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Pâncreas Exócrino

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PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA – UAM 
ALUNA: THAÍS RIBEIRO MOLINA – 2019 
 
PÂNCREAS EXÓCRINO E ENDÓCRINO 
 
ASPECTOS ANATÔMICOS DO PÂNCREAS 
 
Quando se fala de pâncreas se tem duas funções, a endócrina – produção de insulina, que é um 
hormônio hiperglicemiante e de glucagon, que é um hormônio hipoglicemiante, além da 
produção de somatostatina e de peptídeos; e a função exócrina – produção de enzimas 
digestivas que compõem o suco pancreático como a carboxipeptidase, lipase, amilase e 
proteases, que são produzidas pelas células acinares, onde grande parte do pâncreas são 
responsáveis pelos ácinos, que são as enzimas digestivas. 
95% do pâncreas é responsável pela parte exócrina, sendo a sua função a produção de enzimas 
digestivas, consequentemente apenas 5% do órgão é responsável pela função endócrina. Sendo 
isso muito importante para o diagnóstico, pois para afetar a parte endócrina do pâncreas tem 
que se afetar mais de 95% do pâncreas. Quando se fala das afecções do pâncreas sua posição 
anatômica é muito importante, ele fica próximo ao intestino delgado, e essa posição possui 
íntimo contato com o intestino, tendo ainda contato com os rins e com o fígado, ficando na 
região epigástrica. 
 
ASPECTOS MORFOLÓGICOS DO PANCREAS 
 
• Ilhota de Langerhans 
Estruturas esbranquiçadas que ficam ao redor das células acinares. Possuem citoplasma 
mais claro, sendo responsável pela parte endócrina, possuindo as células beta – insulina e 
as células alfa – glucacon. 
• Células Acinares 
Células arroxeadas que produzem as enzimas digestivas, o material mais rosa é o acino, que 
é como se fosse um ducto, onde as células jogam as substâncias formadas dentro dos acinos 
que produzem as enzimas digestivas. 
 
DIAGNÓSTICO – FUNÇÃO PANCREATICA 
 
• Endócrino 
Insulina e Glucagon. 
• Exócrino 
Tripsinogênio, Amilase e Lipase. 
 
PANCREAS ENDÓCRINO 
 
Se tem várias substâncias que o pâncreas produz, no laboratório as mais importantes para o 
diagnóstico são a insulina e o glucagon. 
 
PANCREAS EXÓCRINO 
 
Na composição do suco pancreático se tem a amilase, a protease – tripsina, quimiotripsina e 
carboxipeptidase; e as lipases, além de bicarbonato. Como o pâncreas se tem várias enzimas 
digestivas elas ficam na forma inativa, o ducto pancreático é liberado no ID, que tem um pH 
alcalino, por isso na presença de bicarbonato se ativa as enzimas digestivas, onde a partir desse 
momento ela começa a digerir na presença do bicarbonato. 
 
 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA – UAM 
ALUNA: THAÍS RIBEIRO MOLINA – 2019 
 
PRINCIPAIS AFECÇÕES 
As principais doenças relacionadas ao pâncreas exócrino na rotina clínica é a pancreatite, onde 
a amilase e a lipase estarão aumentadas, e a insuficiência pancreática exócrina, onde a lipase e 
a amilase estarão baixas. 
 
• Pancreatite Ativa – Aguda ou Cronica 
Dor epigástrica devido ao processo inflamatório, do que estava inativo que começa a ser ativado, 
logo uma pancreatite começa a ativar as enzimas digestivas, que começam a digerir o pâncreas, 
onde além de digerir o pâncreas – que já gera dor, essas enzimas digestivas começam a cair na 
cavidade, onde as enzimas digestivas começam a digerir os órgãos, causando uma dor muito 
forte chamada de síndrome do abdômen agudo. Se houver dúvidas de pancreatite se realiza 
uma dosagem de lipase na efusão. 
 
Sinais Clínicos 
Tem uma síndrome febre, êmese, dor abdominal, as vezes vindo com diarreia, possui apatia. 
 
Exames Laboratoriais 
Amilase Sérica, Lipase Sérica, TLI e SPEC fPL/cPl. 
o Determinação da Amilase Sérica 
Amilase e lipase são genéricos, não são espécie especificas, onde em cães se tem um valor de 
200 – 1220U/L, em gatos de 150 – 1458U/L, em cavalos de 410 – 1200U/L e em bovinos de 800 
– 1200U/L. A amilase é mais sensível do que a lipase. 
 
Causas do Aumento da Atividade da Amilase 
1. Insuficiência Renal, DRC, Desidratação e Choque 
No laboratório pode se realizar a dosagem de amilase, que está presente no suco pancreático, 
porem a amilase sofre interferência com relação aos rins porque a mesma é produzida nos rins. 
Logo, esse teste é menos sensível do que pedir o SPEC, pois a amilase tem interferências que 
tem que saber interpretar para não interpretar errado essa hiperamilasemia, onde se tiver 
problemas na filtração renal se tem uma hiperamilasemia, já que a amilase é filtrada pelos rins, 
devendo perguntar se esse animal tem uma doença renal, sendo a primeira coisa que se tem 
que excluir em um paciente com hiperamilasemia. 
2. Corticoides – Aumento de 30 – 40% 
Outra coisa que se tem que tomar cuidado é um animal que está tomando corticoides, tem que 
se saber que de 30 a 40% da amilase desses animais estarão aumentados, pois o corticoide 
hiperplasia o epitélio do ducto pancreático, hiperplasiando a célula de tamanho, fazendo uma 
obstrução dos ductos pancreáticos, aumentando a viscosidade das secreções pancreáticas e 
causando em uma concentração de amilase no soro. 
3. Obstrução do Intestino Delgado – Aumento de até 2 vezes. 
Se tiver uma obstrução no duodeno, nos ductos pancreáticos, isso irá levar a uma 
hiperamilasemia, já que o suco pancreático será produzido normalmente porem não se 
conseguira percorrer todo o trajeto intestinal até chegar no final do sistema digestório, e com 
isso ocorrerá o refluxo, essas enzimas estarão novamente na circulação aumentadas, e isso não 
significa que a causa primaria seja o pâncreas. 
4. Pancreatite – Aumentos maiores que 2,5 vezes da normalidade. 
Se tem um aumento geralmente maior que duas vezes e meia o valor da normalidade. Para se 
diferenciar tem que associar sempre com os sinais clínicos. Começa com um pico em 24, depois 
desse pico se resolver esse processo inflamatório ela começa a diminuir em cerca de uma 
semana. – Mais sensível e menos específica, antecede o aumento da lipase. 
o Determinação de Lipase Sérica 
Demora mais tempo para aumentar, sendo mais específica no gato, em cães < 83U/L e em cães 
de 13 – 200U/L. A lipase também é produzida no pâncreas, e bem pouco nos rins, diminuindo 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA – UAM 
ALUNA: THAÍS RIBEIRO MOLINA – 2019 
 
bem a interferência, se houver suspeita de pancreatite se pede o exame de lipase, devido a este 
ser menos sensível, sofrendo menos interferência. 
 
Causas do Aumento da Atividade da Lipase 
1. Insuficiência Renal, DRC, Desidratação e Choque 
Mesmo a lipase genérica ela possui influências, sofrendo menos influência do que a amilase, 
porem também sofre. 
2. Hemólise 
A amostra hemolisada influencia na alteração de cor da amostra, que acaba influenciando na 
leitura da cor do Kit que será utilizado, pois a amostra fica avermelhada. 
3. Corticoides 
Mesmo a lipase genérica ela possui influências, sofrendo menos influência do que a amilase, 
porem também sofre. 
4. Pancreatite 
Na pancreatite se aumenta mais devagar do que a amilase, porem permanece mais tempo 
aumentada, como sofre menos influência do que a amilase é mais específica quando comparada 
à amilase. Tem um pico em 72 a 96 horas para se ter um pico, sendo menos sensível e mais 
específica. 
 
o TLI 
Tripsina sérica, sendo um hormônio, demorando muito para sair o resultado, onde antes não 
era um exame de rotina. 
 
o SPEC fPL/cPl 
É chamado de PLI, que é a lipase espécie especifica, tendo que ser um Kit para cada tipo de 
espécie, onde o anticorpo que identifica a lipase naquela espécie, hoje o SPEC é o exame mais 
sensível que se tem, hoje chegou um animal com pancreatite, a primeira coisa que se vai pedir 
é um SPEC, pois ele é mais sensível que todos os outros exames, ele faz uma quantificação 
quantitativa, e não semi-quantitativa, dando o valor exato da quantidade de lipase que se tem. 
Quando se está em uma região que não tem esse exame, se realiza a dosagem sérica de amilase, 
lipase, etc. 
 
Resultados Laboratoriais em Pancreatite Aguda 
 
o Grande Aumento 
Amilase e lipase com mais de duas vezes do valor de normalidade, TLI aumentado. 
 
o Aumento da ALT, FA e Glicose, Icterícia Hepática 
Alémdisso se pode encontrar um aumento de ALT FA e glicose, pois o pâncreas está encostado 
no fígado, pelo parênquima ele passa a inflamação do pâncreas para o fígado, por isso muitas 
vezes esse animal com PA fica ictérico, por ter uma hepatite por contato. 
No cão se tem um ducto pancreático e um ducto biliar, no gato esses ductos são os mesmos – 
por isso se tem a tríade felina. Se tem hiperglicemia pois toda essa inflamação pode acometer a 
parte endócrina também do órgão dependendo da extensão dessa inflamação, devendo ser uma 
inflamação que se estenda para mais de 95% do órgão. 
 
o Leucocitose, Lipemia e Hipocalcemia 
Peritonite, e digestão da cavidade abdominal se tem uma leucocitose com desvio à esquerda, 
um processo inflamatório agudo; a lipemia ocorre quando se tem a pancreatite, pois se digere 
a gordura abdominal e a reabsorção da gordura abdominal leva a esse quadro da lipemia; e 
hipocalcemia – pois as enzimas digestivas caem na cavidade abdominal principalmente próximo 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA – UAM 
ALUNA: THAÍS RIBEIRO MOLINA – 2019 
 
ao fígado se tem uma massa de gordura, e quando as enzimas digestivas começam a digerir essa 
gordura eles quelam o cálcio, desenvolvendo uma hipocalcemia. 
 
o Febre 
 
➔ GATOS 
Em gatos podem apresentar valores normais das atividades enzimáticas de amilase a lipase na 
pancreatite aguda. A amilase no gato não funciona tão bem como no cão, por isso se dosa a 
lipase, além disso no gato um teste muito sensível para o diagnóstico da pancreatite é o 
ultrassom abdominal associado a lipase. Pode-se mensurar a TLI, porem demora muito. 
 
➔ SPEC fPL – LIPASE PACREÁTICA FELINA/cPL – LIPASE PANCREÁTICA CANINA 
Desenvolveram o SPEC, com sensibilidade de 82% e especificidade de 96%. É um teste baseado 
no anticorpo – elisa, através da imunoreatividde especifica em células acinares pancreáticas, 
onde cada espécie tem que ter o seu kit, por isso sai caro. Em cães a sensibilidade é de 63,6% a 
82%. 
Determinação do SPEC: 
Cão (ug/L) 
Normal: <200 
Suspeito: 201 - 399 
Pancreatite Aguda: >400 
Gato (ug/L) 
Normal: <3,5 
Suspeito: 3,6 – 5,3 
Pancreatite Aguda: > 5,4 
 
• IPE – Insuficiência Pancreática Exócrina 
Está deixando de produzir as enzimas digestivas, por isso se chama de IPE, não conseguindo 
digerir gordura e proteína, produzindo um grande volume de fezes, pastosas e fétidas – pois 
gordura não digerida nas fezes possui um odor horrível. 
Fezes pastosas, pútridas, descoradas – não tem a coloração amarronzada e/ou brilhosas – 
parece que tem óleo nas fezes ficando com esse aspecto brilhoso; emagrecimento progressivo 
com boa dieta – animal come normal e emagrece, mesmo com ração de boa qualidade; diarreia 
– presença de alimentos não digeridos nas fezes. 
 
Exames Laboratoriais 
TLI – serve tanto para PA quanto para IPE, porém é uma dosagem hormonal com cortisol e T4 
sendo muito demorado; Teste da Tripsina, Absorção da Gordura, Coprofuncional – teste da 
tripsina, e teste de absorção da gordura, testando as enzimas digestivas de uma forma indireta, 
testando através das fezes as proteínas e a gordura. 
 
o Coprofuncional 
Se precisa de fezes frescas, observar o aspecto das fezes, se as fezes não forem frescas ou 
congeladas se tem a degradação da tripsina, alterando os resultados. Se analisa a pesquisa de 
gordura, amido, fibra muscular e tripsina fecal. Precisando congelar para armazenar e não 
perder a tripsina. 
 
Observar Aspectos das Fezes 
Massa fecal volumosa, esteatorréia, pastosa, partículas alimentares não digeridas. Nota-se a 
presença de alimentos mal digeridos nas fezes, que também possui alteração de consistência. 
 
 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA – UAM 
ALUNA: THAÍS RIBEIRO MOLINA – 2019 
 
Pesquisa de Gordura – Sudam III 
Para a pesquisa de gordura pode-se usar o corante Sudam III, que é muito caro, onde os ácidos 
graxos neutros aparecem alaranjados. Se tem gotículas de gorduras nas fezes, sendo avaliado 
através do exame microscópio. 
 
Pesquisa de Amido – Lugol 
Para a pesquisa de amido se utiliza lugol, onde em contato com iodo fica com manchas 
enegrecidas. 
 
Pesquisa de Fibras 
Para identificação de fibras musculares se da carne crua para o animal onde nas fezes se observa 
os músculos com as fibras estriadas nas fezes, analisando no microscópio. 
 
Pesquisa de Tripsina Fecal 
1. Teste do Filme do Raio X 
Solução de bicarbonato à 5%, que terá um pH alcalino, mimetizando a condição do intestino, 
fazendo uma solução de 1 para 10 de fezes com solução de bicarbonato – 1 de fezes para 9 de 
bicarbonato. Se pegando um tubo com bicarbonato sendo o tubo controle e outro com a solução 
com fezes, se colocando uma fita de raio x nos dois colocando à 37ºC, espera-se que a fita com 
as fezes essa fita seja dissolvida, ficando clara, evidenciando a presença de tripsina. 
Interpretação do Teste do Filme de Raio X 
Negativo: Ausência de tripsina – IPE 
Falso Negativo: Amostra não fresca ou não congelada, tendo uma degradação da tripsina. 
Positivo: Presença da tripsina, onde o animal é normal. 
Falso Positivo: Digestão por enzimas bacterianas, animal com muito crescimento bacteriano 
devido a uma enterite bacteriana. 
2. Teste do Tubo com Gelatina 
Onde a tripsina não permite a formação de tripsina 
 
 
 
o Prova da Absorção da Gordura 
Fornecer uma amostra de sangue em um jejum de 12 horas, onde nessa amostra o sangue deve 
estar límpido/transparente, sem excesso de nada porque o animal está em jejum. Após essa 
coleta oferecer óleo de milho para o animal e realizar novas coletas 2 e 3 horas após a 
administração do óleo, o plasma deverá estar lipêmico, o que significa que ele tem a capacidade 
de absorver a gordura, então o paciente não possui IPE. Porém, se o plasma não estiver lipêmico 
e se mantiver límpido, então não está ocorrendo a absorção de forma correta, mas isso não 
significa que o animal possui uma IPE, podendo ser devido a uma obstrução. Para se ter certeza 
de que é uma IPE, através da alimentação, manda manipular a pancreatina, colocando na 
comida do animal a enzima pancreática, se com a comida o plasma ficar não ficar lipêmico e 
continuar límpido pode-se concluir que deve ser uma síndrome de má absorção, uma obstrução 
intestinal ou então uma neoplasia – linfoma, menos IPE; realizando então uma biopsia intestinal, 
e uma tomografia no intestino para verificar a causa. Se após a administração das enzimas 
pancreatinas o plasma do animal apresentar plasma lipêmico, então conclui-se que é uma IPE. 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA – UAM 
ALUNA: THAÍS RIBEIRO MOLINA – 2019 
 
Após a administração da uma enzima pancreática, depois de 6 a 7 dias o animal volta com 
aumento de peso, fezes mais firmes, e ele tem plasma lipêmico e remissão dos sintomas, logo, 
se evidencia uma IPE, sendo um diagnostico terapêutico complementado com o coprofuncional.

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