Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GN PÓS INFECCIOSA (GNPE) Hematúria dismórfica Cilindros hemáticos Pode ter: Piúria (leucócitos pelo processo inflamatório) Proteinúria (subnefrótica) Cilindros leucocitários) A inflamação leva a um aumento de permeabilidade capilar, o que permite a passagem de substâncias que não passariam normalmente, como hemácias e proteínas. A saída de hemácias leva a formação de hemácias macroscópicas dismórficas, com presença de cilindros hemáticos, o que deixa a urina mais escura. E a proteinúria é subnefrótica, ou seja, discreta, menor que 3,5 g (ao contrário da síndrome nefrótica). Como chegam muitas células inflamatórias tem-se uma obstração glomerular. Essa obstrução leva a uma queda na superfície de filtração, causando retenção de sal e água, o que leva a oligúria (<400 ml/dia no adulto), hipertensão e edema (periorbital pela manhã e ao decorrer do dia vai para membros inferiores). SÍNDROME NEFRÍTICA QUADRO CLÍNICO FISIOPATOLOGIA ACHADOS NO EAS Glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) Hematúria dismórfica Edema Hipertensão Oligúria (<400 ml/dia) Proteinúria discreta (subnefrótica <3,5 g) É mais comum em crianças, entre 5 a 12 anos. É uma complicação tardia a uma faringoamigdalite ou piodermite causa por estreptococo beta-hemolítico do grupo A e C, mas também pode ser após infecções por outros antígenos. FISIOPATOLOGIA: ocorre uma infecção por estreptococo, formando anticorpos que se unem ao antígeno e formam os imunocomplexos que se aderem ao glomérulo e formam uma glomerulonefrite difusa aguda. QUADRO CLÍNICO: a mãe deve relatar história de faringoamigdalite ou piodermite cerca de 2 semanas antes. O paciente vai apresentar quadro de hematúria micro ou macroscópica, oligúria (50%), edema e HAS. Variações muito abruptas de pressão podem cursar com encefalopatia hipertensiva que pode causar crise convulsiva. E a congestão volêmica pode causar edema agudo de pulmão. DIAGNÓSTICO: infecção documentada por ASLO ou anti-DNAse. Queda transitória da via alternativa do complemento (C3), que deve retornar ao normal em até 8 semanas. Processo inflamatório agudo dos glomérulos. Chegada de células inflamatórias, neutrófilos e imunocomplexos. Complemento normal Complemento baixo Nefropatia por IgA Síndrome de Goodpasture Síndrome de Churg-Strauss Granulomatose de Wegener Poliangiite microscópica Membranoproliferativa Nefrite lúpica Endocardite infecciosa Criogobulinemia Após estreptococo (GNPE) ANA PAULA - MEDICINA UNIMES XXII Pulsoterapia: corticoides em altíssimas doses Plasmaférese no tipo I É a evolução de uma síndrome nefrítica para falência renal, levando à necessidade de diálise (é um quadro de urgência). Na biópsia pode-se ver as crescentes glomerulares, material que se deposita na cápsula renal. Se mais de 50% dos glomerulos estiverem com crescentes → GNRP (crescêntica). Qualquer causa de Síndrome Nefrítica podem evoluir para esse quadro. MAIS COMUNS: TIPO I - padrão linear. Anticorpos anti-membrana basal glomerular se depositam linearmente. Síndrome de Goodpasture. TIPO II - deposição de imunocomplexos. Síndrome de Berger, GNPE (assaociados a queda do complemento). TIPO III - pauci-imune (vasculites, com ANCA +). QUADRO CLÍNICO: sintomas de síndrome nefrítica (edema, hipertensão, hematúria, oligúria ou anúria), aumento rápido da creatinina, sintomas gerais (febre, astenia, perda de peso, dor muscular articular em 90% dos casos). QUADRO LABORATORIAL: Complemento normal no tipo I e III, e baixo no tipo II. TRATAMENTO: Metilprednisolona 7 a 15 mg/kg por 3 dias consecutivos NEFROPATIA POR I A (BERGER) GN RAPIDAMENTE PROGRESSIVA (GNRP) Dieta hipossódica Restrição hídrica Diuréticos de alça (furosemida) Se evoluir para IRA, crises convulsivas ou EAP precisa de diálise Se infecção vigente, antibioticoterapia Diferentemente da febre reumática, não faz profilaxia com antibioticoterapia. TRATAMENTO: PROGNÓSTICO: A GNPE é autolimitada, ou seja, cura em 90% das crianças e 70% dos adultos. Complemento cai obrigatoriamente em até 8 semanas. Fatores de mau prognóstico: idade avançada (idosos), síndrome nefrótica, creatinina alta já na apresentação, necessidade de internação, crescentes em mais de 33% dos glomérulos. OBS: os sintomas da GNPE podem demorar a desaparecer, a hematúria microscópica pode persistir por 2 anos e a proteinúria subnefrótica por 5 anos. BIÓPSIA: Na biópsia os glomerulos estão com muita infiltração celular, o que diminui o espaço de Bowman e prejudica a filtração glomerular. Com presença de bastante neutrófilos. Padrão proliferativo difuso. Na ME o padrão de depósito dos imunocomplexos é subepitelial. g Síndrome nefrítica clássica (50% dos casos) Hematúria recorrente (40%) → jovem que fez exercício intenso e depois cursando com hematúria macroscopica Glomerulonefrite rapidamente progressiva (10% dos casos) Síndrome nefrótica (<10%) A Doença de Berger a principal causa de síndrome nefrítica no mundo, decorrente de um processo de defeito na glicosilação da IgA. Pode ser de etiologia primária ou secundária (púrpura de Henoch-Schonlein, cirrose hepática, doença celíaca, HIV). FORMAS DE APRESENTAÇÃO: A síndrome nefrítica da Doença de Berger é concomitante ao fator, e não cursa com queda do complemento sérico. BIÓPSIA RENAL: presença de depósitos de IgA no mesângio. ACHADOS LABORATORIAIS: achados típicos de síndrome nefrítica, aumento de níveis séricos de IgA. SÍNDROME DE GOODPASTURE GN MEMBRANOPROLIFERATIVA Principalmente homens entre 20 - 30 anos. Formação de anticorpos anti-mebrana basal glomerular e alveolar, por isso que a doença é um exemplo síndrome pulmão-rim. ACHADOS: infiltrado pulmonar hemorrágico, hemoptise, febre, dispenia, hematúria. BIÓPSIA: crescentes glomerulares, padrão linear, anticorpos anti-MBG (90%), p-ANCA (20%). TRATAMENTO: plasmaférese + imunossupressão + corticoterapia Também chamada de GN mesangiocapilar. Mais comum na vida adulta. ASSOCIAÇÃO COM: hepatite C e crioglobulinemia. Causa de GN com consumo de complemento, pode se manifestar como síndrome nefrótica. FISIOPATOLOGIA: desregulação do complemento ou depósitos de imunocomplexos (subendoteliais ou subepitelial) - sinal do duplo contorno na ME. TRATAMENTO: trata a doença de base.
Compartilhar