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Profa. Ma. Monica Buratto UNIDADE I História, Memória e Patrimônio Em época de profundas transformações, o cotidiano estafante faz com que muitos indivíduos desejem a fuga das cidades, aliviando da confusão diária, levando-os a buscarem melhores condições de existência e a reequilibrarem suas energias. Os indivíduos vivenciam os desafios do mundo contemporâneo, tanto do ponto de vista cultural como econômico, social e até político, que se transformam em conflitos. A viagem cultural produz novas experiências no mundo real do indivíduo, modificando o seu modo de ver os diferentes grupos sociais por meio do contato com a cultura e a história de outros indivíduos e através da experiência diferenciada de “olhar” o outro. O Turismo Cultural proporciona conhecimento e lazer. História e turismo cultural Na evolução humana, podemos perceber que muitos eventos e realizações se relacionam, se entrecruzam, se comunicam. Se quisermos compreender como surgiu a produção simbólica e cultural de um povo, devemos nos remeter a um passado mais remoto, que leva ao surgimento das primeiras civilizações. É comum identificar-nos com aspectos simbólicos e conteúdos histórico-culturais de uma determinada sociedade, uma vez que muitos aspectos daquela cultura são manifestados na nossa sociedade, pois foram adquiridos pelo intercruzamento ou pela dominação cultural sobre o nosso grupo social. A história e o seu protagonismo no turismo cultural O historiador tem o trabalho de capturar registros, de investigar acontecimentos e os relatos do passado a fim de identificar, interpretar e reconhecer as características que se encontram na história local e a história mundial. As várias abordagens existentes no modo de pensar a história e de interpretar o objeto são consequências das variações ocorridas em cada época em que o pensamento foi concebido e podem refletir no modo de como o sujeito/pesquisador percebe o objeto. O método de abordagem do pesquisador no século XIX é diferente do pesquisador do século XX e do século XXI, pois ele sofre as influências dos paradigmas da sua época. O papel do historiador A apresentação da história descrita nos livros é chamada de história oficial e é elaborada por intermédio de um modelo de investigação científica realizado com a ajuda de fontes materiais, isto é, pistas deixadas pelo homem, tais como pedras ou tábuas escritas, monumentos, utensílios arqueológicos, documentos antigos, manuscritos, livros, entre outros. Em geral, a história oficial é controlada por grupos institucionais que tendem a autorizar o que pode ser falado ou não. As maneiras de se procurar pela história Vários aparatos metodológicos são utilizados na investigação histórica, dependendo do tipo de fonte ou pista encontrados ou que estão disponíveis para estudo. Depois de aplicado o método para descrever e explorar o objeto de estudo histórico, o pesquisador interpreta o objeto, escreve e publica o que encontrou. O pesquisador escreve a história através da sua interpretação sobre o objeto. Ele produz a história escrita. História escrita Algumas sociedades chamadas de ágrafas, isto é, aquelas culturas que não se utilizam da escrita para conservar sua história, conservam seus rastros materiais e sua memória por meio da transmissão oral do conhecimento pelo chefe, xamã ou pajé do grupo. Esses povos não escrevem sua história, pois não utilizam escrita. A história oral se baseia em relatos orais da memória do grupo social e podem incluir crenças, hábitos, aptidões, moral, costumes e experiências coletivas adquiridas pelos seus membros e que caracterizam aquele grupo. A história oral fica, dessa forma, acolhida pela memória. História oral A compreensão do passado humano ocorre a partir das pistas deixadas pelo ser humano e pelo grupo. Essas pistas podem ser escritas, materiais, não escritas, imateriais, dentre outras que não estão registradas fisicamente, e quando investigadas minuciosamente, auxiliadas por técnicas e métodos, levam o pesquisador a uma fidedignidade dos fatos pesquisados. No decorrer da própria História os pesquisadores elaboraram teorias distintas e concepções para se estudar o passado e com diversas práxis (prática) para apreender o objeto histórico. É o que podemos chamar de Teoria da História. A teoria da história: as correntes de pensamento Positivismo: teoria desenvolvida por Augusto Comte por volta do século XIX. Essa concepção defendia o conhecimento científico como único e verdadeiro. Os fatos históricos deveriam ser comprovados por métodos científicos reconhecidos. Tinham grande fé na ciência e rejeitavam qualquer tipo de crença. Ligaram-se ao Humanismo e ao Evolucionismo, teoria que explicava que as sociedades europeias eram mais evoluídas do que outras. Para eles a história era descritiva, factual e episódica. Historicismo: seus expoentes Leopold Ranke, Johann Gustav Droysen, Wilhelm Dilthey, Hans Georg Gadamer, Paul Ricouer, Benedetto Croce e Karl Mannheim davam atenção à subjetividade do sujeito que constrói a história e tinham o método de abordagem parecido com o das Ciências Sociais. Os historicistas admitiam a compreensão de que cada sociedade tinha sua própria singularidade e, portanto, a história dos povos não estaria sujeita à história universal. Teorias do século XIX Materialismo Histórico: abordagem teórico-metodológica desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels. Vinculava o estudo da História com o estudo da economia. Características: compreensão da história a partir do materialismo histórico e materialismo dialético (as contradições da sociedade surgidas a partir do modo de se produzir). O método dialético compreende que qualquer fenômeno não pode ser explicado ou dissociado dos outros fenômenos que o circundam; a natureza está sempre se transformando, em transição. Para esses pensadores a vida material determina a vida social e política do indivíduo, isto é, as forças de produção ou o modo de se produzir em uma sociedade determinam a vida que o indivíduo tem nesta sociedade. Teorias do século XIX Escola dos Annales nasceu na França em 1929, com Marc Bloch e Lucien Febvre (1ª fase), Fernand Braudel (2ª fase 1950), Jacques Le Goff e Pierre Nora (3ª fase - 1970) e Georges Duby e Jacques Revel (4ª fase - História Cultural). Esses pensadores foram contra a história tradicional, factual e a história política. Eles incorporaram à história métodos utilizados nas Ciências Sociais, utilizando estudos de documentos arquivados e outras fontes históricas, história social e interdisciplinaridade. Nova História - Jacques Le Goff e Pierre Nora (história das mentalidades) acreditavam que todos os seres humanos são portadores de uma história, se aprofundaram no estudo do homem comum, o estudo do mundo rural e o estudo multidisciplinar. No Brasil, os trabalhos da historiadora Mary Del Priore, se aprofundaram na história das mentalidades. Teorias do século XX Micro-história foi concebida por Carlo Ginzburg e Giovanni Levi (1981 e 1988). Essa abordagem se utiliza de recortes temáticos da história favorecendo o sujeito individual, privilegia fatos relevantes específicos dentro do contexto estudado que são desprezados em outras abordagens e analisa a história do cotidiano. História Cultural: Peter Burke (1970). Características: conexão entre a História e a Antropologia, história das classes baixas, as pessoas comuns como objeto de estudo, história do corpo, história da música, da literatura e da arte, do imaginário cultural, da identidade individual e das formas linguísticas de apreensão da realidade. Teorias do século XX Michel Foucault (1926-1984) elaborou um estudo sobre os sistemas de exclusão gerados pelo Ocidente: a ciência médica e psiquiátrica que preconizava a loucura, os sistemas de vigilância, as prisões e a sexualidade. Escola Inglesa: representadapor Edward Thompson, Eric Hobsbawm e Raymond Willians. Estavam ligados à historiografia marxista e elaboraram uma investigação criteriosa sobre classes operárias inglesas, como fez Thompson. Quantitativismo (anos 70) iniciado na história econômica, abrange os estudos sócio-históricos, recorrendo à estatística e à quantificação. Teorias do século XX Assinale a alternativa correta sobre o trabalho do historiador: a) O historiador tem o trabalho de capturar registros, de investigar acontecimentos e os relatos do passado, a fim de identificar, interpretar e reconhecer as características descritas nos livros publicados. b) Ao conhecer a história local, o historiador consegue ter apenas uma visão parcial dos acontecimentos que influenciaram a história mundial. c) No decorrer da história surgiram visões distintas sobre o mesmo fato. Trata-se da questão da objetividade no conhecimento histórico e nos entendimentos que os historiadores têm perante os fatos. d) É através de fontes históricas, isto é, documentos, livros, manuscritos (fontes orais) e relatos e narrativas (fontes orais) que o historiador consegue chegar a respostas. e) A tarefa do historiador consiste em ir além daquilo que ele está vendo, a fim de chegar a uma elucidação do significado das representações, dos símbolos e dos objetos encontrados. Interatividade Assinale a alternativa correta sobre o trabalho do historiador: a) O historiador tem o trabalho de capturar registros, de investigar acontecimentos e os relatos do passado, a fim de identificar, interpretar e reconhecer as características descritas nos livros publicados. b) Ao conhecer a história local, o historiador consegue ter apenas uma visão parcial dos acontecimentos que influenciaram a história mundial. c) No decorrer da história surgiram visões distintas sobre o mesmo fato. Trata-se da questão da objetividade no conhecimento histórico e nos entendimentos que os historiadores têm perante os fatos. d) É através de fontes históricas, isto é, documentos, livros, manuscritos (fontes orais) e relatos e narrativas (fontes orais) que o historiador consegue chegar a respostas. e) A tarefa do historiador consiste em ir além daquilo que ele está vendo, a fim de chegar a uma elucidação do significado das representações, dos símbolos e dos objetos encontrados. Resposta De que modo a história pode ser utilizada como recurso turístico? De que forma ela deve participar do planejamento turístico e qual método pode ser utilizado para uma maior compreensão do turista sobre os atrativos históricos e culturais visitados? O Turismo Cultural se apropria da cultura humana e o contato entre turista e comunidade visitada favorece as trocas culturais. O turismo se relaciona com a história quando as realizações e acontecimentos humanos são presenciados ou relembrados pelo turista quando em contato com a cultura material (edifícios) e com da cultura imaterial (sabedorias, conhecimentos) da comunidade visitada. Ao reconhecer o caminho percorrido pelos homens no decorrer do tempo, o turista é convidado a estabelecer elos com o seu próprio passado e identificar-se com ele. A história como referência para o turismo O patrimônio cultural de uma nação relaciona-se com potencialidades históricas e culturais que possam ser visualizadas e que são expostas nos bens culturais, principalmente nos edifícios. A história contida nos bens culturais constitui o carro-chefe do Turismo Cultural e deve ser protegida para que possa disponibilizar a todos conhecer a herança cultural de determinada população. A história como referência para o turismo É necessário que o turista apreenda o conteúdo histórico de uma forma clara e aprofundada, e isso só é possível caso ocorra uma disposição dos órgãos competentes em estabelecer um plano interpretativo turístico que disponibilize ao turista a percepção e uma interpretação clara da história do lugar. A investigação científica no Turismo emprega métodos e conceitos das Ciências Sociais, mas não tem um corpo teórico específico. O pesquisador em turismo se utiliza de conceitos da Psicologia, da Antropologia, da Sociologia, da Geografia e da História e, portanto, o estudo em turismo é de natureza multidisciplinar e interdisciplinar. O modelo quantitativo, isto é, aquele que recorre à quantificação e a estatísticas da oferta e da demanda, também é muito utilizado nos estudos turísticos. A história como referência para o turismo Podemos conceituar ainda o turismo cultural como um conjunto de atividades que se desenvolvem com a finalidade de possibilitar ao turista alguns conhecimentos e ampliar sua cultura a partir de uma perspectiva de tempo livre e da civilização do lazer. São características desse segmento: Entrar em contato com diferentes épocas históricas, artísticas e culturais. Visitar museus, monumentos, rotas e itinerários. Ir a manifestações culturais e de espetáculos – concertos, exposições, música, teatro. Participar de cursos, seminários e simpósios culturais e científicos, curso de idiomas. Ir a manifestações folclóricas, gastronômicas, festas e artesanatos. Conhecer vertentes religiosas, participar de romarias, visitar lugares santos, fazer retiros espirituais etc. Visitar grupos étnicos remanescentes. Reflexões sobre o turismo histórico-cultural O turismo histórico-cultural é um segmento bastante procurado no mundo inteiro, o turista que busca esses serviços almeja conhecer o passado de determinada sociedade e estabelecer um elo com seu próprio presente: o turista cultural deseja conhecer a história e suas múltiplas facetas com o objetivo de esclarecer os vínculos culturais nos quais está inserido e tenta conectar-se com o meio em que vive. Ele aspira construir uma identidade própria ao entrar em contato com identidades diversas. Reflexões sobre o turismo histórico-cultural Para uma abordagem mais aprofundada que envolva demanda e oferta no Turismo Cultural é fundamental investigar os aspectos: Geográficos: concentração geográfica, transporte e acesso, tráfego, centro de compras. Demográficos: idade, sexo, família, ciclo de vida. Socioeconômicos: classe de renda, instrução, status. Padrões de consumo: frequência e local de compra. Benefícios procurados: satisfação sensorial, redução de custos, atendimento e serviços. Estilo de vida: expectativa, interesses, amizades e relações pessoais. Demanda e oferta turística Personalidade: bases culturais, atitudes e valores, liderança. Caracterização econômica: setor de atividade, atuação, concorrência, acessibilidade, unidade de decisão de compra. Afluências: de descanso, prazer ou férias, desportiva, de negócios e compras, de convenções e congressos, gastronômicas, de saúde, científicas, culturais, religiosas, de aventura, ecológicas e rurais. Faixa etária: crianças, jovens, idosos. Demanda e oferta turística Envolvem os seguintes serviços: agenciamento turístico; transportes; hospedagem; alimentação; recepção; eventos. Atividades turísticas culturais Os desejos do turista desencadearão o destino e o percurso. Como o serviço turístico é intangível, ou seja, paga-se o produto antes de consumi-lo, torna-se necessária a construção de uma imagem positiva e um encantamento do atrativo cultural, estimulando o turista a voltar. O turista que procura bens culturais é atraído por símbolos e identidades culturais diferentes da sua e, se voltar ao local, significa que está em consonância com aquela identidade. Para isso, os bens culturais devem ser preservados perpetuando o seu sentido e imagem histórica a fim de estimular o turista a retornar, uma vez que ele construiu em sua mente uma imagem positiva da localidade que o atraiu. Reflexões sobre o turismo histórico-cultural Uma vez que é intangível, a imagem do local é fundamental, pois o turista percebe o produto apartir da aparência, do olhar. Dessa forma, os órgãos turísticos devem identificar e ajustar o produto que os turistas esperam encontrar na cidade histórica, enquanto que os órgãos públicos precisam conservar e valorizar o bem. Cabe aos órgãos comerciais a criação de um plano interpretativo turístico, a fim de conciliar o uso turístico com a utilização do patrimônio cultural; e cabe aos órgãos públicos editar leis que preservem esse patrimônio. Reflexões sobre o turismo histórico-cultural O atrativo turístico de caráter histórico-cultural nos disponibiliza a percepção dos tempos, ou seja, a vontade de apreender, de perceber e de interpretar a construção passada daquele local, bem como entender a importância da comunidade naquele contexto determinado. Ele é a interligação entre o tempo histórico e o devir, na medida em que instiga a população local a reproduzir os acontecimentos histórico-sociais ocorridos naquele espaço, tanto na cultura material como na imaterial. Reflexões sobre o turismo histórico-cultural A nova história pode ser um método interessante a ser utilizado na interpretação do atrativo histórico. Esse método privilegia a análise do cotidiano das pessoas comuns, a cultura constituída a partir da realidade social, a crítica do documento oficial, a valorização de outras fontes históricas (oral, por exemplo), o relativismo cultural, a preocupação com os movimentos coletivos, enfim, é necessário um dispositivo metodológico que abranja grande parte dos componentes interpretativos culturais. Interpretação do atrativo histórico Podemos encontrar dentro do turismo cultural vários tipos de subsegmentos que apresentam produtos e serviços diferenciados de acordo com o destino turístico. Como o mercado é dividido entre oferta e demanda, as empresas turísticas optam por segmentá-lo a partir dos perfis dos diferentes turistas. Ao segmentar o mercado turístico, as empresas optam por estratégias que atendam aquela segmentação. No Turismo Cultural, podemos encontrar várias formas de expressão cultural que não podem ser classificadas apenas em um único segmento turístico-cultural: são denominadas de subsegmentos. Dessa forma, estabelecem-se estratégias que atendam às demandas diferenciadas que possuem estímulo próprio. Subsegmentos do turismo cultural Todos os subsegmentos do Turismo Cultural estão inevitavelmente relacionados com os aspectos históricos e as manifestações culturais da região turística. São vários os subsegmentos que carregam a história e a cultura de um povo: turismo religioso, turismo étnico, turismo esotérico, turismo místico, turismo cívico, turismo cinematográfico, turismo arqueológico, turismo gastronômico, turismo histórico, enoturismo, turismo ferroviário, dentre outros. Destacam-se algumas modalidades turísticas carregadas de componentes históricos específicos: Subsegmentos do turismo cultural O Turismo Rural, ou Agroturismo ou Turismo Verde é um tipo de turismo cujas atividades são desenvolvidas através do contato com a natureza ou a vida no campo de pequenas populações rurais. Apesar de sua dimensão cultural envolvendo a população local, não é considerado pelo Ministério do Turismo como um subsegmento, mas sim como um segmento próprio, tal como o segmento cultural, devido a sua importância histórica no contexto socioeconômico nacional. O Turismo Étnico se caracteriza por atividades turísticas que envolvem o contato com grupos étnicos e suas identidades. Esse tipo de atividade abrange as comunidades quilombolas, indígenas, de imigrantes europeus e asiáticos. Turismo rural e turismo étnico Fonte: https://www.momondo.com.br/disc over/artigo/turismo-rural-no-brasil O Turismo Religioso é uma variante bastante procurada devido à sua categorização, não apenas pela sua atividade religiosa, mas também pela sua importância histórica, econômica e cultural. O turismo religioso pode ser definido como um o conjunto de atividades com utilização parcial ou total de equipamentos e a realização de visitas a lugares ou regiões que despertam sentimentos místicos ou suscitam a fé, a esperança e a caridade nos fiéis de qualquer tipo ou em pessoas vinculadas a religião. O tipo de clientela atraída pelo turismo religioso é variável de acordo com o local visitado. Em geral, as correntes turísticas religiosas atraem peregrinos, praticantes ou crentes de determinada religião, de diferentes idades, de situação social e econômica. Turismo religioso Templo de Amon no Egito. Lhasa no Tibet. Meca na Arábia Saudita. Delfos em Olímpia na Grécia. Benares e Varanasi na Índia. Vaticano em Roma. Santuário de Lourdes na França. Santuário de Fátima em Portugal. Santiago de Compostela na Espanha. Jerusalém/Terra Santa em Israel. Santuário de Aparecida no Norte no Brasil. Turismo religioso – locais considerados sagrados: Assinale a alternativa incorreta sobre as questões referentes ao Turismo Cultural: a) Atualmente, com a massificação do uso da informação, o planejamento turístico cultural é construído para transmitir informações rápidas, simplificadas e superficiais. b) Um entrosamento entre os métodos do turismo e da história e o planejamento dos atrativos históricos e culturais deve ocorrer para uma melhor compreensão da dinâmica temporal da localidade. c) Um plano interpretativo do bem cultural deve problematizar a informação para que haja outras interpretações sobre o objeto. d) Uma vez que é tangível, a imagem do local é fundamental, pois o turista percebe o produto a partir da aparência, do olhar. e) O turista que procura bens culturais interessa-se por identidades culturais e símbolos diferentes do seus. Interatividade Assinale a alternativa incorreta sobre as questões referentes ao Turismo Cultural: a) Atualmente, com a massificação do uso da informação, o planejamento turístico cultural é construído para transmitir informações rápidas, simplificadas e superficiais. b) Um entrosamento entre os métodos do turismo e da história e o planejamento dos atrativos históricos e culturais deve ocorrer para uma melhor compreensão da dinâmica temporal da localidade. c) Um plano interpretativo do bem cultural deve problematizar a informação para que haja outras interpretações sobre o objeto. d) Uma vez que é tangível, a imagem do local é fundamental, pois o turista percebe o produto a partir da aparência, do olhar. e) O turista que procura bens culturais interessa-se por identidades culturais e símbolos diferentes do seus. Resposta A definição de memória é um conceito abordado por várias linhas de pensamento, por exemplo, pela história, antropologia, psicologia etc. Enquanto fenômeno social, a memória refere-se tanto ao caráter coletivo quanto ao individual do sujeito. A história é uma área do saber que vincula o passado com a memória. Através dela, acessa-se afetivamente o passado coletivo e individual de um grupo social. Essa memória é conectada pelos estímulos trazidos pelos bens materiais (edifícios e habitações) e pelos bens imateriais (saberes) construídos pela história local e que se transformam em lugares de memória. O que é memória cultural? O passado sobrevive pela lembrança e é aflorado pelas imagens-lembranças que chegam da consciência. A memória ao associar-se com o passado e a história relaciona-se com a identidade cultural das sociedades, isto é, com os componentes da cultura, como a língua, os hábitos, as normas, entre outros. As cidades, locais de memória histórica, cresceram de repente e provocaram conturbações, isto é, unificação de duas ou mais cidades, responsáveis pela formação de grandes regiões metropolitanas. Muitas pessoas fogem das grandes cidades à procura de descanso. Apesar das grandes cidades serem locais de amplas oportunidades profissionais, a população urbana guarda os espaços de memória mais significativos, uma vez que são espaçosde afetividade, de lembranças. As cidades, locais de memória coletiva e individual As populações das grandes metrópoles também interagem com os espaços urbanos de uma forma global e local, isto é, se identifica com os valores culturais globais e com a cultura local. O global pressupõe o futuro e o local, o passado. O fenômeno turístico cultural desenvolve estratégias para estimular o indivíduo a ir em busca da cultura local, isto é, a conhecer a história dos habitantes do lugar, com seus pratos regionais, suas manifestações folclóricas, suas festas, sua arte etc. As cidades, locais de memória coletiva e individual Entende-se por memória coletiva as lembranças mais relevantes e oficiais de um grupo social, político, étnico ou religioso, que são transmitidas e compartilhadas de geração em geração, enquanto que a memória individual são as experiências guardadas pelo indivíduo, no que se refere à sua própria existência e às suas lembranças particulares. Entretanto a memória individual contém os elementos da memória do grupo social na qual o indivíduo se coletivizou. Cada sociedade tem uma história oficial criada a partir das experiências culturais coletivas e podem ser relembradas por meio da materialidade ou imaterialidade encontradas nos lugares de memória, isto é, locais onde são testemunhados fisicamente (cultura material) ou mentalmente (cultura imaterial) o passado coletivo daquela nação. Memória coletiva e memória individual A memória oficial costuma ser protegida pelos órgãos públicos, como museus, bibliotecas e arquivos, assim como através dos livros difundidos oficialmente, como exemplo os livros de história. Esse tipo de memória perpetua determinados acontecimentos ou fatos aceitos no interior dos vários segmentos sociais comandados por grupos políticos e sociais e dessa forma ela é utilizada como poder de persuasão: se tornam objeto de poder. Memória oficial A memória individual é configurada a partir das interações no interior da memória coletiva do grupo social em que o sujeito vive e diz respeito às suas experiências particulares na família, no trabalho, na escola, no templo etc. O Turismo Cultural se apropria dos lugares de memória, criados como suporte das memórias coletivas e com a finalidade de congelar a herança cultural de determinado povo. Esses lugares contam com o armazenamento de grande quantidade de informações históricas, tais como museus e edifícios governamentais. A comunidade local, que possui a memória histórica do lugar, são muitas vezes expulsas devido à especulação imobiliária. Memória individual e lugares de memória Os lugares de memória são verdadeiros depósitos de cultura e história, encontrados nos bens materiais (edifícios) ou imateriais (saberes), que traduzem a trajetória social daquele povo. O turista cultural, quando em contato com a comunidade visitada, valoriza seus saberes locais e os bens materiais, favorece a sua perpetuação, aumenta a autoestima do grupo, promove a difusão de conhecimentos e auxilia no combate à decadência dos bens culturais. O turismo é a arte do encontro entre culturas e indivíduos distintos. Lugares de memória A memória coletiva tende a produzir tanto as boas lembranças do passado como também pode trazer situações traumáticas enraizadas no imaginário coletivo. As experiências que causam grandes comoções podem ser apagadas da memória das pessoas ou podem ser armazenadas e transformadas quando determinada lembrança vem à tona. O esquecimento de algo traumático pode ser transformado. É preciso distinguir o esquecimento como omissão do esquecimento como negação: o primeiro é de ordem natural, isto é, o esquecimento natural de algo, enquanto que o segundo é uma estratégia da memória que procura apagar os eventos traumáticos de qualquer maneira. Produção de memórias e o esquecimento Dependendo da dimensão do trauma, a memória traumática pode ser enfrentada e modificada pelos sujeitos que viveram aquela situação. É possível que as lembranças que causaram grande impacto social sejam enfrentadas através da resistência dos membros do grupo. As experiências mais traumáticas são aquelas relacionadas a guerras, perdas, separações forçadas, trabalhos forçados como escravidão, governos de tiranos, entre outros eventos que podem ser esquecidos e apagados temporária ou permanentemente do imaginário cultural dos sujeitos históricos envolvidos. Por outro lado, o esquecimento pode se tornar uma estratégia governamental, a fim de que a população fique aprisionada à sua ideologia e não tenha autonomia para questionar as normas vigentes. Produção de memórias e o esquecimento Em alguns lugares, a comunidade esconde seus registros traumáticos permanecendo em silêncio diante do visitante, a fim de poupá-los de uma avaliação negativa do lugar. Entretanto é sabido que, entre eles, a memória continua viva. Uma das formas de uma cultura não cair no esquecimento é através da preservação ou tombamento de seus bens culturais, reforçando e valorizando seu conteúdo simbólico e compartilhando-os com os membros do grupo ou com os visitantes que vão em busca de cultura. Produção de memórias e o esquecimento Em alguns lugares, as pessoas tiram proveito de seus eventos traumáticos e os compartilham com o visitante com o objetivo de denunciar as atrocidades cometidas para que não mais ocorram. É possível encontrar esses acontecimentos que causaram grande comoção em museus, em locais de tortura ou em campos de concentração (em vários países da Europa) como uma tentativa de recuperar os fatos ao revelar ao mundo a memória do horror vivido. Muitos lugares de memória traumática são visitados por turistas. Memórias traumáticas Brumadinho, local de memória traumática. Fonte: https://www.poder360.com. br/brasil/brumadinho-tenta- recuperar-turistas-6-meses- apos-rompimento-de- barragem/ Muitos países europeus conservam a memória do Holocausto através da manutenção de seus espaços e memoriais, como por exemplo, Auschwitz-Birkenau e Treblinka na Polônia e Sachsenhausen, Ravensbrück, Dachau e Neuengamme, na Alemanha. As memórias da separação em Alemanha Ocidental (capitalista) e Alemanha Oriental (comunista) são mantidas nos museus como a DDR (Deutsche Demokratische Republik), que retrata o modo de vida dos alemães da Alemanha Oriental. Em várias regiões da Alemanha, principalmente em Berlim, são mantidos fragmentos e trechos do muro de Berlim, criado no final da Segunda Guerra Mundial para separar a cidade. Esses lugares de memória são locais de visitação turística intensa. Memórias traumáticas Outros locais emblemáticos que nos trazem lembranças das tragédias e traumas ocorridos na humanidade podem ser encontrados no Parque Memorial da Paz em Hiroshima (Cúpula Genbaku), no Museu da Bomba Atômica de Nagasaki, no Museu do Genocídio na Lituânia, na Casa de Anne Frank na Holanda, na Topografia do Terror em Berlim, nas lutas de Nelson Mandela na África do Sul para apagar as políticas de segregação racial, dentre outros lugares. Memórias traumáticas No Brasil, procura-se desconstruir alguns episódios históricos que nos levaram a grandes abalos traumáticos: as lutas fratricidas pela liberdade como resultado dos anos de escravidão negra no Brasil e tentativa de apagar a ditadura militar ocorrida entre 1964 a 1975. Outros eventos que ocasionaram comoções sociais manifestadas em grupos regionais como as guerras, os conflitos, as inconfidências e as revoltas tendem a ser manifestadas como heroicas pelo calendário oficial, é o caso da Inconfidência Mineira e Guerra dos Farrapos. É uma forma de lembrar para não esquecer. Memórias traumáticas O desembarque de africanos no Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, no século XIX, se transformou em um lugar de memória. A redescoberta do cais juntamente com objetos e artefatos espirituais origináriosde Angola, Congo e Moçambique movimentou os órgãos patrimoniais (Sphan) a não aniquilar a memória do lugar, transformando-o em sítio arqueológico. Memórias traumáticas O imaginário cultural se desenvolve na mente do indivíduo por meio das experiências culturais adquiridas com o contato social. Essas experiências obtidas através da convivência com o grupo representam a própria dimensão do processo social e regulam os comportamentos, as atitudes, a subjetividade e a identidade do indivíduo. No meio social, encontram-se as representações simbólico-materiais e imateriais construídas pela cultura. Como o imaginário só se declara por meio da linguagem, uma vez que o conteúdo mental individual somente pode se manifestar por meio das palavras, muitos autores apoiados nas teorias da linguística se preocuparam em decifrá-lo, identificando sua parte conceitual, isto é, procuram trabalhar com o conceito de imaginário, já que, segundo essa linha, ele se constrói por meio do discurso. O imaginário cultural A percepção é outro elemento importante na configuração do imaginário: ela provoca o diálogo entre o imaginário e o simbólico. Ela é um elemento essencial para a compreensão da abordagem fenomenológica. Através da percepção, o indivíduo promoverá a identificação entre a imagem, o pensamento e o sentimento, e a partir daí poderá acessar registros contidos no imaginário individual e cultural. O olhar constitui uma das primeiras formas da percepção, mas para que ela ocorra é necessária a existência de uma imagem. É a partir dessa percepção que conseguimos nos aproximar mais intimamente do objeto, é onde começamos a selecionar e distinguir imagens e, com isso, alimentarmos o nosso próprio imaginário. O imaginário cultural Em geral, os viajantes, hoje, adquirem o produto “viagem” de acordo com a divulgação das imagens ou motivados pelos ícones culturais modernos, que os atraem segundo os símbolos que representam, ou ainda pelo encontro cultural e pela interação humana que o turismo propicia: eles estão em busca de aventura e sentido para suas vidas e sentem-se seduzidos pelos símbolos disponíveis pelo mercado. Hoje, o movimento está garantido pela tecnologia que reduz o tempo do deslocamento. Além disso, o turista pós-moderno dispõe de uma variedade de reproduções visuais dos lugares a serem visitados, veiculadas pelos meios mais modernos de comunicação como internet, televisão, vídeos etc. O imaginário cultural e o turismo O itinerário rumo ao destino da viagem passa, então, pelo contato com as imagens do lugar, disponíveis para o viajante através de ilustrações, folhetos e propaganda, e depois, ao entrar em contato presencial com seu destino, ele é surpreendido com as imagens da localidade, através da utilização da sua capacidade perceptiva: o olhar como qualidade interpretativa da visão. O olhar do viajante é um olhar peculiar. É ele quem estabelece a conexão entre o mundo exterior, o espaço visitado, suas dimensões e o imaginário do viajante. Por isso, ele é um elemento fundamental para estimular o imaginário, na medida em que concretiza o transporte da forma material para o interior do indivíduo. O imaginário cultural e o turismo Elementos da cultura, que podem ser diferenciados em cada uma delas, como distância, textura, luz, cor, forma, contrastes e outros, chamam atenção da percepção do turista. O cheiro da cidade dá identidade ao lugar, o som enfatiza o espaço. Referências histórico-culturais do espaço, como arquitetura, urbanismo, o sistema político, o sotaque, os costumes, o relacionamento grupal, efemérides (calendário), o calendário de festas e outros, constroem a “alma do lugar” e atraem o turista. O imaginário cultural e o turismo Assinale a alternativa correta sobre as características dos lugares de memória: a) Se constituem em locais criados como suporte das memórias individuais com a finalidade de congelar a herança cultural coletiva de determinado povo. b) Esses lugares contam com o armazenamento de poucas informações históricas sobre a comunidade local, pois foram perdidas. c) São lugares de história onde existem símbolos culturais tradicionais mantidos pelo grupo. d) São locais cujos símbolos atraem o sujeito pela memória espontânea do seu passado imemorial. e) Apesar de serem lugares simbólicos não conseguem atrair o sujeito globalizado. Interatividade Assinale a alternativa correta sobre as características dos lugares de memória: a) Se constituem em locais criados como suporte das memórias individuais com a finalidade de congelar a herança cultural coletiva de determinado povo. b) Esses lugares contam com o armazenamento de poucas informações históricas sobre a comunidade local, pois foram perdidas. c) São lugares de história onde existem símbolos culturais tradicionais mantidos pelo grupo. d) São locais cujos símbolos atraem o sujeito pela memória espontânea do seu passado imemorial. e) Apesar de serem lugares simbólicos não conseguem atrair o sujeito globalizado. Resposta Os museus são espaços de memória, que abrigam acervo, objetos ou coleções artísticas ou científicas e são abertos ao público. Eles são parte do patrimônio cultural de uma nação, como os monumentos históricos e a cultura. Existe uma ciência aplicada para o estudo dos museus chamada museologia. Esta se complementa com a museografia, que cuida da instalação do acervo, temperatura ambiente da sala em que a obra está exposta, arquitetura dos edifícios e dos aspectos administrativos do museu. As origens dos museus remontam da Antiguidade como resultado da acumulação de tesouros antigos provenientes de butins e das guerras. Os museus – os lugares de memória Antiguidade: acumulação de tesouros antigos provenientes de butins. Ex.: Babilônia, Grécia, Pérsia etc. Grécia: Aparecimento do Mouseîon – santuários sagrados às Musas – protetoras das artes e das ciências. Neles haviam átrios onde eram guardadas obras de arte. Ao redor dos pequenos templos existiam os Thesaurus, isto é, pequenos monumentos para receber os ex-votos dos fiéis. O Mouseion constitui o primeiro núcleo museológico da Antiguidade e era ligado à religiosidade popular. Eram objetos de ouro, prata e bronze guardados pelos sacerdotes que os inventariavam e os conservavam. Museu de Alexandrina – criado por Ptolomeu em 285 a.C., continha 700.000 vols. de livros, plantas, objetos, zoológico etc. A evolução do museu Roma: a palavra Museum é aplicada para reuniões filosóficas nas "villas" particulares. Posteriormente as obras de arte passam a ser expostas ao público e também vendidas (surgem as falsificações). Idade média: a Igreja Católica monopoliza as obras de arte e relicários que são guardados em catedrais e monastérios. Os saques de Constantinopla (Cruzadas) formam os tesouros de São Marcos e Saint-Chapelle. O tesouro passa a ter um valor histórico e documental. Renascimento: Volta dos valores clássicos. Os tesouros são protegidos pelas famílias ricas italianas (Médicis). Papas se tornam colecionadores. Surge o Museu Natural (coisas da natureza). Maneirismo: Coleções e obras passam para os países da Europa Central sob o domínio de reis, duques e condes e incluem tapetes, relógios, plantas, minerais e pinturas. A evolução do museu Século XVII – Consolidação das coleções monárquicas. Burguesia dos Países Baixos apoderam-se dos objetos valiosos. Surgem as galerias de pintura, as feiras e o comércio de obras de arte. Pintores se tornam conselheiros dos colecionadores. Ashmolean Museu de Oxford (1683) – primeiro museu público. Século XVIII – Colecionismo, escavações em Pompeia e Herculano, criação das Academias de Arte, surgimento do Rococó e Neoclassicismo. Início da Arte Burguesa. Cria-se a Museologia (1727). Em 1791 é criado o Museu do Louvre – concepção moderna de patrimônio cultural e nacional. A evolução do museu Mouseion – templo de instituição e pesquisa. Museum latino – salas ou gabinetes de trabalho dos homens de ciências e letras, compilação de dados exaustivos. Colecionismo – reserva ou prestígio social. Coleções abertas ao público – Contra Reforma. Primeiro museu – Ashomolean Museum em Oxford – acesso limitado. Galerias de palácios – abertas ao público. Revolução Francesa – museu educador da nova ideologia. Evolução do museu Século XIX – Legitimar e mostrar conquistas da burguesia, produção exótica, saber enciclopédico e nacionalismo. Século XX – Museus críticos – URSS. Museu dos anos 60 – Dinâmicos com serviços educacionais e culturais. Museu itinerante – Acervo percorre vários locais. Museu ao ar livre – Acervo é composto de um conjunto de edifícios de uma época criando uma ambientação. Museu comunitário – O espaço do museu é para a comunidade pensar os seus problemas. Evolução do museu Museu: Instituição permanente, aberta ao público, sem fins lucrativos, que adquire, conserva, pesquisa e expõe coleções e objetos de caráter cultural ou científico para fins de estudo, educação e entretenimento (definição dada pelo Conselho Internacional de Museus, o ICOM, na Assembleia Geral de Copenhagen, em 1972). É órgão específico de defesa do Patrimônio Cultural Móvel, de uma nação ou região. Conceituação São considerados museus: I. Monumentos e sítios naturais arqueológicos e etnográficos de natureza museal que adquirem, conservam e divulgam evidências materiais do povo e seu meio ambiente; II. Instituições que mantém coleções de espécimes vivos de plantas e animais, e que expõem, como jardins botânicos e zoológicos, aquários e viveiros; III. Centros científicos e planetários; IV. Institutos de conservação e salas de exposição mantidos permanentemente por bibliotecas e arquivos históricos; V. Reservas naturais. Museus Museu Real do Rio de Janeiro (1818) Museu Histórico Nacional (1922) Museu Histórico de Petrópolis (1930) Museu de Arte de São Paulo (1947) Museu de Arte Moderna de São Paulo (1948) Primeiros museus do Brasil Fato museal: relação entre o homem (sujeito) e o objeto (cultura material ou imaterial). Nova museologia: Ecomuseus – museu participativo onde a comunidade participa. Atribuição do museu: tem um trabalho interno (preservacionista) e um trabalho externo em direção ao público (didático). Funções do museu: Pesquisar, preservar e conservar, expor educar e entreter. Museus atuais: Museu didático, móvel, experimental e lúdico. Em geral são usados recursos tais como: exposições temáticas, maquetes, hologramas, audiovisuais, videodiscos, maquete animada etc. Atribuições Museu descentralizado: museus locais + iniciativa privada. Racionalização da gestão dos museus: Agências de engenharias culturais. Museu-mercado: indústria museística. Conservação “in-situ”, conservação no local. Gestão dos museus: Museus estatais, fundações, patrimônios especiais (Igreja), museus privados. Se antes os museus eram impostos pela cultura dominante, hoje eles se transformaram em espaços da cultura local. Eles representam a identidade e a memória histórica dos vários grupos sociais, permitindo o acesso e facilitando a prática educativa, além de reforçar e consagrar a cultura e a história dos povos. Os museus atuais surgem como potência transformadora, como patrimônio vivo, rompendo com os padrões estabelecidos no passado e promovendo a memória dos grupos esquecidos. Museus atuais A nova museologia defendida por Hugues de Varine-Boham e Georges Henri Revière propõe a participação da comunidade, os laboratórios “in situ”, realizados pela própria comunidade e a adaptação às necessidades da sociedade que se transforma rapidamente. Segundo Varine Boham, os museus tradicionais evoluíram e muitos se transformaram em museus comunitários, adaptados em três eixos: edifício – coleção – público. O edifício passa a ser definido pela comunidade, assim como o acervo. Os museus comunitários partilham seus bens com o público, sem perder sua autonomia. Nova museologia No século XX surgem os museus sem acervo, organizados não mais ao redor da ideia de coleção, mas segundo as necessidades e exigências dos espaços. O prédio não é mais requisito essencial para a definição de um museu. Os acervos atravessam os espaços e podem ser constituídos na rua (arte pública) ou ao ar livre. A arquitetura dos museus passa também a ser um atrativo importante, mas não imprescindível. Nova museologia a) Museus interiores: em prédios construídos especialmente, em prédios de valor histórico ou artístico adaptados, em barracões ou casas simples. Os museus interiores podem ser: Comunitários: onde a população participa e toma decisões em relação ao acervo, à visitação etc. Lúdicos: espaços didáticos, destinados a brincadeiras com o acervo. As peças podem ser manipuladas pelos visitantes. Didáticos: São realizadas oficinas com crianças e adolescentes, a fim de apreender técnicas artísticas. Design Museu: Espaços destinados à arquitetura e ao design, onde os objetos podem ser apreciados e até tocados. b) Museus ao ar livre: reconstrução de cenários culturais, étnicos, artísticos e da história local, em grandes extensões de terreno. Construídos: Ex.: Museu Skansem (Suécia – 1891), Exposição Internacional de Paris (1878), Museu Nacional de Niger (1958), Museu Beamish (Inglaterra). Museus de Sítio ou Site Museum ou Museu local: Concebido e implantado para proteger a comunidade natural e cultural, móvel ou imóvel, em seu lugar original. A historicidade dos objetos se encontra no local e não foram recriados por meio de técnicas museológicas. Ex.: Williansburg (Virgínia - EUA) e Ironbridge George (Inglaterra). Assinale a alternativa incorreta sobre as características dos museus atuais: a) Atualmente existem museus sem acervo, organizados não mais ao redor da ideia de coleção, mas segundo as necessidades e exigências dos espaços. b) O prédio continua sendo um requisito essencial para a definição de um museu. c) Hoje em dia os acervos atravessam os espaços e podem ser constituídos na rua (arte pública) ou ao ar livre. d) Hoje os museus se transformaram em espaços da cultura local. e) Os museus atuais surgem como potência transformadora, promovendo a memória dos grupos esquecidos. Interatividade Assinale a alternativa incorreta sobre as características dos museus atuais: a) Atualmente existem museus sem acervo, organizados não mais ao redor da ideia de coleção, mas segundo as necessidades e exigências dos espaços. b) O prédio continua sendo um requisito essencial para a definição de um museu. c) Hoje em dia os acervos atravessam os espaços e podem ser constituídos na rua (arte pública) ou ao ar livre. d) Hoje os museus se transformaram em espaços da cultura local. e) Os museus atuais surgem como potência transformadora, promovendo a memória dos grupos esquecidos. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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