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atividade sobre lesão hepática em bovino com insuficiência hepática

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
CAMPUS DE CASTANHAL 
INSTITUTO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA 
CLÍNICA DO SISTEMA DIGESTIVO 
Profª Gabriela Riet 
 
Discente: Alícia de Souza Silva 201918440029 
 
1. Descreva a características macroscópicas e 
o mecanismo patogenético dos seguintes 
sinais clínicos e lesões observados em um 
bovino com insuficiência hepática. 
a. Encefalopatia hepática 
Se trata de uma anormalidade reversível da 
função neuronal associada com a exposição do 
sistema nervoso central a substancias 
neurotóxicas devido a uma insuficiência 
hepática ou desvio porto-sistêmico. Os sinais 
clínicos acontecem devido ao acúmulo de 
amônia, ácidos graxos e mercaptamos na 
corrente sanguínea, liquido cefalorraquidiano e 
encéfalo. Geralmente, essas substâncias são 
eliminadas quando passam pelo fígado, mas se 
há lesão hepática, não há eliminação e se 
acumula na corrente sanguínea. O mecanismo 
patogenético da encefalopatia hepática se dá a 
partir da depleção do alfa-cetoglutarato, 
prejudicando a formação do ATP para conduzir 
o metabolismo cerebral. 
Macroscopicamente, ocorre uma degeneração 
esponjosa do SNC causada por uma 
hiperamonemia (aumento dos níveis de amônia 
do sangue) por um edema intramielínico na 
substância branca do mesencéfalo, base do 
encéfalo, pedúnculos cerebelares e junção entre 
substância branca/cinzenta. 
b. Fotossensibilização hepatógena 
Distúrbio causado por uma radiação UV 
absorvida por compostos fotodinâmicos na pele, 
resultando da liberação de energia que produz 
radicais livres. Isso leva à uma degranulação 
de mastócitos e à produção de mediadores 
inflamatório que causam danos à célula. 
Também é chamada de fotossensibilização do 
tipo III e é o tipo de fotossensibilização mais 
comum e frequente em herbívoros. Esse tipo de 
fotossensibilização acontece pois o fígado se 
torna incapaz e excretar filoeritrina, a qual é 
produzida no trato alimentar pela quebra da 
clorofila. Qualquer animal hepatopata com uma 
dieta rica em clorofila e exposto à radiação 
solar desenvolve a fotossensibilização. 
Macroscopicamente, as lesões estão localizadas 
nas áreas do corpo de pele e pelo não 
pigmentados e em bovinos as lesões ocorrem 
nas áreas de pelo branco e nos tetos, úbere, 
períneo e nariz. 
 
c. Icterícia 
A icterícia é um sinal clínico muito importante, 
e pode ser detectado pelo exame das mucosas e 
por testes laboratoriais que determinam as 
concentrações exatas de bilirrubina no plasma 
ou soro. Pode ser pré-hepática, hepática ou pós-
hepática: 
 Pré-hepática: ocorre por uma 
crise hemolítica em que há a uma 
alta concentração plasmática de 
bilirrubina para o sangue 
 Hepática: causada por uma lesão 
hepatocelular, resultando de uma 
liberação de bilirrubina para o 
sangue 
 Pós-hepática: ocorre em casos 
secundários à uma obstrução do 
sistema biliar 
Macroscopicamente, os tecidos com icterícia 
possuem uma coloração amarelada que pode 
ser distribuída de forma sistêmica ou não. 
d. Edemas 
Os edemas hipoproteinêmicos podem ocorrer 
na insuficiência hepática devido à uma falha na 
síntese de albumina pelo fígado, alterações de 
permeabilidade vascular, aumento da pressão 
hidrostática e hipoproteinemia. 
e. Tendências hemorrágicas 
Trata-se de um aumento do liquido nos espaços 
tissulares consequente da perda de proteínas 
plasmáticas em casos de anemias agudas e 
crônicas. Uma lesão aguda no fígado pode 
causar hemorragias que, durante a necrose, há 
disparo da cascata de coagulação que iniciará 
uma fibrinólise compensatória.

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