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RASTREIO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO RAIZA TORRES Salvador 2020 @laon_ufba laon.ufba@gmail.com LIGA ACADÊMICA DE ONCOLOGIA DA UFBA • Educação continuada OBJETIVOS RASTREIO DO CANCÊR DO COLO DO ÚTERO INTRODUÇÃO PERIODICIDADE POPULAÇÃO-ALVO DO RASTREAMENTO: FAIXA ETÁRIA POPULAÇÃO-ALVO DO RASTREAMENTO: RECOMENDAÇÕES DAS DIRETRIZES MÉTODO DE RASTREIO SCREENING SCREENING CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as estratégias para a detecção prévia são o diagnóstico precoce e o rastreamento. • Prevenção secundária é aquela que detecta precocemente uma doença em pessoas assintomáticas, o chamado rastreamento ou screening. • Essa etapa é subdividida em: diagnóstico precoce, rastreio oportunístico, rastreio organizado populacional e cuidados personalizados. • O teste utilizado em rastreamento deve ser seguro, relativamente barato e de fácil aceitação pela população, ter sensibilidade e especificidade comprovadas, além de relação custo-efetividade favorável. SCREENING CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • No Brasil, realizamos o rastreamento dos cânceres de colo uterino, colorretal, mama, pulmão e próstata. • Um teste de rastreamento não é um teste diagnóstico propriamente dito. Na verdade, ele é a primeira etapa de uma eventual investigação diagnóstica. • Tanto a incidência como a mortalidade por câncer do colo do útero podem ser reduzidas com programas organizados de rastreamento. INTRODUÇÃO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • O câncer de colo de útero, apesar de previnível e tratável, ainda é o responsável pela morte de cerca de 5 mil mulheres por ano no Brasil. • As ações para a prevenção do câncer do colo do útero ocorrem por meio de educação em saúde, vacinação de grupos indicados e detecção precoce do câncer e de suas lesões precursoras por meio do seu rastreamento. • O padrão predominante do rastreamento no Brasil é oportunístico. • A realização periódica do exame citopatológico continua sendo a estratégia mais amplamente adotada para o rastreamento do câncer de colo do útero. PERIODICIDADE CÂNCER DO COLO DE ÚTERO • A história natural do câncer do colo do útero geralmente apresenta um longo período de lesões precursoras, assintomáticas, curáveis na quase totalidade dos casos quando tratadas adequadamente. • Estudos mais recentes tem confirmado que o exame citológico realizado a cada três anos é seguro após dois ou três resultados negativos. • Recomendação das diretrizes: Os dois primeiros exames devem ser realizados com intervalo anual, e se ambos os resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos. POPULAÇÃO-ALVO DO RASTREAMENTO: DEFINIÇÃO DA FAIXA ETÁRIA CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • O rastreamento em mulheres com menos de 25 anos não tem impacto na redução da incidência ou mortalidade por câncer do colo do útero. • Além da baixa incidência de câncer do colo do útero em mulheres jovens, há evidências de que o rastreamento em mulheres com menos de 25 anos seja menos eficiente do que em mulheres mais maduras, e podem acarretar em procedimentos diagnósticos ou terapêuticos que podem comprometer sua vida reprodutiva. POPULAÇÃO-ALVO DO RASTREAMENTO: DEFINIÇÃO DA FAIXA ETÁRIA CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • Mulheres com rastreamento citológico negativo entre 50 e 64 anos apresentam uma diminuição de 84% no risco de desenvolver um carcinoma invasor entre 65 e 83 anos, em relação às mulheres que não foram rastreadas. • Por outro lado, à medida que aumenta o intervalo desde o ultimo exame, há um aumento discreto de desenvolvimento de um novo carcinoma. • Mesmo em países com população de alta longevidade, não há dados objetivos de que o rastreamento seja efetivo após 65 anos de idade POPULAÇÃO-ALVO DO RASTREAMENTO: DEFINIÇÃO DA FAIXA ETÁRIA CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • Na última edição das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Cancer do colo do útero, publicada em 2011, elevou-se de 59 para 64 anos a idade da mulher sem historia prévia de doença pré-invasiva para encerrar o rastreamento. POPULAÇÃO-ALVO DO RASTREAMENTO: RECOMENDAÇÕES DAS DIRETRIZES CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • O rastreamento antes dos 25 anos deve ser evitado. • O inicio da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram ou tem atividade sexual. • Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade, e naquelas mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando essas mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. • Para mulheres com mais de 64 anos de idade, e que nunca se submeteram ao exame citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais POPULAÇÃO-ALVO DO RASTREAMENTO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • Gestantes devem realizar o preventivo normalmente, com a periodicidade definida pelo protocolo e seus resultados de exames anteriores. • O rastreamento de mulheres portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas deve ser realizado logo após o início da atividade sexual, com periodicidade anual após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral. • Não devem ser incluídas no rastreamento mulheres sem história de atividade sexual ou submetidas a histerectomia total por outras razões que não o câncer do colo do útero MÉTODO DE RASTREIO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é o exame citopatólogico conhecido como Papanicolau. • São coletadas amostras da ectocérvice e do endocérvice para serem analisadas à procura de células neoplásicas. • A partir do seu resultado, definimos a conduta seguinte - aguardar o intervalo de tempo para um novo exame preventivo ou prosseguir para uma colposcopia com biópsia. RESUMO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO RESUMO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO • População alvo: mulheres de 25 a 64 anos. • Periodicidade: a cada três anos, após dois exames anuais sem anormalidade. • Cobertura: toda as mulheres em idade de rastreamento devem realizar o exame segundo a periodicidade recomendada. Referências TEMA DA SESSÃO Sessão interna 2020.1 – Condução de casos clínicos – DATA • GUIMARÃES, José Luiz Miranda; ROSA, Daniela Dornelles (Organizadores). Rotinas em Oncologia. Porto Alegre: Artmed. 942p. 2008. • Marques CLTQ, Barreto CL, Morais VLL, Lima Júnior NF. Oncologia: uma abordagem multidisciplinar. Recife: Carpe Diem Edições; 2015. • PASSOS, Eduardo Pandolfi. Rotinas em Ginecologia 7 ed. Artmed, 2017 e alterações • BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA, 2011. 101p.Disponivel em: <http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/Diretrizes_rastreamento_cancer_colo_utero.pdf>. Acesso em: 03 out. 2020 RASTREIO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO RAIZA TORRES Salvador 2020 @laon_ufba laon.ufba@gmail.com LIGA ACADÊMICA DE ONCOLOGIA DA UFBA Educação continuada
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