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Diagnóstico de gestação em animais domésticos

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Maria Carolina B. de Castro 
 
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO NAS ESPÉCIES DOMÉSTICAS 
 
 
• Em animais de produção, é importante para reduzir o intervalo entre partos, selecionar 
animais para descarte, adequar manejo dos animais (alimentação), avaliar eficiência de 
programas reprodutivos (MN, IA, IATF, TETF). 
• Em pequenos animais, é importante para o planejamento de dieta alimentar adequada, 
definição de estratégia sanitária, avaliação da viabilidade fetal, número de fetos da 
ninhada, adequação no calendário de trabalho e exposições. 
 
Diagnóstico de gestação em bovinos 
 
Principais sinais característicos de prenhez em bovinos 
 
• Animais apresentam modificações comportamentais, hormonais e anatômicas. 
- Modificações comportamentais: Ausência do cio. Animal deve dar cio de 21 em 21 
dias, se insemina hoje daqui a 21 deve apresentar cio novamente caso não esteja 
gestante. Porém, isso não é definitivo para fazer um diagnóstico de gestação, pois 
podemos perceber os sinais de cio, ou eles não acontecerem. 
• O ideal é que o DG seja feito antes do retorno do cio, mas isso acaba não acontecendo. 
Só ocorreria se fosse feita dosagem hormonal, mas ela nem é segura antes desses 21 
dias. 
- Modificações hormonais: A progesterona acaba tendo concentrações similares entre 
o animal gestante e o não gestante, então não adiantaria dosar esse hormônio nos 21 
dias (o CL gravídico é semelhante ao CL do ciclo estral). Não é utilizada. 
• Estrógeno, estrona e estradiol também só aumenta na metade da prenhez e atingem 
o ápice no parto. Portanto, não são utilizados para DG. 
• O hormônio lactogênio secretário bovino pode ser utilizado, aumenta 
progressivamente durante a prenhez, mas só começa a ser detectado no 26 dia. 
• A proteína específica da prenhez é produzida a partir do 24 dia. 
• Glicoproteínas associadas à prenhez aumentam do primeiro ao oitavo mês de 
gestação, gradativamente. 
• Logo, não se dosa hormônio para DG (pelo menos antes do retorno ao cio), pode dar 
falso positivo ou falso negativo. 
• Para se fazer o DG em bovinos, deve se basear em modificações anatômicas. 
 
Ovários 
• Há a presença do corpo lúteo devido a inibição da luteólise. 
• O corno gestante é sempre do lado do CL. 
• Durante a palpação retal tem uma consistência fibroelástica do CL, podendo ser 
protuberante ou inclusa. 
 
Cérvix 
• Até uns 45 dias fica na cavidade pélvica, pouco tracionada. 
• Nos 60 dias fica pélvica-abdominal e tracionada. 
• Entre 60-150 dias fica abdominal e tracionada. 
• De 150 a 290 fica abdominal e não tracionada. 
 
Útero 
• Os cornos uterinos geralmente são simétricos. 
• O corno prenhe apresenta alteração do tamanho (simetria). 
• Pode ser percebida discreta assimetria a partir do dia 30 em novilhas e do dia 45 em 
vacas. 
• A assimetria varia dependendo se é gestação inicial, patologia (infecção uterina) e o 
tipo de conteúdo. 
• Um dos primeiros sinais junto com a assimetria é o âmnio. Observa-se a presença da 
vesícula amniótica, que é mais túrgida que a vesícula alantoidiana. A V.A está presente 
em torno do 28 dia de gestação, composta pelo fluido e concepto. É encontrada no ápice 
do corno. 
• Após o 65 dia fica difícil de identificar devido ao aumento do líquido e diminuição da 
turgidez. 
• A manipulação excessiva deve ser evitada para evitar abortamento. 
• Pode fazer a partir do dia 45 o teste de balotamento, de flutuação ao toque. Sente o 
feto de uma extremidade a outra. 
• Outra coisa que pode ser feita é o efeito de parede dupla (beliscamento). Observa o 
deslizamento da parede uterina sobre a membrana alantoideana. Visível a partir do 35 
dia e mais evidente a partir do 40 dia. Cuidados devem ser tomados para não causar 
abortamento. 
• Presença dos cotilédones a partir do dia 75 de gestação. 
• Alteração no posicionamento do útero de acordo com a idade fetal. Vai da cavidade 
pélvica para cavidade abdominal. Até dia 60 é cavidade pélvica. A partir de 90 dias vai 
pra uma transição pélvica-abdominal. Aos 150-180 dias vai pra uma posição direita e 
ventralmente ao abdome, é de difícil acesso. Aos 210 dias vai subindo novamente, após 
7 meses a cabeça é palpável. 
• Presença da artéria uterina maior, se torna um parâmetro para determinação da idade 
fetal. 
• Frêmito é o fluxo constante de sangue. 
• Quanto mais no inicio da gestação, maior a precisão do DG. 
• Animal precisa apresentar pelo menos 2 sinais para ser positivo. 
 
Ultrassonografia em bovinos 
• DG pode ser realizado com segurança a partir do dia 27 em vacas e 26 em novilhas. 
• Tem o modo doppler, que é baseado na funcionalidade do CL (pode ser funcional ou 
afuncional). Quando é afuncional, está num processo de luteólise. É indicado para 
identificar animais não gestantes (avalia mais a morte do CL). 
• O modo doppler permite fazer um DG por volta do dia 20 ao 22. Não vê o feto, mas 
parte do pressuposto de que no dia 14-15 não ocorreu a luteólise, então a fêmea 
emprenhou. Avalia a perfusão sanguínea desse CL. 
• Em gato de leite, a acurácia do doppler é menor porque há uma maior quantidade de 
abortamentos no terço inicial, então muitas vezes o animal é dado como positivo e 
depois pode ser negativo. 
 
Diagnóstico de gestação em equinos 
• Pode dosar ECG dos cálices endometriais, que vai estar aumentado. Mas é um 
diagnóstico tardio, só depois de 40 dias de gestação. Ainda pode dar falso positivo 
porque o animal pode abortar depois dos 40 dias. 
• Sulfato de estrona pode ser usado também, mas só depois dos 40 dias. 
• Progesterona pode ser dosada, mas pode ter falso positivo. A partir do D16 a D22. 
• O que usa mais pra fazer o DG é, assim como no bovino, a palpação retal. 
- Palpação retal: Em equinos, tem uma alta do estrógeno junto com a progesterona, o 
que provoca hipertrofia do miométrio e aumento do tônus uterino gravídico. 
• O diagnóstico é mais precoce, pode ser feito na palpação no D20-D25. Com US até 
no D15. 
• Aumento de volume do útero com formato arredondado, localizado na base de um dos 
cornos. 
• Por volta do dia 150, o útero começa a pesar por conta da distensão e aumento, o que 
causa um aumento de tensão nos ligamentos uterinos, fazendo com os ovários passam 
a se aproximar um do outro. Os ovários ficam mais ventrais, craniais e próximos. 
• Diferente do bovino, no dia 14-15 já vê vesícula gestacional. Elas diferenciam de cisto 
ovariano por conta dos polos ventral e dorsal, que são linhas hiperecogenicas. 
 
Diagnóstico de gestação em pequenos ruminantes 
• Palpação abdominal e US são os mais utilizados, sendo o US o mais utilizado. 
• Palpação é após 100 dia de gestação. 
• US é transabdominal ou transretal. Tem a vantagem de ser utilizada no D30 e confirma 
no D40. 
• O US transabdominal é recomendado que seja feita no D60. 
• RX é indicado a partir do D90. 
• Biópsia vaginal pode ser feita para DG, onde há uma predominância de células 
parabasais em fêmeas gestantes, enquanto na fêmea não gestante tem células 
intermediarias e cuboidais. 
 
Diagnóstico de gestação em suínos 
• Não retorno ao cio 18-24 dias pós cobertura. 
• A palpação retal é impossível em marrãs, mas pode ser feita em porcas velhas. 
• Palpação retal é pra identificação do frêmito da artéria uterina. 
• Utiliza-se mais a ultrassonografia transabdominal, com 20-35 dias e confirma com 42-
63 dias. 
• No dia 15 já é possível identificar algumas estruturas. 
• Não é possível determinar o número de leitões, em razão das inúmeras dobras 
uterinas. 
• US transretal não é muito utilizada. 
• Doppler com 32-77 dias. Detecta movimento dos líquidos. Não é muito utilizado pois 
é tardio. 
Diagnóstico em pequenos animais 
• Padrão endócrino similar entre a fêmea gestante e não gestante. 
• Existe a síndrome de pseudogestação. 
• Não adianta dosar hormônios para DG. 
• Não retorno ao cio não pode ser usado como DG. 
• Modificações físicas só ficam evidentes a partir da 5semana de gestação (aumento 
de peso e distensão abdominal correspondente ao número de fetos). 
• Palpação abdominal é feita. Na cadela o sucesso desse método depende de vários 
fatores, como o porte (em cadelas menores é mais fácil), temperamento, período de 
gestação, número de fetos, condição corporal da mãe. Em gata pode ser feita a partir 
do 16 dia. 
• Deve-se conhecer a data da cobertura. 
• Entre o dia 24-30 de gestação é o período mais recomendado para fazer a palpação 
abdominal. Tem a presença das vesículas com 3cm de diâmetro, com útero mais tenso, 
o que facilita a identificação das vesículas. Deve diferenciar útero de alça intestinal com 
fezes. 
• Com o tempo a vesícula vai se alongando e se torna mais difícil a identificação na 
palpação. 
• Raio X também é um método de DG.

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