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O século americano (Sean Purdy)

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O Século Americano:
a Era Progressista (1900-1920)
PURDY, Sean. “O Século Americano”. IN: KARNAL, Leandro et al. História dos Estados Unidos. Campinas: Contexto, 2007. p. 173-196.
1. CAPITALISMO MONOPOLISTA E TRABALHO
“Nas décadas seguintes à Guerra Civil, a economia agrícola e artesanal foi substituída pelo mundo industrial do carvão, aço e vapor. (...) A extensão das ferrovias aumentou 6 vezes entre 1860 e 1920” (p. 176).
“Em 1900, metade dos operários da indústria trabalhava em firma com mais de 250 empregados (...) A grande riqueza dos chamados ´capitães da indústria` não foi compartilhada com os trabalhadores (...) Muitas empresas empregavam preferencialmente mulheres e crianças, cujos salários eram bem menores que os pagos aos homens” (p. 177)
“O movimento sindical, que organizou cinco milhões de trabalhadores até 1920, aproximadamente 10% da mão-de-obra não agrícola, sofreu várias limitações externas e internas (...) Divisões ideológicas – entre negros e brancos, nativos e imigrantes, homens e mulheres – obstacularizaram a organização sindical” (p. 177-8) 
1.1 - Imigrantes e o Sonho de “Fazer a América”
“O enorme crescimento econômico dos Estados Unidos dependia de uma mão-de-obra massiva, que foi providenciada pelos grandes movimentos populacionais do fim do século XIX no mundo. Expulsos de seus países pelo crescimento demográfico, modernização agrícola, pobreza e opressão política e religiosa, 25 milhões de imigrantes chegaram aos Estados Unidos, entre 1865 e 1915, um contingente mais de quatro vezes superior ao dos 50 anos anteriores” (p. 178).
“Em 1890, a maioria da população urbana era formada por imigrantes: 87% da população em Chicago, 80% em Nova York, 84% em Milwaukee e Detroit (...) Não é surpresa ser dessa época a ´invenção` de muitas tradições americanas como o juramento de fidelidade à nação, a prática de ficar de pé durante a execução do Hino Nacional e a comemoração do Dia da Bandeira (...) A necessidade de mão-de-obra barata pesou muito mais nos cálculos dos industriais e político norte-americanos. Contudo, noções como raça inferior e superior infiltraram-se em muitos aspectos da sociedade e da cultura norte-americana” (p. 179)
“Imigrantes não tinham outra escolha senão adaptar sua dieta, roupa, língua e estilo de vida ao padrão americano para tentar evitar maiores discriminações (...) A população americana foi feita e refeita pelas ondas sucessivas de imigração no período entre 1850-1915. Processos de adaptação, assimilação e resistência à cultura dominante continuariam ao longo do tempo” (p. 180-1) 
2. RACISMO E A GRANDE MIGRAÇÃO DE AFRO-AMERICANOS
“Nos anos 1890, um novo sistema de subordinação racial nasceu nos Estados Unidos a partir do Sul ex-escravista (...) A ideologia da supremacia branca ganhou adeptos fervorosos entre todas as classes sociais do Sul, sendo abraçada, inclusive, pela maioria dos brancos pobres (...) Em 1900, 90% dos 10 milhões de negros dos Estados Unidos moravam nos estados sulistas” (p. 181).
“Nos primeiros anos do século XX, a precarização da vida, o racismo e a oferta de trabalho nas indústrias do Norte provocaram o êxodo de negros do Sul dos Estados Unidos para o Norte (...) Entretanto, a vida no Norte também não era fácil para os negros. Havia uma segregação informal, pois idéias racistas estavam bem ancoradas na cultura dominante” (p. 182-3)
2.1 – O Jazz e o Blues
“Apesar das adversidades, os negros do Sul não foram somente vítimas (...) lutaram para sobreviver e construíram espaços sociais e culturais autônomos, inclusive linguagens musicais populares dinâmicas e criativas como o jazz e o blues. O blues basicamente misturou ritmos e melodias africanos e europeus. Originou-se nas ´canções de trabalho` (...) Esse gênero expressou brilhantemente a condição contraditória de ser ´livre e cativo ao mesmo tempo`” (p. 184).
“Mais tarde, junto com o jazz, o blues marcaria uma nova presença pública negra na sociedade americana. E, com o tempo, décadas e décadas, passaria não só a fazer parte do patrimônio cultural do país, como seria também uma das principais contribuições culturais dos EUA para o mundo” (p. 184) 
3. O IMPULSO PROGRESSISTA E SEUS CRÍTICOS
“As desigualdades e a miséria evidenciadas pelo drástico crescimento econômico e urbano no período 1900-1920 provocaram acirrados questionamentos e protestos” (p. 185).
3.1 – OS WOOBIES. “A mais penetrante crítica ao capitalismo americano foi feita pelo movimento socialista. Em 1905, duzentos socialistas, anarquistas e sindicalistas radicais se reuniram em Chicago para fundar a Industrial Workers of the World (IWW) como alternativa ao sindicalismo conservador (...) Popularmente conhecidos como woobies, os membros da IWW visavam a organizar todos os trabalhadores independentemente de sexo, etnia e qualificação (...) A IWW nunca conseguiu organizar mais de cem mil membros, mas suas idéias e práticas tiveram influência muito além do seu tamanho formal (...) Os woobies sofreram repressão violenta por parte do Estado e dos patrões” (p. 185) 
3. O IMPULSO PROGRESSISTA E SEUS CRÍTICOS
3.2 – O PARTIDO SOCIALISTA DA AMÉRICA. “Um partido socialista nunca teve tanta influência nos Estados Unidos quanto o Partido Socialista da América (SPA) antes da Primeira Guerra Mundial. Fundado em 1901 por sindicalistas e intelectuais, misturava idéias marxistas, como a necessidade de acabar com a propriedade privada, com bandeiras da democracia social, que defendia reformas e mudanças graduais dentro do sistema capitalista (...) Mulheres também tinham vez e se destacaram no SPA. Não constituíram mais de 15% dos membros, mas ocuparam posições importantes na base do partido” (p. 186-7) 
3.3 – ALTERNATIVOS. “A crítica radical à exploração capitalista no período (...) também esteve presente nos círculos artísticos (...) No início do século XX, antes de Primeira Guerra Mundial, despontou uma nova geração de jovens que questionava a ordem social estabelecida” (p. 187-88) 
3. O IMPULSO PROGRESSISTA E SEUS CRÍTICOS
3.4 – FEMINISTAS. “Embora socialistas e sindicalistas fossem importantes nesse período, o impulso progressista foi muito mais amplo, englobando campanhas pelo sufrágio feminino (...) Inserindo-se nos debates nacionais sobre reformas sociais, os sufragistas conseguiram o direito de voto para mulheres em 39 estados até 1919 e, finalmente em 1920, uma Emenda à Constituição garantiu esse direito no nível federal. A conquista do sufrágio feminino foi uma vitória contraditória (...) a ênfase no voto limitou a luta feminista à busca desse direito político formal” (p. 188-9) 
3.5 – CIDADÃOS. “Os ganhos, contradições e limitações do impulso progressista também foram evidentes em movimentos pela reforma urbana e política. Novos jornais e revistas de grande circulação (...) contribuíram para o ambiente de dissenso ao investigar e publicar matérias sobre a pobreza nas cidades e a corrupção política (...) Num balanço geral, as condições fundamentais de vida da maioria dos americanos não mudaram e existe bastante evidência de que as reformas do período serviram tanto aos interesses do povo comum quanto aos da classe empresarial.” (p. 190-1) 
4. O CADINHO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
“O principal desejo do diversos movimentos progressistas – um Estado nacional intervencionista –foi realizado durante a Primeira Guerra Mundial. Os Estados Unidos entraram na guerra em 1917, dando à Entente do Reino Unido, França e Rússia a ajuda militar crucial para derrotar a Alemanha (...) A Primeira Guerra Mundial, nas palavras do presidente Wilson, foi uma guerra pela ´democracia e liberdade`. A linguagem de liberdade já tinha sido utilizada pelos Estados Unidos nas suas campanhas imperialistas nas Américas e no Pacífico” (p. 192) 
“A Primeira Guerra Mundial ofereceu melhores oportunidades aos políticos para a consolidação da supremacia econômica do país e o alívio dos conflitos sociais internos (...) Patriotismo em nome da democracia e liberdade além-mar (contra a Alemanha) e em casa (contra a desigualdade econômica) dominou o discurso oficial do governo e de muitos dos movimentos” (p. 193-4)

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