAS, creches, rinite alérgica, exposição ao cigarro; Uso interno: 1. Dipirona 500mg_________ tomar 1 cp VO de 6/6 horas se dor ou febre; 2. Oximetazolina solução a 0,0%____________________ aplicar 2 ou 3 atomizações em cada narina, de 12 em 12 horas 3. Fenoterol (Berotec)0,5mg/ml_________tomar 10 a 20 gotas, 3 vezes ao dia. 4. Hidroxizina 200mg__________________ tomar xarope 25mg, 8/8 horas, 4 vezes ao dia. Beatriz Marinelli, 9º termo Urgência & Emergência Quadro clínico: congestão e descarga nasal +++ (descarga posterior positiva) e tosse +++ com piora noturna (ao deitar); Diagnóstico clínico: IVAS por mais de 10-14 dias ou febre associada de descarga nasal purulen- ta por 3 a 4 dias; Diagnóstico complementar: cultura do aspirado dos seios da face, raio-x ( presença de sinais de inflamação) e tomografica ( sinais de inflamação); Tratamento: amoxacilina 50mg/kg/dia e cefuroxima. Falha terapêutica: Amoxacilina em dose dobrada associada a clavulanato de potássio; Casos de alergia: azitromicina; Duração: melhoras dos sintomas em 7 dias; Fatores de risco para falhas terapêuticas após 72 horas de tratamento são: ATB nos últimos 3 meses, creches, e crianças menores de 2 anos; essas falhas estão associadas a produção de be- ta lactamase e provável etiologia de hemófilos (50% de resistência) ou moraxella (100%). Na prática, pacientes com esses faotres de risco já se incia tratamento associado com clavulanato. AMIGDALITE AGUDA ( FARINGITE BACTERIANA AGUDA) Etiologia: Estreptococcus B hemolítico do grupo A; em crianças menores de 2 a 3 anos, a etiolo- gia bacteriana é rara, sendo comum acontecer amigdalite viral; Quadro clínico: inicio subto com quadro de odinofagia e febre. A faringe avermelhada com pe- téquias no palato mole, amígdala com exsudato e sinais de escarlatina ( língua em framboesa, sinal do Filatov (palidez perioral), sinal de Pasti (linhas avermelhadas que não somem a digi- to-pressão); Diagnóstico: cultura, teste rápido, hemograma ( leucocitose 10K-20K, 2/3 de linfócitos com ati- pias); Tratamento: sensível à penicilina. Alérgicos: eritromicina ou azitromicina. Caso não melhore em 72 horas, pensar em mononucleose. Complicações: abcesso amigdaliano, febre reumática e GNDA. ABCESSO AMIGDALIANO Costuma ocorrer em adolescente, causado por estrepto do grupo A+ anaeróbio; Quadro clínico: dor de garganta, febre, trismo ( limitação na abertura bucal - sinal mais marcan- te), disfagia. Por ter dificuldade em avaliação orofaringe, deve-se pedir uma tomografia; Exame da orofaringe: abaulamento tonsilar, desvio da úvula; Beatriz Marinelli, 9º termo Urgência & Emergência Tratamento: é de regime hospitalar, devendo internar. Associar antibiótico ( penicilina ou clin- damicina) + drenagem cirurgica. AMGDALITE VIRAL Comum em paciente menores de 3 anos, possuindo quadro semelhante a de um resfriado co- mum com início gradual, rinorreia e tosse; Faringite por adenovírus: segue a tríade clínica de conjutivite, febre e faringite; Por Coxsackievirus – Herpangina: presença de vesículas em palato, úlceras, hiperemia de orofa- ringe, febre, criança começa a rejeitar comida. Nesse caso deve-se utilixar antiinflamatório e antitérmico, não sendo necessário antibiótico. Recomendar alimentos em temperatura ambi- ente ou mais para gelado, evitar alimentos salgados. MONONUCLEOSE INFECCIOSA (FARINGITE-EBV) Diagnóstico: pesquisa de estreptococos negativo, hemograma caracteristico, placas esbranqui- çadas. Auto resolutiva, não tem efeito e piora com amoxacilina. OTITE MÉDIA É a causa mais comum de prescrição de antibióticos para crianças, com pico de incidência de 6 a 20 meses, sendo que 80% das crianças terão pelo menos 1 episódio até os 3 anos; Etiologia: pneumococo (40%), hemófilos não tipáveis (25-30%), moraxella (10-15%); Fatores de risco: idade menor que 2 anos por conta de uma menor resposta imunológica, teci- dos linfoide mais abundante, fatores da trompa de Eustáquio e muito tempo na posição hori- zontal; Quadro clínico: febre, irritabilidade, otalgia, otorreia purulenta; Otoscopia: contorno, cor, eritema, abaulamentos; Diagnóstico: membrana timpânica de moderada a intensamente abaulada ou otorreia de inicio recente; membrana timpânica levemente abaulada + otalgia; membrana timpânica levemente abaulada + hiperemia intensa; Tratamento: amoxacilina. Dobrar a dose quando for menor que 2 anos, uso de tratamento re- cente com ATB, creche. Em alergias: azitromicina. Falha em 72 horas: associar clavulanato. Axetilcefuroxima; Ceftriaxone; Complicações: cronicicidade e infecções em tecidos adjacentes. OTITE MÉDIA CRÔNICA SUPURATIVA Etiologia: pseudomonas e s.aureus; Tratamento: antibiótico parenteral; Complicações - OMA: mastoidite com periostite (inflamação da área pós-auricular); Tratamento: Drenagem cirúrgica + antibiótico parenteral. Uso oral: 1. Amoxacilina 500mg ____________________ 30 tomar 01 cp VO de 8/8 horas por 10 dias; 2. Dipirona 500mg_________ 1 cx tomar 1 cp VO de 6/6 horas se dor ou febre;
Compartilhar