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Erros inatos do metabolismo

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Erros inatos do metabolismo 
Os erros inatos do metabolismo (EIM) são distúrbios 
de natureza genética que geralmente correspondem a 
um defeito enzimático capaz de acarretar a 
interrupção de uma via metabólica. Ocasionam, 
portanto, alguma falha de síntese, degradação, 
armazenamento ou transporte de moléculas no 
organismo. 
▪ Determinada geneticamente 
▪ Defeito enzimático 
▪ Bloqueio de uma determinada rota 
metabólica 
▪ A consequência deste boqueio é: o acúmulo 
do substrato, a deficiência do produto da 
reação, o desvio do substrato para rota 
alternativa 
▪ O quadro clínico é decorrência destas 
consequências 
▪ Um quadro clínico em consequência do 
acúmulo, depende do tamanho da molécula. 
Uma molécula pequena se difunde enquanto 
que uma grande acumula. 
 
 
Características 
Diminui o número de doenças infecciosas 
Doenças genéticas são 50% dos leitos pediátricos 
(Hem. Norte) 
10% das doenças genéticas são EIM ➔ casos raros de 
difícil diagnóstico ➔ por se assemelhar com varias 
outros sinais que outras doenças possui. 
 
Herança 
Autossômica recessiva 
Algumas ligadas ao X 
Mitocôndrias (100%) 
Sozinha são raras, mas em conjunto tem uma 
incidência de 1:5000 
Homologia fenotípica 
➢ As características frequentemente 
compartilhadas 
➢ Enzimas diferentes funcionam na mesma área 
de metabolismo 
➢ Doenças diferentes originam-se por defeitos 
de uma mesma enzima 
Todo nosso arcabouço enzimático que quem está 
fazendo isso por trás (coordenados) é os genes. Caso 
ocorra um defeito nesse gen vai haver modificação 
nessa enzima, podendo ocorrer uma falha na via 
metabólica. 
Alguns casos de intolerância são por conta do 
acúmulo de produtos pela falha da via metabólica. 
Normal: substrato ➔produto 
  
 Enzima 
A enzima Y atua em 4 rotas metabólicas, que produze 
produtos diferentes, logo na ausência dessa enzima Y 
todos os 4 produtos estarão ausentes, o que resulta 
numa mesma causa clínica. 
 
As enzimas 1,2,3 e 4 atuam conjuntamente pata gerar 
o produto final. 
Na ausência de qualquer uma destas enzimas o 
defeito será o mesmo: a falta do produto final 
Logo a clínica será a mesma 
 
 
Manifestação clínica 
Variadas, desde assintomáticos (glicosúria renal) até 
fatais (defeitos no ciclo na ureia) 
Parecem com doenças comuns (septicemias) 
Podem aparecer ao nascimento ou na infância 
Pode ter qualquer sintoma 
 
Retardo ou regressão neurológicos – 31 de 90 
Hepatomegalia – 27 de 90 
Retardo no crescimento- 25 de 90 
Convulsões- 24 de 90 
Vômitos, letargia- 20 de 90 
 
Diagnóstico: 
Correlação genótipo (presença de mutações) - 
fenótipo (expressão clínica) = intensidade da doença, 
sobrevida e resposta ao tratamento 
(encaminhamento) 
Efetivo feito pela determinação da atividade 
enzimática ➔ caro ➔ só quando há suspeita 
Diversidade de efeitos ➔ dificulta diagnóstico 
Usa-se teste de triagem (urina, sangue) --- falso 
positivo 
 
GRUPOS CARACTERÍSTIC
AS 
DOENÇAS 
1- defeito 
de síntese 
ou 
catabolismo 
de 
moléculas 
complesxas 
Sinais e sintomas 
permanentes e 
progressivos 
Doenças 
lisossomais e 
peroxissomias 
2- Defeito 
no 
matabolism
o 
intermediári
o 
Intoxicação 
aguda e crônica, 
intervalo livre de 
sintomas; 
relação com 
ingestão 
alimentar 
Aminoacidopatia
s; acidurias 
orgânicas; 
defeito do ciclo 
da ureia e 
intolerância ao 
açucares 
3- defeito 
na produção 
ou utilização 
de energia 
Metabolismo 
intermediário de 
fígado, músculo 
ou cérebro 
Doença de 
depósito de 
glicogênio; 
defeitos de beta 
oxidação de A.G; 
doenças 
mitocondriasis e 
hiperlacticemias 
 
GRUPO I – DOENÇAS LISOSSOMAIS 
MUCOPOLISSACARIDOSES: acúmulo de 
glicosaminoglicanos leva a desorganização do tecido 
conjuntivo (fígado, ossos, córnea) 
 Hurler 
 Hurler-sacheie 
 Scheie 
 Síndrome de Mórquio** 
ESFINGOLIPIDOSES: acúmulo de algum lipídio; 
membrana celulares (tecidos nervosos); clínica 
 Tay- Sachs 
 Doenças de Fabry 
 Doenças de Gaucher** 
o Herança ligada ao sex, no 
cromossomo X 
o Doença de depósito lisossômico, 
causado pela deficiência da enzima 
alfa- galactosidase 
o Deficiência: glicocerebrosidade 
o Acumulo: glicocerebrosídeo 
 Nieman-pick 
o Deficiência: esfingomielinase 
o Acumulo: esfingomielina 
GRUPO I – MUCOLIPIDOSES 
GLICOPROTEINOSE 
 FUCOSIDOSE 
 MANOSIDOSE 
 SIALIDOSE 
 ASPARTILGLICOSAMINÚRIAS 
DISTUBIOS DO TRANSPORTE DA MEMBRANA 
 Doenças do depósito do ác. Síalico 
 Cistinose 
 Doença de salla 
DOENÇAS DOS PEROXISSOMOS 
 Síndrome de Zellweger 
 Adrenoleucodistrofia (óleo de lorenzo) 
 Doença de Fersum 
 Hiperoxaluria tipo I 
GRUPO II – METABOLISMO INTERMEDIÁRIO 
✓ Intervalos livres de sintomas 
✓ Ingesta de alimento nocivo causa crise 
✓ Diagnóstico: pesquisa de ác. Orgânicos 
urinários 
✓ Os ácidos orgânicos são convertidos em 
diversos compostos que atuam em diversas 
vias metabólicas 
✓ Bloqueio das vias metabólicas- acumulo de 
radicais ácidos 
AMINIACIDOPATIAS 
 Cistinúria 
 Fenilcetonúria 
o Mutações fenilalanina-hidroxilase 
(converte a fenilalanina em tirosina) 
o A fenilalanina (acúmulo do substrato) 
é desviada para fenilpiruvato, 
fenilacetato e fenilactato (produtos 
alternativos) – tóxicos 
o Causa desmielinização 
o A falta de tirosina (ausência de 
produto) pertuba a produção de 
menina 
o Tratamento: retirada, não total da 
fenilalanina 
o Grávida que tem FNC devem ter 
cuidados rigorosos com a dieta 
 Tirosinemia 
 Homocistinúria 
 Hiperglicemia não cetótica 
 Doença da urina do xarope de bordo ou 
leucinose 
o Enzima deificinete: alfa-cetoácido 
desidrogenase de cadeia ramificada 
o Diagnóstico: elevação dos níneis 
plasmáticos de leucina, isoleucina e 
valina 
o Odor na urina característico de 
caramelo 
o Evolução rápida, grave cetoacidose 
o Tratamento: medidas de urgência 
(diálise) 
ACIDÚRIAS ORGÂNICAS: acúmulo de ácidos orgânicos 
em tecidos e fluidos corpóreos; acidose metabólica 
grave, vômitos, letargia, dificuldade de crescimento; 
correção da acidose, diminui ingesta de proteínas. 
 Acidemia isovalérica 
 Deficiência da 3-metilcrotonil CoA carboxilase 
 Acidemia 3-metilgrutárica 
 Acidemia metilmalônica** 
o Deficiência da metimalonil-CoA 
mutase ou de seu co-fator a vitamina 
B12 (adenosilcobalamina) 
o Propionato surge a partir da 
degeneração de (isoleucina, valina, 
metionina e treonina) ou por ác. 
Graxos e fermentação de bactérias do 
intestino. 
 Deficiência múltipla da carboxilase 
 Acidemia glutâmica tipo I 
DEFEITOS DO CICLO DA UREIA 
✓ Via metabólica que metaboliza a amônia pela 
síntese de arginina e ureia 
✓ Diagnóstico: hiperamonemia, níveis elevados 
plasmáticos de glutamina e alanina e a presença 
de ácido órotico e orotidina na urina 
✓ Quadro clínico: encefalopatia, alcalose 
respiratória e hiperamonemia 
✓ Mais frequente deficiência da transcarbamilase, 
menos arginase 
✓ Sintomas tem inicio após 24 horas de vida: 
diminuição da aceitação alimentar, letargia que 
progride para coma 
✓ Tratamento (aguda): evitar efeitos tóxicos da 
amônia (hemodiálise, benzoato e fenilacetato) 
✓ Tratamento: restrição proteica, fórmulas 
 Deficiência da arbomil fosfato sintetase 
 Deficiência da ornitina transcarbamilase 
 Citrulinemia 
 Acidúria arginosuccínica 
 Arginemia 
 Intolerância lisinúrica a proteína 
INTOLERÂNCIA AOS AÇUCARES 
 Galactosemia clássica 
 Deficiência de galactoquinase 
 deficiência da epimerase 
 intolerância hereditária a frutose 
GRUPO III- DEFEITO NA PRODUÇÃO OU 
UTILIZAÇÃO DE ENERGIA 
✓ manifestações clínicas 
➢ hipoglicemia 
➢ hipotonia 
➢ hepatomegalia 
➢ miopatia 
➢ hiperlacticemia 
DEFEITOS DE BETA-OXIDAÇÃO DE ÁCIDOSGRAXOS 
 Deficiência de Acil-CoA desidrogenase de 
cadeia mpedia (MACD) 
 LACD, SCAD 
 Defeito do transporte plasmático de carnitina 
 Deficiência de carnitina polmitoil transferase 
DOENÇAS MITOCONDRIAIS E HIPERLACTICEMIAS 
CONGÊNITAS 
 Defeitos da fosforilação oxidativa 
 deficiência da carboxiquinase 
fosfoenolpiruvato 
 deficiência do complexo da piruvato 
desidrogenase 
 deficiência da piruvato carboxilase 
DOENÇAS DE DEPÓSITO DE GLICOGÊNIO 
 formas hepáticas 
 formas musculares 
 
Quando pensar em erro inato??? 
• Recém nscido apresenta coma, hipotonia, 
irritabulidadem convulsões acidose, 
hipoglicemia, distúrbios hifro-eletrolítico, 
sepsis, icterícia, vômitos ou diarreia 
• Retardo no desenvolvimento neuromotor 
e/ou deficiência mental 
• Regressão neurológica, com perda de 
habilidades anteriormente adquiridas 
• Hepato e/ou esplenomegalia, icterícia 
colestática e diarreia crônica 
• Deficiência de crescimento e/ou alterações 
ósteo-articulares 
• Episódios recorrentes de hipoglicemia, 
acidose metabólica, desequilíbrio 
hidroeletrolítico 
• Relato de irmão falecido precocemente, sem 
diagnóstico definido 
• Consanguinidade entre os pais 
• Desaceleração e parada do desenvolvimento 
psicomotor 
• Ocorrência de sinais neurológicos anormais 
(ataxia, espasticidades, convulsões) 
• Progressão de piora inexorável 
 
Doença de Wilson** – Na doença de Wilson, uma 
rara doença hereditária, o fígado não excreta o 
excesso de cobre na bile, como faz normalmente, 
resultando em um acúmulo de cobre no fígado, 
causando-lhe danos. 
• O cobre se acumula no fígado, no cérebro, nos 
olhos e em outros órgãos. 
• Pessoas com a doença de Wilson podem 
apresentar tremores, dificuldade para falar e 
engolir, problemas com a coordenação, 
mudanças de personalidade ou hepatite. 
• Exames de sangue e nos olhos ajudam a 
confirmar o diagnóstico. 
• As pessoas devem tomar medicamentos para 
remover o cobre e devem evitar alimentos 
ricos em cobre para o resto da vida. 
Em quase metade das pessoas afetadas, os primeiros 
sintomas resultam de danos cerebrais. Dentre estes, 
incluem-se tremores, dificuldade em falar e engolir, 
salivação, descoordenação, movimentos involuntários 
(coreia), alterações na personalidade e até mesmo 
psicose (como a esquizofrenia ou a doença maníaco-
depressiva). 
Na maioria dos demais pacientes, os primeiros 
sintomas são o resultado de lesões hepáticas, que 
causam hepatite e, por consequência, cirrose. 
Anéis dourados ou esverdeados (anéis de Kayser-
Fleischer) podem aparecer ao redor da íris (a parte 
colorida do olho). Esses anéis se desenvolvem quando 
o cobre se acumula. Em algumas pessoas, esses anéis 
são o primeiro sinal da doença de Wilson. 
As pessoas podem apresentar anemia devido à 
ruptura dos glóbulos vermelhos (causando anemia 
hemolítica). As mulheres podem não apresentar 
períodos menstruais ou ter abortos espontâneos 
repetidos. 
Diagnóstico 
 Exame oftalmológico com lâmpada de fenda 
 Exames de sangue e urina 
 Às vezes, biópsia hepática 
Os médicos suspeitam da doença de Wilson com 
base nos sintomas, tais como hepatite, tremores e 
alterações de personalidade, que não possuem 
outra causa óbvia. Os seguintes exames ajudam a 
confirmar o diagnóstico: 
 Exame oftalmológico com lâmpada de fenda 
para anéis de Kayser-Fleischer 
 Exames de sangue para medir as 
concentrações de ceruloplasmina (uma 
proteína portadora de cobre) 
 Medição do cobre excretado na urina 
 Se o diagnóstico ainda for incerto, uma 
biópsia do fígado 
Se a criança tiver histórico familiar da doença, os 
exames são feitos após 1 ano de idade. É provável 
que exames feitos mais cedo não detectem a 
doença. 
Suspeita de EIM? 
 Solicitar exame de urina e sangue 
 Urina 
- Cheiro 
- Aspecto 
- Substância redutoras 
- Corpos cetônicos 
- PH 
- Eletrólitos 
- ácido úrico 
Sangue 
- hemograma completo 
- eletrólitos 
- gasometria 
- glicose 
- lipidograma 
- coagulograma 
 
 
Investigação de erros inatos do metabolismo 
 suspeita clínica 
  
teste de triagem 
  
análises qualitativas 
  
análises quantitativas 
  
ensaios enzimáticos 
  
análise molecular 
  
diagnóstico

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