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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE ITAPIPOCA CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA DISCIPLINA: METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO PROF. DR. MIRTIEL FRANKSON MOURA CASTRO MARIA NOELIA DE SOUSA LIMA FICHAMENTO DE CITAÇÕES DIRETAS, INDIRETAS E CITAÇÕES DE CITAÇÕES ITAPIPOCA - CEARÁ 2021 MARIA NOELIA DE SOUSA LIMA FICHAMENTO DE CITAÇÕES DIRETAS, INDIRETAS E CITAÇÕES DE CITAÇÕES Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Educação de Itapipoca, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial a conclusão da disciplina de metodologia do trabalho científico. Orientador: Prof. Dr. Francisco Mirtiel Frankson Moura Castro FORTALEZA – CEARÁ 2021 CITAÇÕES DIRETAS “Rigorosamente, um projeto só pode ser definitivamente elaborado quando se tem o problema claramente formulado, os objetivos bem determinados, assim como o plano de coleta e análise dos dados.” (GIL, 2002, p. 21). Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. (GIL, 2002, p. 17). Há muitas razões que determinam a realização de uma pesquisa. Podem, no entanto, ser classificadas em dois grandes grupos: razões de ordem intelectual e razões de ordem prática. As primeiras decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação do conhecer. As últimas decorrem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz. (GIL, 2002, p. 17). [...] Não há como deixar de considerar o papel capital das qualidades pessoais do pesquisador no processo de criação científica, mas é também muito importante o papel desempenhado pelos recursos de que dispõe o pesquisador no desenvolvimento e na qualidade dos resultados da pesquisa. Ninguém duvida de que uma organização com amplos recursos tem maior probabilidade de ser bem-sucedida num empreendimento de pesquisa que outra cujos recursos sejam deficientes. (GIL, 2002, p. 18). [...] O projeto deve, portanto, especificar os objetivos da pesquisa, apresentar a justificativa de sua realização, definir a modalidade de pesquisa e determinar os procedimentos de coleta e análise de dados. Deve, ainda, esclarecer acerca do cronograma a ser seguido no desenvolvimento da pesquisa e proporcionar a indicação dos recursos humanos, financeiros e materiais necessários para assegurar o êxito da pesquisa. (GIL, 2002, p. 19). [...] É necessário que o projeto esclareça como se processará a pesquisa, quais as etapas que serão desenvolvidas e quais os recursos que devem ser alocados para atingir seus objetivos. É necessário também, que o projeto seja suficientemente detalhado para proporcionar a avaliação do processo de pesquisa. (GIL, 2002, p. 20). “[...] Talvez seja melhor deixar de falar em professor pesquisador de forma genérica e passar a tratar das diferentes maneiras de articular ensino e pesquisa na formação e na prática docente.” (ANDRÉ, 2012, p. 61). “Assim como ensino e pesquisa se articulam em vários sentidos, em outros, se diferenciam. Assumir essas diferenças é essencial para que não se gerem expectativas nem propósitos irreais ou até equivocados.” (ANDRÉ, 2012, p. 58). Um outro risco associado ao movimento em defesa do professor pesquisador é o de acentuar o processo de desvalorização da atividade docente, pois formar p professor pesquisador pode significar a busca de um status mais alto, já que a pesquisa tem muito mais prestígio que o ensino. (ANDRÉ, 2012, p. 60). [...] Esperar que os professores se tornem pesquisadores, sem oferecer as necessárias condições ambientais, materiais, institucionais implica, por um lado, subestimar o peso das demandas do trabalho docente cotidiano e, por outro, os requisitos para um trabalho científico de qualidade. (ANDRÉ, 2012, p. 60). Se o movimento em prol do professor pesquisador tem o grande mérito de valorizar o papel social do professor como agente de mudança e produtor de conhecimentos, há também o grande risco de se voltar contra ele, colocando apenas sobre suas costas a culpa de todas as mazelas da educação.[...] (ANDRÉ, 2012, p. 60). A tarefa do professor no dia a dia de sala de aula é extremamente complexa, exigindo decisões imediatas e ações, muitas vezes, imprevisíveis. Nem sempre há tempo para distanciamento e para uma atitude analítica como na atividade de pesquisa. Isso não significa que o professor não deva ter um espírito de investigação. [...] (ANDRÉ, 2012, p. 59). [...] Para alguns, formar o professor pesquisador significa levar o futuro docente a realizar um trabalho prático ou uma atividade de estágio, que envolve tarefas de coleta e de análise de dados. Para outros, significa levar os futuros professores a desenvolver e implementar projetos ou ações nas escolas. É há ainda os que se valem do prestígio comumente associado à pesquisa para divulgar essa ideia como um novo selo, um modismo ou uma marca de propaganda. (ANDRÉ, 2012, p. 57). O movimento que valoriza a pesquisa na formação do professor é bastante recente. Ganha força no final dos anos 80 e cresce substancialmente na década de 1990, acompanhando os avanços que a pesquisa do tipo etnográfico e a investigação-ação tiveram nesse mesmo período. (ANDRÉ, 2012, p. 56). Existe um consenso na literatura educacional de que a pesquisa é um elemento essencial na formação profissional do professor. Existe também uma ideia, que vem sendo defendida nos últimos anos, de que a pesquisa deve ser parte integrante do trabalho do professor, ou seja, que o professor deve se envolver em projetos de pesquisação nas escolas ou salas de aula[...]. (ANDRÉ, 2012, p. 55). CITAÇÕES INDIRETAS Para fazer uma pesquisa, deve-se analisar primeiramente se o assunto em questão é realmente um problema de pesquisa, pois nem todo problema tem caráter científico. (GIL, 2002, p. 23). Segundo Gil, um problema é considerado científico quando os aspectos deste problema estão sujeitos a variações, e assim, verifica-se a relação entre as mesmas. (2002, p. 24). Existem alguns passos a serem seguidos para formular um problema científico, inicialmente, o problema deve está em forma de pergunta, precisa ser apresentado com clareza e ser empírico, ou seja, ser baseado na experiência e na observação. É necessário que seja possível solucioná-lo é também é importante pensar na dimensão e abrangência da pergunta, para facilitar a pesquisa. (GIL, 2002, p. 26). Formar um problema científico não é tão fácil, algumas pessoas têm mais facilidade na elaboração de um problema, no entanto, o treinamento ajuda muito para que outros pesquisadores possam fazê-lo. (GIL, 2002, p. 26). [...] Talvez seja melhor deixar de falar em professor pesquisador de forma genérica e passar a tratar das diferentes maneiras de articular ensino e pesquisa na formação e na prática docente. (ANDRÉ, 2012, p. 61). É comum que os profissionais da educação afirmem que as pesquisas não tem utilidade do ponto de vista de não mostrar soluções para problemas do cotidiano e não refletir a realidade das escolas. (ANDRÉ, 2012, p. 63). Evidencia-se que na formação de um professor a pesquisa representa mais do que apenas reflexão, é preciso que compreenda-se que existem aspectos importantes na pesquisa, que contribuem para a formação docente. (ANDRÉ, 2012, p. 66). Muitos dizem que a pesquisa não apresenta resultados para o cotidiano, logo criticam sua presença na docência do professor. (ANDRÉ, 2012,p. 64). Segundo André (2012), a proposta de diretrizes para a formação inicial dos professores da educação básica. Afirma que o professor deve trabalhar com os alunos, no sentido de despertar nos mesmos, interesse pela investigação. É importante que o professor tenha domínio da pesquisa científica, pois assim adquire informações variadas no desenvolvimento da pesquisa e poderá socializar como conhecimento pedagógico. (ANDRÉ, 2012, p. 66). CITACÕES DE CITAÇÕES “A pesquisa não pode dar inteligibilidade a todas as reações de um professor na sala de aula. Pode focalizar certos aspectos do ensino, mas jamais dará conta de sua totalidade.” (CHARLOT, 2001, apud, ANDRÉ, 2012, p. 58). “Muitas das razões funcionais ou estruturais que levam tantos pesquisadores quanto profissionais das escolas a essas percepções já foram estudadas.” (HUBERMAN, 1999, apud, ANDRÉ, 2012, p. 63). “Outra dicotomia que está presente, às vezes de forma mais explícita, outras de forma subjacente, nas discussões que tratam dos fins da investigação e da natureza dos conhecimentos produzidos é a que contrapõe conhecimentos científicos e conhecimentos da prática. Há, por um lado, os que consideram como principal objetivo da pesquisa a produção de conhecimentos novos, obtidos através de procedimentos sistemáticos e rigorosos de coleta e análise de dados.” (BEILLEROT, 1991; FOSTER, 1999, apud, ANDRÉ, 2012, p. 56). “Na literatura internacional também são bastante variadas as propostas, destacando-se, entre as norte americanas, a que valoriza a colaboração da universidade com os profissionais da escola para desenvolver uma investigação sobre a prática” (ZEICHNER, 1993, apud, ANDRÉ, 2012, p. 56). “BEILLEROT (1991) sugere que é a comunidade da área a mais abalizada para definir o que é (ou não) conhecimento novo.” (BEILLEROT, 1991, apud, ANDRÉ, 2012, p. 65). REFERÊNCIAS GIL, Antonio Carlos. Como encaminhar uma pesquisa. In:______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. cap.1. São Paulo: Atlas, 2002. p. 17-22. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.uece.br/nucleodeling uasitaperi/dmdocuments/gil_como_elaborar_projeto_de_pesquisa.pdf&ved=2ahUKEwjPzfuk senxAhXhJbkGHf5MD3oQFjAOegQIFhAC&usg=AOvVaw3vsjsntkVyJXn11N2ZhRFz acesso em: 19 jul. 2021. GIL, Antonio Carlos. Como formular um problema de pesquisa. In:______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. cap.2. São Paulo: Atlas, 2002. p. 23-30. ANDRÉ, Marli. Pesquisa, formação e prática docente. In:______. O papel da pesquisa na prática e na formação dos professores. 12°ed. cap.3 Campinas, SP: Papirus, 2012. p. 55-67.
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