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O enfoque da psicologia da saúde não está na patologia física, área destinada aos médicos, mas sim nos processos psicológicos e emocionais que envolvem o processo de adoecimento e saúde. A psicologia da saúde é uma área que engloba vários contextos de atuação do psicólogo, seja na forma de assistência e pesquisa, quanto no ensino. Alguns contextos onde o psicólogo pode trabalhar na área da saúde são: hospitais e clínicas, Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), Consultório na Rua, Residência Terapêutica. Ou seja, desde a prestação de cuidados de saúde na atenção básica e de média complexidade, unidades de internação hospitalar (alta complexidade), serviços de saúde mental, unidades de dor, oncologia, serviços de saúde pública, serviços de saúde ocupacional, consultas de supressão do tabagismo, serviços de reabilitação, entre outros. A partir de 1948, a Organização Mundial de Saúde, define o conceito de saúde como o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade. Com o seu desenvolvimento a partir da década de 70, a psicologia da saúde é uma área de atuação recente com o objetivo de entender as inter-relações entre o comportamento humano, saúde e doença. Segundo a American Psychological Association (APA) “a psicologia da saúde tem como objetivo compreender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença” (APA, 2003 apud CASTRO e BORNHOLDT, 2004). A psicologia hospitalar é uma área de atuação do psicólogo que está dentro do grande campo da psicologia da saúde. O psicólogo hospitalar procura trabalhar na melhora do acompanhamento do paciente, ajudando-o a enfrentar de forma mais equilibrada o quadro do adoecimento. A psicologia hospitalar trata de toda doença que apresente aspectos psicológicos, e cada uma dentro de sua subjetividade. Ela foca no aspecto psíquico, mas não descarta as causas orgânicas da doença. A psicologia hospitalar trata além do adoecimento do paciente em si, vai tratar também dos familiares e da equipe médica, individualmente e nas relações entre elas, para um melhor relacionamento e um melhor atendimento ao paciente. O psicólogo hospitalar muitas vezes está ali para oferecer uma escuta ao paciente, está ali para que o paciente se abra e diga o que quiser, a subjetividade do paciente é o objetivo, é a parte importante nesse processo, essa escuta é fundamental na cura do adoecimento. É somente através das palavras que o psicólogo hospitalar trata dos aspectos psicológicos, ele trabalha com o corpo simbólico, realiza a fala e a escuta enquanto a medicina cuida da parte de física do adoecimento. Na psicologia hospitalar existem duas técnicas principais: a escuta analítica, que são algumas intervenções básicas, como escuta, interpretação, entre outras, já a segunda é o manejo situacional que envolve intervenções. É muito comum confundirem a psicologia hospitalar e a psicologia da saúde, ou tratando-as como áreas iguais ou muito diferentes entre si, mas a psicologia hospitalar é apenas um dos diversos contextos onde o psicólogo pode atuar na psicologia da saúde. -Atenção secundaria e terciaria. -Atuação em hospitais. -Pratica profissional no hospital não exige especialização obrigatória. -Pratica interdisciplinar (em alguns hospitais). -Distintas teorias psicólogas utilizadas. -Atenção primaria, secundaria e terciaria. -Atuação em centros de saúde, hospitais, ONGs, etc. -Pratica profissional na área da saúde exige especialização obrigatória em alguns países. -Pratica interdisciplinar (em alguns hospitais e outras instituições de saúde). -Distintas teorias psicológicas utilizadas. Como mostra a tabela acima, a psicologia da saúde amplia a atuação do psicólogo hospitalar. Contudo, é possível que, em muitos hospitais do Brasil, os psicólogos realizem seus trabalhos em distintos setores de acordo com a definição da psicologia da saúde. No Brasil, entretanto, oficialmente, essa definição não existe como especialização oficial definida pelo CRP, ao contrario da Psicologia Hospitalar, que é uma especialidade.
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