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Resumo de Dermatologia - AS

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2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
�1
RESUMO DE 
DERMATOLOGIA 
2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
INFECÇÕES BACTERIANAS e PIODERMITES 
São as infecções causadas por bactérias piogênicas, Streptococcus pyogenes e Staphylococcus 
aureus
Afetam epiderme, derme, subcutâneo, folículo piloso e anexos
A quebra da barreia cutânea cria uma porta de entrada pela camada córnea. A reação do 
organismo é ativar suas defesas através da imunidade inata e adaptativa. Quando estas não são 
capazes de conter o organismo, o nível de virulência aumenta, liberando toxinas e supressores, 
além de criar resistência aos antimicrobianos
 SUPERFICIAL
IMPETIGO 
• Restrita à epiderme, autoinoculação por prurido, relacionado à falta de higiene, altamente 
contagioso
• LOCALIZAÇÃO: face e MMSS
• DIAGNÓSTICO: clínico
• DD: queimadura, HS impetignizado, candidíase, dermatofitose
• TRATAMENTO: limpeza e remoção das crostas, ATB tópico (Mupirocina, Neomicina, 
Bacitracina 7-10 dias)
BOLHOSO
• Staphylococcus aureus, mais em neonatos e em crianças
• LOCALIZAÇÃO: face, períneo, nádega, tronco, extremidades
• LESÃO: vesículas, bolhas grandes, pustulização, crostas finas e acastanhadas, aspecto 
circinado 
NÃO BOLHOSO
• Infeccioso, causado por Strepto pyogenes e Staphilo aureus
• LOCALIZAÇÃO: mais em face, em torno do nariz e da boca, extremidades, perto de portas de 
entrada
• LESÃO: mácula eritematosa, bolhas e vesículas efêmeras, com crostas melicéricas
• Complicações incluem GNDA e febre reumática
Superficial Impetigo / SSSS / Eritrasma
Epiderme + Derme Ectima
Profunda Erisipela / Celulite
Profunda com supuração Abscesso / Flegmão / Fasceíte necrotizante
Folículo piloso Foliculite / Tricomicose
Folículo piloso + Glândulas sebáceas Furúnculo
Glândulas apócrinas Hidrosadenite supurativa
�2
2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCCICA
• Exotoxinas esfoliativas por Staphilo aureus
• LESÃO: eritema difuso com destacamento da epiderme, bolhas e erosões; rash eritematoso 
escarlatiforme (flexuras), bolhas flácidas e áreas exulceradas e exsudativas no rompimento 
das bolhas
• Febre, toxinas e alterações laboratoriais
• DD: Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise epidérmica tóxica
• DIAGNÓSTICO: eritrodermia, descamação, bolhas e isolamento, S. aureus toxicogênico na 
histopatologia
• TRATAMENTO: hospital, antibioticoterapia com Penicilina penicilinas resistente via IV, controle 
hidroeletrolítico
ERITRASMA
• Infecção crônica sem sinais flogísticos, causada pelo Corynebacterium minutissimum
• LESÃO: machos pardas e rosadas, de limites nítidos, descamação, furfuráceas (lembra 
pitiríase versicolor)
• DIAGNÓSTICO: lâmpada de Wood (fluorescência vermelho-alaranjada)
• DD: tinha
• LOCALIZAÇÃO: inguinais, axilares, submamárias, interdigais
• TRATAMENTO: ceratolíticos (ácido acetilsalicílico 2%), eritromicina tópica 1g 5-10 dias 
EPIDERME + DERME
ECTIMA 
• Causada por S.aureus e S.pyogenes, acomete as regiões com impetigo
• LESÃO: pústula que aprofunda e forma úlcera com crosta espessa, seca e aderida, cicatriz, 
pode ser única ou múltiplas lesões
• TRATAMENTO: cuidados locais, antibiotico tópico e ATB sistêmico contra Strepto
PROFUNDA 
ERISIPELA 
• Comprometimento dérmico e linfático por Strepto do grupo A
• LESÃO: placa eritematosa viva, bordas delimitadas, dor, sinais flogísticos, edema, bolhas (em 
alguns casos)
• LOCALIZAÇÃO: pernas e face
• FATORES DE RISCO: insuficiência venosa, estase, DM, tromboflebite, trauma, infecções 
respiratórias caso seja em face
• Recidiva se mostra como linfedema por fibrose de vasos
• DIAGNÓSTICO: clínico
• DD: tromboflebite, TVP
• TRATAMENTO: Penicilina Procaína IV 12/12h por 7-10 dias, repouso, membro elevado, 
compressa, uso de cefalexina se ambulatorial
�3
2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
CELULITE 
• Acometimento da derme e do subcutâneo
• LESÃO: placas eritematosas, bordas mal delimitadas, edema, sinais flogísticos
• Febre, disseminação, choque séptico
• DIAGNÓSTICO: clínico e cultura
• DD: tromboflebite, angioedema, herpes zoster
• TRATAMENTO: repouso, analgesia, ATB sistêmico (Oxacilina 100-150mg/kg/dia IV de 4-4h se 
Staphilo)
PROFUNDA + SUPURAÇÃO
ABSCESSO
• Pode ser uma evolução do quadro de erisipela ou de celulite por Strepto
• LESÃO: nódulo com sinais flogísticos, doloroso, com flutuação, circunscrição e supuração
• TRATAMENTO: excisão e drenagem, ATB Cefalotina ou Cefazolina, calor local
FLEGMÃO
• Geralmente relacionado a traumas, queimaduras, uso de cateter (Staphilo)
• Possui tendência de difusão
• LESÃO: formação circular com pus difundido sem cavidade e folículo cêntrico
FASCEÍTE NECROTIZANTE 
• Infecções necrotizantes causadas por germes anaeróbios, possui condição predisponente
• Geralmente apresenta quadro grave
• LESÃO: necrose de tecido e septicemia, com eritema e edema
• Gangrena = ocorre em debilitados por Strepto do grupo A
• TRATAMENTO: ATB parenteral, suporte, desbridamento cirúrgico
FOLÍCULO PILOSO
FOLICULITE SUPERFICIAL
• LESÃO: pústula com pelo central, pruriginosa
• LOCALIZAÇÃO: couro cabeludo, nádega, coxa
• DIAGNÓSTICO: clínico
• TRATAMENTO: ATB tópico, loção antiacne (Alba 5-10%), ATB sistêmico se infecção de pele 
associada 
FOLICULITE PROFUNDA
• LESÃO: pápula eritematosa com inflamação (pus)
• FURÚNCULO: estafiloccocia necrosante, dolorosa, com necrose central; localizada em axila e 
nádegas, grande área ulcerada e discreta celulite; TTO com mupirocina tópica 7-10 dias, 
drenagem, sabonete antibacteriano e ATB sistêmico se tiver em face
• ANTRAZ: furúnculos coalescnetes, placas que destroem folículo, formam cicatriz
• HORDÉOLO: causada por S.aureus no olho, pode evoluir para calázio e necessitar de 
procedimento cirúrgico para sua retirada
• SICOSE DA BARBA: pústulas isoladas ou confluentes infiltradas como placas, sem pelos; DD 
é a tinha de barba
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2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
PSEUDOFOLICULITE DE BARBA E VIRILHA 
• Inflamação do pelo por trauma, reação causada por S.aureus
• LESÃO: pústula com pelo central e pruriginosa
• LOCALIZAÇÃO: área depilada e mais escura, com pelos mais grossos
• TRATAMENTO: depilação definitiva
TRICOMICOSE
• Causada pela Corynebacterium 
• LESÃO: massa avermelhada / negra / amarelada, aderida à haste pilosa
• Forma concreções nos pelos axilares, como manto; associada à hiperidrose e suor colorido
• TRATAMENTO: raspagem, álcool iodado, soluções antissépticas e ATB tópico
GLÂNDULAS APÓCRINAS 
HIDROSADENITE SUPURATIVA 
• Infecção crônica em glândulas apócrinas, similar a uma acne inversa, que gera cicatriz
• LESÃO: nódulo inflamatório indolente, com fistulização, formação de bridas cicatriciais, com 
exsudato purulento, recidivaste e doloroso
• LOCALIZAÇÃO: axilas, região inguinal, mama em mulheres, ânus em homens
• TRATAMENTO: assepsia do local, ATB tópico (Mupirocina), ATB sistêmico (Amoxicilina + 
Clavulanato e cefalosporinas); se flutuação, drenagem cirúrgica
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2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
MICOSES e INFESTAÇÕES 
São doenças causadas por fungos, que podem ser superficiais ou sistêmicas, sempre 
apresentam porta de entrada, mesmo que não aparente
São extremamente relacionadas ao calor e à umidade, em especial as micoses em pés e em 
virilha
Em imunocomprometidos, costumam ser mais extensas e recidivantes
SUPERFICIAIS
DERMATOFITOSES 
• Grupo de fungos que utilizam queratina da pele, dos pelos e das unhas como fonte de 
subsistência
• São divididos em três gêneros: Microsporum, Epidermophyton, Trichophyton
• A classificação dos dermatófitos pode ser feita pela localização, sendo geofílicos, zoofílicos e 
antropofílicos
• Chamado de tinha ou tinea, sendo que a nomenclatura deve seguir padrão; por exemplo, se 
usar tinha, deve-se localizar a lesão com o nome em português = Tinha corpórea / Tinea 
corporis
• LESÃO: placa eritematosa, de borda ativa, circinada, com tendência à cura central, pode 
apresentardescamação e pequenas vesículas ; pode se apresentar com centro hipercrômico 
em pessoas mais morenas
• CRESCIMENTO: centrífugo (afasta-se do centro), com o tempo vai crescendo em círculos 
concêntricos circinados, dando a configuração da borda e cura no centro
• LÂMPADA DE WOOD: fluorescência verde se Microsporum, verde acinzentado se 
Tricophyton, Epidermopitum não fluoresce
• DIAGNÓSTICO: história, exame físico, exame micológico (hifas no exame com KOH)
• DD: medalhão de pitiríase rósea, psoríase plantar ou vulgar, eczema de contato, eczema 
numular, alopecia areata, onicodistrofia, dermatite seborreica
TINHA CRURAL 
• LESÃO: eritematoso e escamosa, com bordas ativas, podem ser circinadas, a partir da prega 
inguinal, pode liquidificar pelo prurido intenso
• LOCALIZAÇÃO: coxa, região inguinal, invade períneo em alguns casos, pode ir para nádegas, 
região pubiana, baixo ventre, mas não acometem pele da bolsa escrotal (DD de candidíase)
TINHA CORPÓREA
• LESÃO: eritematosas e escamosas, circinadas, isoladas ou confluentes, uma ou várias, com 
crescimento centrífugo e parte externa mais ativa, podem ter vesículas ou pústulas
• Prurido sempre presente
SUPERFICIAIS PROFUNDAS
Dermatofitoses e onicomicoses Cromomicose e feohifomicose
Pitiríase versicolor Esporotricose
Candidíase Histoplasmose e criptococose
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2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
• LOCALIZAÇÃO: braços, face, pescoço, mas podem acometer qualquer local
TINHA DA FACE
• LESÃO: eritematosa, escamosa, de crescimento centrífugo, pode ter disposição de asa de 
borboleta
• DD: lúpus e dermatite seborreica
• Prurido é discreto
TINHA DA BARBA
• Dividida em dois tipos principais - circinada e sicosiforme
• Tipo circinada: apresenta lesão típica da tinha, com descamação
• Tipo sicosiforme: padrão diferente, mais parecido com foliculite; lesão é pústula e placas 
eritematosas
TINHA DA MÃO
• LESÃO: quando na palma, padrão escamoso, descamação difusa eritematosa; no dorso da 
mão, padrão de lesão do tipo circinada
• Geralmente unilateral, o que auxilia no DD de dermatite de contato
TINHA DO PÉ
• Tem três padrões: escamoso, intertriginoso e vésicobolhoso
• Escamoso: prurido e descamação na planta, com bordas bem delimitadas, podem ser 
crônicas; acometimento do oco plantar e lesão unilateral excluem diagnóstico de eczema de 
contato; pouco prurido
• Intertriginoso: inflamação da área de dobras, pode ser por cândida, maceração é comum, pés 
de atleta
• Vésicobolhoso: podem causar bolhas e vesículas, comum por geofílicos e zoofílicos; reação 
inflamatória contra infecção é intensa e causa bolhas, bastante pruriginosa
TINHA DO COURO CABELUDO
• Causada pelo Microsporum e pelo Trichophyton
• Comprometimento dos cabelos, que são invadidos e lesados
• Pode ser classificada em função do local de comprometimento do pelo 
Matriz do pelo recheada de esporos grandes, áreas de queda pequenas, sem muita 
descamação - gênero Trichophyton
Matriz do pelo recheada de esporos pequenos, área única e grande, bastante 
descamação - Microsporum
• Comum na infância
• Tipo tonsurante:
‣ Microsporum e Trichophyton
‣ Forma crônica
‣ Áreas de alopecia, pelos quebrados, cotos pilosos, diferentes alturas
‣ Quérion - manifestação aguda da forma tonsurante, exuberante e causada por geo e 
zoofílicos; reação inflamatória local, confundida com infecção bacteriana pelo pus e 
sinais flogísticos; cotos pilosos presentes, destruição do folículo com formação de 
placas de alopecia permanentes
• Tipo favosa:
‣ Causada pelo Trichophyton schoenleini
‣ Não causa reação exuberante, mas se direciona para a raiz da pele e a destrói
‣ Progressão lenta, visualização apenas da alopecia
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2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
‣ Pode deixar cicatrizes locais
‣ Lesões cateniformes de queratina ao redor do óstio folicular, parece favo de mel
TINHA INCÓGNITA
• Confirmada somente por exame micológico
• Pode ser afetada pelo uso de corticoides tópicos e mascarar lesão
TINHA NEGRA
• Produzida pela Hortaea werneckii ou Phaeoanellomycis werneckii
• Crianças do sexo feminino, zonas tropicais e subtropicais
• LESÃO: mancha enegrecida, de pequena dimensão, localização palmar / plantar ou borda 
dos dedos, pode ser única ou algumas que coalescem
• Produção de pigmento melanina pelo fungo preto
• TRATAMENTO: ceratolíticos e antifúngicos tópicos (Terbinafina), com cura rápida
ONICOMICOSE
• Qualquer infecção de unha causada por fungos, sendo dermatófitos os principais
• Candida pode ter quadro associado com candidíase mucocutânea crônica
• Raras na infância, mais frequente com mais idade
• FATORES PREDISPONENTES: tinha do pé, hiperidrose, uso de chuveiros públicos, sapatos, 
meias sintéticas, unhas alteradas morfologicamente, deficiência imunológica, diabetes, má 
circulação
• DIAGNÓSTICO: exame micológico direto, cultura paroníquia
• TRATAMENTO: Terbinafina sistêmica 250mg VO
• TIPOS:
Onicólise - unha descolada
Paroníquia - inflamação da pele ao redor da unha com edema, eritema, pus, candida é o 
principal causador
Leucoquínia - mancha branca na unha
Paquioníquia - espessamento da lâmina ungueal, unha espessa e grossa
PITIRÍASE VERSICOLOR
• Causada pela levedura Malassezia sp, fungo lipofílico
• Usa suor como substrato, mais frequente em áreas de maior concentração de glândulas 
sebáceas, ou seja, na metade superior do tronco e braços, pode ocorrer em face, abdome, 
nádegas, membros inferiores
• LESÃO: arredondadas, podem confluir, hipocrômicas descamativas e podem ser 
hipercrômicas e eritematosas, prurido após exposição solar; manchas ou máculas 
confluentes, descamativas, assintomáticas
• SINAL DE ZILERI: descamação da pele ao esticar lesão, confirmado pelo exame micológico 
direto; se na unha, sinal de Besnier; pseudohifas e bolhas
• DD: eczematide, leucodermia gutata, pitiríase alba, leucodermias, disromia
• Lâmpada de Wood faz diagnóstico diferencial, uma vez que as lesões ficam róseas douradas 
• TRATAMENTO: Cetoconazol 2% ou imidazólicos se locais, com shampoos e sabonetes que 
reduzem oleosidade da pele por 10-20 dias; novo tratamento após 2 meses; sol é 
imunossupressor
CANDIDÍASE
• Micose produzir por Candida albicans, pode comprometes mucosas, pele, dobras, unhas 
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2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
• São fungos oportunistas que podem acometer homem em modificações fisiológicas, 
diabetes, deficiências imunológicas
• Distribuição universal, relação com algumas profissões, HIV
• LOCALIZAÇÃO: mucosa vaginal, pênis, oral e esôfago, dobras de pele (lesões satélite, placas 
eritematosas, erosadas, policíclicas, demarcadas), ângulo da boca, região da fralda, unha
• Possui algumas formas clínicas diferentes
• DIAGNÓSTICO: exame micológico direto (achado de rifas ginas, pseudohifas)
• TRATAMENTO: TGi com nistatina oral ou cetoconazol oral; brônquica com nistatina e 
pimaricina em aerossois, cetoconazol, itraconazol e fluconazol
PSEUDOMEMBRANOSA
• Candidíase oral
• RN e idosos debilitados, HIV
• LESÃO: erosiva, esbranquiçada, placas removíveis sobre base eritematosa
• TRATAMENTO: Violeta de Genciana 2% 3-4x/dia ou fluconazol / itraconazol oral
ERITEMATOSA 
• Difícil diagnóstico
• Não possuem pseudomembranas
QUEILITE ANGULAR
• LESÃO: lesões fissuras no canto da boca
• Comum em prótese, idosos, neonatos
• Associação bacteriana
INTERTRIGINOSA 
• LESÃO: erosivas, fissurais, úmidas, induto esbranquiçado, pruriginoso mais lesões satélites 
arredondadas, eritematoescamosas e pústulas abacterianas, sem cura central e eritema 
intenso
• Em região de fralda, pápulas eritematosas em todo o períneo, podem formar placas, com 
centro com placa maior e lesões satélites ao redor
• DD: dermatite de contato irritativa
• DIAGNÓSTICO: clínico
• TRATAMENTO: cuidados gerais de higiene local, troca de fraldas, Hidrocortisona 1% com 
nistatina creme 25.000-100.000 UI, imidazólicos na troca de fraldas, protetores de barreira
UNGUEAL e PERIUNGUEAL
• LESÃO:eritematoedematosa periungueal (paroníquia), dolorosa, pode levar à onicólise
• LOCALIZAÇÃO: contato com água em unhas dos quirodáctilos
• TRATAMENTO: fluconazol ou itraconazol oral, com terapia tópica de derivados azóticos 
(nistatina 100.000UI creme, Timol 4% 2-3 meses
VAGINITES e BALANITES 
• LESÃO: erosivas, esbranquiçadas, úmidas, pruriginosas, com corrimento esbranquiçado
• LOCALIZAÇÃO: vagina e sulco balanoprepucial
• TRATAMENTO: comprimidos vaginais de Nistatina, Clotrimazol, Miconazol em vaginite, ácido 
bórico 2% e creme com nistatina
�9
2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA
• Infecção crônica e recorrente da pele, unha e orofaringe
• Sem tendência à disseminação ou ao envolvimento visceral
• TRATAMENTO: intraconazol ou fluconazol contínuos
CANDIDÍASE VISCERAL 
• Disseminação hematogênica das infecções, em pessoas de uso prolongado de 
imunossupressores ou usuários de drogas injetáveis
• TRATAMENTO: Anfotericina B, 5-fluorocitosina
PROFUNDAS
�10
CROMOMICOSE FEOHIFOMICOSE ESPOROTRICOSE HISTOPLASMOSE CRIPTOCOCOSE
Clínica Infecção 
polimórfica em 
regiões tropicais 
e zona rural, não 
é oportunista
Em 
imunodeprimidos e 
homens adultos de 
zona rural, com 
cefaleia, nasueas, 
vômitos, febre, 
rigidez de nuca e 
coma na forma 
sistêmica 
Comprometimento de 
vasos linfáticos 
subjacentes e 
disseminação para 
tecidos; 
imunodeprimidos, pode 
acometer qualquer 
pessoa
Ocorre em 
imunossuprimidos
Atinge mais via 
respiratória, 
pacientes com HIV, 
imunossuprimidos
Lesão Pápula 
vegetante, 
aspecto 
condilomatoso / 
verrucoso, 
crescimento 
contínuo, pode 
ter aspecto 
infiltrativo e 
circinado
Cisto / nódulo / 
tubérculo / placa ou 
abscesso, flutuante, 
eritematoso (forma 
subcutânea) 
Abscessos 
encapsulados ou 
infiltrações 
inflamatórias 
generalizadas 
(sistêmica)
Lesão em rosário - 
configuração linear de 
lesões nodulares e 
eritematosas, formando 
cordão eritematoso 
palpável, pode ulcerar 
ou descamar 
Lesões ulceradas, 
pustulosas, 
papulosas, infiltradas
Pápulas de aspecto 
molusco-simile, 
papulonecróticas, 
celulite, ulcerações, 
drenagem de pus
Localização Membros 
inferiores
Qualquer local Qualquer local Pulmão e boca, 
faringe, laringe, pele, 
articulações
Instala no SNC, 
pulmão, 
osteoarticular
Agente Fungo demáceo 
(Fonsecaea 
pedrosoi)
Fungo demáceo 
(Exophiala, 
Cladosporium)
Sporothrix schenckii Histoplasma 
capsulatum
Criptococcus 
neoformans
Contágio Porta de entrada Porta de entrada Inoculação direta 
(arranhão de gato)
Inalação de esporos Inalação de 
propágulos
Tratamento Eletrocogulação, 
remoção 
cirúrgica, 
Itraconazol 
100-200mg/dia 
por 12-24 meses
Ressecção cirúrgica, 
Itraconazol 
200-400mg/dia por 
6 meses
- Itraconazol 400mg/dia 
por 6-24 semanas, 
Anfotericina B 0,5-0,5 
mg/kg/dia por 10. 
semanas; 
manutenção com 
itraconazol 200mg
Anfotericina 0,7-1 
mg/kg/dia IV com ou 
sem 5-fluorocitosina 
por 2-3 semanas; 
manutenção por toda 
a vida com 
itraconazol
2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
Na maioria dos casos, as DST iniciam com lesões cutâneas, geralmente localizadas na região 
genital ou inguinal
SÍFILIS 
AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum, doença sistêmica, com três fases
LESÃO: 
Primária - lesão única, cancro duro indolor, úlceras com bordas elevadas, base 
endurecida e limpa, sem secreções
Secundária - enantema, erupções papulopustulares cor de cobre ou erupções 
papuloescamosas e eritematodescamativas (colarete de Biett), condiloma plano doloroso 
com pápulas, nódulos, massas verrugosas de aspecto úmido
Terciária - goma (nódulos) que se liquefazem e drenam, lesões destrutivas e infiltrativas 
ou lesões papulodescamativas policíclicas com infiltração de cartilagem 
LOCALIZAÇÃO: região inguinal e genital (primária), palma / planta / face / tronco (secundária), 
SNC / ossos / disseminada (terciária)
DIAGNÓSTICO: clínico e laboratorial, com VDRL e FTA-Abs, liquor se neurossífilis; reação de 
Jarich-Herxheimer (complicação do tratamento em secundária e terciária, com cefaleia, febre, 
artralgia e mialgia, tratada com analgésicos e repouso, desaparece em 24 horas)
TRATAMENTO: Penicilina benzatina 2,4mi UI IM única (primária), penicilina benzatina 2,4mi UI IM 
única (secundária), penicilina benzatina 2,4 mi UI IM 3x e penicilina G cristalina s2,4 mi UI EV 
4/4h 10-14 dias se neurossífilis (terciária)
CONGÊNITA: descamação, aspecto senil, enrugada, hemorragia de gengivas e nasal quando 
recente, tríade de Hutchinson (ceratite + surdez + dentes de Hutchinson) se tardia
CANCRO MOLE 
AGENTE ETIOLÓGICO: Haemophilus ducreyi
LESÃO: mácula ou pápula com halo eritematoso, seguida de vesícula pustulosa que forma úlcera 
amolecida, fundo com secreção, dolorosa, lesões múltiplas, bordas irregulares, adenite inguinal 
satélite (bubão) e fistulização 
LOCALIZAÇÃO: genital e inguinal; em mulheres acomete grandes e pequenos lábios, fúrcula e 
colo uterino; em homens acomete prepúcio e sulco balanoprepucial
DIAGNÓSTICO: clínico
TRATAMENTO: Azitromicina, Ceftriaxona, SMT-TMP, Tetraciclina, TTO empírico de sífilis com 
penicilina benzatina, limpeza das lesões, repouso
LINFOGRANULOMA VENÉREO 
AGENTE ETIOLÓGICO: Chlamydia trachomatis L1, L2, L3
LESÃO: ves´cula papulosa ou pequena erosão com cicatrização espontânea, dolorosa com 
adenite inguinal que pode fibrosar e levar a um quadro de elefantíase-like; adenopatia linfática 
inguinal subaguda, fusão de gânglios formando massa volumosa (bubão) que sofre 
amolecimento, necrose, com fístulas, indolor, borda regular, fundo superficial e limpo
LOCALIZAÇÃO: genital e inguinal
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2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
DIAGNÓSTICO: clínico
TRATAMENTO: Doxiciclina, Sulfametoxazol-Trimetoprim
DD: cancro mole
DONOVANOSE 
AGENTE ETIOLÓGICO: Calymmatobacterium granulomatis
LESÃO: pápula ou nódulo que forma úlcera progressiva e persistente, torna-se lesão 
ulcerovegetantes com secreção seropurulenta de odor fétido, gerando formas localizadas ou 
extensas; pode ter lesões indolores satélites que confluem, com secreção sanguinolenta, mais 
endurecida
LOCALIZAÇÃO: genital, oral, inguinal, glútea
DIAGNÓSTICO: clínico, corpúsculos de Donovan no histopatológico
TRATAMENTO: Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 3 semanas ou até cura; se exuberantes, 
cauterizar ou nitrato de prata, Eritromicina em gestantes
QUADRO: crônico, mais de 4 semanas
GONORREIA 
AGENTE ETIOLÓGICO: Neisseria gonorrheae
LESÃO: uretrite purulenta, edema e eritema com parafimose em homens, colo friável e 
hiperemiado em mulheres
LOCALIZAÇÃO: trato genitourinário
DIAGNÓSTICO: quadro clínico de disúria, corrimento, edema e eritema local, parafimose em 
homens, colo friável e hiperemiado, corrimento e febre em mulheres, pode ter blenorragia
TRATAMENTO: Ciprofloxacino 500mg VO dose única, Ceftriaxona 250mg IM dose única
CLAMÍDIA 
AGENTE ETIOLÓGICO: 
LESÃO: pode dar lesão de linfogranuloma venéreo
LOCALIZAÇÃO: trato genitourinário
DIAGNÓSTICO: quadro clínico de uretrite e DIP, método de Crede se oftálmica em neonatos
TRATAMENTO: Azitromicina, Doxiciclina, Amoxicilina
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DERMATOVIROSES 
Dividido em Herpes simples, Herpes zoster, Varicela zoster, Molusco contagioso, 
Papilomavírus humano e Exantemas virais.
HERPES SIMPLES 
Infecção pelo vírus da herpes na qual não há cura, uma vez que o vírus se acumula em 
gânglios sensitivos de dermátomos afetados
LESÃO: vesículas agrupadas em base eritematosa, que viram úlceras que criam crosta e 
cicatrizam
LOCALIZAÇÃO: mucosa oral(tipo I) e genital (tipo II), tipos variados podem acometer 
diferentes regiões
• Paranício herpético - herpes nas mãos
• Ceratoconjuntivite herpética - acometimento da córnea, opacificação, 
necessidade de transplante
• Herpes simples neonatal - sistêmica, pode virar indicação de cesárea
• Erupção variceliforme de Kaposi - dermatose piorada, sinal de disseminação
• Herpes em imunossuprimidos- úlceras profundas
DIAGNÓSTICO: clínico ou teste de Tzanck (esfregaço que revela células epiteliais 
gigantes multinucleadas com inclusões intranucleares); é comum estar associada com 
infecções secundárias bacterianas
DURAÇÃO DA FASE AGUDA: 7 a 10 dias
TRATAMENTO: Aciclovir (enquanto não há cicatrização das lesões) 400mg 8/8h por 7 
dias; se recorrente, usar 200mg 8/8h contínuo
PRIMOINFECÇÃO: pode ser subclínica ou manifestar-se por gengivoestomatite herpética 
(erosões e úlceras na mucosa oral, febre e adenopatia)
VARICELA ZOSTER 
É a primeira manifestação clínica, causada pelo mesmo vírus da herpes simples, mais 
grave em adultos e em gestantes
LESÃO: mácula eritematosa que evolui para vesícula - úlcera - crosta e cicatriz, 
encontrando lesões em diferentes estágios de evolução
TRATAMENTO: isolamento e alívio sintomático
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HERPES ZOSTER 
É a reativação da varicela zoster
LESÃO: vesículas agrupadas e confluentes dispostas em faixa (segue dermátomo) que 
não ultrapassam a linha média
LOCALIZAÇÃO: tórax e ombro são as regiões mais comuns, seguem a faixa do 
dermátomo
TRATAMENTO: Aciclovir 800mg 5x/dia por 7 dias e analgésicos para redução de 
sintomas de neuralgia
COMPLICAÇÕES: neuralgia pós-herpética, dor crônica por lesão neural, usando 
Gabapentina ou Pregabalina para controle sintomático
PAPILOMAVÍRUS HUMANO 
Causada pelo vírus HPV (baixo risco 6 e 11, alto risco 16, 18, 31 e 33)
LESÃO: depende de sua localização
• Verruga vulgar - pápula verrucosa, ceratótica, normocrômica com pontos 
enegrecidos, assintomática, superfície fissurada e vegetações; pontos 
vermelhos ou castanhos são patognomônicos e representam alças capilares 
trombosadas
• Verruga periungueal - cisto ungueal de consistência áspera
• Verruga filiforme - pápula verrucosa similar a um acrocórdon
• Verruga plantar - “cravo do pé”; pápula pequena e brilhante demarcada que 
evolui para placa com superfície hiperceratótica rugosa salpicada de pontos 
enegrecidos (capilares trombosados)
• Verruga plana - pápulas planas e demarcadas, cor da pele ou hipercrômica 
(acastanhada), são redondas / ovais / poligonais / lineares pelo padrão de 
arranhadura; podem apresentar sinais de inflamação, prurido e halo 
despigmentado
• Condiloma acuminado - DST, na vulva apresenta formato de couve-flor, em 
pênis apresenta formato crista de galo
LOCALIZAÇÃO: 
• Verruga vulgar - locais de traumatismo (mãos, dedos das mãos e joelhos), 
podem acometer face de crianças
• Verruga periungueal - unhas
• Verruga filiforme - face
• Verruga plantar - região plantar do pé, cabeças dos metatarsos, calcanhares e 
dedos dos pés
• Verruga plana - face, região da barba, dorso das mãos e canelas
• Condiloma acuminado - genital
TRATAMENTO: Crioterapia ou Eletrocauterização, rastreamento de outras DSTs, 
Podofilina para região do colo uterino
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MOLUSCO CONTAGIOSO 
Causada pelo Poxvírus
LESÃO: pápulas umbilicadas ou com depressão central, da cor da pele, sólidas, lisas, 
translúcidas, brilhantes, assintomáticas, podem ter tampão ceratótico central, lesões 
redondas / ovais / hemisféricas, podem ser únicas ou múltiplas
LOCALIZAÇÃO: tronco e mucosas, pode ser DST
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: criptococose
TRATAMENTO: curetagem, crioterapia 
EXANTEMA VIRAL 
Pode ser causado por sarampo, rubéola, roséola infantum, eritema infeccioso
SARAMPO 
LESÃO: máculas e pápulas eritematosas não pruriginosas, de disseminação 
descendente, podem se tornar confluentes, associada a febre alta e complicações
MANCHAS DE KOPLIC: são manchas brancas patognomônicas que acometem mucosa 
oral
SINTOMAS ASSOCIADOS: hipertermia persistente, coriza, tosse seca, hiperemia 
conjuntival, fotofobia intensa (3 dias)
TRATAMENTO: sintomático 
RUBÉOLA 
LESÃO: exantema róseo mais discreto - máculas e pápulas rosadas que iniciam na face e 
espalham para resto do corpo no primeiro dia, desaparecendo no terceiro dia; no tronco 
podem se tornar lesões escarlatiniformes
SINAL DE FORSCHHEIMER: petéquias no palato mole durante pródomo
SINTOMAS ASSOCIADOS: febre mais baixa, adenomegalia retroauricular
TRATAMENTO: sintomático
ROSÉOLA INFANTUM 
Causado pelo vírus da herpes tipo 6 (HHV6)
LESÃO: exantema que inicia em dobras de forma discreta 
SINTOMAS ASSOCIADOS: febre muito alta (40ºC), 2-3 dias, pode induzir convulsão febril
TRATAMENTO: sintomático
ERITEMA INFECCIOSO 
Causada pelo parvovírus B19
LESÃO: sinal da bofetada, lesões eritematosas ou eritematopapulares (placas 
edematosas e confluentes) localizadas em face, poupando resto, seguida de eritema 
(máculas e pápulas) reticulado no tronco e em extremidades, podendo ter enantema 
associado

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MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS DE DOENÇAS SISTÊMICAS 
Algumas doenças sistêmicas podem apresentar manifestações cutâneas como um dos sinais 
principais de seus quadros clínicos, o que denota a importância de estudá-las. 
URTICÁRIA 
Reação alérgica de hipersensibilidade do tipo I, mais comum manifestação é a vasculite da 
urticária
LESÃO: placas eritemato-edematosas cm angioedema e hipercromia perilesional (<24 horas)
AGUDA: < 6 semanas, geralmente associada a quadro de IVAS, uso de drogas ou alimentos
CRÔNICA: 2 episódios por semana por mais de 6 semanas, geralmente relacionado a doenças 
autoimunes, drogas, doenças sistêmicas
DIAGNÓSTICO: história clínica e exame físico, laboratoriais em urticária crônica (hemograma, 
VHS)
TRATAMENTO: anti-histamínicos escalonados, raro uso de corticoides
ACANTOSE NIGRICANS 
Causada por resistência insulínica, DM, casos familiares, hiperandrogenismo, fármacos, 
TUMORES
LESÃO: placa de espessamento da epiderme com manchas acastanhadas
LOCALIZAÇÃO: pescoço, axila, região inguinal
TRATAMENTO: emagrecimento e exercícios físicos em casos relacionados à DM e à obesidade, 
terapia do próprio tumor caso seja neoplásica
LIVEDO RETICULAR 
Vasoconstrição periférica, revezando áreas isquêmicas com áreas contestas
LESÃO: eritema violáceo de acordo com vascularização, desaparece à digitopressão
IDIOPÁTICA: cutis marmorata, relação com frio
FORMA RACEMOSA: grosseira, fixa, sem relação com frio, relacionada a vasculites e 
coagulopatias, podendo dar úlceras e necrose
SÍNDROME DE SNEDDON: livedo reticular associado a AVC isquêmico, por causa de quadro de 
hipercoagulabilidade
TRATAMENTO: evitar frio, vasodilatadores, anticoagulantes, tratamento da doença de base
FENÔMENO DE RAYNAUD 
Quadro fisiológico, relacionado ao frio, ou patológico, relacionado a doenças como lúpus 
eritematoso sistêmico
LESÃO: vasoconstrição, seguida de eritema e de vasodilatação (primária), úlcera, necrose, 
reabsorção óssea, esclerodermia ou esclerose sistêmica (secundária)
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TRATAMENTO: doença de base, vasodilatadores, bloqueadores de norepinefrina, tabagismo 
abolido
LÚPUS CUTÂNEO 
DISCOIDE
LESÃO: placa eritematosa em disco, com escama, atrofia e hipocromia central, ceratose folicular, 
telangectasias, se predominância de ceratose tem lesões verrucosas pruriginosas e discromia, 
causando aspecto vitiligoide; podem ter lesões eritematosas, infiltradas, erosivas ou ulceradas 
em boca, conjuntiva, vulva, ânus
LOCALIZAÇÃO: áreas fotoexpostas, alopecia em couro cabeludo
Quadro acomete 5-20% dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
TRATAMENTO: fotoproteção, corticoides locais, Talidomina 100-200mg/dia
SUBAGUDO
Geralmente relacionado a reação inflamatória causada pelo lúpus
Acomete 50% dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
LESÃO: placas psoriaseformes descamativas, de padrão anular policíclico, podem ser papulosas 
escamosas , confluem formando placas psoriaseformes, progressão periférica com eritema e 
descamação da borda
TRATAMENTO: antimaláricos, corticoides sistêmicos se ausência de resolução
AGUDO
Acomete 100% dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
LESÃO: eritema em asa de borboleta,infiltrada ou descamativa
LOCALIZAÇÃO: face, mãos e áreas fotoexpostas
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 
Doença sistêmica com 80% de envolvimento da pele
Os critérios diagnósticos incluem 11 sinais e sintomas, sendo que 4 deles são manifestações 
dermatológicas: erupção malar, erupção discoide, fotossensibilidade, úlceras orais
DIAGNÓSTICO: FAN +, biópsia das lesões
TRATAMENTO: tópico com protetor solar, tacrolimus, corticoides; sistêmico com corticoides, 
antimaláricos e imunossupressores
DERMATOMIOSITE 
Doença autoimune idiopática crônica, associada à perda de força muscular proximal em cintura 
escapular
LESÃO: heliotropo (lesão eritematosa ou violácea e descamativa periorbital) e pápulas de Gottron 
(lesões em cima de articulações, em especial as interfalangianas)
TRATAMENTO: imunossupressores
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ESCLERODERMIA
Fibrose progressiva do tecido conjuntivo, podendo ser cutâneo ou sistêmico
CUTÂNEA LIMITADA: calcinose, fenômeno de Raynauld, desmotilidade esofágica, esclerodactilia, 
telangectasia, acometimento acral
CUTÂNEA DIFUSA: fibrose pulmonar
Lesões podem ser em placas, lineares ou em golpe de sabre
DIAGNÓSTICO: FAN+, anticorpo anti-centrômero limitado (CREST), anti-SCL70 (difusa)
TRATAMENTO: imunossupressores, antifibróticos e sintomáticos
SARCOIDOSE
Doença granulomatosa sem necrose central em pulmões e em pele
LESÃO: placas ou pápulas cor geleia de maçã, eritema nodoso doloroso em MMII
SÍNDROME DE LOFGREN: eritema nodoso + adenomegalia hilar
DOENÇAS HEPÁTICAS 
CIRROSE
Leucoquínia: unhas brancas de Terry
Eritema palmar
Aranhas vasculares
PORFIRIA CUTÂNEA TARDIA
Lesões profundas na pele em excesso
Fotossensibilidade
Lesão: bolhas e hipertricose
DOENÇAS METABÓLICAS
DIABETES
• Pé diabético
• Síndrome esclerodermia-like
• Dorso enrijecido
• Necrobiose lipoídica (plácas ou máculas ovais ou irregulares, confluentes, com centro 
atrófico, telangectasias, eritematosa e amarela)
HIPOTIREOIDISMO
• Pele seca e pálida
• Edema generalizado
• Pelo quebradiço
HIPERTIREOIDISMO
• Mixedema pré-tibial e acropatia
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GRANULOMA ANULAR 
• Lesão de bordas elevadas, coloração geleia de maçã, associado com quadro de diabetes 
mellitus
LESÕES RELACIONADAS A TUMORES
ERITEMA NECROLÍTICO MIGRATÓRIO: associado a câncer de pâncreas
ERITEMA GYRATUM REPENS: associado ao câncer de pulmão
LESER TRELAT: múltiplas ceratos seborreicas, associada a adenocaricnomas
SÍNDROME DE BAZEX: associado ao câncer de trato aerodigestivo superior
HIPERTRICOSE LANUGINOSA ADQUIRIDA: câncer de pulmão, colorretal e de mama, existem 
formas genéticas 
TRIPE PALMS: carcinomas de pulmão, TGI; palmas das mãos rugosas
HIPOCRATISMO DIGITAL: tumores de pulmão, fibrose cística, doenças do pulmão
SISTER MARY JOSEPH: metástase de tumor de umbigo, tumores abdominais internos
PÊNFIGO PARANEOPLÁSICO: doenças linfoproliferativas
DOENÇAS NEUTROFÍLICAS: pioderma gangrenoso, síndrome de Sweet (infiltração de 
neutrófilos na pele)
DOENÇAS ADRENAIS
Síndrome de Cushing
Doença de Addison: hipeppigmentação da pele por aumento da produção de melanocortina
Hiperandrogenismo: hirsutismo, alopecia, acne, acantose nigricans, tumor adrenal, SOPC
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LESÕES BENIGNAS DE PELE 
MELANOCÍTICAS 
EPIDÉRMICAS
EFÉLIDES
LESÃO: mácula acastanhada simétrica e pequena (2-4mm)
LOCALIZAÇÃO: áreas fotoexpostas - face, costas, MMSS, colo
Acontecem ou acentuam após exposição ao sol, fototipos I e II
Fator hereditário com início da infância
MANCHAS CAFÉ COM LEITE
LESÃO: mancha acastanhada delimitada e assimétrica, > 1cm (4-10cm)
LOCALIZAÇÃO: qualquer parte do corpo por não ter relação com exposição solar
Se > 6 manchas e outras manifestações, suspeitar de doença neurológica - neurofibromatose
LENTIGO SIMPLES
LESÃO: mácula ou pápula acastanhada bem delimitada, simétrica, até 6mm
LOCALIZAÇÃO: ocorrem em qualquer lugar do corpo, sem relação com sol
Pode ocorrer em mucosas - lábios e genitais
Pode ocorrer na infância ou em adultos
MELANOSE SOLAR
LESÃO: máculas ou manchas acastanhadas bem delimitadas
LOCALIZAÇÃO: áreas fotoexpostas (dorso das mãos. antebraço, face), mas pode acontecer em 
qualquer lugar
Relação com exposição ao sol
Danos solares associados - rugas, pouca elasticidade
Mais em idade adulta e senil
LEUCODERMIA SOLAR
LESÃO: máculas ou manchas acrômicas ou hipocrômicas bem delimitadas
LOCALIZAÇÃO: áreas fotoexpostas ou em qualquer local do corpo
Ocorre destruição dos melanócitos
Pode estar associada com melanose solar
DÉRMICOS / JUNCIONAIS
NEVOS MELANOCÍTICOS
LESÃO: máculas ou pápulas acastanhadas, bem delimitadas, variadas, de pigmento simétrico e 
uniforme
Pode ter relação com o sol, mas também pode ser não associada
Classificação:
Juncional - mácula acastanhada achatada, localizada na junção da epiderme
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Composto - pápula sobre mácula, localizada na derme e na junção epidérmica
Intradérmica - pápula elevada, mais clara e rosada, geralmente em mulheres e localizada 
na derme
Nevo halo: resposta inflamatória, formando mancha hipocrômica ao redor do nevo original, tem 
eritema e edema
Nevo azul: pápula ou mácula azul enegrecida, simétrica; diagnóstico diferencial é o melanoma
Nevo spillus: mancha acastanhada com pápulas/máculas escuras dentro
Nevo congênito: mancha ou placa hipercrômica; se > 20cm, considerada gigante e classificada 
como lesão pré-maligna, pode evoluir para melanoma
NÃO MELANOCÍTICAS
CERATOSE SEBORREICA
LESÃO: pápula bem delimitada, graxenta, acastanhada / acinzentada, aspecto lobulado e 
gorduroso, escamativa, com pseudocistos ou pseudocomedões
LOCALIZAÇÃO: sem relação com sol, ou seja, qualquer região do corpo
Em idade adulta
Histórico familiar é importante
Dermatose papulosa nigra: é uma “mini” ceratose seborreica, mais em negros, localizada em 
pescoço / face / mandíbula; são pequenas pápulas (1-2mm)
CERATOACANTOMA
LESÃO: pápula ou nódulo eritematoso bem delimitado, com ulceração central esbranquiçada em 
vulcão, com crostas, única
LOCALIZAÇÃO: ?
Lembra lesão do carcinoma espinocelular
Possui crescimento rápido, o que auxilia a diferenciar de CEC
TRATAMENTO: deve ser realizada exérese e enviada para análise anatomopatológica
CISTO EPIDÉRMICO
LESÃO: lesão cística com mobilidade e ponto de drenagem central
LOCALIZAÇÃO: pode estar em couro cabeludo, costas, braços…
Células epidérmicas produtoras de queratina que ficam encapsuladas e formam o líquido de 
drenagem
Cisto triquelemal: localizado no couro cabeludo, com origem no folículo piloso
CISTO DE MILLIA
LESÃO: pápulas esbranquiçadas pequenas, de consistência como um grão de arroz
LOCALIZAÇÃO: face e bochecha
São pequenos cistos epidérmicos de queratina, não saem se espremidos
Tendência genética
HIPERPLASIA SEBÁCEA
LESÃO: pápula cor de pele, amarelada, umbilicada, com poros gigantes
LOCALIZAÇÃO: face de idosos ou homens, locais com poros dilatados
São causadas por aumento anormal de glândulas sebáceas (aumento da celularidade)
SIRINGOMA
LESÃO: pápula lisa de cor mais clara, translúcida
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LOCALIZAÇÃO: pálpebra inferior
São hiperplasias nas glândulas écrinas localizadas na PI
ACROCÓRDON
LESÃO: pápula amolecida, pedunculada, com base estreita, acastanhada (< 1cm)
LOCALIZAÇÃO: dobras, como pescoço, axilas, virilha
Comum em pacientes obesos, com resistência insulínica, DM
São chamadas também de pólipos fibroepiteliais ou fibroma mole
DERMATOFIBROMA
LESÃO: pápula acastanhada ou avermelhada, com retorno ao subcutâneo pela palpação, 
retração da pele 
LOCALIZAÇÃO: qualquer local do corpo ???
É um tumor benigno de tecido conjuntivo (fibroblastos)
Pode ser reativa a microtraumas, como batida, picada de mosquito
LIPOMA
LESÃO: lesão nodular amolecida e palpável
LOCALIZAÇÃO: qualquer parte do corpo?
É um tumor benigno de adipócitos madurosPode formar quadro de lipomatose, onde são múltiplos e dolorosos
NEVO RUBI
LESÃO: pápula avermelhada de padrão semelhante a um nevo, de vermelho vivo e brilhante
LOCALIZAÇÃO: qualquer local
É resultado de uma proliferação vascular local
LAGO VENOSO
LESÃO: pápula semelhante ao nevo rubi, avermelhada
LOCALIZAÇÃO: lábio inferior de idosos 
Geralmente acontece por trauma, mais comum em idosos pelo uso de dentaduras
GRANUMOLA PIOGÊNICO
LESÃO: pápula avermelhada friável, úmida, descamativa
LOCALIZAÇÃO: podem estar em mucosas, …?
Possuem fácil sangramento e crescimento rápido, comum em grávidas
São diagnóstico diferencial de melanoma amelanocítico (esta tem evolução lenta e diagnóstico é 
feito por biópsia)
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LESÕES MALIGNAS DE PELE 
Dividida em três principais: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma
CARCINOMA BASOCELULAR
São 75% dos tumores cutâneos, acomete mais brancos e geralmente possui bom prognóstico
Não tem lesão pré-maligna e geralmente não causa metástases (quando causa, osso e 
cartilagem são afetados)
Fatores de risco: exposição à radiação, queimaduras na infância, histórico familiar de CBC, 
imunossupressão, síndromes genéticas
Manifestações: assintomáticos, de crescimento lento e progressivo, em áreas fotoexpostas (ou 
não), acometendo mais a face
Diagnóstico: clínico, história de lesão que sangra fácil, dermatoscopia e biópsia de Punch
Tratamento: exérese cirúrgica é padrão ouro, curetagem ou eletrocoagulação se contraindicação 
cirúrgica, Imiquimode 5% creme, 5-fluorouracil, radioterapia em idosos
Classificação:
NODULAR
• LESÃO: pápula ou nódulo perolado, brilhante, eritematosa, bem delimitada, com 
telangectasias, pode ulcerar / sangrar / formar crostas, pode ter pigmento no centro
• Sangra com facilidade
• 60% dos CBC
• Vascularizado
SUPERFICIAL
• LESÃO: pápula ou placa eritematosa, mais plana, bem circunscrita, com discreto 
brilho perolado, pode ter telangectasias
• Acomete apenas epiderme
• 15-25% dos CBC
ESCLERODERMIFORME
• LESÃO: lesão atrófica eritematosa brilhante, mal delimitada, deprimida, perolada, com 
telangectasias
• Pode ter grande crescimento
• Diagnóstico geralmente tardio
• Altamente recidivante e lembra cicatriz
• 1-5% dos CBC
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CARCINOMA ESPINOCELULAR
São 20% dos tumores cutâneos, raramente desenvolvem metástase em linfonodos
Apresenta lesão pré-maligna 
Fatores de risco: úlceras e cicatrizes crônicas, inseticidas, herbicidas, HIV, tabagismo
Diagnóstico: clínica, história de lesão que não cicatriza, biópsia de Punch
Manifestações: áreas fotoexpostas, úlcera de Marjolin, carcinoma epidermoide verrucoso
Lesões pré-malignas:
Ceratose actínica: lesões eritematosas com áreas esbranquiçadas, descamativas, 
ceratótica, áspera ao toque
Queilite actínica: leucoplasia eritematosa descamativa com perda de diferenciação 
entre pele / mucosa no lábio inferior
Tratamento: exérese cirúrgica; in situ ou pré-malignas podem realizar curetagem, 
eletrocoagulação, crioterapia, terapia fotodinâmica, 5-fluorouracil e imiquimode 5%, radioterapia 
em idosos e pacientes sem condições de procedimento cirúrgico
Classificação in situ:
Restrito à epiderme, superficial
ERITROPLASIA DE QUEYRAT
• LESÃO: placa eritematosa aveludada e brilhante, sendo granulosa e fina quando no 
pênis 
• Grânulos vermelhos que formam placas
• Mais comum em glande e prepúcio, em homens não circuncidados 
• TRATAMENTO: 5-fluorouracila a 5%, Imiquimode a 5% 
PAPULOSE BOWENOIDE
• LESÃO: múltiplas pápulas hipercrômicas ou eritemato acastanhadas, ou placas 
verrucosas e aveludadas,
• LOCALIZAÇÃO: genitália externa, como pênis, vulva, região perianal, períneo, região 
inguinal
• Etiologia relacionada com o HPV, em especial o subtipo 16
• DD: ceratose seborreica
DOENÇA DE BOWEN
• LESÃO: placa ou pápula plana eritematosa e descamativa, de bordas bem 
delimitadas, irregulares, com característica mais opaca e pode ter crostas 
• LOCALIZAÇÃO: ocorre em qualquer área da pele e mais em áreas fotoexpostas
• Semelhante ao carcinoma basocelular superficial, sendo este mais brilhante, perolado 
e com telangectasias
• Quando lesões mais papulosas ou nodulares, indica evolução para carcinoma 
espinocelular invasor (atinge derme)
• TRATAMENTO: cirurgia, terapia fotodinâmica e creme com imiquimode 5%
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NEOPLASIA INTRAEPITELIAL
• LOCALIZAÇÃO: lesões no colo do útero, sendo neoplasias intraepiteliais cervicais
• Equivalentes aos carcinomas espinocelulares in situ da pele
Classificação invasor:
• Chamado assim quando atinge a derme (lesões profundas), sendo mais agressivo e 
exuberante
• LESÃO: nódulos ou placas eritematosas, de cor vermelho opaco, sem telangectasias, 
recobertos por crostas no centro e possibilidade de ulceração
• DD: ceratoacantoma
• Pode atingir mucosas
ÚLCERA DE MARJOLIN
• LESÃO: lesão vegetante, pode ser hemorrágica e friável, que surge em bordas de 
úlcera ou em brida de cicatriz
• Pode ser advinda de leishmaniose, queimadura, LES, tuberculose lúpica, úlcera 
angiodérmica
• É o CEC em cima de cicatriz, úlcera ou queimadura
• Lesão de crescimento rápido
CARCINOMA VERRUCOSO
• Carcinoma espinocelular de baixa malignidade, raramente causa metástases, 
crescimento lento
• Etiologia principal é o HPV
• Pode ter 3 apresentações diferentes:
Epitelioma cuniculatum: região plantar de homens, início vegetante; compressão 
pode levar à saída de material purulento por meio de fístulas múltiplas, odor 
desagradável, onicólise pode ocorrer e transposição interóssea do tumor também
Papilomatose oral florida: ocorre mais em mucosa geniana oral, lesão 
inicialmente papilomatosa, esbranquiçada, vegetante, de crescimento lento, que 
pode invadir periósteo; pode ter linfonodos aumentados por infecção secundária
Condiloma acuminado ou de Buschke-Lowenstein: localização mais peniana, 
mais em não circuncidados; na bexiga relacionado com esquistossomíase, lesão 
exofítica, tumoral, pode atingir grandes proporções; adenopatia satélite por 
infecção secundária se há ulceração da lesão
MELANOMA 
São 4% dos tumores cutâneos, originário da transformação atípica de melanócitos
Fatores de risco: fototipos mais claros, presença de efélides, nevos atípicos, sol, UV, histórico 
familiar, leucodermia, alterações actínicas, melanose e leucodermia solar
Localização: no tronco em homens e em membros inferiores em mulheres, pode ser evolução de 
nevos atípicos, geralmente de localização cutânea primária, pode surgir em outras áreas, como 
mucosa, olhos, meninges
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Modificações indicadoras de malignização: sensação de prurido, alterações da pigmentação e do 
crescimento assimétrico da lesão, inflamação, ulceração, sangramento; derrame do pigmento 
além das bordas da lesão - se ultrapassa a borda do tecido periungueal, chama-se de sinal de 
Hutchinson, em que surge pequena mancha hipercrômica, de crescimento lento, em superfície, 
pode ser em profundidade e originar pápula e nódulo
Lesão típica: pápula ou placa enegrecida, com bordas irregulares, assimétrica, com alterações de 
cor (ABCDE)
Lesão pré-maligna: nevo displásico ou nevo atípico / lentigo solar atípico / nevo melanocítico 
congênito gigante; lesão caracterizada por assimetria, alteração de cor, sangrante, diâmetro > 
6mm, espessura e bordas irregulares
Diagnóstico: dermatoscopia (ABCDE) e biópsia excisional
Avaliação: sem metástase (LDH para visualizar comprometimento sistêmico, função hepática e 
RX de tórax) e com metástase ou suspeita de metástase (RX de tórax e pelve, RM de crânio se 
sintomas neurológicos
Piores prognósticos: mais comum em tipos nodular e acral, satelitose (metástase local, até 2cm 
da lesão), acometimento linfonodal, ulceração (significa crescimento rápido), metástase em 
transe (2cm além da lesão), metástase à distância (cérebro,pulmão e ossos), aumento de lDH 
(comprometimento sistêmico e sinal de tumor mais agressivo)
Tratamento: exérese cirúrgica, linfadenectomia com investigação de linfonodo sentinela, 
radioterapia para pacientes inoperáveis ou metástases à distância, imiquimode 5% em lentigo 
maligno
Classificação:
MELANOMA EXTENSIVO SUPERFICIAL
• LESÃO: placa enegrecida, pode ter mais que 1cm, assimétrica, com bordas mais 
vermelhas ou que terminam abruptamente e ficam mais apagadas
• Ocorre mais em pele clara, 70% dos casos
• LOCALIZAÇÃO: dorso de homens e membros inferiores de mulheres 
• Mais na faixa etária de 40 anos
• CRESCIMENTO: inicialmente é um crescimento radial horizontal superficial na 
epiderme, crescendo na superfície, quando chega na fase tardia e apresenta um 
crescimento vertical para a derme, sendo assim um sinal de mau prognóstico
MELANOMA NODULAR
• LESÃO: pápula eritematosa, com assimetria e pontos de alteração e assimetria de cor 
visualizadas na dermatoscopia, sofre ulceração e sangramento
• LOCALIZAÇÃO: tronco, cabeça, região cervical
• Ocorre mais em pacientes por volta dos 40 anos, pode causar metástases cutâneas
• CRESCIMENTO: rápido por apresentar crescimento vertical desde o início
• Melanoma amelanócito: melanócitos atípicos que não produzem melanina e evoluem 
de forma descontrolada, podem ser pápulas ou nódulos eritematosos e podem ocorrer 
em qualquer tipo de melanoma, DD inclui granuloma piogênico
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MELANOMA ACRAL LENTIGINOSO
• LESÃO: placas enegrecidas, assimétricas, bordas irregulares, com mais de 6mm, 
lembra um hematoma
• Raro em pele clara, sendo mais comum em negros, hispânicos e asiáticos
• LOCALIZAÇÃO: palmas das mãos e planta dos pés, além da região subungueal
• SINAL DE HUTCHINSON: patognômico, sinal de extravasamento de pigmento além 
da borda da cutícula, com pele enegrecida e irregular
• Média de idade entre 55-65 anos
LENTIGO MALIGNO MELANOMA
• LESÃO: placa enegrecida, assimétrica, bordas irregulares, diâmetro maior do que 
6mm
• LOCALIZAÇÃO: pele fotoexposta, como face
• Apresenta lesão precursora, o lentigo maligno, equivale ao nevo displásico
• Quanto mais jovem, pior prognóstico, ocorrendo em média aos 70 anos de idade
• Similar ao melanoma extensivo superficial, diferenciando pela idade do paciente e pelo 
local de acometimento
• Evolução lenta e bom prognóstico na maioria das vezes 

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FARMACODERMIAS 
Reação da pele ao uso de medicamentos, causando liberação de histamina ou reações 
fotoquímicas ou deposição de drogas na pele ou aumento da síntese de melanina ou 
exacerbação de mecanismos imunológicos
Os fármacos que mais causam as farmacodermias são as sulfas, anticonvulsivantes, AINES e 
ATB
CLÁSSICOS 
ERITEMA PIGMENTAR FIXO 
• Lesão única no primeiro contato, seguida de recidiva no mesmo local
• Quadro tem prurido, queimação, mas é autolimitado
• LESÃO: manchas bem delimitadas, arredondadas, acastanhadas / eritematosas / violáceas, 
ausência de dor
• TRATAMENTO: retirada da droga
EXANTEMA AGUDO 
• LESÃO: exantema maculopapular com confluência, formando manchas e placas
• LOCALIZAÇÃO: tronco, membros e face
• Associada a prurido intenso, febre baixa, artralgia, cefaleia
• Início súbito
• TRATAMENTO: retirada da droga e anti-histamínicos
ERITEMA MULTIFORME 
• Causada por farmacodermias e por herpes simples, geralmente benigna
• LESÃO: placas eritematosas arredondadas, com halos eritematosos, lesão central, sem 
descamação, pode ter relevo ou não
• LOCALIZAÇÃO: palmas, mucosas, íris
• DD: pitiríase rósea
URTICÁRIA 
• Mediada por histamina, com duração de até 6 semanas em casos agudos e mais de 6 
semanas em casos crônicos
• LESÃO: placa eritematoedematosa, fugaz (muda de posição rapidamente)
• Associado a prurido intenso, artralgia, cefaleia, febrícula
• Pode ter choque anafilático
• TRATAMENTO: anti-histamínicos e adrenalina em casos de choque anafilático
INESPECÍFICAS 
ERITRODERMIA 
• LESÃO: eritema e descamação em todo o corpo (mais de 90%)
• Deve ser internada caso seja grave
• DD: psoríase
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ERUPÇÕES ECZEMATOSAS 
• LESÃO: eritema, descamação, formação de crostas
• Medicações orais tem lesões mais disseminadas, medicações tópicas tem lesões localizadas
• Atenção para a reação cruzada entre medicações de via oral e tópica
• Precisa de sensibilização prévia
PÚRPURA 
• LESÃO: manchas violáceas, equimoses, não desaparecem à digitopressão, monomorfas e 
homogêneas
• Relacionadas ao uso de AAS, varfarina, corticoides
ERUPÇÃO ACNEIFORME 
• Acne em paciente adulto, mais lesões em comedão
• Reação aguda, localizada em dorso
• LESÃO: pápula eritematosa, homogênea
• Relacionada ao uso de corticoides, ACO, vitamina B12
FOTOSSENSIBILIDADE 
• Pode ser reação fotoalérgica ou fototóxica
• Fotoalérgica: geralmente relacionada à sensibilização prévia
• Fototóxica: sem sensibilização prévia
• Uso tópico em casos de eczema de contato, uso sistêmico se lesões difusas em todo o corpo
• Nebacetin, Neomicina, HCTZ
• LESÃO: eritema, descamação, vesículas
LÚPUS INDUZIDO POR DROGAS 
• Associada ao uso de hidralazina, isoniazida
• Pode sumir com a interrupção do tratamento
ALTERAÇÃO DE CABELOS E PÊLOS 
• Alopecia: metotrexato, antidepressivos, isotretinoina
• Hipertricose associada ao uso de ciclosporina
• Hirsutismo associado ao uso de Minoxidil, furosemida, fenitoína
ALTERAÇÕES UNGUEAIS 
• Azatioprina associada à hipercromia de unhas
• Tetraciclina associada à onicólise e unha amarelada, além de hiperceratose
ALTERAÇÕES PIGMENTARES 
• Hipercromia por deposição da droga ou estímulo da melanina
• Minociclina: marrom acinzentada
• Hidroquinona: hipercromia de rebote
• Amiodarona: lesão acinzentada e prateada
• Cloroquina: hipercromia perioral
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GRAVES 
SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON 
• Eritema multiforme maior
• < 10% do corpo com descolamento epidérmico
• Associado ao uso de sulfas, de anticonvulsivantes e de AINES
• Associado a quadro de febre alta, cefaleia intensa, mialgia, artralgia
• Pode ter complicações, como bronquite, pneumonite, nefrite, hematúria, conjuntivite química
• LESÃO: placas eritematosas, com retalhos epidérmicos, acometimento de todas as mucosas, 
cavidade oral com crosta hemática e edema
• Mortalidade de 5-15%
• TRATAMENTO: UTI, suporte hemodinâmico, cultura e ATB empírico
NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA 
• Também chamada de síndrome de Lyell
• > 30% do corpo com descolamento epidérmico
• Associado ao uso de sulfas, de anticonvulsivantes e de AINES
• Pode estar associado a quadro de sepse, coagulação intravascular disseminada, 
sangramento do TGI
• Sinais prodômicos incluem febre alta, cefaleia intensa, mialgia, artralgia
• Patologias associadas: bronquite, pneumonite, hematúria, insuficiência renal e necrose 
tubular aguda
• Descolamento epidérmico mais extenso que Stevens-Johnson
• Mortalidade de 30%
• Pode ocorrer acometimento de mucosas
• LESÃO: placas eritematosas com retalhos epidérmicos, erupção generalizada com bolhas 
extensas rasas e vastas áreas de necrose epidérmica, similar a um grande queimado, mas 
possui retalho epidérmico único e as costas descolam
• TRATAMENTO: UTI, suporte hemodinâmico, cultura, ATB empírico

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ZOODERMATOSES 
São dermatoses causadas por pequenos animais, como piolho, larvas, entre outros
ESCABIOSE 
AGENTE ETIOLÓGICO: Sarcoptes scabili variante hominis, mais conhecido como ácaro
LESÃO ELEMENTAR: pápula eritematosa, vesículas pustulosas ou placas eritematosas 
descamativas, com túnel escabiótico (vesícula e canal)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: prurido intenso por reação eosinofílica e mecânica de migração
LOCALIZAÇÃO: couro cabeludo, pregas interdigitais, cotovelo, punhos, axilas, genitais, nádega, 
região hipogástrica
COMPLICAÇÕES: quando nodular, reação de hipersensibilidade;quando genital, nódulo 
eritematoso isolado; quando crostosa, crostas amareladas com farelos contagiosos, decorrente 
de má higiene; quando ácaro animal, desaparece quando termina contato; em bebês, acomete 
face, palmas, planta do pé
TRATAMENTO: Permectina tópica 5% (pescoço ou couro cabeludo, em esquema 3 noites, para 
uma semana, mais três noites), Ivermectina VO dose única ou repetida em 10 dias
LARVA MIGRANS 
AGENTE ETIOLÓGICO: Ancilostoma braziliensis, chamada de bicho geográfico
LESÃO ELEMENTAR: pápula eritematosa de mm, pruriginosa, com túnel sinuoso e eritematoso, 
vesículas e bolhas associadas
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: prurido intenso
LOCALIZAÇÃO: pés e nádegas
COMPLICAÇÕES: não são conhecidas, pois há interrupção do quadro clínico de forma simples
TRATAMENTO: Tiabendazol VO 30-50mg/kg/dose, Tópico com Ivermectina ou Albendazol 400mg 
por 3 dias
PEDICULOSE 
AGENTE ETIOLÓGICO: Pediculus humanos, pode ser capitis, corporais ou pubis, chamado de 
piolho ou chato
LESÃO ELEMENTAR: lesões papulourticariformes e hemorrágicas em corpo, escoriações e 
crostas hemorrágicas caso em cabeça
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: prurido intenso em região occipital e retroauricular, sinais de 
escoriação, repercussão ganglionar regional
LOCALIZAÇÃO: cabeça, tronco, genitais, por contato direto ou pessoal
COMPLICAÇÕES: impetignização ou eczematização secundárias
TRATAMENTO: shampoo de Permetrina 1%, benzoato de benzina 25%, monossulfiram 25% por 
1 noite e repetida em 10 dias, pente fino e banho
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MIÍASE 
AGENTE ETIOLÓGICO: causada por moscas, a dermatobia na primária e a varejeira na 
secundária
LESÃO ELEMENTAR: nódulo eritematoso com orifício central que drena secreção sanguinolenta 
(primária) e numerosas larvas em regiões ulceradas (secundária)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: tópicas
LOCALIZAÇÃO: órbita ocular, nariz, vagina, MMSS na primária e MMII na primária e na 
secundária
COMPLICAÇÕES: abscesso, reação granulomatosa, necrose, meningite, mastoidite, sinusite, 
faringite
TRATAMENTO: Vaselina e pinça na primária, Ivermectina 200 microgramas por kg e retirada com 
pinça na secundária
TUNGÍASE 
AGENTE ETIOLÓGICO: Tunga penetrans, chamada de bicho de pé
LESÃO ELEMENTAR: pequena pápula esférica branco-amarelada com ponto negro central
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: prurido e dor discreta
LOCALIZAÇÃO: regiões plantares, periungueais e interdigitais, genitália, períneo e membros
COMPLICAÇÕES: abscesso, linfangite, septicemia, gangrena gasosa, tétano
TRATAMENTO: remoção completa, Tiabendazol 30-50mg/kg por 10 dias se maciça, ATB se 
infecção associada
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ECZEMAS 
Grupo de dermatoses inflamatórias, pruriginosas, com características clínicas e histopatológicas 
comuns e bem definidas 
Podem ser divididas em aguda, subaguda e crônica
Lesão aguda: eritema, edema, infiltração, vesículas, bolhas
Lesão subaguda: secreção e crostas
Lesão crônica: escamas e de liquenificação (geralmente traduz a cronicidade do processo)
Os mais comuns são o eczema de contato, eczema atópico, eczema seborreico
ECZEMA DE CONTATO
Precisa ter contato de agente exógeno com a pele
Dividida em 4 tipos: dermatite de contato por irritante primário (absoluto e reltivo), dermatite de 
contato alérgica, dermatite de contato fototóxica e dermatite de contato fotoalérgica
Dermatite de contato por irritante primário
Ação cáustica de substâncias irritantes
80% dos casos
Reação imunológica sem sensibilização prévia ou memória imunológica
Absoluto: mais agudo, lesão aparece em minutos ou horas, ação cáustica importante
Lesão: eritema, bolhas, ardência e queimação no local encostado
Relativo: desencadeia as lesões aos poucos (dias, meses, anos); precisa de contato múltiplo e 
frequente por vários dias, até ultrapassar o limiar de tolerância da pele; relacionado a exposição a 
produtos de higiene ou água (dermatite de mãos - contato da dona de casa)
Dermatite das fraldas - reação inflamatória aguda pela oclusão, maceração da epiderme e 
suscetibilidade a irritantes presentes na urina e nas fezes; lesões tipicamente 
eritematosas, de intensidade variável, brilho e pregueamento; se agravada, edema, 
pápulas, vesiculação, erosões, ulcerações; em fase tardia, perde o brilho e ocorre 
descamação que pode ser intensa; se infecção simultânea com Candida albicans, pele 
fica brilhante, com descamação fina, induto esbranquiçado que acomete dobras, 
lesões satélites papulosas ou vesiculopustulosas; tratamento com cremes (nistatina ou 
cetoconazol se candidíase, antibióticos tópicos se infecção bacteriana, hidrocortisona 1% 
se casos mais graves)
Dermatite de contato alérgica
Reação imunológica do tipi IV clássica - necessita de sensibilização prévia (contato prévio sem 
manifestação da lesão neste primeiro contato)
80% dos casos são na face
Ocorre de 24-48 horas após contato para desencadear lesão
Só em indivíduos suscetíveis (alergias a substâncias específicas), pode persistir por toda a vida, 
mas também pode desenvolver tolerância se exposição contínua
Apresentação da lesão - prurido (subagudo, agudo, crônico), lesão arredondada com localização 
morfotopográfica de grande relevância, pode ter lesões à distância
Aguda = eritema, vesículas, exsudação e crostas, simétrico e bilateral 
Subaguda = eritema, pápulas, secreção, escamas e crostas, exsudação
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Crônica = liquenificação, com aumento de sulcos e espessamento da pele com 
hipercromia, descamação e eritema, pode ter crostas da fase subaguda
Dermatite de contato fototóxica
Igual à dermatite de contato por irritante primário absoluto, mas irritante deve entrar em contato 
com sol para causar a lesão
Lesão: aguda, simétrica, eritema, bolhas, mais em mãos; durante evolução, pode descamar 
e curar
Não é necessária a sensibilização prévia por ser irritativo
Lesões desenvolvem-se de minutos a horas após exposição solar
Dermatite de contato fotoalérgica
Igual à dermatite de contato alérgica, mas irritante precisa entrar em contato com o sol
Substância específica vai causar as lesões em áreas em contato com sol, sensibilização prévio 
do tipo IV
Lesão: eritema, descamação
Diagnóstico
Quadro clínico: simetria das lesões, lesões elementares compatíveis, tempo da lesão, quais 
contatos
Teste de contato: útil nos casos de dermatite de contato alérgica
Biópsia: faz o diagnóstico, mas não explica causa e tipo
Tratamento
Evitar contato com substância desencadeado da lesão
Padrão ouro de tratamento: corticoides tópicos
Fase aguda e subaguda - cremes, pela maior presença de eritema, exsudatos e edema
Fase crônica - pomadas, por penetrar mais facilmente na pele com liquenificação e espessa
Pode usar poupadores de corticoide, Pimecrolimus ou Tacrolimus, que agem inibindo 
inflamação, mas sem efeitos adversos
Imunossupressores raramente são usados, uso sistêmico(Ciclosporina e Metotrexato)
Fototerapia - serve como imunossupressor (banho de luz com UVA e UVB)
ECZEMA ATÓPICO
Doença crônica com períodos de agudização e principal manifestação cutânea da atopia 
(tendência hereditária a desenvolver alergia a antígenos alimentares ou inalantes, manifestado por 
eczema, asma ou rinite), de herança poligênica, influenciada por fatores ambientais e emocionais 
História familiar de atopia aparece em aproximadamente 70% dos casos 
Alterações vasculares e farmacológicas: tendência à vasoconstrição dos pequenos vasos, 
palidez, diminuição da temperatura de extremidades e perioral, aumento da vasoconstrição pelo 
frio e demografismo branco
Estímulos prurogênicos produzem prurido mais intenso, mais duradouro e em áreas mais 
extensas do que em indivíduos normais
Pode envolver labilidade emocional, hiperreatividade, agressividade reprimida, insegurança e 
inteligência superior à média
 
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CLÍNICA
Dermatose crônica de evolução flutuante, ocorre em qualquer idade a partir de 32 meses de vidaPrurido intenso
Dividida em fases infantil (do lactente), pré-puberal (da infância), e adolescentes / adultos
Fase do lactente 
• De dois meses a dois anos
• Se antes dos dois meses, pensar em dermatite seborreica
• Prurido intenso e infecção secundária com bactérias com vesiculação aguda 
• Lesões na periferia da face, poupando cento, com eritema, crostas, descamação que 
disseminam para couro cabeludo, fronte, pescoço, punhos, acede extensão de membros e 
área das fraldas
• Antígenos alimentares podem estar envolvidos
• DD - escabiose
Fase da infância 
• Dos dois anos aos 12 anos
• Ocorre ao acaso ou evolução do lactente
• Áreas de flexura de grandes articulações (fossa cubital, poplítea e região cervical)
• Liquenificação, eritema, escoriações, pele seca e descamativa
Fase do adulto 
• Mais de 12 anos
• Áreas de flexão associado a liquenificação, eritema, escoriações, pele seca e 
descamativa 
• Pode acometer região periorbital, pescoço, mãos e punhos 
• Rara persistência após os 30 anos de idade
DIAGNÓSTICO
Clínico com associação de três critérios maiores e três menores
Critérios maiores 
• Prurido
• Morfologia - forma e distribuição típica
• Cronicidade (pode ter períodos de agudização)
• História familiar ou pessoal de atopia (asma, rinite, dermatite atópica)
• Liquenificação flexoral em adultos
• Envolvimento facial e extensor em lactentes e crianças
Critérios menores 
• Xerose - pele seca e descamativa
• Ictiose - aspecto craquelado
• Hiperlinearidade palmar - aumento dos sulcos da mão
• Ceratose pilar - pápulas ceratóticas esbranquiçadas ou eritematosas, decorrente do excesso 
de camada córnea no folículo pilosos, ásperas ao toque
• Eczema de mamilos - eritema, edema, descamação 
• Queilite - inflamação da mucosa labial, eritema, edema, descamação
• Prega infraorbital de Dennie Morgan - dupla prega infraorbital, típico de atopia
• Escurecimento infraorbital
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• Palidez de centro facial - lesões em volta da face com centro poupado
• Pitiríase alba - manchas hipocrômicas, mal delimitadas, na face, sem descamação presente 
da versicolor
• Sinal de Hertog - rarefação do terço distal dos supercílios devido ao ato de coçar
• Demografismo branco - pacientes atópicos não tem o demografismo vermelho normal, mas 
sim o branco pela vasoconstrição e imunidade alterada
• Reatividade imediata a testes cutâneos
• Aumento de IgE sérica e total
• Infecções cutâneas de repetição, como impetigo, herpes, molusco contagioso, verrugas
• Dermatite decorrente de mãos e pés
• Influência de fatores ambientais e emocionais
• Conjuntivite recorrente - ceratoconjuntivite alérgica, com prurido ocular bilateral, cansaço, 
irritação ou sensação de corpo estranho, pode ter ulceração e perfuração da córnea
• Ceratocone - conificação da córnea
• Catarata subcapsular
• Prurido ao suor
TRATAMENTO
• Medidas gerais: usar roupa de algodão, cortar unas, ambiente co boa circulação de ar, evitar 
banhos quentes
• Sempre usar emoliente hidratante após banho
• Corticoides tópicos: hidrocortisona até 2 anos (dexametasona), monotasona e desonida 
dos 2 até os 12 anos, betametasona e clobetasol para maiores de 12 (pele mais espessa e 
liquenificada); deve ser usada por tempo limitado 
• Inibidores da calcineurina - Pimecrolimus ou Tacrolimus
• Antibióticos tópicos em infecções secundárias e agudização - Mupirocina
• Compressas na fase aguda - com permanganato de potássio ou agua boricada
• Tratamento sistêmico: raro, mas pode utilizar corticoides sistêmicos com cautela, antibióticos 
sistêmicos sempre que tiver infecções generalizadas, imunossupressores, fototerapia e anti-
histamínicos 
ECZEMA NUMULAR
Caracterizada por morfologia única, de causa desconhecida, mas com agravamento do quadro 
quando colonização maciça por estafilococos
Ocorrem com mais frequência em membros inferiores, mãos e antebraços, seguido de tronco, 
mas pode ocorrem em qualquer lugar do corpo
Raro em crianças, tende à cronicidade com períodos de agudização
Lesão: uma ou mais lesões em formato de moeda (numismática), simétricas, eritematosa, 
com vesículas de parede fina, extremamente pruriginosa, na fase aguda com exsudato 
crostoso; placa eritematosa circular ou oval com bordas claramente demarcadas
Tratamento: Corticoide ou Coaltar 2-5%, antibióticos anti-estafilococcicos tópicos na sfases 
agudas, banho ou compressas, corticoides tópicos, antibióticos sistêmicos, emolientes, 
hidratantes, anti-histamínicosedativo (se muito prurido) e fototerapia
Diagnóstico diferencial: dermatofitose, dermatite de contato e psoríase
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ECZEMA DE ESTASE
Doença crônica consequente à hipertensão venosa, que provoca diminuição no fornecimento de 
oxigênio aos tecidos, causando lesão tecidual e reação inflamatória
Mais em mulheres pelos fatores hormonais, varizes, uso de anticoncepcionais, obesidade e 
trauma de membros inferiores
Pode ser abrupto ou insidioso, podendo ter o quadro modificado pela presença de dermatite de 
contato medicamentosa, infecções e coçadura
Lesão: placas eritematosas e descamativas pruriginosas na parte interna do terço distal da 
perna
Diagnóstico diferencial: outros eczemas, psoríase, líquen plano hipertrófico, 
dermatofitose
Tratamento: banhos e compressas em quadro agudo, repouso e elevação dos membros, uso de 
corticoide tópico de baixa potência, na fase aguda utiliza-se cremes e, se pele mais irritada, 
pomadas; meias elásticas, tratamento das varizes e acompanhamento com cirurgião vascular
ECZEMA DISIDRÓTICO
Aparecimento súbito, sendo uma doença crônica e recorrente de rápida cicatrização (1-2 
semanas)
Causas
• Míclides: absorção de antígenos fúngicos (reação de hipersensibilidade à distância por fungos 
em outra região do corpo)
• Endotantes: ingestão de substâncias como Penicilina
• Contatantes: dermatites de contato
• Atopia: dermatite de mãos e pés, histórico de dermatites
• Fatores emocionais
Lesão: vesículas nas palmas das mãos ou laterais dos dedos e/ou sola dos pés, pode ter 
eritema e descamação
Tratamento: banhos e compressas calmantes na fase aguda, hidratantes e emolientes 
(associação de pele seca e descamativa), corticoides tópicos (prurido) e identificar fator causal
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LESÕES ERITEMATODESCAMATIVAS
Lesões que apresentam basicamente eritema e descamação, incluindo a dermatite 
seborreica, a psoríase e a pitiríase rósea
DERMATITE SEBORREICA 
Doença crônica recorrente, de causa desconhecida e associada à predisposição familiar
Diretamente relacionada ao estímulo de andrógenos, pela relação com funcionamento das 
glândulas sebáceas e a produção hormonal
Dois picos durante a vida: lactente e após puberdade
FATORES PREDISPONENTES: calor, estresse emocional, água quente no inverno, etilismo, 
doenças neurológicas (doença de Parkinson e epilepsia), DM mal controlada, AIDS
LOCALIZAÇÃO: regiões ricas em gländulas sebáceas, como face, couro cabeludo, conduto 
auditivo, áreas intertriginosas ou de dobras (axilar e inguinais)
Há simetria das lesões
DIAGNÓSTICO: clínico, considerar presença de HIV em casos mais intensos e não respondidos 
ao tratamento
DD: psoríase, pediculose, tinea capitis, candidíase, dermatofitose, eritrasma, dermatite de 
contato
TRATAMENTO: shampoos antisseborreicos (cetoconazol, ácido salicílico), corticoides tópicos 
(couro cabeludo, barba, tórax), cetoconazol tópico, inibidores da calcineurina (Tacrolimus e 
Pimecrolimus), corticoides sistêmicos (isotretinoína,é o roacutan, usado somente se extenso)
FORMA DO LACTENTE
• LESÃO: descamação intensa, pode formar crostas melicéricas pela excsudação, formando 
crosta láctea na face (região da glabela e sulco nasogeniano), de aspecto graxento, 
predicando eritema à descamação nas dobras
• Sem infecção presente
• Inicia nos primeiros dias de vida e melhora sozinha até os 2 meses (autolimitada); se perdurar, 
pensar emdermatite atópica
FORMA DO ADULTO
• LESÃO: eritema difuso e descamação mais amarela ou com crostas
• LOCALIZAÇÃO: couro cabeludo (descamação sobre eritema, caspa), lateral da asa do nariz, 
sulco nasolabial e nasogeniano, contudo auditivo, glabela, cílios e supercílios, médio tórax 
(em homens pela presença maior de pelos na região)
PSORÍASE 
Doença imunoinflamatória, cutâneo articular, crônica e recorrente, caracterizada por hiperplasia 
epidérmica por ciclo evolutivo acelerado dos queratinócitos e ativação imune inapropriada
Pico aos 20-30 e após 50 anos, associada a fatores genéticos e ambientais
Prurido pode estar presente, mas não sempre
FATORES AGRAVANTES: traumatismo, infecções por Strepto do grupoA, infecção por HIV, 
drogas, estresse emocional, corticoides (CI absoluta pelo efeito rebote)
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FENÔMENO DE KOEBNER: reprodução de lesões em locais de traumatismo
LESÃO: placas eritematosas e escamosas, circundadas por halo periférico claro, variando de 
acordo com tipo
LOCALIZAÇÃO: face extensors de membros (cotovelos e joelhos), couro cabeludo, tronco, região 
sacral, pode ocorrer lesões de mucosas
Unhas comprometidas em 35-50% dos pacientes, por dano e comprometimento do leito 
ungueal, depressões cupuliformes (pittings ungueais), unha em dedal, leucoquínia, esfarelamento 
da unha
DIAGNÓSTICO: clínico, curetagem metódica de Brocq, biópsia e anatomopatológico
TRATAMENTO: orientações gerais, anti-inflamatórios (corticoides tópicos, se placas aderidas usar 
de alta potência, como betametasona), antiproliferativos tópicos (alcatrão, antralina, calcipotriol), 
antiproliferativos inibidores de linfócitos T, fototerapia, imunossupressores, acitretina, 
ciclosporina,biológicos
PSORÍASE VULGAR
• Forma mais comum, 90% dos casos, de forma crônica e assintomática
• LESÃO: placas eritematosas e escamosas, simétricas, prateadas, bem delimitadas, com 
escamas aderidas e mais grossas
• LOCALIZAÇÃO: áreas extensas de joelhos e cotovelos, tronco, couro cabeludo
• UNGUEAL: forma isolada nas unhas ou associada, com onicólise, hiperceratose subungueal, 
estriações, manchas em óleo e piting ungueal (unha em dedal, com vários furos)
• PALMO-PLANTAR: placas eritematosas e descamativas associadas com ceratose, podem ter 
prurido, DD é tinha
• DIAGNÓSTICO: curetagem metódica Brocq - sinal de vela (sai membrana branca 
transparente com a cureta, parece farelo de vela), sinal de Auspitz (placa raspada e começa 
a sangrar de forma puntiforme), sinal da escama derradeira (última escama da borda se 
descama e sai inteira, não saindo como vela)
PSORÍASE INVERTIDA
• LESÃO: predomínio do eritema à descamação
• LOCALIZAÇÃO: mais comum em áreas cobertas do corpo, como dobras axilares, regiões 
inguinais e inframamária
• Pode ter prurido
PSORÍASE GUTATA
• LESÃO: pápulas ou pequenas placas em forma de gota
• LOCALIZAÇÃO: tronco anterior e posterior, mais comum em adultos jovens e em crianças
• Ocorre de duas a três semanas após estreptococcia do trato respiratório superior, se Strepto 
beta-hemolítico do grupo A (tratar com ATB para autolimitar)
• Pode ocorrer fenômeno de Koebner
• Pode ser aguda ou subaguda, o paciente pode ir dormir sem lesões e acordar com elas
PSORÍASE ERITRODÉRMICA
• Geralmente secundária decorrente de tratamentos intempestivos de farmacodermias, pela 
retirada do corticoide sistêmico, por doenças como linfoma cutâneo
• Quando mais de 90% do tegumento está comprometio, ocorrendo alterações gerais na 
termorregulação, na hemodinâmica nos equilíbrios hidroeletrolíticos
• LESÃO: eritema e descamação
• TRATAMENTO: estado grave, necessitando de internação e monitorização, chance de 
infecção cutânea por porta de entrada 
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2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
PSORÍASE PUSTULOSA
• LESÃO: placas eritematosas e descamativas com vesículas contendo pus e que podem 
formar crostas, dividida em generalizada e localizada
• GENERALIZADA: presença de psoríase com surgimento de pústulas na lesão, por efeito 
rebote de corticoides, porta de entrada para infecções
• LOCALIZADA: regiões palmo-plantar ou em falanges, com eritema, descamação e pústulas 
(clássica psoríase vulgar palmo-plantar) ou acometimento das falanges distais com eritema, 
descamação e pústulas presentes causando onicodistrofia importante (acrodemratite 
contínua de Hallopeau)
PSORÍASE ARTROPÁTICA (artrite psoriática)
• Artrite crônica inflamatória soronegativa, com fator reumatoide negativo e ausência de 
nódulos subcutâneos
• Pode acometer de 5-40% dos pacientes com psoríase
• LESÃO: pele antecede acometimento articular em 70% dos casos, queixas dolorosas 
articulares difusas, mal caracterizadas e migratórias, sinais de inflamação (rigidez matinal, 
febre, perda de peso, fadiga e anemia)
• Pode ser mono, oligo ou poliarticular
• TRATAMENTO: metotrexato ou outro imunossupressor
PITIRÍASE RÓSEA 
Dermatose inflamatória subaguda, exantemática e autolimitada, mais comum em pessoas jovens 
e mulheres entre 20-30 anos, ocorrendo mais em primavera e outono, podendo estar relacionada 
com a presença de HHV 6 e 7 (causa possivelmente infeciosa, mas não contagiosa nem 
recorrente)
LESÃO: placa mensageira (lesão em medalhão, nem sempre visualizada), que é eritematosa e 
escamosa no centro, de forma arredondada, de crescimento centrífugo, evoluindo para erupção 
generalizada de lesões ovulares menores, eritematosas e escamosas
Lembra árvore de natal, prurido pode ocorrer, sem sintomatologia geral
LOCALIZAÇÃO: membros, tronco, duas semanas de evolução
DIAGNÓSTICO: clínico pela evolução, biópsia
DD: sífilis secundária (colarete descativo na borda interna da lesão), VDRL deve ser solicitado
TRATAMENTO: corticoide creme de média/baixa potência; em casos extensos e eruptivos, usar 
prednisona 20mg/dia VO por poucos dias; Aciclovir em altas doses (800mg) nos primeiros dias 
pode ser eficaz, hidratantes para descamação e fototerapia

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2019/1 Mariana M. B. Ramos - ATM 2021/2
ACNE e HANSENÍASE 
ACNE 
• Doença do folículo, sendo a principal anormalidade encontrada na distensão da unidade 
pilossebácea, com hiperproliferação dos queratinócitos e anormalidade de sua descamação
• Pode haver relação entre estímulo da unidade pilossebácea e androgênios
• Participação da bactéria Propionibacterium acnes que estimula uma resposta imune com 
formação de pus na região folicular
LESÕES
Presença de comedões, pústulas e/ou pápulas / nódulos / pústulas eritematosas localizadas na 
face e no tronco superior
DIAGNÓSTICO
Clínico pelo exame físico
Classificada pela severidade da doença, levando em consideração a distribuição das lesões, o 
numero e o tipo
Presença de cicatrizes sugere necessidade de tratamento mais agressivo
CLASSIFICAÇÃO
Grau I - apenas cravos, sem lesões inflamatórias
Grau II - cravos e espinhas, pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas)
Grau III - cravos, espinhas pequenas e lesões maiores (mais profundas, dolorosas, avermelhadas 
e bem inflamadas, chamadas de cistos)
Grau IV - cravos, espinhas, pequenas e grandes lesões císticas, acne conglobata, com muita 
inflamação, aspecto desfigurante
TRATAMENTO 
TÓPICO 
• Evitar surgimento de novas lesões, aplicados diariamente em todos os locais 
suscetíveis
• Retinoides tópicos: corrigem proliferação de queratinócitos, prevenção e TTO das 
lesões primárias, auxiliam absorção de outros medicamentos, melhoram aspecto 
hiperpigmentado das lesões cicatrizadas em pacientes negros; podem ser usados 
sozinhos ou combinados com ATB tópico ou sistêmico; máxima resposta em 12 
semanas
• ATB tópico: efetivos quando infecção local, Peróxido de Benzoila (não induz 
resistência, resposta próximo de 5 dias do início do tratamento), Clindamicina ou 
Eritromicina (mais eficazes quando combinadas com outros tópicos)
• Pode usar ácido acetilssalicílico, ácido azelaico, sulfur
SISTÊMICO
• ATB oral: casos moderados a graves, sendo os Tetracíclicos os mais efetivos,

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