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TUBERCULOSE Medicina da família e Comunidade EPIDEMIOLOGIA: · Década de 80 – aumento incidência; · Brasil é um país priorizado pela OMS; · Coinfecção HIV – 10%; · Abandono: 11%. · Principalmente Centro-Oeste, Norte e Nordeste; · Contribui para manutenção do quadro de desigualdade social – perpetuadora da pobreza (muito prevalente nesse grupo); FATORES DE RISCO: · Idade <2 anos e >60 anos; · Imunossuprimidos; · Grupos sociais desfavorecidos: Situação de rua, pobreza, miséria, privação de liberdade, minorias étnicas e HIV; ETIOLOGIA: · M. tuberculosis – BAAR, aeróbio; · Transmissão por via aérea por aerossóis de pessoa bacilífera: tosse, fala e espirro; TRANSMISSÃO: · Gotículas se secam e transformam em partículas menores; · Alcançam os alvéolos; · Primo-infecção. *** PESSOA COM BACILOSCOPIA POSITIVA INFECTA DE 10-15 PESSOAS/ANO; BACILO É SENSÍVEL A LUZ SOLAR E A CIRCULAÇÃO DE AR. RISCO DE ADOECIMENTO: · Depende da comunidade, do ambiente domiciliar, de características individuais · 10% dos infectados adoecem (5% nos 2 primeiros anos e o resto ao longo da vida); · Transmissão e adoecimento são influenciados por: Urbanização crescente e desordenada, desigualdade, moradias precárias, insegurança alimentar, baixa escolaridade e dificuldade de acesso aos serviços e bens públicos. TUBERCULOSE PRIMÁRIA: logo após infecção · Crianças e Imunossuprimidos; · Grave; SECUNDÁRIA OU PÓS-PRIMÁRIA: · Latente -> reativação; · 80% presença de cavidade; DIAGNÓSTICO: Forma pulmonar · Sintomático respiratório: tosse (3 semanas ou +) – BUSCA ATIVA · CLÍNICO: tosse persistente, seca ou produtiva; febre vespertina, sem calafrios; sudorese noturna e inapetência. · BACTERIOLÓGICO: baciloscopia direta 1. 2 amostras de escarro, detecta 60-80% dos casos em adultos 2. Indicações: busca ativa, caso de suspeita clínica ou radiológica e acompanhamento e controle de cura; · TESTE RÁPIDO: detecção dos bacilos, triagem e cepas resistentes a rifampicina. 1. Não deve ser utilizado para controle de cura e acompanhamento; · CULTURA: micobactéria, identificação e teste de sensibilidade; resultados em 14-30 dias. 1. Locais sem acesso ao TR: qualquer caso, independente da baciloscopia; 2. Locais com acesso ao TR: todo caso diagnosticado pelo TR e em todo caso suspeito mas com TR negativo, com persistência do quadro clínico. · IMAGEM: RX de tórax 1. Solicitado a todo paciente com suspeita clínica de TB pulmonar; 2. SUSPEITA: cavidades, nódulos, massas, consolidações, alargamento de mediastino, processo miliar, derrame pleural. INFECÇÃO LATENTE: · Exposição -> 30% chance de infecção; · OMS: ¼ população mundial; · Assintomáticos; · Não transmite; · Podem adoecer no futuro: · Não há indicação de investigação na população geral. · Quando investigar: Contato nos últimos 2 anos, HIV +, uso de inibidores de TNF-alfa ou corticosteroides, alterações radiológicas sugestivas, pré-transplante e alguns tipos de neoplasias, DM, IR em diálise, profissional de saúde; · Rastreio com PPD: diagnostica infecção latente, auxilia no diagnóstico em crianças, reativa se maior ou igual 5mm; Não utilizar no adulto; TRATAMENTO: · Negativar baciloscopia; · Prevenir bacilos resistentes; ACOMPANHAMENTO: · Mensal: avaliar adesão, monitorar peso, efeitos adversos, etc; · Bacteriológico: negativar após 2 semanas – baciloscopia mensal; · Radiológico: início e fim do tratamento; · Se evolução insatisfatória: referenciar; · Se evolução satisfatória: iniciar manutenção dos 4 meses;
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