Buscar

Resumo de embriologia (1ª a 8ª semana)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto


· Começ a no contato entre um esperm atozóide e um ovócito e termina com a mistura dos 
Fecundação:
Começa no contato entre um espermatozoide e um ovócito e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metástase da primeira divisão mitótica do zigoto. 
	Ovócito:
	Espermatozoide: 
→ As moléculas de ligação a carboidratos e proteínas específicas dos gametas na superfície dos gametas estão envolvidas na quimiotaxia dos espermatozoides e no reconhecimento do gameta, além do processo de fecundação.
Zigoto: formado pela união de um espermatozoide e de um ovócito, é uma célula totipotente e altamente especializada. Pela divisão, migração, crescimento e diferenciação ele se transforma em um ser humano multicelular. 
Sítio de fecundação: ampola da tuba uterina (porção maior e mais dilatada).
→ Se o ovócito não for fecundado ali, ele passa lentamente pela tuba em direção à cavidade do útero, onde se degenera. 
Fases da Fecundação:
· Passagem do espermatozoide a partir da corona radiata do ovócito.
A dispersão das células foliculares da corona radiata resulta principalmente da ação da enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozoide. As enzimas da mucosa tubária também parecem auxiliar a hialuronidase. Os movimentos da cauda do espermatozoide também são importantes para a sua penetração na corona radiata. 
· Penetração da Zona Pelúcida.
Enzima proteolítica acrosina (e também as esterases e neuraminidase) parece causar a lise da zona pelúcida, formando assim um caminho para que o espermatozoide chegue ao ovócito.
→ Reação zonal: mudança nas propriedades físicas da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides.
· Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide.
As membranas plasmáticas da célula rompem-se na área de fusão. A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do ovócito, mas a membrana plasmática do espermatozoide fica pra trás.
· Término da segunda divisão meiótica do ovócito.
O ovócito completa a segunda divisão meiótica formando um ovócito maduro e segundo o corpo polar. O ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino.
· Formação do pronúcleo masculino.
Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozoide aumenta para formar o pronúcleo masculino. A cauda do espermatozoide degenera. 
→ Durante o crescimento, os pronúcleos masculino e feminino replicam seu DNA.
· Lise da membrana do pronúcleo.
Ocorrem agregação de cromossomos, arranjo dos cromossomos para a divisão celular mitótica e a primeira clivagem do zigoto. A combinação de 23 cromossomos em cada pronúcleo resulta num zigoto com 46 cromossomos. 
Cariogamia: fusão dos núcleos dos gametas.
Dispermia: dois espermatozoides participam da fecundação, resultando em três conjuntos de cromossomos (triploides).
Resultados da fecundação:
→ Estimula o ovócito secundário a completar a 2ª divisão meiótica produzindo o 2º corpo polar.
→ Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto.
→ Resulta na variação da espécie humana pela mistura de cromossomos paternos e maternos.
→ Determina o sexo cromossômico do embrião.
→ Causa a ativação metabólica do ovócito e inicia a clivagem do zigoto.
Herança biparetal: o zigoto é geneticamente único porque metade dos seus cromossomos vem da mãe e a outra metade do pai.
PRIMEIRA SEMANA
· A divisão do zigoto inicia-se cerca de 30 horas após a fecundação.
· Blastômeros tornam-se menores a cada divisão por clivagem que ocorre quando o zigoto passa pela tuba uterina (zigoto ainda se situa na zona pelúcida).
· Compactação: após o estágio de oito células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam firmemente uns com os outros; fenômeno mediado por glicoproteínas de adesão de superfície celular.
→ Permite uma maior interação célula com célula.
→ É um pré-requisito para a segregação de células internas que formam a massa celular interna.
Mórula: quando já existem 12 a 32 blastômeros.
Trofoblasto: camada achatadas de blastômeros que circundam os embrioblastos; secreta uma proteína imunossupressora – fator inicial da gravidez – que surge no soro materno dentro de 24 a 48 horas após a fecundação.
Blastocisto: formado após a mórula ter alcançado o útero (4 dias após a fecundação).
Cavidade blastocística: fluido da cavidade uterida passa através da zona pelúcida para formar esse espaço preenchido por fluido que separa os blastômeros em duas partes:
→ Trofoblasto: fina camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta.
→ Embrioblasto: grupo de blastômeros localizados centralmente que darão origem ao embrião.
◌ Embrioblasto: se projeta para a cavidade blastocística.
◌ Trofoblasto: forma a parede do blastocisto.
◌ Zona pelúcida desaparece após o blastocisto permanecer por dois dias na cavidade uterina.
- Essa degeneração permite o blastocisto aumentar rapidamente de tamanho.
- A nutrição é feita por meio da secreção das glândulas uterinas.
◌ Blastocisto adere ao epitélio endometrial 6 dias após a fecundação.
◌ Trofoblasto começa a proliferar rapidamente e diferencia em duas camadas:
Citotrofoblasto: Camada interna de células.
Sinciciotrofoblasto: Camada externa de células, constituída por uma massa protoplasmática multinucleada formada pela fusão de células.
Funções: 
· Prolongamentos digitiformes se estendem para o epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo.
· Blastocisto está implantado na camada compacta do endométrio e obtém sua nutrição dos tecidos maternos erodidos.
· Produz enzimas proteolíticas que erodem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto “implantar-se” dentro do endométrio.
· Deslocam as células endometriais na parte central do sítio de implantação; sofrem apoptose, o que facilita a invasão.
· Produz hCG – Gonadotrofina Coriônica Humana – que entra no sangue materno presente nas lacunas do sinciciotrofoblasto. Ele mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário durante a gravidez.
→ No fim da segunda semana, há quantidade suficiente de hCG para ser detectado no teste de gravidez. 
Durante esse processo ocorre:
· Células acumulam glicogênio e lipídios.
· Células deciduais degeneram adjacentes à região de penetração do sinciciotrofoblasto.
· Sinciciotrofoblasto engloba essas células e degeneração que fornecem rica fonte para a nutrição embrionária.
SEGUNDA SEMANA
· A implementação do blastocisto completa-se durante a segunda semana do desenvolvimento embrionário.
· Ocorrem mudanças no embrioblasto que produzem um disco embrionário bilaminar:
Epiblasto: camada mais espessa constituída por células colunares altas relacionadas com a cavidade amniótica.
Hipoblasto: camada de células cuboides que surge na superfície do embrioblasto e forma o saco vitelino. 
· Aparece um espaço no embrioblasto, que é o primórdio da cavidade amniótica.
· Células amniogênicas, denominadas amnioblastos se separam do epiblasto e se organizam para formar uma fina membrana, o âmnio que envolve a cavidade amniótica.
Epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e está perifericamente em continuidade com o âmnio.
· Células migram do hipoblasto e formam a membrana exocelômica
Hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica.
· A membrana exocelômica e a cavidade logo se modificam para formar o saco vitelino primitico.
→ O disco embrionário se situa entre a cavidade amniótica e o saco vitelino primitivo.
· Células do endoderma do saco vitelino formam uma camada de tecido conjuntivo, o mesoderma extra-embrionário; ele circunda o âmnio e o saco vitelino.
· Cavidades surgem do sinciciotrofoblasto após a formação do âmnio.
Se tornam preenchidas por mistura de sangue materno proveniente dos capilares endometriais rompidos e restos celulares das glândulas uterinas decíduas. Esse fluido pode ser chamado de embriotrofo, o qual passa por difusão para o disco embrionário.
Vasos sanguíneos rompidos + lacunas = circulação uteroplacentária primitiva.
No 10º dia o embrião está completamente implantado no endométrio.
· Por aproximadamente dois dias há uma falha no epitélio endometrialque é preenchida por um tampão, um coágulo sanguíneo fibrinoso. No 12º dia o epitélio quase totalmente regenerado cobre o tampão.
· Com a implantação do concepto, as células do tecido conjuntivo endometrial sofrem uma transformação conhecida como reação decidual, a qual fornece ao concepto um sítio imunologicamente privilegiado.
Células deciduais: células com glicogênio e lipídio acumulados no citoplasma, ficando inchadas.
· Redes lacunares são formadas pela fusão das lacunas sinciciotrofoblásticas.
Redes lacunares situadas em torno do polo embrionário são os primórdios espaços intervilosos da placenta.
· Os capilares endometriais em torno do embrião implantado tornam-se congestos e dilatados, formando os sinusóides (vasos terminais de parede delgadas e maiores que os capilares comuns).
· Sinusódes são erodidos pelo sinciciotrofoblasto e o sangue materno flui para o interior das redes lacunares.
Células estromais degeneradas + glândulas do endométrio degeneradas + sangue materno = nutrição.
· Mesoderma extra-embrionário cresce e surgem espaços celômicos extra-embrionários isolados em seu interior.
· Espaços fundem-se rapidamente e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extra-embrionário.
· Celoma extra-embrionário envolve o âmnio e o saco vitelino; exceto onde estão aderidos ao córion pelo pedículo do embrião.
· Com a formação do celoma extra-embrionário o saco vitelino diminui de tamanho e se forma um pequeno saco vitelino secundário (não contém vitelo; tem papel na transferência seletiva de nutrientes para o disco embrionário).
· Trofoblasto absorve o fluido nutritivo das redes lacunares no sinciciotrofloblasto, que é então transferido para o embrião.
· O fim da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias, que são extensões provocadas pela proliferação das células citotrofoblásticas que crescem para dentro do sinciciotrofoblásto (provavelmente induzido pelo mesoderma somático extra-embrionário).
O celoma extra-embrionário divide o mesoderma em:
Mesoderma somático extra-embrionário: reveste o trofoblásto e cobre o âmnio.
Mesoderma esplâcnico extra-embrionário: envolve o saco vitelino.
Córion = parede do vaso coriônico = mesoderma somático extra-embrionário + duas camadas de trofoblasto.
Pedículo: suspende o embrião, saco vitelínico e amniótico na cavidade coriônica.
14º dia: formação de uma área localizada no disco embrionário laminar, formando uma área circular espessada, denominada placa pré-cordal que indica o futuro local da boca; é um importante organizador da região da cabeça.
TERCEIRA SEMANA
· Desenvolvimento do embrião do disco embrionário.
· Aparecimento da linha primitiva.
· Desenvolvimento da notocorda.
· Diferenciação das três camadas germinativas.
· Primeira indicação de que a mulher pode estar grávida: interrupção da menstruação.
· Gastrulação: processo formativo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar.
Início da morfogênese.
Gastrulação
Se inicia com a formação da linha primitiva, que é uma faixa linear espessada do epiblasto, caudalmente no plano mediano do aspecto dorsal do disco embrionário.
· Linha primitiva:
- Resulta da proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário, vai se alongando pela adição de células na sua extremidade caudal.
- Permite identificar o eixo cefálico-caudal do embrião.
- Permite identificar extremidades cefálicas e caudal.
- Permite identificar superfície dorsal e ventral; lado direito e esquerdo.
- Extremidade cranial prolifera e forma o nó primitivo.
- Um estreito sulco primitivo se forma na linha primitiva, a fosseta primitiva.
- Células abandonam a superfície profunda e formam o mesênquima.
Mesênquima: trama frouxa do tecido conjunto embrionário que forma o tecido de sustentação do embrião após o aparecimento da linha primitiva.
- Células mesenquimais migram da linha primitiva; tem o potencial de se diferenciar em fibroblastos, condroblastos, osteoblastos, etc.
- A linha primitiva forma ativamente o mesoderma até o início da quarta semana; depois disso a produção de mesoderma torna-se mais lenta.
- A linha primitiva diminui de tamanho relativo e torna-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião.
· Processo Notocordal e Notocorda:
- Células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitivos, formando um cordão celular mediano, o processo notocordal.
- Processo notocordal adquire luz, o canal notocordal.
- Processo notocordal cresce cefalicamente entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa pré-cordal.
- Membrana bucofaríngea: fusão das camadas, localizada no futuro local a cavidade oral (boca).
- Mesoderma cardiogênico: formado por células da linha primitiva que migraram cefalicamente de cada lado do processo notocordal em torno da placa pré-cordal.
Onde o primórdio do coração começa a se desenvolver no fim da terceira semana.
· Membrana cloacal: área circular caudalmente à linha primitiva que indica o local do futuro ânus.
Notocorda:
· Define o eixo primitivo do embrião dando-lhe uma certa rigidez.
· Fornece os sinais necessários para o desenvolvimento do esqueleto axial.
· Indica o futuro local dos corpos vertebrais.
· Indutor primário do embrião inicial.
· Induz o ectoderma embriônico sobrejacente a espessar-se e formar a placa neural (primórdio do SNC).
- A coluna vertebral se forma ao redor da notocorda, que se estende da membrana bucofaríngea ao nó primitivo. Ela degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se formam, mas persiste como núcleo pulposo de cada disco invertebral.
Alantóide:
· Surge por volta do 16º dia como uma pequena evaginação em forma de salsicha que se estende da parede caudal do saco vitelino para o pedículo do embrião.
· Permanece pequeno pois a placenta e o saco amniótico exercem sua função.
· Envolvido com a formação sanguínea no embrião humano e está associado ao desenvolvimento da bexiga. 
· Vasos sanguíneos do alantoide tornam-se artérias e veias umbelicais.
Neurulação: Formação do Tubo Neural
Processos envolvidos na formação da placa neural e pregas neurais e no fechamento dessas pregas para formar o tubo neural – terminam na 4ª semana –.
· Placa Neural e Tubo Neural: 
- Desenvolvimento da notocorda.
- Ectoderma acima da notocorda se espessa, formando uma placa alongada de células epiteliais, a placa neural.
- O ectoderma da placa neural (neuectoderma) dá origem:
◌ Sistema Nervoso Central
◌ Retina
- Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se alarga e se estende cefalicamente até a membrana bucofaríngea.
- A placa neural se invagina ao longo do seu eixo central, formando um sulco neural mediano, com pregas neurais em ambos os lados.
- Pregas neurais: tornam-se particularmente proeminentes na extremidade cefálica do embrião e constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo.
- Pregas neurais se aproximam, se fundem e convertem a placa neural em tubo neural, que logo se separa do ectoderma da superfície.
- As bordas livres do ectoderma se fundem, tornando essa camada contínua sobre o tubo neural e as costas do embrião; subsequentemente o ectoderma da superfície diferencia-se na epiderme.
· Crista Neural:
- Com a fusão das pregas neurais para formar o tubo neural algumas células neuroectodérmicas, dispostas ao longo de cada prega neural, perdem sua afinidade com o epitélio e adesões às células vizinhas.
- Quando o tubo neural se separa do ectoderma da superfície, as células da crista neural migram dorsal e lateralmente em cada lado da tuba formando uma massa irregular achatada, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma superficial suprajacente.
- Logo a crista neural se separa em partes direitas e esquerda, que migram para os aspectos dorsolaterais do tubo neural.
- Muitas células da crista neural migram amplamente para dentro do mesênquima e se distinguem em vários tipos celulares:
◌ Gânglios espinhais
◌ Gânglios do sistema nervoso autônomo
◌ Bainhas dos nervos periféricos
◌ Revestimento do encéfaloe da medula espinhal
◌ Células pigmentadas (contribuição)
◌ Células da medula da suprarrenal (contribuição)
◌ Componentes musculares e esqueléticos da cabeça
Desenvolvimento dos somitos:
· Com a formação da notocorda e da tuba neural, o mesoderma intra-embrionário em cada lado prolifera-se para formar uma coluna grossa e longitudinal e mesoderma paraxial.
· Cada coluna está em continuidade com o mesoderma intermediário, que gradualmente se afina para formar a camada de mesoderma lateral; que está em continuidade com o mesoderma extra-embrionário que cobre o saco vitelino e o âmnio.
· O mesoderma paraxial diferencia-se e começa a dividir-se em pares de corpos cuboides, os somitos.
· Somitos formam elevações que se destacam na superfície do embrião; são bem proeminentes na quarta e quinta semana sendo usados para determinar a idade do embrião. (Primeiro par de somitos aparece no fim da terceira semana).
· Os somitos aparecem primeiro na futura região occipital do embrião, logo avançam cefalocaudalmente, dando origem à maior parte do esqueleto axial e aos músculos associados, assim como a derme da pele adjacente.
Desenvolvimento do celoma intra-embrionário:
· Essa cavidade do corpo do embrião surge como pequenos espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico.
· Esses espaços logo coalescem formando uma cavidade em forma de ferradura – o celoma intra-embrionário – que divide o mesoderma lateral em duas camadas:
- Camada somática/parietal: contínua ao mesoderma extra-embrionário que cobre o âmnio.
- Camada esplâncnica/visceral: contínua ao mesoderma extra-embrionário que cobre o saco vitelínico.
· O mesoderma somático e o ectoderma sobrejacente do embrião formam a parede do corpo do embrião ou somatopleura.
· O mesoderma esplâncnico e o endoderma subjacente formam a parede do intestino do embrião ou esplancnopleura.
· Durante o segundo mês o celoma intra-embrionário está dividido em três cavidades corporais:
- Cavidade pericárdica
- Cavidades pleurais
- Cavidade peritoneal
Desenvolvimento inicial do Sistema Cardiovascular:
· No fim da segunda semana, a nutrição do embrião é obtida do sangue materno por difusão do córion, celoma extra-embrionário e saco vitelínico.
· A formação inicial do sistema cardiovascular está correlacionada com a ausência do vitelo no ovócito e saco vitelino e a necessidade urgente de transportar oxigênio e nutrientes para o embrião da circulação materna, através do córion.
· Vasculogênese ocorre na terceira semana: vasos sanguíneos se formam e no início da terceira semana no mesoderma extra-embrionário do saco vitelínico, do pedículo do embrião e do córion.
· Os vasos sanguíneos do embrião começam a se desenvolver cerca de 2 dias mais tarde.
- Células mesenquimais se diferenciam em precursores de células endoteliais, os angioblastos.
- Os angioblastos se agregam e formam grupos de células angiogênicas isoladas, as ilhotas sanguíneas.
- Dentro das ilhotas sanguíneas, fendas intercelulares confluem, formando pequenas cavidades.
- Angioblastos se achatam, tornando-se células endoteliais, que se dispões em torno das cavidades e formam o endotélio primordial.
- Essas cavidades logo se fundem para formar rede de canais endoteliais.
· Angiogênese: vasos avançam para áreas adjacentes por brotamento endotelial e se fundem com outros vasos.
· As células sanguíneas desenvolvem-se de células endoteliais especializadas dos vasos, os hemangioblastos, no saco vitelínico e alantoide no fim da terceira semana. As células mesenquimais que circundam os vasos sanguíneos endoteliais primordiais diferenciam-se nos elementos musculares e conjuntivos dos vasos.
→ Os eritrócitos fetais e adultos derivam de diferentes células progenitoras hematopoiéticas.
→ No final da terceira semana, desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária.
· O coração e os grandes vasos formam-se de células mesenquimais no primórdio do coração – área cardiogênica.
· Durante a terceira semana forma-se um par de canais revestidos por endotélio, os tubos cardíacos endocardíacos; que se fundem formando o tubo cardíaco primitivo. O coração tubular une-se a vasos sanguíneos do embrião, do pedículo, do córion e do saco vitelino, para formar p sistema cardiovascular primitivo.
· No fim da terceira semana o sangue circula.
· Sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgãos que alcança um estado funcional.
· Coração começa a bater no 21º ou 22º dia.
O batimento pode ser detectado a partir da 5ª semana.
Desenvolvimento das vilosidades coriônicas:
· Vilosidades coriônicas primárias (fim da 2ª semana) começam a se ramificar.
· No fim da 3ª semana o mesênquima penetra as vilosidades primárias formando um eixo central de tecido mesenquimal (conjuntivo). Nesse estágio as vilosidades coriônicas secundárias recobrem toda a superfície do saco coriônico.
· Células mesenquimais de vilosidade logo se diferenciam em capilares e células sanguíneas e quando os vasos sanguíneos são visíveis nas vilosidades. Elas são chamadas de vilosidades coriônicas terciárias.
· Capilares das vilosidades coriônicas fundam-se, formando redes arteriocapilares; elas se conectam com o coração do embrião por meio de vasos que se diferenciam no mesênquima do córion e no pedículo do embrião.
· Capa citotrofoblástica são formadas pela proliferação de células do citotrofoblasto das vilosidades coriônicas. Essa capa envolve o saco coriônico e o prende ao endométrio.
· As vilosidades que se prendem aos tecidos maternos através da capa citotrofoblástica constituem as vilosidades do tronco.
· As vilosidades que crescem a lado das vilosidades coriônicas constituem as vilosidades terminais; onde se dá maior parte das trocas de material do sangue da mãe e do embrião, já que elas são banhadas por sangue materno do espaço interviloso.
QUARTA A OITAVA SEMANA
· Período organogenético: principais estruturas internas e externas se estabelecem da 4ª a 8ª semana.
· No final desse período os principais sistemas de órgãos já começaram a se desenvolver; com a formação dos tecidos e órgãos, a forma do embrião muda, e no final da oitava semana o embrião apresenta um aspecto nitidamente humano.
· A exposição de embriões a teratógenos durante esse período pode caudar grandes anomalias congênitas. 
Dobramento do embrião
· Dobramento do disco embrionário trilaminar plano em um embrião “cilíndrico”. Ele é decorrente do rápido crescimento do embrião, particularmente do encéfalo e da medula espinhal. Ao mesmo tempo a junção do embrião com o saco vitelino sofre uma constrição relativa. 
· O dobramento ventral das extremidades do embrião produz as pregas cefálica e caudal, que levam as regiões cefálica e caudal a se descolarem ventralmente, enquanto o embrião se alonga cefálica e caudalmente.
Pregas cefálicas e caudal:
· Pregas neurais da região cefálica formam o primórdio do encéfalo (início da 4ª semana).
· Posteriormente ele cresce em direção cefálica, além da membrana bucofaríngea e coloca-se sobre o coração em desenvolvimento, enquanto o coração primitivo e a membrana bucofaríngea se deslocam na superfície ventral do embrião.
· Durante o dobramento lateral, parte do endoderma do saco vitelino é incorporada ao embrião, formando o intestino anterior.
· O intestino anterior situa-se entre o encéfalo e o coração, e a membrana orofaríngea separa o intestino anterior da boca primitiva ou estomodeu.
· O dobramento da extremidade caudal do embrião resulta, basicamente, do crescimento da parte distal do tubo neural, o primórdio da medula espinhal.
· Com o crescimento do embrião, a região da cauda se projeta sobre a membrana coaclal (futura região do ânus).
· Durante o dobramento, parte da camada germinativa endodérmica é incorporada ao embrião, formando o intestino posterior.
· A porção terminal do intestino anterior logo se dilata e forma a cloaca.
· O pedículo do embrião (primórdio do cordão umbilical) prende-se a superfície ventral do embrião e o alantoide (divertículo do saco vitelínico) é parcialmente incorporado ao embrião. 
Pregas laterais:· e dos somitos, que produzem as pregas laterais.
· Com a formação das paredes abdominais, parte da camada germinativa endodérmica é incorporada ao embrião, formando o intestino médio e o saco vitelínico; mas depois essa comunicação é reduzida, formando o canal onfaloentérico ou pedículo vitelino.
· Com a transformação do pedículo do embrião no cordão umbilical, a fusão ventral das pregas laterais reduz a região de comunicação entre as cavidades exocelômicas intra-embrionárias e extra-embrionárias.
· À medida que a cavidade amniótica se expande e oblitera a maior parte do celoma extra-embrionário, o âmnio forma o revestimento epitelial do cordão umbilical.
QUARTA SEMANA
· 4 a 12 pares de somitos.
· Tubo neural forma em frente aos somitos, mas é amplamente aberto nos neuroporos rostral e caudal.
· Primeiro par de arcos faríngeos é visível (24 dias).
· Embrião está levemente encurvado por causa das pregas cefálica e caudal.
· Coração forma uma grande saliência ventral e bombeia o sangue.
· 3 pares de arcos faríngeos são visíveis (26 dias) e o neuroporo rostral já se fechou.
· O encéfalo anterior produz uma elevação saliente na cabeça, enquanto o dobramento do embrião lhe dá uma curvatura em C. Uma longa e curva eminência caudal está presente.
· Brotos do membro superior: fossetas óticas (primórdios das orelhas internas); placóides do cristalino (espessamentos ectotérmicos) tornam-se reconhecíveis (26 ou 27 dias).
· O quarto par de arcos faríngeos e os brotos dos membros inferiores são visíveis no fim da quarta semana.
· Rudimentos do sistema cardiovascular se estabelece.
QUINTA SEMANA
· Crescimento da cabeça excede a das outras regiões.
· Face entra em contato com a proeminência cardíaca.
· Cristas mesonéfricas: indicam o local dos rins mesonéfricos (são órgãos provisórios nos humanos).
SEXTA SEMANA
· Embriões apresentam respostas reflexas ao toque.
· Raios digitais, primórdios dos dedos, começam a se desenvolver.
· Movimentos espontâneos, como contrações musculares dos membros e do tronco.
· Saliências auriculares desenvolvem-se e contribuem para a formação do pavilhão auricular, parte da orelha externa em forma de concha.
· Olhos evidentes, devido à formação do pigmento da retina.
· Cabeça muito maior que o tronco e está encurvada sobre a grande proeminência cardíaca; devido à flexão da região cervical (pescoço).
· Herniação umbilical: intestinos penetram o celoma extra-embrionário na parte proximal do cordão umbilical, já que a cavidade abdominal é muito pequena para acomodar o rápido crescimento do intestino.
SÉTIMA SEMANA
· Chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos, indicando os futuros dedos.
· Comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelínico está agora reduzida a um ducto estreito, o pedículo vitelino.
OITAVA SEMANA
· Dedos das mãos estão separados, mas ainda estão unidos por membranas; todas as regiões dos membros são evidentes no final dessa semana. Ocorrem os primeiros movimentos voluntários.
· Plexo vascular do couro cabeludo forma faixa característica que envolve a cabeça.
· Ossificação começa no fêmur e os sinais da eminência caudal já desapareceram. Mãos e pés se aproximam ventralmente uns aos outros.
· Embrião apresenta características nitidamente humanas.
· Região do pescoço já é definida; as pálpebras são mais evidentes e estão se fechando e começam a se unir por fusão epitelial. Os intestinos ainda estão na porção proximal do cordão umbilical.
· Pavilhões auriculares começam a assumir sua forma final, mas ainda apresentam implantação baixa.
· Existem diferenças entre os sexos na aparência genitália externa, mas eles ainda não são suficientes para a distinção precisa do sexo.
· A cabeça ainda é desproporcionalmente grande.

Continue navegando