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PROPRIEDADES DAS RESPOSTAS IMUNES Feito por Ana Caroline Souza, Acadêmica de Medicina da Faculdade Ages- 2º período Sistema imune é o sistema do organismo responsável pela proteção contra doenças, contra invasão de agentes estranhos. A resposta imune vai ser uma resposta coordenada contra essa invasão. A imunidade é dividida entre inata e adquirida. A inata já está presente no organismo antes de ser exposta a qualquer organismo estranho, ela já está pronta para defender. É uma resposta muito rápida, pois é a primeira linha de defesa. A adquirida é estimulada pela exposição, ela só vai adquirir função no momento em que ela é exposta ao agente estranho, por isso é uma resposta mais demorada. A barreira física imposta pela pele é a primeira barreira da imunidade inata. A pele, as mucosas, os pelos, alterações de ph que vão impedir o desenvolvimento de determinado organismo. Depois que o agente invasor ultrapassa a barreira física, ele começa a ser combatido pela defesa inata. Além das barreiras físicas, existem as células: macrófagos, células dendríticas (as 3 são fagocitárias), neutrófilos, além das células NK. As principais células fagocitárias da imunidade inata são os macrófagos. Eles emitem o pseudópode para fagocitar, englobando a partícula estranha. Eles possuem na membrana os receptores específicos que vão existir na membrana de bactérias, de forma a reconhecer esses microorganismos que são estranhos ao corpo e devem ser combatidos. OBS: a imunidade inata vai responder apenas a microorganismos ou fragmentos de microorganismos; não respondem a toxinas, substâncias estranhas. Por isso que a imunidade inata não está pronta para responder a um veneno de cobra por exemplo. A inata também tem uma série de hormônios que fazem comunicação entre os elementos da imunidade que são as citocinas. A inata vai ser rápida, inespecífica (não tem capacidade de reconhecer os diferentes corpos estranhos, qualquer que seja o invasor a inata vai responder da mesma forma). O macrófago tem um receptor de membrana, que estimula o macrófago. Além de fagocitar a bactéria, ele secreta uma série de substâncias que são as citocinas e quimiocinas que provocam uma série de ações no organismo. Elas provocam vasodilatação e aumento da permeabilidade dos capilares de forma que atraem para a região outras células do sistema imune para aumentar a resposta ao patógeno que está chegando. A diferença básica entre imunidade adquirida e inata é que a Aadquirida é estimulada pela exposição aos patógenos ou por outras moléculas não microbianas e a inata só responde às moléculas microbianas. A adquirida é específica e consegue reconhecer diferentes tipos de patógenos e montar respostas diferentes de acordo com cada um eles. A adquirida também tem a capacidade de formar memória, de forma que por ventura houver outra exposição aquele patógeno a reposta montada é muito mais rápida e mais intensa do que a da primeira exposição. A adquirida é composta por linfócitos e de produtos secretados pelos linfócitos, que são os anticorpos e citocinas. 4 tipos de linfócitos: Linfócitos B, linfócitos t auxiliares, citotóxicos e NK NK: são células que vão reconhecer outras células que estão infectadas e induzem a morte da célula, que por consequência mata o patógeno contido nela. Cada tipo de linfócitos vai ter um conjunto de proteínas na membrana, são usados para diferenciar cada um e recebem a numeração de acordo com a proteína. Células com proteína 4, são chamadas de CD4, o citotóxico vai ter a proteína 8, então são chamados CD8. A imunidade adquirida é dividida em humoral e celular. A humoral recebe esse nome porque está presente nos fluidos do organismo: sangue, linfa e até mesmo na saliva. A principal célula são os linfócitos B, tem como principal função produzir proteína, que são os anticorpos e são os principais mediadores da imunidade humoral. O anticorpo é uma molécula que tem a forma de Y. é formado por uma região constante (igual em todo anticorpo) e uma região variável (existe em número de 2 em cada anticorpo). A região variável é o local em que vai ocorrer a ligação entre anticorpo e a substância estranha. O anticorpo não vai reconhecer uma molécula inteira do antígeno, apenas uma região do antígeno vai ter afinidade com essa região variável do anticorpo e vai se ligar a ela. Essa região específica é chamada de epítopo. O antígeno é uma substância estranha que vai gerar uma resposta do sistema imune. Os anticorpos vão circular à procura de um antígeno que seja específico para aquele anticorpo. São o principal mecanismo de defesa contra patógenos extracelulares. O anticorpo não vai efetuar uma resposta imune, ele vai marcar o antígeno como um corpo estranho de forma que outros elementos do sistema imune efetuem uma resposta contra esse antígeno. EX: bactérias que invadem o organismo vão possuir diversos receptores na membrana que vão funcionar como antígenos e vão ser reconhecidas por anticorpos. No momento que essa bactéria for cercada por anticorpos, essa bactéria vai ser reconhecida como um agente estranho pelo macrófago que vai degradar essa bactéria. Um anticorpo também terá função neutralizadora quando ele se liga à toxina e impede que a toxina se ligue aos receptores e cumpra sua ação tóxica. Além de neutralizar, os anticorpos também farão com que essas toxinas sejam fagocitadas e digeridas pelos macrófagos. Os anticorpos não conseguem enxergar dentro de uma célula, não conseguem entrar pra saber se a célula está infectada. Por isso, existe a imunidade celular, que vai ser mediada pelos linfócitos T auxiliares e citotóxicos. Então a principal função da imunidade celular defender o organismo contra patógenos intracelulares, que vão agir dentro das células. O sistema imune consegue saber quando a célula está infectada por meio dos receptores. O sistema vai capacitar a célula para ela destruir o patógeno que está dentro dela. Se a célula não tem condições para isso, o sistema imune induz a célula a se destruir. O T auxiliar vai auxiliar uma célula a destruir o patógeno dentro dela, enquanto o T citotóxico é mais radical destrói a célula infectada. Resposta do T auxiliar: quando um microorganismo é fagocitado pelo macrófago, ele vai estar dentro de uma vesícula, não vai estar solto no citoplasma da célula. O fato de estar envolto por essa vesícula, sinaliza a ação de um linfócito T auxiliar. A presença de um patógeno dentro do macrófago vai gerar a expressão de um receptor na membrana do macrófago, que é a sinalização de que a célula está infectada. O linfócito auxiliar se liga ao receptor no macrófago. No momento que ele se liga ao receptor, ele secreta citocina. A citocina se liga a um outro receptor fazendo com que o macrófago monte uma resposta ao microorganismo que está dentro da célula. Uma importante característica do linfócito T auxiliar secreta citocina. O citotóxico monta uma resposta contra um patógeno que está livre dentro do citoplasma da célula, não está dentro de vesícula. A célula vai sinalizar que está infectada através de um receptor. O citotóxico vai se ligar a esse receptor e induzir a morte por apoptose, através da perfurina e da granzima. A perfurina vai perfurar a célula para que a granzima entre na célula e induza à morte por apoptose, causando uma implosão da célula. É interessante uma morte programada, porque outros tipos de morte como a necrose, causa um extravasamento do conteúdo celular e provocam uma reação inflamatória no organismo. OBS: se o organismo que estava dentro da célula não for atingido e permanecer no citoplasma, vai poder ser reconhecido por um anticorpo, gerando uma resposta humoral. Especificidade da resposta adquirida: é específica, age de maneira diferente para cada invasor diferente. Diversidade: o sistema imune está apto a responder a uma grande quantidadede antígenos diferentes, cada anticorpo tem a parte variável que é específica para cada antígeno diferente. O organismo possui poucos linfócitos B produzindo anticorpos específicos para determinado antígeno de forma que se possa ter muitos linfócitos diferentes produzindo anticorpos específicos para muitos antígenos diferentes. Quando somos expostos a determinado antígenos, e esse antígeno é reconhecido (pelo anticorpo ou pelo linfócito) há uma multiplicação do linfócito específico para aquele antígeno de forma a amplificar a resposta. A partir de um precursor comum vão ser produzidos vários linfócitos diferentes, cada um específico para um tipo de antígeno diferente. É provável que linfócitos que estejam circulando talvez nunca entre em contato com o antígeno correspondente. Quando um antígeno chega ao corpo e é reconhecido pelo linfócito específico para ele, esse linfócito é multiplicado de forma a ampliar a resposta mais efetiva ao antígeno. Isso é chamado de expansão clonal. Depois que o antígeno é eliminado do organismo, as cópias dos linfócitos são eliminadas e isso é a capacidade de autolimitação do organismo, matando as cópias extras. Nem todos os linfócitos que foram clonados na expansão clonal vão morrer, que é a característica da memória. O sistema imune tem a característica de distinguir o que é próprio do organismo e o que não é. Quando o sistema gera uma resposta a algo próprio do organismo, isso corresponde a uma doença autoimune. Fases da resposta imune adquirida: quando o antígeno chega ao organismo, uma célula apresentadora leva a ativação do linfócito (expansão clonal), além de diferenciação do linfócito de forma que ele seja mais efetivo na eliminação do antígeno. Quando o antígeno é eliminado, o que acontece é uma diminuição da resposta através da apoptose do linfócitos, mas algumas células sobrevivem de forma a gerar a memória.
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