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SISTEMA DE ENSINO GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Livro Eletrônico ADRIEL SÁ Professor de Direito Administrativo, Administra- ção Geral e Administração Pública em diversos cursos presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente, atuando no Ministério Pú- blico Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina, com especialização em Gestão Públi- ca. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos, sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facili- tado” e autor da obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora Juspodivm. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br 3 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Introdução à Gestão de Pessoas ...................................................................4 1. Relações de Equilíbrio entre Indivíduo e Organização ...................................4 2. Gerenciamento da Diversidade nas Organizações ......................................15 3. A Área de Gestão de Pessoas ..................................................................16 3.1. Termos Equivalentes e Distintivos .........................................................16 3.2. Conceito e Aspectos Principais da Gestão de Pessoas ..............................18 4. Modelos Básicos de Gestão de Pessoas ....................................................25 5. Evolução e Tendências da Área de Gestão de Pessoas no Cenário Mundial .....28 6. Evolução da Área de Gestão de Pessoas no Contexto Nacional ....................39 7. Objetivos, Funções e Desafios da Área de Gestão de Pessoas ......................44 8. Gestão Estratégica de Pessoas e Planejamento Estratégico de Pessoas .........53 9. Princípio da Responsabilidade de Linha e Função de Staff ...........................61 10. Hierarquia de Decisões na Área de Gestão de Pessoas ..............................63 11. Terceirização ......................................................................................65 12. Auditoria de Recursos Humanos ............................................................70 13. Subsistemas de Gestão de Pessoas ........................................................72 Resumo ...................................................................................................84 Mapa Mental ............................................................................................97 Questões de Concurso ...............................................................................98 Gabarito ................................................................................................ 139 Gabarito Comentado ............................................................................... 140 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PESSOAS 1. Relações de Equilíbrio entre Indivíduo e Organização A avaliação de desempenho é uma ferramenta de controle das atividades que são executadas na organização. Por meio da avaliação de desempenho, observa-se se a organização está alcançando ou não os seus objetivos, se são necessárias mu- danças no seu trajeto que a possibilite atingi-los. Os diversos autores administrativistas enfatizam que o ponto de partida para o sucesso organizacional é levar em conta as pessoas, uma vez que essas passam a maior parte de seu tempo vivendo ou trabalhando dentro das organizações. O contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações. Como afirma Idalberto Chiavenato1, cada uma das partes depende da outra, formando uma relação de mútua dependência, na qual há benefícios e esforços recíprocos, ou seja, direitos e obrigações das partes envolvidas. Assim, se os seres humanos são a chave do sucesso ou do fracasso das estraté- gias inovadoras de uma organização, não há como separar o trabalho das pessoas, diante do impacto que o trabalho nelas provoca. Por outro lado, as organizações também necessitam das pessoas para atingirem seus objetivos; as pessoas dão suporte à execução dos processos organizacionais. Quando uma pessoa resolve deixar a organização, ela leva consigo os recursos organizacionais mais importantes que podem existir: inteligência, experiência, co- nhecimento, inspiração e criatividade. Perceba, aqui, atributos essencialmente pes- soais, não organizacionais. 1 CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Questão 1 (INÉDITA) A gestão de pessoas nas organizações deve priorizar a rea- lização dos objetivos individuais dos empregados e, em seguida, orientar esforços para o alcance dos objetivos organizacionais. Errado. A gestão de pessoas nas organizações deve conjugar (e não priorizar) a rea- lização dos objetivos individuais dos empregados e dos objetivos organizacionais. Como vimos, as pessoas são parceiras da organização que contribuem com algum recurso para a organização. Esse equilíbrio entre organização e pessoas possui diversos postulados ou para- digmas, dentre os quais podemos destacar: • Uma organização é um sistema de comportamentos sociais inter-relaciona- dos de numerosas pessoas, que são os participantes da organização; • Cada participante e cada grupo de participantes recebe estímulos (incentivos, recompensas) em troca dos quais faz contribuições à organização; • Todo o participante manterá sua participação na organização enquanto os estímulos que lhe são oferecidos forem iguais ou maiores do que as contri- buições que lhe são exigidas; • As contribuições trazidas pelos vários grupos de participantes constituem a fonte na qual a organização se supre e se alimenta dos estímulos que oferece aos participantes; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá • A organização continuará existindo somente enquanto as contribuições forem suficientes para proporcionar estímulos e motivação para induzirem os parti- cipantes à prestação de contribuições (MARCH; SIMON, 1975)2. Obs.: � Nessa altura, você já consegue perceber que o equilíbrio organizacional, em termos de recursos humanos, ocorre quando as contribuições dadas pelos colaboradores são compatíveis, em quantidade e qualidade, com as respec- tivas recompensas ofertadas pela organização. Questão 2 (INÉDITA) O equilíbrio organizacional de uma instituição pública é mensurado pela efetividadedos resultados alcançados em relação às metas esta- belecidas pelo respectivo órgão controlador. Errado. O equilíbrio organizacional está relacionado com os estímulos (incentivos e recom- pensas) oferecidos pela organização, e não com a efetividade dos resultados alcan- çados em relação às metas. Desse breve resumo, surgem alguns outros conceitos ligados ao tema equilíbrio organizacional. Vamos vê-los? A primeira consideração que fazemos é em relação ao conceito de comprome- timento organizacional, entendido como o conjunto de sentimentos e ações do 2 MARCH, J.; SIMON, H. A teoria do equilíbrio da organização. In: ETZIONI, A. Organizações complexas: um estudo das organizações em face dos problemas sociais. São Paulo: Atlas, 1975. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá indivíduo em relação a sua organização. Allen e Meyer (1997)3 apresentam três componentes na definição do comprometimento organizacional: • comprometimento como um apego afetivo com a organização; • comprometimento percebido como custos associados a deixar a organização, tratado como instrumental ou calculativo; e • comprometimento como uma obrigação em permanecer na organização, de- nominado normativo. O comprometimento afetivo é o comprometimento como um envolvimento, onde ocorre identificação com a organização. Os funcionários com um forte com- prometimento afetivo permanecem na organização porque eles: • querem, ou seja, estão dispostos a exercerem um esforço considerável em benefício da organização; • creem e aceitam os valores e objetivos organizacionais; • possuem um forte desejo de se manter como membro da organização; o funcionário se identifica e aceita influência para estabelecer ou manter uma relação satisfatória com o grupo ou organização. O comprometimento instrumental ou calculativo é percebido como custo associado a deixar a organização. Funcionários com comprometimento instrumen- tal permanecem na organização porque eles precisam. Esse componente pode ser relacionado com a conformidade - as atitudes e comportamentos são adotados com o objetivo de recebimento de recompensas. O comprometimento normativo, por sua vez, está relacionado a um alto nível de comprometimento por parte do funcionário em relação à organização. Os fun- 3 MEYER, J. P.; ALLEN, N. J. Commitment in the workplace: theory, research and application. Thou- sand Oaks: Sage Publications. 1997. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá cionários com comprometimento normativo permanecem na organização porque eles sentem que são obrigados. O comprometimento normativo - a obrigação mo- ral de permanecer na organização - seria um estado psicológico desencadeado por experiências prévias de socialização presentes no convívio familiar e social, bem como no processo de socialização organizacional, ocorrido após a entrada na orga- nização. Questão 3 (INÉDITA) As frases: “Eu ficaria feliz em ficar o resto da minha carreira nesta organização” e “Eu realmente me sinto como se os problemas da organização fossem os meus próprios”, referem-se ao comprometimento afetivo. Certo. O comprometimento afetivo é o comprometimento como um envolvimento, onde ocorre identificação com a organização O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá A segunda consideração refere-se ao conceito de suporte organizacional, definido como as crenças globais mantidas pelo empregado acerca do quanto a organização em que trabalha cuida do seu bem-estar e valoriza suas contribuições. São expectativas do empregado acerca da retribuição e do reconhecimento que a organização oferece em relação ao seu esforço despendido no trabalho. Obs.: � O suporte organizacional possui um aspecto positivo. Já a falta de suporte organizacional caracteriza um fator negativo. O conceito de suporte organizacional está relacionado ao princípio ou norma de reciprocidade. A reciprocidade emprega os verbos dar e receber. A sistemática é simples de se entender: A organização oferece incentivos para os participantes e, além disso, remu- nera-os, oferece segurança e status, criando condições para que eles trabalhem adequadamente. De forma recíproca, o participante responde com contribuições, trabalhando, esforçando-se e desempenhando suas tarefas conforme solicitado. A organização espera que o participante atenda às suas exigências e necessidades e, por seu turno, o empregado espera que a organização aja corretamente com ele e decida com justiça e igualdade. É dessa interação é que decorre o contrato psicológico, que é uma expectati- va que a organização e o indivíduo esperam realizar e ganhar com o novo relacio- namento. Lembre-se de que esse pacto é mútuo: deve agregar valor tanto para a organização como para o indivíduo. O autor Stephen Robbins4 cita algumas variáveis dependentes e indepen- dentes dessa relação entre indivíduo e organização: 4 ROBBINS, S. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2002. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá As variáveis dependentes são os fatores-chave que você pretende explicar ou prever e que são afetados por outros fatores. Essas variáveis são: Produtividade: uma organização é produtiva quando consegue atingir seus objetivos, transformando entradas em resultados ao mais baixo custo possível. Assim, a produtividade implica preocupação tanto com a eficiência como com a eficácia. Questão 4 (INÉDITA) A conciliação dos interesses dos indivíduos e das organiza- ções gera conflitos e reduz a produtividade da empresa. Errado. Conciliação gera conflitos e reduz produtividade? Não, mesmo! A conciliação reduz o conflito e aumenta a produtividade! Aliás, esse é o papel da Gestão de Pessoas. O ponto de partida para o sucesso organizacional é levar em conta as pessoas, uma vez que essas passam a maior parte de seu tempo vivendo ou trabalhando dentro das organizações. Absenteísmo: o absenteísmo é o não comparecimento do funcionário ao tra- balho, mesmo não sendo motivado por doença prolongada ou licença legal. A ex- pressão possui, então, também, uma relação com a satisfação com o trabalho. Pessoas satisfeitas tendem a não se ausentarem de seus locais de trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição,sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Questão 5 (INÉDITA) O absenteísmo correspondente à soma dos períodos em que os empregados estejam ausentes do trabalho. Certo. Absenteísmo é o não comparecimento do funcionário ao trabalho, independente do motivo a ser considerado Rotatividade (turnover): a rotatividade é a permanente saída e entrada de pessoas da organização, de forma voluntária ou involuntariamente. É obtido pela seguinte fórmula: n. de colaboradores desligados / efetivo médio da organização. Chiavenato (2010)5 destaca que a rotatividade envolve vários custos: Custos de recrutamento: processamento da requisição de empregado, propagandas, visitas a escolas, atendimento aos candidatos, tempo dos recrutadores, pesquisas de mercado, formulários e custos do processamento. Custos de seleção: entrevistas de seleção, aplicação e aferição de provas de conheci- mento, aplicação e aferição de testes, tempo dos selecionadores, checagem de referên- cias, exames médicos e laboratoriais. Custos de treinamento: programas de integração, orientação, custos diretos de treina- mento, tempo dos instrutores, baixa produtividade durante o treinamento. Custos de desligamento: pagamento de salários e quitação de direitos trabalhistas (fé- rias proporcionais, 13º salário, FGTS, etc.), pagamento de benefícios, entrevista de desligamento, custos do outplacement, cargo vago até a substituição. 5 CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Obs.: � A entrevista de desligamento constitui um dos meios de controlar e medir os resultados da política de Recurso Humanos desenvolvida pela organiza- ção. Costuma ser o principal meio de diagnosticar e determinar as causas da rotatividade de pessoal. Vejamos um exemplo de cálculo: Obs.: � A empresa Gama registrou, durante o ano de 2006, a saída de 65 emprega- dos. Em 1º de janeiro de 2006 havia 350 empregados e, em 31 de dezem- bro de 2006, 650 empregados. � Qual o índice de rotatividade da empresa Gama? � Utilizando-se da forma, dividimos o número de colaboradores desligados, que é de 65, pela média anual do efetivo da organização (650 + 350 / 2), que é de 500. Logo: 65/500 = 0,13 (13%). É importante observar, ainda, que um índice de rotatividade de pessoal equi- valente a zero denota um estado de total rigidez da organização. Já um índice de rotatividade de pessoal elevado reflete um estado entropia da organização, que não conseguiria fixar e assimilar adequadamente seus recursos humanos. Questão 6 (INÉDITA) O cálculo do Índice de Rotatividade pode ser realizado me- diante a seguinte fórmula: Índice de Rotatividade = número médio de funcionários no período dividido pelo total de funcionários desligados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Errado. A fórmula é: Índice de Rotatividade = número de funcionários desligados no perío- do, dividido pela média de funcionários do período. Satisfação com o trabalho: a satisfação com o trabalho pode ser definida como a diferença entre as recompensas recebidas de fato pelo funcionário e aquilo que ele acredita merecer. Diferente das quatro variáveis, a satisfação com o traba- lho é mais uma atitude do que um comportamento. Embora haja bastante evidência de que os colaboradores satisfeitos são mais produtivos que os insatisfeitos, parece haver, nos dias atuais, uma preocupação não apenas com a quantidade (entenda- -se alta produtividade e bens materiais), mas também com a qualidade de vida. Cidadania organizacional: no atual mundo organizacional dinâmico, no qual as tarefas são cada vez mais realizadas em equipe e a flexibilidade é crítica, as or- ganizações precisam de colaboradores que adotem um comportamento de bom cidadão, ou seja, que faça declarações positivas sobre o trabalho de seu grupo e da empresa, ajude os colegas em suas equipes, ofereça-se voluntariamente para tarefas extraordinárias, evite conflitos desnecessários, mostre cuidado com o patri- mônio da empresa, respeite as leis e regulamentos, e seja tolerante com ocasionais aborrecimentos e imposições relacionadas com o trabalho. Questão 7 (INÉDITA) No que diz respeito ao estudo do comportamento organiza- cional, os estudiosos do assunto, tradicionalmente, enfatizam como variáveis de- pendentes, produtividade, absenteísmo, rotatividade e satisfação com o trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Certo. Como vimos, Stephen P. Robbins destaca que as variáveis dependentes são os fa- tores-chave que você pretende explicar ou prever e que são afetados por outros fatores. As mais comuns são: a produtividade, o absenteísmo, a rotatividade e a satisfação no trabalho. Mais recentemente, uma quinta variável - a cidadania orga- nizacional - foi incluída nessa lista. Já o autor Idalberto Chiavenato6 cita, além da rotatividade e do absenteísmo, a mudança nos requisitos da força de trabalho como fator interveniente dessa relação. A mudança nos requisitos da força de trabalho refere-se ao contínuo processo de mudança que afeta profundamente as pessoas que trabalham nas organizações. Fatores condicionantes, como o mundo em acelerada mudança, o impacto do desenvolvimento tecnológico, as novas formas de organização e configuração empresarial, novos pro- dutos e serviços e novos processos de trabalho estão modificando profundamente os requisitos da força de trabalho. Com essa forte mudança, muitos segmentos da força de trabalho estão se tornando deficientes nas novas habilidades e competências necessárias para desempenhar as atividades requeridas. Como variáveis independentes, temos: Variáveis no nível do indivíduo: quando as pessoas começam a trabalhar em uma organização, já são possuidoras de determinadas características que vão influenciar seus comportamentos no trabalho. Variáveis no nível do grupo: o comportamento de um grupo não pode ser entendido apenas como a somatória das ações dos indivíduos que o compõe. O comportamento das pessoas em um grupo é diverso daquele apresentado quando elas estão sozinhas. Geralmente, as pessoas em grupos são influenciadas pelos padrões de comportamento que são esperados, o que o grupo considera padrões aceitáveis de comportamento e o grau em que os membros de um grupo são atraídos uns pelos outros. Variáveis no nível do sistema organizacional: assim como os grupos representam algo mais do que a simples soma de seus membros individuais, a organização também deve ser considerada mais do que a soma dos grupos quea compõem. O desenho da organização formal, os processos do trabalho e as funções, as políticas e práticas de 6 CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá recursos humanos da organização (ou seja, processo de seleção, programas de treina- mento, métodos de avaliação de desempenho) e a cultura interna, tudo isso tem impac- to sobre as variáveis dependentes. 2. Gerenciamento da Diversidade nas Organizações A crescente diversidade da força de trabalho, a globalização e as aspirações da sociedade por cidadania e participação democrática contribuíram para as transfor- mações da gestão de pessoas nas organizações. A ideia de diversidade, conceito que vem se difundindo no mundo e, consequen- temente, nas organizações, se refere à variedade de atributos de indivíduos ou grupos. O tema da diversidade é uma questão de ação no sentindo de se tentar, insti- tucionalmente, reverter as desigualdades entre as pessoas. Para que isso ocorra de forma eficiente dentro das organizações, os gestores procuram diversificar a “demografia organizacional”, ou seja, o estudo que investiga a representação desproporcional de alguns grupos sobre outros que podem influenciar os processos organizacionais. Essa diversidade estende-se a critérios de raça, gênero, religião, idade, história pessoal, história corporativa, formação educacional, função, personalidade, estilo de vida, preferência sexual, origem geográfica, tempo de serviço na organização, dentre outros. Questão 8 (INÉDITA) O gerenciamento das diferenças entre pessoas, em uma determinada cultura, como limitações físicas, cor da pele, preferências pessoais, hábitos e modo de vestir, está submetido à diversidade da força de trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Certo. De acordo com Oliveira (2010), as empresas reproduzem a diversidade social que se encontra na sociedade inclusiva: brancos, negros, índios e suas subcategorias étnicas; brasileiros e estrangeiros de diferentes nacionalidades; filhos de famílias ricas e pobres; pessoas criadas na cidade e na zona rural; colaboradores com alta e com baixa escolaridade; homens e mulheres; religiosos adeptos de várias crenças e não crentes; jovens e velhos; profissionais em início de carreira e pré-aposenta- dos; gestores e executores etc. 3. A Área de Gestão de Pessoas 3.1. Termos Equivalentes e Distintivos Comumente, as bancas examinadoras não fazem distinção entre os termos “Re- cursos Humanos” e “Pessoas”. Aliás, o que se vê nas organizações, atualmente, ainda é a preferência pelo termo “Gestão de Recursos Humanos”, não obstante a literatura preferir “Gestão de Pessoas”. Portanto, sempre que estivermos nos referindo a um termo, considere a abran- gência do tema a ambos os termos: “Pessoas” e “Recursos Humanos”. De acordo com Chiavenato (2010)7, o termo “Recursos Humanos” ou “Gestão de Pessoas” pode assumir três significados diferentes: • RH como função ou departamento: é a unidade operacional que funciona como órgão de staff, isto é, como elemento prestador de serviços nas áre- as de recrutamento, comunicação, higiene e segurança do trabalho, benefí- cios etc. 7 CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá • RH como um conjunto de práticas de recursos humanos: refere-se ao modo como a organização opera suas atividades de recrutamento, seleção, treinamento, remuneração, benefícios, comunicação, higiene e segurança do trabalho. • RH como profissão: refere-se aos profissionais que trabalham em tempo integral em papéis diretamente relacionados com recursos humanos, a sa- ber: selecionadores, treinadores, administradores de salários e benefícios, engenheiros de segurança, médicos do trabalho etc. No entanto, existem questões que cobram as diferenças entre esses termos antecedidos pelo substantivo “departamento”. Em suma, quando for mencionado “Departamento de Recursos Humanos”, pense logo em algo mais aproximado das pessoas; quando for mencionado “Departamento de Pessoal”, pense em algo mais burocrático, mais papelório! Na visão de Chiavenato (2000)8, o Departamento de Recursos Humanos (DRH) tem a função de cuidar das pessoas como sendo o maior bem da empresa, e não apenas uma fonte de recursos. O DRH atua no recrutamento e seleção de pessoal e no treinamento e capacitação dos colaboradores para desempenharem suas funções atuais e futuras. A responsabilidade desse departamento é de profis- sionais da área de Administração e Psicologia. Por sua vez, o Departamento Pessoal (DP) é o responsável por cuidar de toda a parte burocrática, como admissões e demissões de funcionários, cálculos e fechamento de folha de pagamento, cálculo de rescisão de contrato, concessão de férias, afastamentos, 13º salário, dentre outros. 8 CHIAVENATO, I. Iniciação à administração de pessoal. São Paulo: Makron Books, 2000. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Questão 9 (INÉDITA) Não são inerentes ou de responsabilidade da administração de pessoal recrutamento, faturamento e seleção de pessoal. Errado. Se tomarmos “administração de pessoal” como sinônimo para “departamento pes- soal”, então apenas faturamento será de responsabilidade desse setor. De outra for- ma, se tomarmos “administração de pessoal” como sinônimo para “departamento de recursos humanos”, então apenas recrutamento e seleção serão de sua alçada. 3.2. Conceito e Aspectos Principais da Gestão de Pessoas Para iniciarmos, vamos destacar alguns conceitos trazidos pela doutrina, cons- tantemente objetos de cobranças em provas. • A administração de Recursos Humanos é o ramo especializado da Ciência da Administração que envolve todas as ações que têm como objetivo a integra- ção do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produ- tividade. É, pois, a área que trata de recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento, manutenção, controle e avaliação de pessoal (GIL, 2001)9. • Gestão de pessoas significa orientação e direcionamento desse agregado de interações humanas. Tudo que de alguma forma interfere nas relações orga- nizacionais pode ser considerado como um componente do modelo de gestãode pessoas. A importância da gestão de pessoas como uma função organi- 9 GIL, A. C. Gestão de pessoas: enfoque nos papeis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá zacional justifica-se pelo fato de proporcionar a conciliação das expectativas entre a organização e as pessoas e, posteriormente, a concretização dessas expectativas (FISCHER, 2002)10. • Gestão de pessoas é a maneira de uma organização se estruturar para geren- ciar e orientar o comportamento humano no ambiente de trabalho (DUTRA, 2009)11. • A Gestão de Pessoas é uma relação de duradoura simbiose entre pessoas e organizações. É uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da es- trutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo de gestão utilizado e de uma infinidade de outras variáveis importantes (CHIAVENATO, 2010)12. Questão 10 (INÉDITA) A administração de recursos humanos pode ser entendida como a administração de pessoal embasada em uma abordagem sistêmica. 10 FISCHER, A. L. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas. In: FLEURY, M. T. L. (org.). As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002. 11 DUTRA, J. S. Gestão de Pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2009. 12 CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Certo. Segundo relata Gil (1994), na década de 90, a maioria das empresas brasileiras de grande e médio porte mantinham departamento de RH, porém a adoção dessa de- signação parecia estar relacionada aos interesses em apresentar uma característica de modernidade. O aparecimento da Administração de Recursos Humanos deve-se à introdução do conceito originário da Teoria Geral de Sistema à gestão de pessoas. Em suma, a GP refere-se às políticas e práticas (ações) necessárias para ad- ministrar o trabalho das pessoas. A relação é sempre evidenciada pelo equilíbrio entre organização e pessoas, promovendo um ambiente social (interno e externo) agradável onde essas relações acontecem. Pois bem! Todos os processos de gestão de pessoas devem se basear em dois pilares fundamentais, a saber: • as políticas, que são os princípios e as diretrizes básicas que balizam deci- sões e comportamentos, e; • as práticas, que são os diversos tipos de procedimentos, métodos e técnicas usados para a implementação de decisões e nortear as ações no âmbito da empresa e em sua relação com o ambiente externo. Segundo Chiavenato (1999)13, as políticas de recursos humanos funcionam como orientação administrativa para impedir que empregados desempenhem fun- ções indesejáveis ou ponham em risco o sucesso das funções desejáveis. O mesmo autor (CHIAVENATO, 2006)14 sugere que as políticas de recursos hu- manos contemplem: 13 CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. São Paulo: Campus, 1999. 14 CHIAVENATO, I. Administração de Recursos Humanos: fundamentos básicos. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2006. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá • Estabilidade: grau suficiente de permanência para evitar alterações conside- ráveis nas empresas; • Consistência: ou seja, congruência em sua aplicação, não importando os ní- veis ou áreas afetadas; • Flexibilidade: possibilidade de suportar correções, ajustamentos e exceções, de acordo com as necessidades; • Generalidade: ou seja, uma política compreensível a toda organização; • Clareza e simplicidade: de definição e de entendimento. Obs.: � Suponhamos que determinado órgão público esteja reestruturando a sua área de gestão de pessoas ao estabelecer o seu planejamento estratégico para os próximos 5 anos. No item que trata da política de desempenho no cargo, ao invés de manter o atual plano amarrado em uma estrutura rígida, opta pela regulamentação e adoção do teletrabalho. � Percebe-se, então, que o teletrabalho vem a ser uma prática da política de desempenho no cargo. O direcionamento dessas ações deve visar resultados nos níveis individual (desempenho, satisfação no trabalho e aprendizado), organizacional (eficiência, coesão e adaptação) e social (desenvolvimento do capital humano e aumento dos níveis de produtividade da mão de obra e da qualidade de vida das pessoas). Nesse contexto, a literatura é vasta, apresentando diversos aspectos que carac- terizam a moderna área de Gestão de Pessoas nas organizações. Como são temas que “despencam” nas provas, é de suma importância conhecermos. A ideia não é decorá-los, mas reconhecermos esses aspectos presentes nas alternativas (ques- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá tões de múltipla escolha) ou na afirmativa a ser julgada (questões do tipo “certo ou errado”). Questão 11 (INÉDITA) A gestão de pessoas na atualidade está embasada na evi- dência de que o desempenho das pessoas e das organizações melhora em conse- quência das relações complementares entre os processos, as práticas e as políticas de gestão de pessoas. Certo. O processo de Gestão de Pessoas requer compreender as funções clássicas dessa área, que englobam todas as atividades desenvolvidas pela administração de re- cursos humanos nas organizações. E, é claro, essas funções envolvem processos, subprocessos, práticas e políticas. O autor Chiavenato (2010)15 considera como aspectos fundamentais da moder- na Gestão de Pessoas: As pessoas como seres humanos, dotados de personalidade própria e profundamen- te diferentes entre si, com uma história pessoal particular e diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades e competências indispensáveis à adequada gestão dos demais recursos organizacionais. Pessoas como pessoas e não como meros recursos da organização. As pessoas como ativadores de recursos organizacionais, como elementos impul- sionadores da organização e capazes de dotá-la do talento indispensável à sua constan- te renovação e competitividade em um mundo cheio de mudanças e desafios. As pes- soas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organização e não comoagentes passivos, inertes e estáticos. 15 CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá As pessoas como parceiros da organização, capazes de conduzir a organização à excelência e ao sucesso. Como parceiros, as pessoas fazem investimentos na organi- zação - como esforço, dedicação, responsabilidade, comprometimento, riscos etc. - na expectativa de colherem retornos desses investimentos - por meio de salários, incenti- vos financeiros, crescimento profissional, satisfação, carreira etc. Todo investimento so- mente se justifica quando traz um retorno razoável. Na medida em que o retorno é bom e sustentável, a tendência certamente será a manutenção ou aumento do investimento. Daí o caráter de reciprocidade na interação entre pessoas e organizações. E também o caráter de ação e autonomia e não mais de passividade e inércia das pessoas. Pessoas como parceiros ativos da organização e não como meros sujeitos passivos dela. As pessoas como talentos fornecedores de competências, ou seja, as pessoas como elementos vivos e portadores de competências essenciais ao sucesso organiza- cional. Qualquer organização pode comprar máquinas ou equipamentos, adquirir tec- nologias para se equiparar aos concorrentes. Isso é relativamente fácil, mas construir competências similares aos concorrentes é extremamente difícil, leva tempo, maturação e aprendizado. As pessoas como o capital humano da organização, ou seja, as pessoas como o principal ativo organizacional que agrega inteligência ao negócio da organização. Questão 12 Do ponto de vista de gestão de pessoas, os empregados vinculados à organização compõem o patrimônio físico da organização. Errado. Do ponto de vista de gestão de pessoas, os empregados vinculados à organização compõem o patrimônio intangível (intelectual) da organização. Questão 13 (INÉDITA) A nova abordagem acerca de gestão de pessoas superou o conceito de pessoas como simples recursos organizacionais, de modo que os co- laboradores passaram a ser concebidos como seres dotados de inteligência, perso- nalidade, competências, aspirações e percepções singulares. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Certo. A nova gestão de pessoas considera as pessoas como seres humanos, dotadas de personalidade própria e profundamente diferentes entre si, com uma história pes- soal particular e diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades e com- petências indispensáveis à adequada gestão dos demais recursos organizacionais. Dutra (2009)16 explica que a construção de um modelo de gestão de pessoas deve considerar: Papel das pessoas: as pessoas estão tomando para si a responsabilidade de gestão de carreira e cobrando da empresa condições objetivas de desenvolvimento profissional. Papel das empresas: as empresas devem criar o espaço, estimular o desenvolvimento e oferecer suporte e condições para a mútua satisfação das expectativas e necessida- des. Para que isso ocorra, é preciso estar em constante interação com as pessoas, para conseguir impulsionar, por meio delas, sua competitividade, mediante mútuo compro- metimento. Processos de gestão de pessoas: a gestão de pessoas deve considerar os processos de movimentação, desenvolvimento e valorização delas: Movimentação: inclui capacitação, internalização, transferências, promoções, expatria- ção, recolocação; Desenvolvimento: capacitação, carreira e desempenho; Valorização: remuneração, premiação, serviços e facilidades. Bases estruturais: conjunto de compromissos mútuos estabelecidos entre empresa e as pessoas, traduzidos pelas políticas e práticas existentes na organização e que orien- tam o comportamento. Processos de apoio: constituem interações não ligadas exclusivamente à gestão de pessoas, mas fundamentais para que ela possa ser efetiva, ou que tendem a influenci- á-la. São eles: informações, comunicação, relações sindicais, relações com a comuni- dade. Processos de informação: fluxo de informações, estruturado ou não, que flui da empresa para a pessoa e vice-versa; Processos de comunicação: englobam os canais e veículos de comunicação entre em- presa e pessoas, entre pessoas e empresas, entre pessoas da empresa, e entre pesso- as, empresa e comunidade; Relações sindicais: tratam da relação entre empresa, pessoas e sindicatos representa- tivos dos trabalhadores; 16 DUTRA, J. S. Gestão de Pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2009. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Relações com a comunidade: conjunto de políticas e práticas que balizam as relações entre empresa, pessoas e comunidade. O mesmo autor ainda propõe a ideia-força no processo de gestão de pessoas como valores subjacentes ao conceito de gestão de pessoas, segundo as seguintes três pre- missas: Desenvolvimento mútuo: a gestão de pessoas deve estimular e criar as condições necessárias para que empresa e pessoas possam desenvolver-se mutuamente nas re- lações que estabelecem. Satisfação mútua: a gestão de pessoas deve alinhar, a um só tempo, os objetivos es- tratégicos e negociais da organização, o projeto profissional e de vida das pessoas. Cabe enfatizar que estão incluídas nesta premissa todas as pessoas que tenham relação de trabalho com a organização, independente de seu vínculo empregatício. Somente desse modo a gestão de pessoas fará sentindo para a organização e para as pessoas. Consciência no tempo: a gestão de pessoas deve, ainda, oferecer parâmetros está- veis no tempo que, dentro de uma realidade cada vez mais turbulenta, seja possível à empresa e às pessoas ter referenciais para se posicionarem de forma relativa em dife- rentes contextos e momentos dessa realidade. Questão 14 (INÉDITA) A ideia de que a gestão de pessoas deve alinhar a um só tempo os objetivos estratégicos e negociais da organização e o projeto profissional e de vida das pessoas denomina-se desenvolvimento mútuo. Errado. A gestão de pessoas alinhando, a um só tempo, os objetivos estratégicos e nego- ciais da organização refere-se à satisfação mútua, e não desenvolvimento mútuo. 4. Modelos Básicos de Gestão de Pessoas Um estudo desenvolvido nos anos 90 por pesquisadores do Centre d’Etudes et de Formation Approfondie em Gestion (CEFAG), França, evidenciou dois modelos básicos de gestão de pessoas: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administraçãode Recursos Humanos Prof. Adriel Sá • o modelo instrumental ou funcionalista, que propõe a redução da auto- nomia dos atores organizacionais, limitando o seu desenvolvimento cognitivo e a politização; e • o modelo político, que propõe o desenvolvimento político e cognitivo dos atores sociais na organização e incorporando as dimensões do conflito e do debate. Mais tarde, adicionou-se um terceiro modelo: o modelo estratégico, que pro- põe o equilíbrio entre pessoas e organizações, alinhando práticas e funções da área de GP aos objetivos estratégicos da organização. A seguir, as características mais evidentes em cada modelo (MOTTA e VASCON- CELOS, 200617; DAVEL e VERGARA, 200118): O modelo instrumental ou funcionalista concebe a gestão de pessoas como uma questão técnica, sustentada na racionalidade de meios e fins. O foco aqui é direcionar o ajuste do desempenho individual e grupal às expectativas da organização. Entende que todo conflito é negativo e deve ser evitado. Por isso, as decisões são tomadas nos níveis mais elevados da organização. O papel da gestão de pessoas é de definir políticas, objetivos e ações necessárias para responder de forma mais adequada às exigências do ambiente (mercado). Nesse modelo, as mudanças são vistas como fruto das decisões estruturadas do departamento de recursos humanos. O modelo político, por sua vez, tem como principal diferença em relação ao modelo instrumental a noção de conflito. Os conflitos, aqui, são fundamentais nos processos de gestão de pessoas. As pessoas são vistas como atores que buscam a concretização de seus interesses. A organização, portanto, é vista como uma arena onde a construção de consenso ocorre por meio da ação política de vários grupos. O papel da gestão de pes- soas está relacionado às políticas e práticas consideradas negociáveis e contingenciais. O modelo estratégico busca o equilíbrio entre pessoas e organizações, consi- derando: 17 DAVEL, E.; VERGARA, S. C. Gestão com pessoas e subjetividade. São Paulo: Atlas, 2001. 18 MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. de. Teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 2006. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá − a integração das políticas de pessoas com o planejamento estratégico da organização; − o lócus de responsabilidade, que não é mais situado no âmbito dos geren- tes de pessoas, mas, sim, nos gerentes de linha; − o foco de atuação muda das relações “RH sindicatos” para “RH emprega- dos” e, nesses termos, muda de um âmbito coletivista para outro indivi- dualista; e − o comportamento e o exercício da iniciativa são exaltados em um contexto no qual chefe e supervisores desempenham o papel de facilitadores e de coaches. Questão 15 (INÉDITA) As características do ambiente e do contexto de cada or- ganização resultam em interações particulares entre as dimensões instrumental, política e estratégica de recursos humanos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Certo. A afirmativa destaca o modelo de gestão de pessoas apresentado por Motta e Vas- concelos (2006), mais precisamente a classificação de modelo instrumental, mode- lo político e modelo estratégico. 5. Evolução e Tendências da Área de Gestão de Pessoas no Cenário Mundial Inicialmente, queremos destacar duas visões doutrinárias que podem nortear o entendimento do conceito de “Recursos Humanos” ou “Gestão de Pessoas”: a con- cepção funcionalista e a visão hegemônica normativa. Apesar desses nomes quase que “poéticos”, a tradução é simples: na concepção funcionalista o homem é apenas um recurso administrativo; na concepção hege- mônica normativa, o homem é um ser humano considerado pela organização. Na abordagem funcionalista, temos rígidas atribuições, papéis e perfis ideais definidos. Nessa visão, não há atores, há papéis: o homem é reduzido a um dos recursos necessários para o sistema funcionar. Já na abordagem hegemônica normativa, o homem disputaria seus próprios projetos, sentidos, desejos. Aqui, o homem seria aquele trabalhador ideal, um ator que pensa, formula e joga nos espaços que os dirigentes definem, sempre dentro de uma moldura definida pelos objetivos organizacionais. Pois bem! Anteriormente, falamos da relativa indiferença entre os termos “Re- cursos Humanos” e “Pessoas” e das diferenças entre “Departamento Pessoal” e “Departamento de Recursos Humanos” (aspecto espacial). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá No entanto, é preciso termos atenção também ao fator tempo. Isso significa di- zer que, muitas das vezes, os questionamentos de provas estão situados num con- texto temporal de aplicação desses dois termos. Assim, costumeiramente, temos a aplicação distinta entre os termos “Administração de Recursos Humanos” e “Gestão de Pessoas”. Obs.: � Muita atenção! É preciso que o candidato, na hora da prova, tenha o “fee- ling” em relação a isso, analisando o enunciado e procurando saber se essa distinção temporal está sendo evidenciada ou não, ok? Em suma, podemos afirmar que enquanto a Administração de Recursos Hu- manos visualiza as pessoas como recursos da Administração, a Gestão de Pes- soas tem os indivíduos como colaboradores da gestão organizacional. No entanto, as bancas não são tão simplistas assim, exigindo, em provas, conhecimentos dou- trinários sobre o tema. Portanto, passemos à análise das distinções temporais entre a tradicional “Ad- ministração de Recursos Humanos” (de antes) e a moderna “Gestão de Pessoas” (de hoje). Chiavenato (1999; 2000; 2008; 2010) faz diversas comparações entre as áreas de RH de antes e a área de GP contemporânea. Para facilitar, concentramos todas essas informações num quadro resumo. Vejamos: RH TRADICIONAL (de antes) GP CONTEMPORÂNEA (de hoje) Operacional e burocrático Estratégica Policiamento e controle Parceria e compromisso O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Curto prazo e imediatismo Longo prazo Administrativo Consultiva Foco na função Foco no negócio Foco interno e introvertido Foco externo e no cliente Reativo e solucionador de problemas Proativa e preventiva Foco na atividade e nos meios Foco nos resultados e nos fins Padronização e rotinização Estímulo ao envolvimento e ao desenvolvi- mento Concentração na função de RH Apoio no core business da área Especialização das funções Gerenciamento de pessoas Vários níveis hierárquicosEnxugamento e downsizing Introversão e isolamento Benchmarking e extroversão Rotina operacional e burocrática Consultoria e visão estratégica Preservação da cultura organizacional Inovação e mudança cultural Ênfase nos meios e procedimentos Ênfase nos objetivos e resultados Busca da eficiência interna Busca da eficácia organizacional Visão voltada para o presente e passado Visão voltada para o futuro e destino Administrar recursos humanos Assessorar na gestão com pessoas Fazer tudo sozinha Ajudar os gerentes e equipes Ênfase nos controles operacionais Ênfase na liberdade e participação Estabilidade e previsibilidade Melhoria contínua e descontinuidade da mudança Porte e escala de produção Velocidade e responsividade Comando e controle de cima para baixo Empowerment e liderança de todos Rigidez organizacional Organizações virtuais e flexibilidade perma- nente Controle por meio de regras e hierarquia Controle por meio da visão e dos valores Informações em segredo Informações compartilhadas Racionalidade e análise quantitativa Criatividade e intuição Necessidade de certeza Tolerância à ambiguidade Reativo e avesso ao risco Proativa e empreendedora Orientado para o processo Orientada para resultados Autonomia e independência corporativa Independência e alianças estratégicas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Integração vertical Integração virtual Foco na organização inteira Foco no ambiente competitivo Busca de consenso Contenção construtiva Orientação para o mercado nacional Foco internacional Vantagem competitiva sustentável Vantagem colaborativa e reinvenção da vanta- gem Competição por mercados atuais Hiperconcorrência por mercados futuros Questão 16 (INÉDITA) Uma atitude quanto ao tratamento do ser humano organi- zacional que é tipicamente do século XX é colocar como prerrogativa a eficiência e produtividade. Certo. Na gestão moderna (século XXI), não há espaço para o foco em produtividade e eficiên- cia, já que nesse tempo as pessoas se elevaram em status de importância no contexto organizacional. As pessoas precisam ser geridas não só de maneira a proporcionar efi- ciência e produtividade, mas efetividade, considerando a evolução e a transformação, além do desenvolvimento de cada profissional. Logo, a prerrogativa de eficiência e produtividade são do século passado (século XX). Questão 17 (INÉDITA) Com relação às macrotendências da gestão de pessoas, é correto afirmar que a área de Recursos Humanos está sendo reestruturada, re- duzida e enxugada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Certo. Uma das macrotendências de GP é uma tendência nítida e rápida para o downsi- zing. Isto é, o gradativo e sistemático desmantelamento da área, sua redefinição e sua descentralização rumo às outras áreas da organização. Questão 18 (INÉDITA) A área de RH passará a estratégica, se delimitar seu campo de atuação aos processos e funções clássicas do RH. Errado. A área de RH passará à estratégica, se houver alinhamento ao planejamento estra- tégico da organização, e não delimitando seu campo de atuação aos processos e funções clássicas de RH. Aliás, é essa a característica da área de RH tradicio- nal da Era da Industrialização Clássica. É claro que essa visão é bem sintética e, para percebemos o assunto de forma mais detalhada, teremos que esmiuçar um pouco mais esse conteúdo. Novamente, vamos apresentar diversas exposições doutrinárias sobre esse pro- cesso evolutivo da área de GP. O autor Dutra (2009)19 apresenta a evolução da gestão de pessoas da seguinte forma: Fase operacional - até a década de 60. Nessa fase, a gestão de pessoas preocupa-se basicamente com a operacionalização de captação, treinamento, remuneração, infor- mações, etc. Passou a surgir o termo administração de pessoal, restringindo sua ação unicamente ao assistencialismo e a burocracia trabalhista, em que as guias de recolhi- mento tomavam o espaço da evolução e desenvolvimento das pessoas. O ser humano 19 DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2009. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá nesta época, embora reconhecido como necessário, era visto de forma fragmentada: uma pessoa submissa, de baixa iniciativa e criatividade. Fase gerencial - dos anos 60 até início dos anos 80. Período em que a gestão de pessoas passa a interferir nos diferentes processos da organização, entre eles como parceira nos processos de desenvolvimento organizacional. A administração de pessoal embarcou nos programas de qualidade, em geral voltados para a visão racional, e não holística. Mas, o mundo do trabalho foi invadido por uma série de mudanças devido aos grandes desafios provocados pela evolução da comunicação. A chegada da globalização e do desenvolvimento tecnológico provocou o rompimento de paradigmas ou modela- gens mentais antigas e o padrão de gestão não poderia continuar sendo o mesmo. Fase estratégica - a partir dos anos 80. Nessa fase, a gestão de pessoas começa a assumir papel estratégico na internalização de novos conceitos de pensar na geração de valores para as organizações. A estratégia da organização passa a ser determinada em função da forma como ela deseja atuar no ambiente e do seu patrimônio de conhe- cimento. As pessoas influenciam e programam a estratégia da organização, pois, em constante desenvolvimento, compõem o seu saber. A ação consciente das pessoas é um grande diferencial competitivo na implementação da estratégia organizacional. Questão 19 (INÉDITA) A fase compreendida entre os anos 60 até o início dos anos 80, em que a gestão de pessoas passa a interferir nos diferentes processos da organização, é denominada funcional. Errado. Trata-se da fase denominada gerencial, e não funcional! O autor Chiavenato (2010)20 faz uma relação da evolução da gestão de pessoas com as eras da Administração: a Era Industrial Clássica, a Era Industrial Neoclássi- ca e a Era da Informação. Era da Industrialização Clássica 20 CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas; o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá É o período logo após a Revolução Industrial e que se estendeu até meados de 1950, envolvendo a primeira metade do século XX. Sua maior característica foi a intensifica- ção do fenômeno da industrializaçãoem amplitude mundial e o surgimento dos países desenvolvidos ou industrializados. Nesse longo período de crises e de prosperidade, as empresas passaram a adotar a es- trutura organizacional burocrática, caracterizada pelo formato piramidal e centralizador, com ênfase na departamentalização funcional, na centralização das decisões no topo da hierarquia e no estabelecimento de regras e regulamentos internos para disciplinar e padronizar o comportamento das pessoas. A Teoria Clássica da Administração e o Modelo Burocrático surgiram como a medida exata para as organizações dessa época. O mundo se caracterizava por mudanças vaga- rosas, progressivas e previsíveis que aconteciam de forma gradativa, lenta e inexorável. O ambiente que envolvia as organizações era conservador e voltado para a manuten- ção do status quo. O ambiente não oferecia desafios devido ao relativo grau de certeza quanto às mudanças externas, o que permitia que as organizações se introvertessem e se preocupassem com os seus problemas internos de produção. Na Industrialização Clássica surgem os antigos departamentos de pessoal e, poste- riormente, os departamentos de relações industriais. Os departamentos de pessoal eram órgãos destinados a fazer cumprir as exigên- cias legais a respeito do emprego: admissão através de contrato individual, anotação em carteira de trabalho, contagem das horas trabalhadas para efeito de pagamento, aplicação de advertências e medidas disciplinares pelo não-cumprimento do contrato, contagem de férias etc. Mais adiante, os departamentos de relações industriais assumem o mesmo papel, acrescentando outras tarefas como o relacionamento da organização com os sindica- tos e a coordenação interna com os demais departamentos para enfrentar problemas sindicais de conteúdo reivindicatório. Os departamentos de relações industriais se res- tringem a atividades operacionais e burocráticas, recebendo instruções da cúpula sobre como proceder. As pessoas são consideradas apêndice das máquinas e meras fornece- doras de esforço físico e muscular, predominando o conceito de mão de obra. Era da industrialização Neoclássica É o período que se estende entre as décadas de 1950 a 1990. Teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial, quando o mundo começou a mudar de forma mais rápida e intensamente. A velocidade da mudança aumentou progressivamente. As transações comerciais passaram da amplitude local para regional, e de regional para internacional, tornando-se cada vez mais intensas e menos previsíveis, acentuando a competição en- tre as empresas. A Teoria Clássica foi substituída pela Teoria Neoclássica da Administração e o Modelo Burocrático foi redimensionado pela Teoria Estruturalista. A Teoria das Relações Huma- nas foi substituída pela Teoria Comportamental. Ao longo do período, surge a Teoria de Sistemas e no seu final, a Teoria da Contingência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Na Industrialização Neoclássica surgem os departamentos de recursos humanos que substituem os antigos departamentos relações industriais. Além das tarefas opera- cionais e burocráticas, os chamados DRH desenvolvem funções operacionais e táticas, como órgãos prestadores de serviços especializados. Cuidam do recrutamento, seleção, treinamento, avaliação, remuneração, higiene e segurança do trabalho e de relações trabalhistas e sindicais, com variadas doses de centralização e monopólio dessas ativi- dades. Era da informação É o período que começou no início da década de 1990 e se estende até a época em que estamos vivendo atualmente. A principal característica dessa nova era são as mudan- ças, que se tornaram rápidas, imprevistas, turbulentas e inesperadas. A tecnologia da informação, integrando a televisão, o telefone e o computador, trouxe desdobramentos imprevisíveis e transformou o mundo em uma verdadeira aldeia global. Um impacto comparável ao da Revolução Industrial em sua época. A informação passou a cruzar o planeta em milésimos de segundos. A tecnologia da informação forneceu as condições básicas para o surgimento da globalização da econo- mia: a economia internacional transformou-se em economia mundial e global. A com- petitividade tornou-se intensa e complexa entre as organizações. O volátil mercado de capitais passou a migrar de um continente para outro em segundos à procura de novas oportunidades de investimentos, ainda que transitórias. Na Era da Informação, surgem as equipes de gestão de pessoas, que substituem os departamentos de recursos humanos. As práticas de RH são delegadas aos gerentes de linha em toda a organização, os quais passam a ser os gestores de pessoas, enquanto as tarefas operacionais e burocráticas não essenciais são transferidas para terceiros, por meio da terceirização (outsourcing). As equipes de RH livram-se de atividades opera- cionais para proporcionar consultoria interna, para que a área possa assumir atividades estratégicas de orientação global, visando ao futuro e ao destino da organização e seus membros. Questão 20 As atividades sendo delegadas aos gerentes de linha em toda a orga- nização e as pessoas sendo percebidas como parceiras da organização são caracte- rísticas da era da informação. Certo. A era da informação é essencialmente delegativa e descentralizadora. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Questão 21 (INÉDITA) Os períodos históricos da gestão de pessoas incluem a Era Industrial Clássica, a Era Industrial Neoclássica e a Era Digital. Errado. Nada de Era Digital. O correto é Era da Informação! Como resumo, podemos apresentar o seguinte quadro dessas três eras organi- zacionais: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Fischer (2002)21 apresenta uma outra classificação para a evolução da GP, clas- sificando-a em quatro categorias principais, cada uma delas correspondendo a um período histórico distinto. Modelo de gestão de pessoas como departamento pessoal ou administração de pessoal: originou-se nos Estados Unidos, por volta dos anos 1890, com o surgimen- to dos departamentos pessoais nas empresas do país. O objetivo dessa nova área nas empresas era o de estabelecer um método pelo qual os gerentes de pessoal pudessem discernir melhor, entre a extensa e diversificada massa de candidatos a emprego, quais indivíduos poderiam tornar-se empregados eficientes ao menor custo possível. 21 FISCHER, A. L. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas. In: FLEURY, M. T. L. (org.). As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.brhttps://www.grancursosonline.com.br 38 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Modelo de gestão de pessoas como gestão do comportamento humano: a partir dos anos 20, apesar de as práticas tayloristas continuarem a ser utilizadas e inseridas nos processos organizacionais, a teoria avançava em outra direção. O advento das esco- las com influências da psicologia humanista trouxe novos ares para a gestão de recursos humanos. A gestão de recursos humanos deixou de se concentrar exclusivamente na tarefa, nos custos e no resultado produtivo imediato para atuar sobre o comportamento das pessoas, por meio das linhas de pensamento behaviorista e humanista. Modelo estratégico de gestão de pessoas: nas décadas de 70 e 80, o caráter estratégico faz surgir um novo critério a ser ponderado no planejamento da gestão de recursos humanos. Começou-se a perceber a necessidade de vincular a gestão de re- cursos humanos às estratégias da organização. Modelo de gestão de pessoas articulado por competências: o quarto modelo de gestão de pessoas decorreu do cenário de intensificação da competitividade global en- tre empresas, com a entrada pujante do Japão no rol concorrencial dos Estados Unidos. Nesse contexto, a empresa competitiva seria aquela que, além da reengenharia e da simples reestruturação operacional, teria condições de criar um novo espaço competiti- vo em vez de esforçar-se por se posicionar melhor no espaço competitivo atual. Questão 22 (INÉDITA) A motivação e a liderança constituem aspectos cruciais na fase do modelo Gestão do Comportamento Humano. Certo. No modelo de gestão de pessoas como gestão do comportamento humano, a ges- tão de recursos humanos passou a atuar sobre o comportamento das pessoas, por meio das linhas de pensamento behaviorista e humanista. Incluem-se, aí, aspectos da motivação e da liderança. Questão 23 (INÉDITA) Os processos de pagamento, bem como atendimento aos aspectos formais da relação contratual, representam a Administração Estratégica de RH - AERH. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Errado. Como se percebe, a afirmativa diz respeito ao modelo de gestão de pessoas como departamento pessoal, e não como gestão estratégica. 6. Evolução da Área de Gestão de Pessoas no Contexto Nacional Assim como no cenário mundial, a área de gestão de pessoas possui a sua evo- lução nas organizações brasileiras, ora em tempos concomitantes, ora em tempos mais avançados. Vejamos as principais referências bibliográficas para o tema. Segundo Chiavenato (2004)22, temos 5 (cinco) fases distintas na evolução na- cional da área de Gestão de Pessoas e suas épocas: Fase contábil - os custos em primeiro lugar: nessa fase, a preocupação era, princi- palmente, com os custos das organizações. Os trabalhadores eram vistos sob o enfoque contábil, ou seja, a organização comprava a mão de obra e, em contrapartida, as en- tradas e saídas dessa conta deveriam ser registradas contabilmente. Essa foi a fase pioneira da “gestão de pessoal”, que teve início no século XIX e permaneceu até o início da década de 1930. Fase legal - estrito cumprimento da legislação: Getúlio Vargas cria a CLT (Consoli- dação das leis Trabalhistas). Surgiram aí os direitos dos trabalhadores e a preocupação das organizações em seguir as leis. Foi criada, também, a função de Chefe de pessoal, profissional que deveria se preocupar em acompanhar e manter os trabalhadores den- tro das novas leis trabalhistas. Essa fase permaneceu da década de 1930 até a década de 1950. Fase tecnicista - burocracia como sinônimo de praticidade: o então presidente Juscelino Kubistchek implementa, em nosso país, a indústria automobilística. Sendo as- sim, os empresários tiveram que aceitar em seus organogramas o Gerente de Relações Industriais. Os trabalhadores ganharam mais força e houve, também, um avanço nas relações entre capital e trabalho. Nessa fase, a área de Gestão de Pessoas passou a co- mandar serviços como recrutamento e seleção, treinamento, cargos e salários, higiene e segurança, benefícios e outros. Teve seu auge entre as décadas de 1950 e 1965. 22 CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 2004. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá Fase administrativa - o sindicalismo como via de proteção: essa fase teve seu início em 1965 e seu término em 1985. Ocorre uma verdadeira revolução nas bases trabalhadoras, com a implementação do movimento sindical denominado de “novo sin- dicalismo”. Nessa fase, o então chamado de Gerente de Relações Industriais voltou a ser denominado Gerente de Pessoal. Seu cargo foi denominado de Gerente de Recursos Humanos, pois se mudou a ênfase dos procedimentos burocráticos e operacionais para uma ênfase mais humanística, voltada para os indivíduos e suas relações. Fase estratégica - planejamentos como diferenciais: essa fase teve seu início no meio da década de 1980, sendo marcada pela colocação dos primeiros programas de planejamento estratégico ligados ao planejamento estratégico central das organizações. Nesse período, o Gerente de Recursos Humanos foi reconhecido por diversas organiza- ções como diretoria, em nível estratégico, e não mais como um funcionário de terceiro escalão. Questão 24 (INÉDITA) Na fase tecnicista da gestão de pessoal a área de recursos humanos passou a preocupar-se com os custos da organização e a criar políticas de recursos humanos que beneficiassem a produção dando pouco valor às neces- sidades dos empregados. Errado. A afirmativa, na realidade, refere-se à fase contábil, que se restringia aos cálculos da retribuição a que os trabalhadores faziam jus em decorrência do trabalho pres- tado. Em um perfil bastante semelhante, o autor Marras (2011)23 apresenta a evolu- ção da área de gestão de pessoas no Brasil da seguinte forma: Primeira fase ou fase contábil (antes de 1930): compreende o período em que o poder do proletariado era fraco, mas havia muita agitação trabalhista para reivindicar 23 MARRAS, J. P. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WANDERLEY NOGUEIRA GONCALVES - 00035043105, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 252www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos Prof. Adriel Sá melhores condições de trabalho. O capital x trabalho não era disciplinado legalmente. Essa fase ficou conhecida como fase contábil porque a grande preocupação voltada para a área se dava em relação aos custos. Nessa fase estão presentes fatores econômi- cos. Segunda fase ou fase legal (de 1930 a 1950): vislumbra-se, aqui, a era Vargas. Nesse período houve a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e do Departamento Nacional de Trabalho, além da compilação, em 1943, das leis esparsas que regiam as relações trabalhistas, resultando
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