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signo em Pierce

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	O SIGNO EM PEIRCE
(1839 - 1914)
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RELAÇÃO TRIÁDICA
trabalha a interlocução do signo em uma relação TRIÁDICA dos pólos:
REPRESENTAMEN 
OBJETO
INTERPRETANTE
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 INTERPRETANTE
 
 REPRESENTÂMEN OBJETO
 
SIGNO
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PEIRCE x SAUSSURE
Além das diferenças metodológicas dos autores, destaca-se no plano conceitual um terceiro elemento: o objeto, também conhecido como referente ou coisa do mundo, físico ou não.
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Materialidade dos signos
Todo signo tem uma dimensão material (materialidade dos signos), referencial (objeto do mundo) e psíquica (percepção por meio dos órgãos dos sentidos). 
ASSIM, TODO SIGNO TEM UMA PARTE QUE SE PODE:
VER (um objeto, uma cor, uma forma)
OUVIR (grito, música, ruído)
SENTIR (odores: perfume, fumaça)
TOCAR (calor, frio)
SABOREAR (pimenta, doces)
Essa coisa percebida está no lugar de outra; esta é particularidade essencial ao signo: estar ali, presente,para designar ou significar outra coisa, ausente, concreta ou abstrata.
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EXEMPLOS:
Um apito está no lugar da partida de um trem
Uma fita preta numa porta está no lugar da morte de alguém
Um tiro está no lugar do início de uma corrida, ou do vislumbre de perigos, ou do início de um desfile
Estamos muito propensos a interpretar mal um signo, pelo fato dele poder significar várias coisas. É preciso dominar a linguagem usada, seus códigos e ter uma boa percepção, capacidade de associação de ideias e bagagem cultural.
O som de uma campainha pode ser confundida com toque do celular.
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A DEFINIÇÃO DO SIGNO 
EM PEIRCE
Um signo (ou REPRESENTAMEN) é aquilo que, sob certo aspecto, representa alguma coisa para alguém. Dirigindo-se a essa pessoa, um primeiro signo criará na mente (semiose) dessa pessoa um signo equivalente a si mesmo ou, eventualmente, um signo mais desenvolvido. Este segundo signo criado na mente desse espectador recebe a designação de INTERPRETANTE (que não é, o interprete), e a coisa representada é conhecida pela designação de OBJETO.
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DEFINIÇÕES DAS DIMENSÕES 
DO SIGNO EM PEIRCE
REPRESENTAMEN 
aquilo que representa alguma coisa para alguém
um primeiro signo (signo-veículo)
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DEFINIÇÕES DAS DIMENSÕES 
DO SIGNO EM PEIRCE
OBJETO 
aquilo que é representado
a coisa, o referente
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DEFINIÇÕES DAS DIMENSÕES 
DO SIGNO EM PEIRCE
INTERPRETANTE 
aquilo que faz a conexão interpretativa entre o representamen e o objeto 
criado na mente do receptor 
um segundo signo
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DETALHANDO
REPRESENTAMEN (qualquer coisa, de qualquer espécie)
Representa uma outra coisa
OBJETO DO SIGNO
Produz um EFEITO INTERPRETATIVO em uma mente real ou potencial, efeito este que é chamado de INTERPRETANTE DO SIGNO
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EXEMPLO
UM GRITO
Devido a propriedades ou qualidades que lhe são próprias ele representa algo (um grito não é um murmúrio) que não é o próprio grito, isto é, indica que aquele que grita está, naquele exato momento, em apuros ou sofre alguma dor ou está alegre (essas diferenças dependem da qualidade específica do grito).
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GRITO
Representa uma outra coisa
EFEITO INTERPRETATIVO: Correr para ajudar, ignorar, gritar junto, etc.
INTERPRETANTE
APURO, SOFRIMENTO OU ALEGRIA
TERÍA-SE ENTÃO:
SIGNO
OBJETO DO SIGNO
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Tanto quanto o próprio representamen, o objeto do signo também pode ser qualquer coisa de qualquer espécie. 
Essa coisa qualquer está na posição de objeto porque é representada pelo representamen. 
Portanto, o que define o representamen, o objeto e o interpretante é a posição lógica que cada um desses três elementos ocupa no processo representativo.
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Escrevo um e-mail para minha irmã.
EXEMPLO
E-MAIL
Representa uma outra coisa
EFEITO INTERPRETATIVO: consiste no efeito que a mensagem produz em minha irmã. Ao fim e ao cabo, é um mediador entre aquilo que desejo transmitir a minha irmã e o efeito que esse desejo nela produz através da carta.
INTERPRETANTE
O QUE DESEJO TRANSMITIR
REPRESENTAMEN
OBJETO DO SIGNO
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LÓGICA TRIÁDICA DE PEIRCE
A LÓGICA TRIÁDIA É DIVIDIDA EM TRÊS CATEGORIAS TRICOTÔMICAS:
		1 – da significação
		2 – da objetivação
		3 – da interpretação
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Da relação do representamen consigo mesmo, isto é, da natureza do seu fundamento, ou daquilo que lhe dá capacidade para funcionar como tal, que pode ser sua qualidade, sua existência concreta ou seu caráter de lei.
DA SIGNIFICAÇÃO
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DA OBJETIVAÇÃO
Da relação do representamen (fundamento ) com o objeto, ou seja, com aquilo que determina o representamen e que é, ao mesmo tempo, aquilo que o representamen representa
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DA INTERPRETAÇÃO
Da relação do representamen (fundamento ) com o interpretante, deriva-se uma teoria da interpretação, com as implicações quanto aos seus efeitos sobre o intérprete, individual ou coletivo.
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Primeira Tricotomia
Diz respeito do representamen considerado em SI MESMO
TRÊS ESPÉCIES DE SIGNOS
QUALI-SIGNO - (Qualidade) é o aspecto do representamen que diz respeito às suas características que menos particulariza o signo. Ex.: cor, material, textura, acabamento.
SIN-SIGNO - (Singularidade) é o aspecto do signo que o individualiza como ocorrência: sua forma, suas dimensões, suas marcas particulares. Ex.: as marcas digitais em um copo, o aspecto envelhecido de uma fotografia.
LEGI-SIGNO - (Lei) é como as convenções, normas, regras, padrões se manifestam no representamen. Ex.: o código de barra em um produto apresenta-se como tal porque é fruto da imposição de uma lei para produtos industrializados.
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Segunda Tricotomia
Relação do representamen com o objeto
TRÊS ESPÉCIES DE SIGNOS
ÍCONE
ÍNDICE
SÍMBOLO
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Ícone
é um signo que tem alguma semelhança 
com o objeto representado. 
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a escultura de uma mulher
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uma fotografia
de um carro
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Índice
refere-se ao objeto denotado em virtude de ser diretamente afetado por esse objeto.
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Ex.: fumaça é signo indicial de fogo, um campo molhado é índice de que choveu, uma seta colocada num cruzamento é índice do caminho a seguir.
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Para Pierce, não existe um signo puro
EX.: O Índice pode ter uma dimensão icônica quando se parece com o que representa: as pegadas, marcas de pneus assemelham-se aos próprios pés aos próprios pneus.
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Símbolo
refere-se ao objeto denotado em virtude de uma associação de idéias produzidas por uma convenção.
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Ex.: um gesto como símbolo de adeus, as logomarcas, os brasões etc.
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Terceira Tricotomia
As relações do representamen como seu interpretante
TRÊS ESPÉCIES DE SIGNOS
REMA
(Uma conjectura).
DICENTE
(um signo atual, existente)
ARGUMENTO
(um signo que é lei)
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Qualisigno
Transparente, líquido preto, vidro, liso
Legisigno 
Normas de fabricação que se manifestam no representamen
Ícone
Ilustração da Garrafa
Índice
Consumismo
Símbolo
Jovialidade
Rema 
O que é? Bebida
Para que serve? Matar a sede
O que é para mim? Bebida gaseificada doce
Dicente
“Essa coisa é gostosa”
SIGNO
Sin-signo 
Forma curvilínea, 25 cm de altura por 8 de diâmetro: trata-se de uma garrafa.
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A lógica triádica pressupõe interpretações de:
primeira categoria (meros sentimentos e emoções)
segunda categoria (percepções, ações e reações)
terceira categoria (discursos e pensamentos abstratos)
Tais categorias tornam muito próximos o sentir, o reagir, o experimentar e o pensar.
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Assim temos:
PRIMEIRO MOMENTO 
(algo que se apresenta à mente)
SEGUNDO MOMENTO 
(aquilo que o signo indica, se refere ou representa)
TERCEIRO MOMENTO 
(o efeito que o signo irá provocar em um possível intérprete)
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Na primeira etapa ocorre o ” impacto ” do observador diante do que está sendo apresentado. É aqui , que aparecem os aspectos sensíveis, as sensações que aquele signo transmite. A imagem deixa de ser meramente ilustrativa e torna-se uma hiperimagem com expressividade sensória.
Na segunda etapa há uma comparação/ associação com experiências  já vividas pelo observador.É o reconhecimento do signo.
Na terceira e última etapa ocorre a definição, nomeia-se o signo em questão. 
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Primeiridade
É o modo de ser daquilo que é tal como é, sem referência a
qualquer coisa. Pura qualidade de sentimento.
Momento de suspensão do pensamento. A consciência aberta para aquilo que a ela se apresenta.
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Secundidade
É o modo de ser daquilo que é tal como é, em relação a qualquer outra coisa.
É a nossa consciência que reage constantemente com o mundo.
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Terceiridade
É o modo de ser daquilo que coloca em relação recíproca um primeiro e um segundo “numa síntese intelectual [...] pensamento em signo”.
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O percurso para a análise 
olhar primeiridade (capacidade contemplativa correspondente à percepção dos fenômenos ao nosso redor)
olhar secundidade (observação que distingue as partes do todo e identifica de modo singular aquilo que o signo corporifica)
olhar terceiridade (perspectiva abstrata do fenômeno observado)
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Catchup picante parmalat
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"Seu nascimento marca um nova era. Feliz 20º aniversário". 
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