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P3 BCM

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CARBOIDRATOS: ​função de reserva energética quimica (amigo, glicose, 
glicogenio), componente de estruturas de sustentação das plantas (celulose), crustaceos 
(quitina) e tecido conjuntivo (polissacarideos acidos), componentes dos acidos nucleicos (D 
ribose e 2 Desoxi D RIbose), auxilia no reconhecimento e adesão celular 
 
Formula geral Cn(H2O)n, ou seja, CnH2nOn. Podem ter aldoses ou cetoses! Ou 
seja, cadeia polialcool com aldose final ou cadeia poli alcool com cetose no meio. A 
numeração se inicia na extremidade que contém o carbo da carbolina (com grupo aldeido 
ou cetona). 
Polihidroxisaldeiros são aldoses e Polihidroxicetonas são cetoses, estruturas que 
formas carboidratos. 
A DHA, di hidroxicetona é o menor e unico carboidrato que nao tem carbono 
quiral. 
 
No carboidrato alfa o OH fica pra baixo e no carboidrato beta o OH fica pra cima. 
 
- Quanto ao número de carbonos, pode ser triose, tetrose, pentose, hexose... 
 
- Todos os monossacarideos (com exceção da dihidroxiacetona) cotem um ou mais 
átomos de carbono quiral/assimetrico. 
 
- Isômeros: apresentam a mesma formula molecular, porém diferentes estruturas. 
 
- Isomeros constitucionais: diferem na ordem de ligação dos átomos. 
 
- Estereoisômeros: os átomos estão conectados na mesma ordem, porém diferem no 
seu arranjo espacial. Esses estereoisômeros se dividem em dois: enantiômeros 
(imagem especular não sobreponiveis) e diastereoisômeros (imagens não 
especulares). 
- Os diastereoisômeros podem ser epimeros (diferem em um dos varios atomos de 
carbono assimetricos) ou anômeros (dferem num novo atomo de carbono 
assimetrico formando com o fechamento do anel). 
- Isomeros D e L: na forma D, o grupo OH do carbono assimetrico mais distante do 
carbono da carbonila esta a direita, e na forma L está a esquerda. 
- Em solução aquosa, todos os MONOSSACARIDEOS com cinco ou mais atomos de 
C ocorrem predominantemente como estruturas ciclicas (anel). 
 
Ligação glicosídica: ​é uma ligação covalente que resulta da reação de condensação entre 
uma molecula de um CARBOIDRATO e de um ALCOOL (que pode ser outro carboidrato). A 
hidroxila de um carbono anomerico de um monossacarideo se combina com a hidroxila de 
um alcool ou qualquer outro monossacarideo, produzindo agua. AS valencias livres de 
ambas as moleculas se unem poduzindo a ligação glicosidica -O-. 
 
- Classificação de acordo com o numero de ligações glicosídicas: monossacarideo 
(uma unidade polihidroxicetona/aldeido), dissacarideo (duas unidades), 
oligossacarideo (3 a 19), polissacarideo (+20)... 
Reação de Fehling: uma solução usada para diferenciar os grupos funcionais cectona e 
aldeido em um carbo. A solução a ser testada é aquecida junto com a solução de Fehling, 
um PRECIPITADO VERMELHO INDICA ALDEIDO e as CETONAS NAO REAGEM. Usado 
para detectar glicose no sangue ou na urina. 
 
* Sacarose: é um dissacarideo importante, possui ligação alfa 1 2 glicosídica. 
 
Açúcar redutor: ​presença de um grupo aldeido ou cetona livre. Todos os 
 monossacarideos e aguns dissacarideos e oligo --> lactose, glicose, maltose, galactose e 
frutose. Atua como agente redutor, ou seja, OXIDA. 
 
Açucar não redutor: sem grupo aldeido ou cetona livre 
 
O teste de Fehling ou o teste de Bento xvi pode ser usado para identificar a 
presença de um açúcar redutor em uma determinada amostra. Os íons Cu+2, em que o 
reagente de Fehling ou o reagente de Benedict é reduzido para Cu2O. A formação do 
precipitado de Cu2O indica a presença de um açúcar redutor pq a solução ira ficar 
avermelhada e indica presença de aldeido. 
Ligação glicosídica é aquela que ocorre entre dois carboidratos, ja a 
GLICOSILAÇÃO é a transferência enzimática de glicose a uma proteína, como ocorre 
na glicação da hemoglobina. 
A hemoglobina glicada é um marcador para diabetes, irá ter alta afinidade por O2 e 
prejudica a oxigenação dos tecidos, pois o oxigenio terá dificuldade de se soltar da 
hemoglobina. 
 
Galactosemia ou galactosúria: defeito na enxima galactose 1 fosfato 
uridiniltransferase, gerando acumulo de galactose no sangue e na urina. Causa retardo 
mental, problemas de crescimento, catarata, óbito em casos agudos, icterícia, aumento do 
fígado e lesão renal. 
 
Mucinas: são proteínas fortemente glicosiladas (glicoproteínas) produzidas por 
tecido epitelial. Possui capacidade de formar gel, e por isso são importantes na secreção, 
como a saliva por exemplo. Também serve como lubrificante e participa da sinalização 
celular para a formação de barreiras químicas. 
A glicose é armazenada na forma de glicogênio porque altas concentrações de 
glicose em sua forma monomérica perturba o equilíbrio osmótico da célula, causando lesão 
ou morte celular. O glicogênio é insolúvel e contribui pouco para a osmolaridade do citosol, 
por isso é ideal para reserva energética sem prejudicar a célula. O glicogenio é mais 
encontrado no fígado e músculos 
 
Lectina: são GLICOPROTEÍNAS capazes de se ligar a diversos tipos de 
carboidratos, possuindo diversas atividades biológicas, sendo a principal a capacidade de 
aglutinar hemácias. Tem papel importante de reconhecimento celular, sinalização e adesão 
e na destinação intracelular de proteínas recentemente sintetizadas. 
 
Glicosaminoglicanos: POLIMEROS LINEARES LONGOS, NÃO FLEXÍVEIS E COM 
CADEIAS NAO RAMIFICADAS. Tem como base unidades dissacaridicas repetidas. São 
componentes fundamentais da matriz extracelular nos tecidos conjuntivos, oferecendo um 
meio pericelular hidratado, formando géis com poros que atuam como filtros, ficando fatores 
tróficos, absonvendo molécuas sinal etc. 
 
VIRUS E CARBOIDRATOS… 
 
1) Adsorção é a ligação do virus com a celula do hospedeiro, que acontece por 
meio da interação entra as proteínas virais presentes no envelope ou 
capsídeo e os receptores celulares na membrana plasmatica do hospedeiro. 
A especificidade dessas ligações de proteinas ligantes e receptores celulares 
é alta e determina o tropismo viral (virus especificos infectam lugares 
especificos). ​OS RECEPTORES EM GERAL SAO PROTEINAS OU 
CARBOIDRATOS PRESENTES EM GLICOPROTEINAS E 
GLICOLIPIDEOS. MUITAS DAS PROTEINAS RECEPTORES SAO 
IMUNOGLOBULINAS, TRANSPORTADORES TRANSMEMBRANAS E 
CANAIS. OU SEJA, ESTRUTURAS PRODUZIDAS PELAS CELULAS 
PARA EXECUTAR FUNCOES COMUNS. OS VIRUS SUBVERTEM O 
PAPEL PRIMORDIAL DESSAS MOLECULAS, UTILIZANDO-AS COMO 
MEIO PARA ADENTRAR NA CELULA HOSPEDEIRA. 
2) Entrada no citosol: Ocorre a penetração do virus do citosol e desmontagem 
do capsídeo para liberação do genoma viral. Essa penetração na celula que 
ocorre depois da adsorção (ligação da proteina do virus com o 
carboidrato/glicoproteina do receptor) pode ocorrer de 3 formas: por 
endocitose (formação de vesiculas), fusão do envelope viral e a membrana 
celular, e translocação por meio da ação de uma proteina receptora. 
3) Desnudamento: após a penetração, os capsideos que estao no citosol são 
transportados pelo citoesqueleto até o núcleo. Para isso, o capsideo é 
desmontado para expor o DNA/RNA viral. 
4) Após o desnudamento, ocorre a síntese de proteínas virais pela maquinaria 
celular do hospedeiro. O destino final de muitas destas proteinas é a 
membrana celular, onde farão parte do envelope de particulas virais que 
saírão por brotamento nessas regiões. 
 
GRUPOS SANGUINEOS e CARBOIDRATOS… 
 
Os grupos sanguíneos são determinados por antígenos presentes na superfície dos 
eritrócitos, e esses antígenos são compostos por carboidratos complexos associados a 
proteínas (GLICOPROTEINAS) ou glicolipideos 
 
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ENZIMAS​: são proteínas altamente especializadas que aceleram reações químicas 
em condições específicas de temperatura e pH. Atuam como catalisadores biológicos! 
1) O substrato entra no centro ativo da enzima 
2) formação do complexo enzima/substrato 
3) complexo enzima/produto 
4) produto deixa o centro ativo da enzima 
 
Os substratos ativados e a enzima formam um COMPLEXO DE TRANSIÇÃO com 
alta energiainstável. Ligações adicionais com a enzima estabilizam o complexo de estado 
transitório e diminuem a energia necessária para a sua formação 
No estado de transição, as moléculas colidem e geram energia para atingir um 
estado reativo. O estado de transição é a barreira que separa os reagentes dos produtos. A 
energia proveniente da interação enzima-substrato é denominada energia de ligação. 
 
Energia de ativação é a energia necessária para elevar 1 mol de substância a um 
estado de transição. 
Modelo de encaixe induzido: o contato com a molécula do substrato induz mudanças 
conformacionais na enzima que otimizam as interações com os resíduos do sítio ativo. 
 
Algumas enzimas contem uma porção não proteica que é essencial para sua 
atividade. Essas enzimas possuem a parte APOENZIMA (parte proteica) e a parte do grupo 
prostético (não proteica) com um cofato e uma coenzima. Essa parte prostética com cofator 
e coenzima ATIVAM a enzima. 
 
 
 
CITOESQUELETO: ​confere forma à celula e permite que a célula organize seus componentes. 
Sustentação mecânica, movimentos celulares, migração celular, divisão celular e responsavel pelo 
posicionamento de organelas e outras estruturas celulares.  
 
- É formado por microtúbulos, filamentos intermediários e filamentos de actina.  
 
● Filamentos intermediários: São fibras que permitem que as celulas resistam ao 
estresse mecânico, e tambem participam do movimento celular. Estao mto presente 
em celulas com estresse mecanico como axonios de celulas nervosas, celulas 
epiteliais e musculares. São encontrados no citoplasma e podem ser ancoradas na 
membrana plasmatica em juncoes celula celula -> os desmossomos). Os filamentos 
intermediários se subdividem em 3 no citoplasma: queratinas encontradas nos 
epitelios, vimentina eoncontradas no tecido conjuntivo/celulas 
musculares/neuroglias e neurofilamentos em celulas nervosas. Quando encontrados 
no nucleo, os filamentos intermediarios formam as laminas nucleares (são 
importantes nos processos de regulação genética, replicação do DNA e splicing de 
RNA.) 
● Microtúbulos: dão forma e fazem a organização de todas as células, tão tubos 
proteicos e ocos e crescem a partir do centrossomo que contém um par de 
centríolos, se estendendo rumo à periferia celular. Criam sistemas de vias dentro da 
célula e também FOMRMAM O FUSO MITOTICO DA MITOSE.  
 
-> Proteínas motoras: - cinesinas: rumo à periferia - dineínas: da extremidade 
negativa para o centrosomo Ambas usam a energia do ATP para se mover 
UNIDIRECIONALMENTE, fazendo transporte de vesiculas dentro da celula. Possuem 
cabeça e causa, sendo que as organelas se ligam na cauda.  
 
-> Cílios e flagelos: ​SÃO MICROTÚBULOS ESTÁVEIS. Os cílios estão no trato 
respiratório e oviduto, e seus batimentos ritmados são causados pela flexão dos 
microtúbulos (FEITO PELA DINEINA CELULAR). Os flagelos impulsionam os 
espermatozóides. 
 
Filamentos de actina: conferem forma celular, propiciam a locomoção, transporte 
intracelular e forma o anel contráctil na telófase. 
 
Os filamentos de actina fazem com que a célula deslize sobre uma superfície, 
realiza fagocitose e participa da divisão celular. Possui movimentos lentos, e seus 
fibroblastos projetam sua membrana e forma de dedos (FILOPODIOS), não forma 
aderênciase se projeta pra cima.  
 
CONTRACAO MUSC:​ as celulas musc esqueléticas são MULTINUCLEADAS e 
formada por filamentos chamados MIOFIBRILAS. AS miofibrilas são formadas por 
unidades que se repetem (sarcômeros). A contração muscular é o encurtamento dos 
sarcômeros, onde o filamento de actina desliza sobre o de miosina. A miosina é uma 
proteina que converte energia quimica na forma de ATP em mecânica, gerando força 
e movimento.  
 
DOENÇAS CITOESQUELETO: 
 
 - Epidermólise bolhosa: AUTOSSOMICA DOMINANTE OU RECESSIVA. Causada por 
mutações nos genes que codificam proteínas estruturais específicas da 
epiderme/membrana basal, gerando alteração nas citoqueratinas 5 e 14, perdendo a 
função estrutural do citoesqueleto, afetando os desmossomos e provocando 
descolamento da epiderme. Sintomas: fragilidade da pele, resultando em bolhas e 
erosões espontaneas ou após trauma físico.  
 
- Progeria: envelhecimento prematuro, causada por mutação de novo! Gera acúmulo 
de progerina, uma proteina anormal que causa divisão celular inadequada e 
capacidade reduzida de reparo tecidual. Os neurônios são os menos afetados.  
 
-​ Síndrome de Kartagener: AUTOSSOMICA RECESSIVA, é uma mutação no 
gene da DIDEINA, causando defeito na dineína ciliar e causando discinesia 
ciliar primária. Gera infertilidade, e está relacionada com situs inversus, 
bronquiectasia e sinusite. 
 
- DMD: mutação no gene que codifica a distrofina, padrão recessivo ligado ao 
cromossomo X, dificuldade para caminhar e levantar, problemas respiratórios, 
cardiomiopatia e pseudohipertrofia da panturrilha. 
 
- Esferocitose hereditária: AUTOSSOMICA DOMINANTE, mutaão no gene que codifica 
anquirina e espectrina, gerando hemácias que perdem a capacidade de se distender, 
alterando sua forma e causando anemia hemolítica. O sintoma principal é 
esplenomegalia. 
 
 
Herança monogênica:​ causada por um ​alelo específico em um único lócus ​em 
um ou ambos os membros de um par cromossômico. Ou seja, num gene específico. 
 
OBS 1: locus é o local ocupado pelo gene no cromossomo, alelos são genes que 
ocupam o mesmo lócus em cromossomos homólogos e cromossomos homólogos são 
aqueles que possuem genes para as mesmas características. 
 
OBS 2: Gene é uma unidade funcional hereditária e corresponde a um segmento de 
DNA que codifica uma proteína, genoma é toda a sequência de DNA de um organismo, 
genótipo é o conjunto específico de alelos que formam o genoma (sequencia de DNA) de 
um organismo e fenótipo é a característica visível e manifestada de um indivíduo. 
 
Herança recessiva: ​envolve ​genes haplosuficientes​, ou seja, se houver uma cópia 
saudável a doença não se manifesta. Em consequência disso, a herança recessiva 
necessita de duas cópias defeituosas para se manifestar. 
Expressam-se apenas em homozigose, ou seja, o indivíduo deve herdar um alelo 
mutante de cada genitor. Em heterozigose, a cópia selvagem remanescente é capaz de 
compensar o aleo mutado e evitar a doença. Heterozigotos são considerados clinicamente 
normais, porém são portadores do gene mutado e podem apresentar manifestações 
observáveis no nível bioquímico ou molecular, pela ausência das duas cópias funcionais do 
gene.​ A prole é afetada, com genitores não afetados! 
 
Doenças monogênicas recessivas: 
 
As doenças recessivas se manifestam em homozigose ou heterozigose composta, 
saltam gerações, fihos afetados de progenitores normais, aumentam o número de afetados 
com casamentos cosanguíneos, concordantes ou por endogamia. 
 
 
Albinismo - ​É uma doença genética em que há redução ou ausência do ​pigmento 
melanina.​ O principal tipo é o ​oculocutâneo​, caracterizado pela ​ausência​ ​total​ ​de 
melanina​. A melanina é sintetizada por melanócitos, localizados na junção da derme com a 
epiderme da pele através de reações enzimáticas que convertem a ​tirosina em melanina 
através da enzima tirosinase. ​Ou seja, os albinos são praticamente incapazes de 
transformar a tirosina em melanina através da enzima tirosinase. Consequentemente, tem a 
pele muito clara, cabelos brancos ou claros e olhos vermelhos, pois a luz refletida atravessa 
os vasos sanguíneos. Possuem fotofobia, astigmatismo, miopia e outros distúrbios visuais. 
Cuidados com o paciente albino: acompanhamento oftalmológico, evitar a exposição solar 
sem proteção, adaptação social e emocional. 
 
ANEMIA FALCIFORME: ​substituição do ácido glutamico por valina na posição 6 da 
extremidade N-terminal na cadeia B da globina, dando origem à hemoglobina S. Em 
condições de hipóxia, os eritrócitos assumes forma semelhante a uma foice, decorrente da 
polimerização da hemoglobina S. 
-> substituição no 6º aminoácido do acido glutamico por valina da cadeia B dahemoglobina. 
 
XERODERMA PIGMENTOSO: autossomica recessiva, se caracteriza por hipersensibilidade 
à radiação ultravioleta e defeitos da reparação do DNA que favorece o desenvolvimento de 
neoplasias (tumor) cutâneas e anormalidade oculares. 
 
 
 
 
● Casamentos cosanguíneos ou endogamia (casamento entre pequenos grupos de 
pessoas que convivem pela mesma religião ou outro aspectos culturais) ou ainda 
casamento concordante (grupo de pessoas qu 
● e se reúnem por serem afetadas por certa condição clínica) levam ao aumento da 
frequência de doenças recessivas raras. 
 
FIBROSE CÍSTICA: o gene mutado produz alteração da função da proteína que regula o 
transporte de clono nas células epiteliais, a CFTR (regulador de condutância 
transmembranar de fibrose cística). Como consequência, as secreções são mais viscosas e 
obstuem os canais das glândulas exócrinas no pâncreas, pulmões, intestino, figado e 
testiculos. Além disso, as glândulas sudoríparas não absorvem corretamente o sódio e 
cloro, produzindo um suor muito salgado. 
 
Recessivas EIM: 
 - Fenilcetonúria: mutação no gene que codifica a enzima fenilalanina hidroxilase, causando 
acúmulo de metabólitos prejudiciais, como a fenilcetona. Sintomas de retardo mental, 
convulsões, hiperatividade, tremor, retardo no crescimento, hipopigmentação (os niveis 
elevados de fenilalanina inibe competitivamente a ação da tirosinase na quebra de tirosina 
para formar melanina). Diagnóstico por teste do pézinho, que dosa a quantidade de 
fenilalanina presente no sangue. 
- Galactosemia: mutação no gene que codifica a enzima galactose 1 fosfato 
uridiltransferase, causando acúmulo de galactose 1 fosfato e outros metabólitos. Causa 
lesão tecidual, falência de órgãos e retardo mental, cirrose, catarata, disfunção renal, 
aminoacidúria e hepatoesplenomegalia. 
- Doença de armazenamento ou depósito lisossômico: são mutações em hidrolases, 
causando acúmulo de lipídeos ou arboidratos devido a redução em suas degradações por 
lisossomos 
- Mucopolissacaridoses: são doenças de depósito lisossômico (DL) caracterizadas pelo 
acúmulo intralisossômico de glicosaminoglicanos, também conhecido como 
mucopolissacarídeos. A deficiencia das enzimas (hidrolases lilossomais) que degradam 
essas substâncias causam o acúmulo dessas substâncias. Os GAGs (glicosaminoglicanos) 
não degradados acumulam-se nas celulas e sua quantidade em excesso é excretada na 
urina, comprometendo a função celular e organica e causando manifestações clínicas. 
-Homocistinuria: mutação no gene que codifica a enzima cistationina beta sintase, que 
catalisa a conversão de homocisteina em cistationina, que depois vira cisteina. Assim, 
causa acumulo de homocisteina e metionina. Sinais e sintomas: alta estatura, deficiência 
intelectual, cristalina ectópico, aterosclerose, maior risco de ADC, doença coronariana, 
LUXAÇÃO DO CRISTALINO​, MIOPIA, osteoporose, escoliose. 
 
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Organelas​ são compartimentos fechados separados do citosol, promovendo espaços 
aquosos especializados (reações bioquímicas separadas), por exemplo lisossomos com pH 
ácido. 
 
 
 
 
O tráfego de proteínas pode ser feito por: 
 
- transporte mediado (poros) entre o núcleo e o citosol 
 
- transporte transmembrana (proteínas translocadoras) entre o citosol e R.E. 
 
- transporte vesicular entre o exterior e as organelas 
 
As proteínas são reconhecidas por receptores específicos em decorrência dos 
sinais de endereçamento contidos em suas sequências de aminoácidos. 
Sinais de endereçamento também são conhecidos como sequência sinal, possuem 
em média 15 a 60 aa de comprimento e encontram-se na região N-terminal. 
Proteínas sem sequencia sinal específica são conhecidas como p​roteínas 
RESIDENTES​ e retornam para o R.E. 
 
RETÍCULO ENDOPLASMATICO LISO E RUGOSO: ​tem formato de um labirinto de 
túbulos ramificados com vesículas achatadas. O rugoso possui ribossomos aderidos e o liso 
não. 
 
RE LISO: 
-síntese de lipídeos 
-modifica o colesterol, formando hormônios esteróides como os sexuais estrogênio e 
testosterona 
- possui em sua membrana enzimas que sintetizam com componentes lipidicos das 
lipoproteínas 
- está presente nos hepatócitos de destoxificação 
 
RE RUGOSO: 
-síntese de proteínas solúveis ou integrais da membrana 
-síntese de proteínas residentes do próprio RE 
-síntese de proteínas para secreção ao exterior celular ou para outras organelas 
-síntese de proteínas sintetizadas no RE rugoso e que são translocadas para o RE à 
medida que são sintetizadas. 
 
Ribossomos:​ formado por RNAr + proteínas, formando o ribozoma. Encontrado no 
RER, livres no citosol, peroxissomos, no interior das mitocôndrias e no interior dos 
cloroplastos. 
 
GOLGI​: 
- manosilação 
- glicosilação 
- envia proteínas e lipídeos modificados para vários destinos 
- Faz O-glicosilação, onde carboidratos são adicionados ao grupo hidroxila OH dos 
aa serina, treonina e hidroxilisina, ou seja, MONOSSACARIDEOS SAO 
ADICIONADOS A UMA PROTEINA NO GOLGI 
 
PEROXISSOMOS​: 
- compartimento vesicular que contém enzimas que fazem reações oxidativas 
- não gera ATP 
- faz destoxicação celular 
- degrada H2O2 pela catalase, evitando danos oxidativos 
 
MITOCÔNDRIA​: 
- membrana externa com canais de anions voltagem dependentes 
- membrana interna rica em fosfolipidios cardiolipina que toma a memb impermeavel 
a ions 
- cristas que fazem reacao de oxidacao da cadeia resp, sintetizam ATP 
 
 
-> Quando a síntese de proteínas não está ativa, as subunidades do ribossomo 
encontram-se separadas. Quando a síntese está ocorrendo, elas se unem sobre 
uma molécula de RNAm. O RNAm processado deixa o núcleo e se associa com os 
ribossomos, juntando as 2 subunidades. 
 
CHAPERONAS: guiam o dobramento correto das cadeias polipeptídicas. 
- A Hsp60 faz o controle de QUALIDADE e age DEPOIS da proteina ter sido 
sintetizada, reconhecendo aa hidrofóbicos expostos erroneamente, forando um 
isolamento entre a proteina e o citosol e fornece assim um ambiente favorável para 
um novo dobramento. 
- A Hsp70 atua enquanto a proteína está sendo sintetizada, ligando-se a aa 
hidrofóbicos antes que a proteina deixe o ribossomo. 
 
Proteassoma: é um complexo enzimático presente no citosol que degrada proteínas 
mal formadas 
 
A sequencia de aa que deixa os ribossomos é a estrutura primária de uma proteína, 
mas não a final. Após sintetizadas, essas proteinas sao translocadas. 
TRANSLOCAÇÃO COTRADUCIONAL: as prot sintetizadas pelos ribossomos 
aderidos ao RER são translocadas para o RE à medida que são sintetizadas. 
TRANSLOCACAO PÓS TRADUCIONAL: são translocadas após a síntese.​ A 
N-glicosilação de proteínas é um processo cotraducional. 
 
 
 
O principal é a ​ubiquitina​, um barril formado por quatro aneis sobrepostos que 
marca as proteínas para a destruição.​ ​Uma molécula de ubiquitina se liga a um 
resíduo de lisina na proteina que irá sofrer degradação. 
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HOMEOSTASIA: a célula mantém o meio intracelular dentro dos parâmetros 
fisiológicos. 
 
Podem sofrer adaptação para preservar sua viabilidade e função. Essas adaptações 
podem ser: 
- hipertrofia ​(aumento no tamanho da célula que gera aumento do tamanho 
de um órgão, portanto um órgão hipertrofiado não terá novas células e sim 
células maiores 
- ​atrofia ​em resposta da diminuição do suprimento de nutrientes ou por 
desuso, e então ocorre diminuição de síntese celular de lipídios proteínas e 
dna, diminuição do tamanho celular e aumento da degradação de prot e 
organelas. 
- hiperplasia​, que é o aumento no número de células em resposta ao 
aumento da demanda funcional, como fatores de crescimento e estímulo 
hormonal. Ocorre em tecidos com células capazes de se dividir por mitose, 
como epitélio intestinal, epiderme e tecido glandular, e também aumento 
uterino e mamas durante a gestação 
- - ​metaplasia​: é quando uma célula adulta é substituída por outra de outro 
tipo celular, ocorre quando um organismo estressado tenta substituirum tipo 
celular a um outro mais apto para suportar o estresse. É uma alteração 
reversível -> resposta a irritação e inflamação 
 
Uma célula em homeostase pode se lesionar e causar uma lesão 
reversível, voltando ao seu estado de equilíbrio. Porém, se a lesão for 
irreversível, ocorre necrose ou apoptose celular. 
 
Lesão pré apoptose: 
- causa duas alterações morfológicas 
 1) desorientação dos fosfolipídeos -> fosfatidilserina e fosfatidiletanolamina ficam 
voltados para o meio extracelular 
2) condensação (picnose) no nucleo e fragmentação (cariorrexe) 
 
APOPTOSE​: 
 1 perda de sinais de sobrevivência 
2 lesão de DNA e proteínas anormalmente dobradas 
3 ativação de sensores 
4 ativação do canal Bax Bak e antagonismo do Bcl-2 
5 extravasamento de citocromo c, outras proteínas 
6 ativação de caspases 
7 apoptose 
 
CELULA SOBREVIVENTE​: 
1 célula viável com sinal de sobrevivência (ex fator de crescimento) 
2 produção de proteínas antiapoptóticas (ex Bcl-2) 
3 nenhum extravasamento de citocromo c 
4 sobrevivência da célula 
 
● Apoptose em estado fisiológico normal:​ hiperplasia (para ocorrer amamentação), 
linfócito após estímulo, manutenção de tecidos 
● Apoptose em estado patológico:​ lesão no DNA (por erros na replicação, 
substâncias do ambiente, calor, acidentes metabólicos, radiações), infecções virais, 
expressão da proteína p53, Alzheimer 
 
 
Necrose ​é a desnaturação proteica intracelular junto com a digestão enzimática por 
enzimas lisossomicas ou por leucócitos (processo inflamatorio) 
 
Picnose nuclear: condensação da cromatina 
Cariorrexe: fragmentação destrutiva do núcleo 
Cariólise: dissolução completa da cromatina (digestão do núcleo) 
 
Células necróticas são digeridas resultando em ácidos graxos que se ligam aos sais 
de cálcio, resultando em células mortas calcificadas (ocorre calcificação); 
 
Quando a lesão é reversível, a célula se recupera. Quando ela é irreversível, ocorre 
necrose ou apoptose celular. 
 
 
As vesículas envolvidas nos processos de endocitose e exocitose pela 
membrana plasmática são revestidas pelo complexo clatrina. 
 
 
LESOES: 
Lesões irreversíveis causam ​alterações funcionais​ (com perda de função 
antes mesmo da morte celular) e ​alterações morfológicas​ (que pode ser 
mitocondrial com perda da fosforilação oxidativa e produção de ATP ou disturbios de 
função da membrana plasmatica ou de lisossomos) 
Podem ser causadas por lesão por agentes físicos, agentes quimicos, 
agentes biologicos, por radiação, por desequilíbrio nutricional etc 
 
Lesões por agentes químicos: lesam a membrana plasmática e outras 
estruturas celulares, alteram as vias enzimáticas e os processos osmóticos e 
iônicos, além de promover coagulação de proteínas. 
 
Danos mitocondriais: reduzem o aporte de O2 causado por toxinas ou 
radiação, cai a produção de ATP e aumenta a produção de ERO (especies reativas 
de oxigenio, ou seja, radicais livres). Ocorrem multiplas anormalidades celulares que 
acabam em necrose celular. 
 
Algumas lesoes celulares causam influxo de cálcio que é o aumento de CA 
no citosol, causado por hipóxia ou toxinas. Como consequencia, há ativação de 
enximas celulares como as fosfolipases, prot4eases (proteinas de memb e citoesq), 
endonucleases (dna), ATPases e aumento da permeabilidade mitocondrial 
 
Desnutrição leva a falta de nutrientes para a celula realizar glicólise, 
diminuindo a ATP, resultando em lesão e morte celular. Obesidade leva a uma 
arterioesclerose ou osteatose hepática 
 
Reações imunológicas: são reações autoimunes contra os próprios tecidos, 
causando lesão e morte celular 
Forças mecânicas como impacto físico de objetos produzem ruptura, 
laceração e fraturas que danificam vasos sanguíneos. 
Extremos de temperatura promovem lesão celular, lesão vasculas, 
aceleramento do metabolismo, inativação enzimática e alteração nas propriedades 
da membrana plasmática. 
Lesões elétricas: lesão tissular, perturbação dos impulsos nervosos 
cardíacos, interrupção dos comandos nervosos do SNC para a respiração, e por 
resistência pode se transformar em calor. 
--------------- 
 
ENZIMAS: 
 
Em sua maioria são proteicas, são altamente especializadas com seu substrato, 
aceleram reações químicas em condições específicas de pH e temperatura, se 
defeituosas causam doenças (com ausência ou diminuição da síntese enzimática). 
 
Atuam como catalisadores biológicos 
 
1) substrato entra no centro ativo da enzima 
2) formação do complexo enzima-substrato, sendo que a enzima altera ligeiramente 
sua forma à medida que o substrato se liga 
3) formação do complexo enzima-produto 
4) produtos deixam o contro ativo da enzima 
 
 
Algumas enzimas contém uma porção não proteica que é essencial para sua 
atividade biológica. A parte proteica é chamada de ​APOENZIMA​, e a parte não proteica é 
chamado de ​GRUPO PROSTÉTICO​ (formado pelo cofator inorgânico e pela coenzima 
orgânica). 
 
Fatores que afetam a atividade enzimática: 
 
-Condições do meio (pH e temperatura, que são decorrentes da natureza proteica 
das enzimas) 
- Tempo de reação 
- Concentração dos componentes da reação (enzima, substrato, complexo enzima 
substrato) 
 
 
Equação de Michaelis Mentem: ​ é uma equação sobre cinética enzimática e 
descreve a taxa de reações enzimáticas. ​Relaciona a taxa de reação e a concentração 
de um substrato. 
 
Inibição enzimática:​ é a redição da atividade das enzimas através de diversos tipos 
de substâncias químicas. A substância inibidora forma ligações químicas com as enzimas, 
de modo a inerferir na sua atividade catalítica. De acordo com a estabilidade da ligação 
entre o inibidor e a enzima, a inibição pode ser ​REVERSÍVEL​ ou ​IRREVERSÍVEL​. 
Reversível​: a união do inibidor com a enzima é feita por ligações não covalentes 
(mais instáveis) e podem ser rompidas, retomando a atividade enzimática. A inibição 
reversível pode ser de dois tipos: ​reversível competitiva​ (quando os inibidores 
competitivos concorrem diretamente com o substrato específico da enzima, pois o inibidor e 
o substrato especifico possuem uma estrutura muito parecida, ou seja, o complexo 
enzima-inibidor competitivo e enzima-substrato especifico é muito parecido. E também 
existe a​ reversível não competitiva ​(quando o inibidor se liga tanto à enzima quando ao 
completo enzima-substrato, mas num sítio de ligação diferente. Nesse caso, a ligação do 
inibidor com a enzima ​NAO ATRAPALHA a ligação com o substrato, mas gera uma 
alteração que impede a formação do produto da reação). 
 
IRREVERSÍVEL​: a atividade enzimática é inativada definitivamente. A subs inibidora 
se une à enzima por LIGAÇÕES COVALENTES (mais estáveis) e altera o grupo funcional 
da enzima que é necessario para sua funçao catalítica. Ex: cianeto que se une à enzima 
citocromo oxidase, enzima importancia no processo de respiração celular, inativando 
definitivamente esse enzima e causando morte celular. 
 
REGULAÇÃO ENZIMÁTICA:​ a regulação da velocidade das reações enzimáticas é 
essencial para coordenar os processos metabólicos. Algumas enzimas possuem funções 
reguladoras especializadas e respondem a EFETORES ALOSTÉRICOS ou a 
MODIFICAÇÕES COVALENTES. 
 
 
ENZIMA ALOSTÉRICAS: ​As enzimas reguladas por modificações não-covalentes 
são chamadas de alostéricas. Elas contêm uma região separada daquela em que se liga o 
substrato, na qual pequenas moléculas regulatórias podem ligar-se e modificar a atividade 
catalítica destas enzimas 
 
 
 
A velocidade de reação enzimática (Vo) é diretamente proporcional à concentração 
da enzima. Michaelis e Menten formularam as bases da cinética enzimática, para explciar 
como a concentração do substrato [S] afeta a velocidade da reação V; A velocidade da 
reação apresenta três regiões de comportamente diferentes a medida que se aumenta a 
concentração do substrato. 
 
Catabolismo: degradação em moléculas menores, gerando energia utilizável ou moleculas 
como blocos construtivos. 
Anabolismo: é a parte dometabolismo que conduz à síntese de moléculas complexas a 
partir de moléculas mais simples, só ocorre em alta energética. 
 
-------------- 
Herança poligênica: Ex cor da pele, existem vários genes que determinam essa 
caracterização. 
Herança multifatorial: pode ser influenciada por multiplos fatores, como a cor da pele (genes 
e exposição solar) 
 
Gemeos idênticos nem sempre desenvolvem a mesma doença, porque depende da 
interação de cada um com o ambiente a fim de que esses fatores ambientais promovam o 
desenvolvimento da doença. 
 
A cor da pele e altura são heranças poligênicas multifatorial. 
 
Herança multifatorial:​ caráter poligenico (mais de um alelo envolvido) + fatores ambientais 
(estado psicológico, dieta, medicamentos, flora microbiana, exercícios físicos, condição 
finnaceira, exposição a substâncias tóxicas, so de drogas etc) 
 
Doenças multifatoriais: diabetes, hipertensão, Alzheimer, fechamento do tubo neural, 
obesidade. A recorrência familiar evidencia o componente genético e a associação entre 
expressividade do traço e fatores ambientais mostram a influencia do meio 
 
Herança quantitativa: alelos aditivos (favoráveis ao traço, como os produtores de melanina) 
e alelos não aditivos (desfavoráveis ao traço, como não produtores de melanina). 
 
Poligenes: cor da pele, estatura, peso, personalidade e nível de inteligência 
 
Curva normal/Curva de Gauss: distribuição das frequências dos valores de um traço 
quantitativo que tende a uma curva Normal, na qual a maioria dos valores se localiza em 
torno da media cm decaimento simétrico da frequência para ambos os lados. Quanto maior 
o número de poligenes, mais próximo da curva normal. 
 
Maioria dos defeitos e malformações congênitas: *fechamento do tubo neural (espinha 
bífida, meningomieloceles, anencefalia)*, lábio leporino, pé torto congênito, esteanoso 
hipertrófica pilórica, luxaçao congênita do quadril. -> mecanismo multifatorial (pode herdar o 
gene, porém depende da interação com o meio para ativar os genes-> nessas a interação 
com o meio ocorre durante a embriogênese) 
 
 
Doenças comuns na população: DIABETES, HSA, CÂNCER, espilepsia, transtorno de 
humor, obesidade, Parkinson, autismo -> mecanismo multifatorial (pode herdar o gene, 
porém depende da interação com o meio para ativar os genes) 
 
Congênito: caracteristica adquirida durante o desenvolvimento embrionário 
 
Limiar de risco: uma faixa na qual, se ultrapassada, o indivíduo terá mais risco de 
desenvolver uma alteração 
 
 
 
O limiar de risco varia de acordo com a alteração estudada. Na estenose do piloro por 
exemplo, a incidência é maior em meninos do que meninas. Para os meninos, um limiar 
mais baixo significa que menos fatores causadores da doença são necessário para que ela 
ocorra, porque os meninos já são mais propensos a desenvolverem a doença, ou seja, ​é 
mais “facil” desenvolver a doença com um limiar de risco menor. 
 
A predisposição poligênica, combinada com influências ambientais, promove várias 
possibilidades que só irá desencadear o defeito uando ultrapassa um determinado limiar. A 
partir do limiar, a pessoa está dentro de uma faixa que tem pre disposição para desenvolver 
a alteração. Poligenes deletérios: genes que não desempenham adequadamente suas 
funções, causando distúrbios 
 
A(n): alelo normal 
a(n): alelo deletério 
-> A(n)a(0) é um individuo num estado de normalidade e A(0)a(n) é um indivíduo em estado 
de doença. 
 
Risco de recorrência: 
- Será mais alto caso mais de um membro da família seja afetado, pois estarão mais 
propensos as mesmas interações gene-gene e gene-ambiente. 
- Se a expressão da doença no probando for mais intensa, o risco de recorrência será 
ais alto. 
- O risco de recorrência será mais alto se o probando for do sexo menos 
frequentemente afetado. 
- O risco de recorrência em geral diminui em parentes distantes. 
 
Concordância: presenta da mesma caracteristica fenotípica em um par de indivíduos dentro 
de um grupo estudado (geralmente sao gemeos monozigóticos). 
 
Probando: um indivíduo ESPECIFICO que estiver sendo estudado dentro de um caso. 
 
Herdabiidade​: é a parte da variação fenotípica observada que ocorre em função dos efeitos 
genéticos. A herdabilidade expressa a relação entre a variância genotípica e fenotípica, ou 
seja, ​mede o nível da correspondência entre fenotipo e genotipo. 
 
Epigenética​: é a área da biologia que estuda mudanças no funcionamento de um gene que 
não são causadas por alterações na sequência de DNA e que se perpetuam nas divisões 
celulares. Um carater epigenético é quando um fenótipo é causado por tais mudanças de 
comportamento do gene. 
 
 
Conceitos básicos de probabilidade > Regra da multiplicação (eventos independentes), 
Regra da adição (eventos conjuntos) 
 
 
 
Frequência genotípica: ​é a frequencia de um determinado genótipo na população 
Ex: tipo sanguineo MN, 3 genótipos possiveis: MN, MM e NN. Total de pessoas da amostra: 
200, total MN 120, total MM 64 e total NN 16. Frequencia genotípica MN: 120/200 
 
 
frequência gênica: é a frequencia de um alelo na população. 
 
Lei de Hardy-Weinberg:​ permite calcular as frequências gênicas ou alélicas a partir das 
frequência genotípicas, desde que a pop seja grande, os cruzamentos aleatorios e não haja 
seleção ontra ou a favor de algum genótipo. 
 
*frequencia genica/alelica de a= q 
*frequencia genica/alelica de A= p. 
 
p² + q²+ 2pq = 1 
 
p²= chance de dois alelos A irão gerar HMOZIGOTOS DOMINANTES AA 
q²= chance de que dois aelos a irão se emparelhar e gerar HOMOZIGOTOS RECESSIVOS 
aa 
2pq: chance de ter um heterozigoto Aa 
 
 
Exemplo da lei de Hardy-Weinberg: ​Num locus que tenha dois alelos, A (com frequencia 
conhecida p) e a (com frequencia conhecida q), calcula-se as frequencia genotípicas AA, Aa 
e aa. 
 
* frequência de p: 0,7 (70% dos espermatozoides e dos ovócitos contém o alelo A. 
*frequencia de q: 0,3 (30% dos esperm e ovócitos contém o alelo a) 
*p+q=1 
- Genótipo AA=p²=0,7x0,7+0,49 
- Genótipo aa=q²=0,3x0,3=0,09 
- Genótipo Aa (pode ser um esperm contento o alelo A com um ovócito contendo a ou vice 
versa, portanto -> pxq + pxq = 2pq. Os individuos Aa podem ser produzidos de duas formas, 
portanto podemos calcular sua frequencia genotipica somando suas duas frequencias 
isoladas! 
 
O gene CCR5 codifica um receptor de superficie celular que serve como porta de entrada 
para o virus HIV. Individuos que possuem deltaCCR5 não codificam esse receptor funcional 
e são resistentes à infecção por HIV. *Frequencia é a ocorrência do evento específico 
dividido pelo total de eventos!* 
 
Exemplo 2 da lei de Hardy-Weinberg -> Fibrose cistica, somentos os homozigotos 
recessivos com genótipo aa são distinguíveis. Pela lei de HW, a frequencia genica de aa é 
representada por q². Na uniao europeia, essa frequencia é de aa=q²=1/2500=0,0004. Logo, 
precisamos descobrir o valor de q. --> tirando a raiz, q=1/50=0,02. Como p+q=1, então 
p=0,98. Entao qual a frequencia de heterozigots Aa?? frequencia genotipica de Aa= 2pq = 
2x0,98x0,02 = 0,04. Assim, os portadores heterozigotos do gene patológico são muito mais 
comuns. 
 
A mutação é a fonte de qualquer variação genética. Essa variação pode ser prejudicial, 
benéfica ou não ter efeito. A seleção natural aumenta a frequência populacional de 
mutações favoráveis pq aqueles que portam uma mutação benéfica tendem a produzir uma 
prole com maior chance de sobrevivência, e diminui assim a freq de variantes desfavoráveis 
(pq provavelmente irão morrer); Quando as pop do norte da Europa e aprte da Africa 
começaram a beber leite de vaca até a vida adulta, a seleção natural aumentou a freq da 
persistencia hereditaria da lactase, permitindo que os adultos metabolizassem com eficacia 
a lactose (na maioria das pop, os niveis de lactase declinam apos o desmame) 
 
Fatores que alteram o equilibrio de Hardy-Weinberg. 
 
*estratificação (separação da população por razões sociais e religiosas como os sunitas e 
xiitas, judeus ortodoxos etc--> anemia falciforme) 
 
*casamento preferencial (escolha por estatura, inteligencia e semelhanças --> 
acondroplasia) *cosanguineidade (aumenta a frequencia de doenças recessivas) 
 
*endogamia (casamento entre dois individuos aparentemente não relacionados em um 
isolado genético ---> Tay Sachs - judeus asquenazes) 
 
*efeito fundador (ex mais de 30 doenças genéticas de outro modo raras são encontradas 
com frequencia elevada na pop finlandesa, que supostamente foi primariamente originada 
por um pequeno numero de individuos cerca de 100 gerações atrás) 
 
*seleção positiva de heterozigotos (ex anemia falciforme)

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