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Duda Luizeto AVA Nilo Doenças Exantemáticas • Tipos de exantema: − Maculopapular: morbiliforme, escarlatiforme, rubeoliforme e urticariforme − Papulovesicular − Petequial ou purpúrico • Dados de anamnese e exame físico: − Faixa etária: 2 primeiros anos de vida: exantema súbito Eritema infeccioso: crianças mais velhas − Procedência: Locais com surtos de rubéola... − Estação do ano − Antecedentes imunitários: Crianças devidamente vacinas contra rubéola e sarampo e que apresente um exantema maculopapular = não pensar em sarampo nem rubéola, porque já esta imunizada. Se houver falha na imunização, pode pensar − Fonte de contagio − Exposição ao sol − Uso de medicamentos − Período prodromico • Período exantemático: − Tipo de exantema − Aparecimento e modo de evolução: aonde? Quando ? que fase da doença? como surgiu (da cabeça aos pés, do tronco se espalhou)? − Relação com a febre: antes, junto ou após o aparecimento do exantema − Distribuição − Duração − Sintomas/sinais associados − Presença de descamação − Fatores desencadeantes − Sinais patognomônicos e/ou associados • Quadro de diagnósticos diferenciais de doenças exantemáticas maculo papulares: − A varicela não esta no quadro, porque não possui essa apresentação maculo papular − Sinal de Koplik: Imagem em cima e na esquerda: Imagem embaixo e na esquerda: exantema maculopapular Imagem da direita: maculo vesisular Criança com febre alta, coriza, tosse, queda do estado geral e com sinal de koplik. Sabemos que após 24/48 horas vai surgir o exantema característico do sarampo − 1. Caso clínico 1 • Sinais de pastias: nas linhas poplíteas • A língua passa de saburrosa para língua em framboesa em alguns dias • Exantema micro papular confluente, predominando no tronco e que desaparecem a digito pressão • A descamação laminar aparece em torno de 8 dias • Diagnóstico: escarlatina • Resumo: − Exotoxina do Streptococcus beta-hemolítico do grupo A Implica em um tratamento com antibiótico para a criança e para os contactantes íntimos para impedir a transmissibilidade da escarlatina − Rara em lactentes: anticorpos maternos, sensibilização − Faringite aguda é a forma de transmissão que ocorre até 24/48 horas de antibiótico − Exantema micropapular, áspero, vermelho intenso, desaparece a compressão − Língua em ‘framboesa’, sinal filatow, sinal de pastia − Descamação em lâminas − Tratamento: penincilina, eritromicina (não se encontra mais), azitromicina e claritromicina (mais utilizados hoje) − Profilaxia para contatos íntimos • Diagnóstico: − Clínico − Testes rápidos − Cultura de orofaringe − Leucocitose com desvio a esquerda • Tratamento: − Penicilina benzatina (dose única via IM): não existe resistência da bactéria 1.200.000U para maiores de 20kg 600.000U peso inferior a 20kg − Amoxicilina: 20-50mg/kg/dia de 8/8 horas por 10 dias − Alérgicos a penicilinas: Eritromicina: 30-40mg/kg/dia de 6/6 horas por 10 dias Azitromicina: 10mg/kg/dia por 5 dias, 1x/dia Claritromicina: 7,5mg/kg/dia de 12/12 horas por 10 dias • Prevenção: − Contatos íntimos devem receber penicilina benzatina ou macrolídeo (igual ao tratamento) − Retorno a escola 24 horas após antibioticoterapia e desaparecimento da febre 2. Caso clínico 2 • Diagnóstico: herpangina ou síndrome mao-pé-boca • Na mucosa são vesículas que se rompem originando a úlcera • São enteroviroses não pólio • Etiologia: geralmente associado ao vírus ECHO ou Coxsackie A e B • Transmissão fecal-oral ou respiratória • Doença muito comum do verão • Acomete, principalmente, crianças de baixa idade • Quadro clinico: − Período de incubação: 3-6 dias − Apresentação mais comum como uma doença febril não-específica − Podem ocorrer manifestações: Respiratórias: refriado, estomatite, herpangina, pneumonia Neurologicas: meningite asséptica Cutâneas: exantema − O exantema, discreto, ocorre em 5-50% das infecções, podendo ser rubeoliforme, escarlatiforme ou morbiliforme − Excreção viral pelas fezes pode persistir por varias semanas após infecção − A criança baba muito devido as lesões nas mucosas da boca • Prevenção e tratamento: − Não há tratamento específico nem vacina − Orientações para lavagem de mãos após manipulação de individuo infectado, sobretudo após troca de fraldas 3. Caso clínico 3 • Diagnóstico: varicela • Essas crianças apresentam estágios de lesão diferentes ao mesmo tempo − Crosta: lesão já rompida − Macula papula vesícula crosta = estágios diferentes de viremia • Vírus varicela-zoster − Etiologia: vírus DNA − P.I: 14 dias (7-21) − O período de transmissão encerra quando termina o período vesicular, ou seja, quando tem crosta não tem mais transmissão − Contágio: Através de vesículas e trato respiratório 1-2 dias antes do exantema ate o aparecimento das crostas • Clínica: − Prodromos (1-2 dias): febre, estado geral pouco comprometido − Lesões: maculas, pápulas, vesículas e crostas − Muito pruriginosas − Aparecimento sucessivo (2-5 dias): polimorfismo regional − Distribuição centrípeta poupando planta dos pés e palma das mãos (são acometidas nas formas mais severas) − Também atinge mucosa bucal, ocular, órgãos genitais e reto − A primeira lesão (lesão mãe) é a pior de todas, geralmente deixando marca − As lesões causam muitas portas de entrada para bactérias Macula, crostas e vesícula • Varicela Zoster − As lesões acompanham o trajeto de um nervo − Lesões eritemato-papulosas, papulovesiculosas, papulopustulosas − A dor precede as lesões na área de pele suprida pelos nervos sensitivos − Em alguns casos, o herpes oftálmico pode levar a lesões da córnea como sequela − Herpes variceliforme: generalização do quadro, principalmente em imunodeprimido − O herpes zoster decorre da reativação e replicação dos vírus nos gânglios dos nervos espinhais ou cranianos − Neurite pós herpética é raríssima em crianças (dor após queda das crostas) • Complicações da varicela: − Impetigo − Furúnculo − Erisipela − Pneumonia − Síndrome de Reye (com uso de aspirina) − Varicela hemorrágica − Púrpura trombocitopenica (1-2 semanas após o exantema – epistaxes – gangrenas) − Púrpuras fulminantes: vasos de maior calibre com necrose de extremidades e amputação − Embriopatias • Prevenção − Vacinação: 1 ano de idade (recomendado) Menores de 13 anos: 2 doses co intervalo mínimo de 3 meses (ACIP/CDC: 12-15 meses, reforço 4-8 anos) Maiores de 13 anos: 2 doses com 1-2 meses de intervalo Bloqueio: até 72 horas após o contato (o ideal é antes de 36 horas) − VZIG (imunoglobulina específica): RN de mãe com varicela que apareceu 5 dias antes ou 2 dias após o parto Prematuros com menos de 28 semanas Menores de 1 ano Imunossuprimidos sem história de varicela Gestantes 4. Sarampo • Descrição − Doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível, extremamente contagiosa e bastante comum na infância − A viremia provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas • Manifestações clínicas: − Período de incubação: 8-12 dias − Período prodromico (3-5 dias): Febre alta Coriza Conjuntivite Tosse Queda do estado geral − Manchas de Koplik: sinal patognomonico • Agente etiológico: RNA vírus pertencente ao gênero Morbillivirus família Paramyoxoviridae • Reservatório: homem • Modo de transmissão: − Ocorre de forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, a elevada contagiosidade da doença − Também tem sido descrito o contágio por dispersão de aerossóiscom partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas − O individuo doente pode transmitir o vírus cerca de 5 dias antes a 5 dias após a erupção cutânea. Desta maneira, não é possível se determinar quando a exposição ocorrerá − O período entre a exposição ao vírus e o inicio dos sintomas (período de incubação) é de aproximadamente 12 dias (variando de 7-18 dias) • Suscetibilidade e imunidade − De um modo geral, todas as pessoas são suscetíveis ao vírus do sarampo − Lactentes, cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas, possuem imunidade passiva conferida por anticorpos transmitidos pela via transplacentária − Essa imunidade é transitória e pode perdurar até o final do primeiro ano de vida, razão pela qual pode haver interferência na resposta a vacinação em menores de 12 meses de vida − No brasil, cerca de 85% das crianças perdem esses anticorpos maternos por volta dos 9 meses de idade (6-8 meses) • Manifestações clínicas − São divididas em três períodos: Período de infecção Período toxemico Remissão − Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5C − Exantema maculo-papular generalizado Se inicia atrás das orelhas e vai se disseminando pelo corpo − Tosse, coriza, conjuntivite • Complicações − Pneumonia bacteriana − Otite − Pan encefalite subaguda esclerosante 5. Rubéola • Doença erradicada • Manifestações clínicas − Prodromos leves − Febre não é intensa − Adenite retro auricular − Exantema maculo papular rubeoliforme • Resumo − Morbimortalidade mínima na forma adquirida − PI de 14-21 dias − Transmissão até 5-7 dias do exantema Na forma congênita, as crianças podem eliminar o vírus pela urina até 1 ano − isolamento de contato − Pré-escolares, escolares, adolescentes − Maior risco de infecção fetal no inicio da gestação − Exantema não característico, róseo leve, não descama, adenomegalia, artralgia (crianças maiores) − Malformações na forma congênita − Diagnóstico sorológico, fase aguda e convalescente − Vacina aos 12 meses: tríplice viral • Epidemiologia da rubéola congenita − Transmissão para o feto de rubéola comprovada na gravidez 90% até 12 semanas 25-30% no segundo trimestre Surdez, retardo mental, cegueira, microcefalia − Rubéola congênita x imunização/gestação Risco de infecção fetal pelo vírus vacinal em mulheres vacinas = 1% Síndrome da rubéola congênita pelo vírus vacinal = 0% Não se indica interrupção da gravidez 28 dias de intervalo entre vacinação e concepção 6. Eritema infeccioso • Etiologia: parvovírus B19 • PI: 5-14 dias • A faixa etária mais atingida é de 2-14 anos • A fase prodrômica é inexistente ou extremamente discreta • A erupção é praticamente toda a doença, aparecem na face lesões maculopapulosas eritematosas que coalescem tomando muitas vezes a forma de borboleta − A região perioral não é atingida, em contraste com a vermelhidão do restante da face − A exantema tem predomínio nos membros e tem um aspecto de renda • Após persistirem 1-2 dias na face, as lesões maculopapulosas atingem os membros superiores e inferiores. O tórax geralmente não é atingido • Um aspecto importante é que as lesões no principio são eritematosas, escurecem, ficam violáceas e empalidecem, desaparecendo posteriormente − Pode haver recidiva da erupção, precedida por alguns irritantes cutâneos, como traumatismo, temperaturas extremas, luz solar, atrito, etc... • Artrites transitórias podem estar presente • Durante a gravidez, pode causar uma anemia hemolítica no feto 7. Exantema súbito (também chamado de sexta moléstia) • Etiologia: herpes humano vírus tipo 6 (HHV-6) e 7 (HHV-7) • PI: 10-15 dias • O começo é súbito, com febre alta, que permanece assim 3-4 dias − Pode haver convulsões (nas crianças que são propensas a terem convulsão) − Geralmente há irritabilidade e pequena hipertrofia dos gânglios linfáticos nas cadeias cervical e auricular • Acomete crianças saudáveis, principalmente bebes em torno do 6-9 mês de vida • Geralmente após 2-4 dias de febre, ela cai em crise (desaparece) e surge o exantema maculopapular, iniciando-se no tronco (predomínio) e estendendo-se para o pescoço, membros superiores e face, que dura 1-2 dias em média − A faixa etária predominante é de 6 meses a 3 anos • Em termos de diagnóstico diferencial com o sarampo, o que chama mais atenção é a queda da temperatura quando aparece o exantema, fato que não ocorre no sarampo (primeiro é o exantema e a febre persiste por 3-4 dias) 8. Exantema por drogas • Primeira imagem e ultima imagem: Steven-Johnson − O único local que não são acometidos são as palmas das mãos, as plantas do pe e o couro cabeludo • Exantema com angioedema 9. Tabela
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