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Eletrocardiograma: Conceitos e Interpretação

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Vict�ria K. L. Card�so
Eletr�cardi�grama
Introdução
O que é um eletrocardiograma:
● É um exame que capta as funções
elétricas do coração como um todo.
● Nesse exame não se faz a avaliação da
contração do coração e sim da ativação
elétrica dele.
○ Logo, não se visualiza uma
“sístole” (contração mecânica), mas
pode-se identificar uma sístole
elétrica, que é a despolarização do
ventrículo.
Vetores: importante para o entendimento de
ondas negativas e de ondas positivas.
● 2 forças para o mesmo lado - o vetor se
aproxima do eletrodo explorador = SOMA
de vetores.
○ Deflexão positiva.
● 1 força para um lado e outra para o outro
- o vetor se afasta do eletrodo explorador
= SUBTRAÇÃO de vetores.
○ Deflexão negativa.
● 1 força perpendicular a outra - o vetor
está perpendicular ao eletrodo
explorador = linha plana (isoelétrica).
○ Deflexão isodifásica (positiva e
negativa).
Despolarização ventricular cardíaca: a direção
sempre será do endocárdio para o epicárdio.
● Da mesma forma, a isquemia se faz do
endocárdio para o epicárdio.
Técnica do registro e
derivações
Distribuição dos eletrodos precordiais:
● V1� eletrodo colocado no quarto espaço
intercostal direito, rebordo esternal.
Vict�ria K. L. Card�so
● V2� eletrodo colocado no quarto espaço
intercostal esquerdo, rebordo esternal.
● V3� eletrodo colocado a meio caminho
entre V2 e V4.
● V4� eletrodo colocado no quinto espaço
intercostal, linha médio-clavicular.
● V5� eletrodo colocado no mesmo plano de
V4 (mesma altura), linha axilar anterior.
● V6� eletrodo colocado no mesmo plano de
V4 e V5, linha axilar média.
Obs: esses eletrodos de V1-V6 são de derivação
unipolar.
Obs: de V1-V6 tem-se um aumento sequencial da
onda R.
Distribuição dos eletrodos periféricos -
visualização da parede anterior do coração:
● Vermelho (R): no braço direito (Right)
● Amarelo (L): no braço esquerdo (Left)
● Verde (F): na perna esquerda (Foot).
● Preto (N): na perna direita (Neutro).
Obs: esses eletrodos são de derivação bipolares.
Derivações:
● Derivação bipolar: quando os eletrodos
positivo e negativo são colocados a uma
mesma distância do coração (do ponto de
vista elétrico), captando a DIFERENÇA DE
POTENCIAL entre esses dois pontos.
● Derivação unipolar: registra as variações
de potencial do eletrodo positivo
(chamado de explorador), enquanto o
eletrodo negativo (chamado de
indiferente) está a uma distância bem
maior do coração (do ponto de vista
elétrico).
○ Consegue-se isso com a manobra
do "terminal central de Wilson", no
qual estando o eletrodo
indiferente "zerado" após essa
manobra, o explorador passa a
captar POTENCIAIS ABSOLUTOS
Vict�ria K. L. Card�so
do local onde é colocado, ao invés
de diferença de potencial.
Derivações dos membros:
● D1� braço D e braço E.
● D2� braço D e Pé.
● D3� braço E e Pé.
Obs: se D1 e D2 estiverem positivos, está tudo
fisiológico.
● aVR: eletrodo explorador no braço D.
● aVL: eletrodo explorador no braço E.
● aVF: eletrodo explorador no Pé.
Fisiologia cardíaca
Ciclo cardíaco:
1. Enchimento ventricular lento (diástase).
2. Enchimento ventricular rápido.
3. Contração isovolumétrica ou isométrica.
4. Ejeção rápida.
5. Ejeção lenta.
6. Relaxamento isovolumétrico (isométrico).
Ativação normal do coração:
1. Nó sinusal gera um estímulo elétrico.
a. Quando o nó sinusal não gera o
estímulo elétrico, o responsável é
o nó átrio ventricular.
2. O estímulo é captado pelos átrios (o átrio
direito recebe o estímulo mais rápido que
o átrio esquerdo, pois seu feixe de
condução é mais rápido).
3. Condução ao nó atrioventricular, que é
mais lentificado.
a. Para ter uma contração adequada
do coração, é necessário que haja
um retardo do estímulo
ventricular, para que os átrios
contraiam primeiro. Assim, eles
encherão os ventrículos ao
Vict�ria K. L. Card�so
máximo, para que no fim os
ventrículos contraiam.
b. Esse retardo também é visto no
eletrocardiograma.
4. Chegada ao feixe de His, que se bifurca
em ramo direito e em ramo esquerdo.
5. Divisão em ramo direito (mais rápido) e
em ramo esquerdo.
Interpretação do eletro
1. Onda P: é uma onda arredondada,
significa despolarização atrial, que se faz
primeiro em átrio direito e depois em
átrio esquerdo, mas que forma uma onda
única.
a. É uma onda bem pequena, que
dura apenas aproximadamente
0,03s. Caso ela dure mais que isso,
indica sobrecarga.
2. Intervalo PR: intervalo entre o estímulo
do nó sinusal até o nó átrio-ventricular -
tem uma onda envolvida.
3. Segmento PR: momento em que se tem
um estímulo atrial, até chegar nos ramos
direito e esquerdo - não tem onda
envolvida.’
a. Costuma ser uma linha de base,
quando se pega 2 segmentos PR
consecutivos.
4. Complexo QRS: Q-negativa, R-positiva e
S-negativa - é o caminhar do estímulo
elétrico pelos ramos direito e esquerdo,
para chegar à base do coração.
a. Em algumas situações temos
apenas 1 onda negativa nesse
complexo, chamado de QS. Isso
ocorre em grandes infartos.
5. Segmento ST: quando acima do segmento
de base, tem-se um supra-desnível.
6. A onda S se liga a linha de base através de
um ponto chamado “ponto de …”,
tendo-se então a elevação de um ramo
para formação da onda T.
7. Onda T: repolarização ventricular -
positiva e assimétrica.
Vict�ria K. L. Card�so
a. A onda T negativa indica problema
na repolarização ventricular - é o
momento que o ventrículo volta
para a sua fase de repouso.
b. Na fase hiperaguda do infarto, a
onda T fica apiculada (em formato
de triângulo).
8. Onda U: pode ser vista nas alterações
iônicas (potássio e magnésio), mas ela não
significa doença e nem sempre é vista.
Papel de registro
É um papel milimetrado, com:
● 1 mm de largura - 0,04 seg.
● 1 cm de altura - 1 mV.
● Cada quadradinho na vertical tem 1 mm
de altura, o que equivale a 0,1 mV.
Obs: na vertical se vê voltagem e na horizontal se
vê o tempo.
Importante: verificar a velocidade com que foi
registrado.
● Velocidade padrão: 25 mm por segundo.
● Como nossos batimentos são contados
por minuto e 1 minuto tem 60 segundos,
existem 1500 quadradinhos (25x60).
● Então se eu quero saber o batimento, em
um segundo específico, pega-se o
número e divide pela quantidade de
quadradinhos entre 2 intervalos ….
● Quando a avaliação dos quadradinhos é
na linha horizontal, avalia-se o tempo.
○ Quando a avaliação é na linha
vertical, avalia-se a amplitude da
onda.
Tipos de ritmos
Ritmo sinusal: é o ritmo normal do coração
quando existe a presença da onda P.
● Aqui o estímulo foi desencadeado pelo nó
sinusal, percorreu o átrio, passou pelo
feixe de His e passou pelo ramo direito e
pelo ramo esquerdo.
Vict�ria K. L. Card�so
○ Então, sempre que o estímulo for
assim certinho, o intervalo QRS
será estreito (tamanho normal).
■ Nesse caso, se houver uma
arritmia e esse intervalo
estiver curtinho, sabe-se
que é uma arritmia
supraventricular.
○ Caso haja uma lesão de nó sinusal
ou de feixe de His, e o estímulo
for formado em base ventricular, o
intervalo QRS será maior
(alargado) - arritmia
intraventricular.
● Onda P positiva: D1, D2 e AVF.
● Onda P negativa: AVR.
Ritmo regular: quando o intervalo entre duas
espículas (intervalo R-R) é igual.
Ritmo irregular: quando o intervalo entre duas
espículas é diferente.
Obs: todas as vezes em que há aumento da
frequência cardíaca, há alteração na fase inicial,
na ativação da onda P, então a mudança ocorre
de fato na segunda fase, com diminuição do
tempo de repolarização (de uma onda para outra
elas ficam mais juntinhas). Mecanicamente: há
diminuição do tempo diastólico.
Cálculo da frequência
cardíaca
Forma 1� fazer uma divisão entre 1500 e o nº de
milímetros entre 2 complexos QRS (intervalo
R-R).
● 1500 porquê, a velocidade padrão do
papel no eletrocardiograma é de 25
mm/s, então em 60 segundos (ou 1
minuto), seriam percorridos 1.500 mm.
● Exemplo:
Forma 2� dividir 300 pelo número de quadrados
(de 5mm) entre os R-R no ECG.
Vict�ria K. L. Card�so
● Exemplo:

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