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Técnicas Anestésicas Maxilares · Técnicas de Injeção Maxilar A escolha da técnica específica a ser utilizada é determinada, em grande parte, pela natureza do tratamento a ser realizado Supraperiosteal (infiltração), recomendada para um número limitado de protocolos de tratamento Injeção no ligamento periodontal (LPD, intraligamentar), recomendada como adjuvante às outras técnicas ou para um número limitado de protocolos de tratamento Injeção intrasseptal, recomendada basicamente para técnicas cirúrgicas periodontais Injeção intracrista, recomendada para o tratamento de dentes isolados (basicamente molares mandibulares) quando outras técnicas forem malsucedidas Injeção intraóssea (IO), recomendada para o tratamento de dentes isolados (basicamente molares mandibulares) quando outras técnicas forem malsucedidas Bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP), recomendado para o tratamento de vários dentes molares em um quadrante Bloqueio do nervo palatino maior (anterior), recomendado para o tratamento dos tecidos moles e ósseos palatinos distais ao canino em um quadrante Bloqueio do nervo nasopalatino, recomendado para o tratamento dos tecidos moles e ósseos palatinos de canino a canino bilateralmente Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior (ASMA), recomendado para o tratamento extenso de dentes anteriores, tecidos moles e ósseos palatinos e vestibulares Bloqueio do nervo alveolar superoanterior – abordagem palatina (P-ASA), recomendado para o tratamento de dentes anterossuperiores, seus tecidos palatinos moles e ósseos As injeções supraperiosteal, no ligamento periodontal, intrasseptal e intraóssea são apropriadas para a administração na maxila e na mandíbula · Dentes e Tecidos Moles e Duros Bucais · Injeção Supraperiosteal Também chamada de infiltração local, é a técnica de anestesial local usada com mais frequência para a obtenção da anestesia pulpar nos dentes superiores O emprego de injeções supraperiosteais para anestesia pulpar em múltiplos dentes leva à administração de um maior volume de solução do anestésico local, com consequente aumento do risco de complicações sistêmicas e locais A injeção supraperiosteal é indicada sempre que os procedimentos odontológicos são confinados a uma área relativamente circunscrita Nervos Anestesiados: Grandes ramos terminais do plexo dentário Áreas Anestesiadas: Toda a região inervada pelos grandes ramos terminais desse plexo: polpa e área da raiz do dente, periósteo vestibular, tecido conjuntivo e mucosa Indicado para anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes Em geral é totalmente atraumática Não recomendada para grandes áreas devido à necessidade de múltiplas introduções da agulha · Bloqueio do Nervo Alveolar Superoposterior Bloqueio de nervo dentário comumente utilizado, apresenta elevada frequência de êxito (> 95%) Inclui a extensão da anestesia produzida e o potencial de formação de hematomas Quando utilizado para obtenção de anestesia pulpar, o bloqueio do nervo ASP é eficaz para o terceiro, o segundo e o primeiro molar em 77% a 100% dos pacientes No entanto, a raiz mesiovestibular do primeiro molar superior não é consistentemente inervada pelo nervo ASP A penetração da agulha muito distalmente pode produzir um hematoma inestético temporário (10 a 14 dias) Antes da realização de um bloqueio do nervo ASP, deve-se sempre levar em consideração o tamanho do crânio do paciente para determinar a profundidade de penetração nos tecidos moles Nervos Anestesiados: Alveolar superoposterior e seus ramos Áreas Anestesiadas: Polpas do terceiro, segundo e primeiro molares superiores e tecido periodontal vestibular e osso sobrejacente a estes dentes Indicado para o tratamento de dois ou mais molares superiores, quando a injeção supraperiosteal está contraindicada (na presença de infecção ou inflamação aguda) ou quando a injeção supraperiosteal foi ineficaz Não é recomendada quando o risco de hemorragia é muito grande Há risco de hematoma, geralmente difuso · Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio O nervo alveolar superior médio (ASM) está presente apenas em cerca de 28% da população, limitando, portanto, a utilidade clínica deste bloqueio Todavia, quando o bloqueio do nervo infraorbitário (alveolar superoanterior – ASA) não produz anestesia pulpar distal ao canino superior O bloqueio do nervo ASM está indicado para procedimentos em pré-molares e para a raiz mesiovestibular do primeiro molar superior Nervos Anestesiados: Alveolar superior médio e ramos terminais Áreas Anestesiadas: Polpas do primeiro e segundo pré-molares superiores, raiz mesiovestibular do primeiro molar superior e tecidos periodontais vestibulares e osso sobre estes mesmos dentes Indicados quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produzir anestesia pulpar distal ao canino superior e procedimentos dentários envolvendo apenas os pré-molares superiores É contraindicado quando há infecção ou inflamação na área da injeção ou de introdução da agulha ou de depósito do fármaco e quando o nervo ASM está ausente · Bloqueio do Nervo Alveolar Superoanterior (Bloqueio do Nervo Infraorbitário) O bloqueio do nervo ASA não tem a popularidade do bloqueio do nervo ASP, basicamente porque os profissionais não têm experiência com essa técnica Produz anestesia profunda da polpa e tecidos moles vestibulares, desde o incisivo central superior até os pré-molares, em cerca de 72% dos pacientes Empregado no lugar das injeções supraperiosteais, o bloqueio do nervo ASA necessita de menor volume de solução de anestésico local para se obter uma anestesia equivalente O principal fator que inibe os dentistas de usar o bloqueio do nervo ASA é o temor de uma lesão ao olho do paciente Nervos Anestesiados: Alveolar superoanterior, Alveolar superior médio, Nervo infraorbitário, Palpebral inferior, Nasal lateral, Labial superior Áreas Anestesiadas: Polpas do incisivo central superior até o canino superior do lado da injeção, Polpas dos pré-molares superiores e a raiz mesiovestibular do primeiro molar, Periodonto vestibular (labial) e osso destes mesmos dentes, Pálpebra inferior, aspecto lateral do nariz e lábio superior Indicado para procedimentos odontológicos envolvendo mais de dois dentes superiores e os tecidos vestibulares sobrejacentes, inflamação ou quando as injeções supraperiosteais forem ineficazes devido ao osso cortical denso É uma técnica comparativamente simples Contraindicada em áreas de tratamento discretas Anestesia do Palato Necessária para procedimentos odontológicos envolvendo manipulação dos tecidos moles ou duros do palato Para muitos dentistas, a administração de anestesia no palato é um dos procedimentos mais traumáticos que eles realizam em odontologia A anestesia do palato pode ser realizada de maneira atraumática As etapas da administração atraumática da anestesia do palato são as seguintes: · Produzir anestesia tópica adequada no local de penetração da agulha · Usar anestesia por pressão no local antes e durante a introdução da agulha e a deposição da solução · Manter controle sobre a agulha. · Injetar a solução de anestésico lentamente · Confiar em si próprio. Você pode completar o procedimento de maneira atraumática A anestesia tópica adequada no local da injeção pode ser obtida, permitindo-se que anestésico tópico permaneça em contato com os tecidos moles durante pelo menos 2 minutos O objetivo é produzir a anestesia dos tecidos moles pelo uso da teoria do portão de controle da dor Cinco injeções palatinas são descritas: Três — o bloqueio do nervo palatino anterior, o bloqueio do nervo nasopalatino e a infiltração local do palato duro - são utilizadas basicamente para obter anestesia do tecido mole e hemostasia antes de procedimentos cirúrgicos · Bloqueio do Nervo Palatino Maior Muito útil durante procedimentos odontológicos envolvendo os tecidos moles palatinos distais ao canino O bloqueio do nervo palatino maior é menos traumático que o bloqueio do nervo nasopalatino, pois os tecidos que circundam o forame palatino maiornão estão tão firmemente aderidos ao osso Nervos Anestesiados: Palatino maior Áreas Anestesiadas: Parte posterior do palato duro e os tecidos moles sobrejacentes, anteriormente até o primeiro pré-molar e medialmente até a linha média Indicado em casos em que a anestesia dos tecidos moles do palato é necessária para o tratamento restaurador em mais de dois dentes (p. ex., em restaurações subgengivais e inserção de matriz subgengival) Também indicado para controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos palatinos moles e duros · Bloqueio do Nervo Nasopalatino Técnica muito valiosa para o controle da dor palatina, pois, com a administração de um volume mínimo de solução anestésica (no máximo um quarto do tubete), uma ampla área dos tecidos moles palatinos é atingida Infelizmente, o bloqueio do nervo nasopalatino tem a característica de ser uma injeção que pode ser muito traumática A primeira técnica para esta injeção envolve apenas uma penetração tecidual, lateralmente à papila incisiva na face palatina dos incisivos centrais superiores A segunda técnica envolve três punções de agulha, porém, quando executada corretamente é menos traumática que a técnica de perfuração única direta Nervos Anestesiados: Nervos nasopalatinos bilateralmente Áreas Anestesiadas: Porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros) bilateralmente desde a face mesial do primeiro pré-molar direito à face mesial do primeiro pré-molar esquerdo Indicado quando for necessária anestesia dos tecidos moles palatinos para tratamento restaurador em mais de dois dentes e controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos moles e duros do palato · Infiltração Local do Palato Nervos Anestesiados: Ramos terminais dos nervos nasopalatino e palatino maior Áreas Anestesiadas: Tecidos moles na vizinhança imediata da injeção Indicado para obter hemostasia durante procedimentos cirúrgicos Também indicado para controle da dor palatogengival quando são necessárias áreas limitadas de anestesia para a aplicação de grampo de isolamento absoluto, para adaptar o fio de retração no sulco gengival, ou para procedimentos cirúrgicos em não mais do que dois dentes · Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio Anterior Representa uma injeção de bloqueio do nervo maxilar recém-descrita Promove a anestesia pulpar em múltiplos dentes superiores (incisivos, caninos e pré-molares) a partir de um único local de injeção no palato duro, aproximadamente na metade do caminho ao longo de uma linha imaginária conectando a sutura palatina mediana à margem gengival livre Um volume mínimo de anestésico local é necessário para produzir anestesia pulpar do incisivo central ao segundo pré-molar no lado da injeção O bloqueio nervoso ASMA pode ser realizado com pouca ou nenhuma dor depois das técnicas básicas de injeção atraumática do palato descritas anteriormente A injeção ASMA é mais corretamente descrita como um bloqueio de campo dos ramos terminais (plexo dentário subneural) do nervo ASA, que inerva os dentes incisivos aos pré-molares Considerada muito útil para a raspagem periodontal e alisamento radicular na região maxilar Nervos Anestesiados: Nervo ASA, Nervo ASM, quando presente e Plexo nervoso dentário subneural dos nervos alveolar superoanterior e médio Áreas Anestesiadas: Anestesia pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores, além de Gengiva inserida vestibular destes mesmos dentes e tecidos palatinos inseridos desde a linha média até a margem gengival livre dos dentes associados É contraindicado em casos de pacientes com tecidos palatinos extraordinariamente finos, pacientes que não conseguem tolerar um tempo de administração de 3 a 4 minutos e procedimentos que requerem mais de 90 minutos · Abordagem Palatina-Alveolar Superoanterior Compartilha de vários elementos em comum com o bloqueio do nervo nasopalatino, mas difere o suficiente para ser considerada como um procedimento distinto O bloqueio do nervo nasopalatino promove anestesia à gengiva palatina anterior e ao mucoperiósteo e é recomendada para procedimentos cirúrgicos na região anterior do palato Também servir como uma técnica suplementar para a obtenção da anestesia pulpar ao dente incisivo O P-ASA pode ser apontado como a primeira injeção odontológica a produzir anestesia pulpar bilateral a partir de uma única injeção como seu objetivo principal, fazendo disso uma característica única desta técnica de injeção A injeção P-ASA é útil quando se deseja a anestesia dos dentes anterossuperiores sem uma anestesia colateral do lábio e músculos da expressão facial A abordagem palatina permite que a anestesia seja limitada ao plexo subneural para os dentes anterossuperiores e nervo nasopalatino Nervos Anestesiados: Nasopalatino e Ramos anteriores do ASA Áreas Anestesiadas: Polpa dos incisivos centrais, laterais e caninos (em menor grau), tecidos periodontais vestibulares associados a estes mesmos dentes e tecidos periodontais palatinos associados a estes mesmos dentes Contraindicado em pacientes com raízes de caninos extremamente longas podem não obter anestesia profunda desses dentes a partir de uma abordagem palatina somente, pacientes que não conseguem tolerar o período de administração de 3 a 4 minutos e procedimentos que necessitam mais de 90 minutos · Bloqueio do Nervo Maxilar Método eficaz para produzir anestesia profunda de uma hemimaxila Útil em procedimentos odontológicos que envolvem quadrantes e em procedimentos cirúrgicos extensos As principais dificuldades na abordagem do canal palatino maior ocorrem na localização do canal e na sua transposição bem-sucedida A principal dificuldade na abordagem da tuberosidade alta é a maior incidência de hematoma Nervo Anestesiado: Divisão maxilar do nervo trigêmeo Áreas Anestesiadas: Anestesia pulpar dos dentes superiores no lado do bloqueio, Periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes dentes, Tecidos moles e osso do palato duro e parte do palato mole, medialmente à linha média, além da Pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha e lábio superior Contraindicado para profissional inexperiente, pacientes pediátricos, pacientes não cooperativos ou tecidos com inflamação ou infecção e casos em que há risco de hemorragia