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Neuroanatomia MENINGES E BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA Os ventrículos laterais são as únicas cavidades que se dividem em duas. Uma para cada hemisfério cerebral, porém são conectadas na linha mediana, acima do hipotálamo. O encéfalo todo formado mostra os ventrículos laterais, eles têm uma relação com todos os lobos. Os ventrículos laterais, forame interventricular que conecta dos ventrículos, cavidade mediana (no diencéfalo),o aqueduto ( que liga o 3 ao 4 ventrículo) e o quarto ventrículo (estabelece ligações com a ponte e bulbo e não mesencéfalo). Plexo corióide Emaranhado de vasos sanguíneos que ocupam os ventrículos laterais, o terceiro ventrículo (teto) e quarto ventrículo. Ele produz o líquido cefalorraquidiano. O plexo coróide são células ependimais que forram os ventrículos. Quem produz o líquor é a invaginação da pia-máter vascular. A pia máter é uma camada de revestimento do tecido nervoso que é vascularizada. Tem um aspecto de tela corióide- plexo corióide, tem aparência esponjosa, está presente nos ventrículos e é revestida por epitélio cúbico ou colunar. O epitélio é inervado por fibras simpáticas ( as fibras pós ganglionares não estão dentro do crânio, assim essa fibra se enovela no vaso sanguíneo, o vaso entra no sistema nervoso, que se vai para o plexo e temos a inervação do plexo). Produz 150 ml constantemente esse líquido fica disperso no espaço subaracnóideo. Os ventrículos laterais são os maiores produtores do líquor. Onde tem líquido brilha. Lara Cristina R. de O. Costa 1 Neuroanatomia LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO Não é um simples ultrafiltrado do sangue mas é ativamente secretado pelo epitélio do plexo coróide. Ele se utiliza do plasma, tem suas características bioquímicas para a manutenção do tecido nervoso, mas esse tecido não depende do líquido, somente para a proteção. Quando temos alguma batida na cabeça a força é dispersa. As células epiteliais do plexo tem característica de células de transporte e secretoras, devido ao contato com vasos. A barreira hematoliquórica, que é diferente da barreira hematoencefálica, é impermeável (é formada pelos pés dos astrócitos). O sangue do LCS está situada no epitélio do plexo coróide Volume total do LCS são reposto a cada cinco seis horas, sendo drenado pelas granulações aracnóides (adultos)/ vilosidades (crianças). MENINGES As meninges são encontradas tanto na medula quanto no crânio. O aspecto é o mesmo só que muda a disposição anatômica. - Dura máter, também chamada de paquimeninge. Tem origem embriológica do mesoderma e não é a mesma do SNC. Ela é formada por fibras colágenas que vão modificando de acordo com a função do epitélio. São contínuas com a medular e com o epineuro. No começo a dura é mais espessa, acomodando vasos sanguíneos. Conforme vai descendo vai ganhando um epitélio não rígido, - Aracnóide, pode ser conhecida com o nome de leptomeninge. Tem origem embriológica do tubo neural e consiste em um emaranhado de trabéculas - Pia máter (leptomeninge) é a camada mais vascular. Aqui temos o espaço subaracnóideo. Espaços entre as meninges: - Epidural Entre dura-máter e periósteo -Subdural ( entre a dura-máter e aracnóide). Ele é chamado de espaço em potencial, só vai existir se tiver alguma lesão (hematoma subdural). É um líquido para evitar aderência - Subaracnóide Nesse espaço o Líquido corre e nele Lara Cristina R. de O. Costa 2 Neuroanatomia está presente os vasos sanguíneos. Esquema que mostra a vascularização do crânio com as meninges e os espaços. Seios de drenagem sanguíneas têm as aberturas das granulações aracnóides Espaço perivascular ou espaço de Virchow Robin Entre a pia-máter e o vaso sanguíneo O LCS flui para o espaço subaracnóideo. Circulação do líquor Ele é produzido pelo plexo coróide nos ventrículos ( 1 e 2, teto ,3 base). Ele segue o caminho escoando das regiões Lara Cristina R. de O. Costa 3 Neuroanatomia produtoras, por meio da onda de pressão. Do quarto ventrículo o liquor vai a chegar em aberturas que ficam entre o quarto ventrículo e o bulbo,. Essas aberturas são nos forames de Luschka e Magendie. É por esses forames que o licor atinge o espaço subaracnóideo. No espaço subaracnóide tem-se acúmulo desse líquido, chamadas de Cisternas: interpeduncular (entre os pedúnculos, quadrigeminal (posterior aos pedúnculos), pontina, cisterna magna e lombar. A cisterna magna e lombar vai ser onde mais vai se ter licor. A cisterna lombar passa a existir onde não tem mais medula. O saco dural arrasta o subaracnóide, mas a pia máter é prendida e não desce. A cisterna lombar permite que seja colhido líquido cefalorraquidiano. A cisterna magna também permite isso devido a falta de músculos. Vilosidades aracnóides São chamadas de granulações aracnóides. Quanto mais jovem, temos as vilosidades. As vilosidades vão ganhando aspecto de grânulos com a idade. JOVEM- VILOSIDADES MAIS VELHO- GRÂNULOS. Além de percorrer pelos ventrículos, o licor também corre pela medula e canal central ( que tem células ependimais, mas não apresenta plexo). Movimento do LCS Durante a sístole do ventrículo esquerdo ( as artérias se contraem e relaxam), as artérias principais situadas nas cisternas basais e em outros espaços subaracnóides se dilatam significativamente e exercem efeitos de pressão sobre o LCS, causando um fluxo rápido do LCS em torno do encéfalo e para fora da cavidade craniana no sentido da região superior da parte cervical do canal medular. A onda de pressão que causa essa vazão do LCS se dispersa pelo espaço do LCS espinal, que como um vaso de Lara Cristina R. de O. Costa 4 Neuroanatomia capacidade e é transmitida aos seios da dura- máter. Tem um fluxo lento. BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA É uma estrutura encontrada somente no tecido nervoso. No capilar do SNC não temos as fenestras que permitem passagem de substância, aí temos o transporte com gasto de energia. Ainda, em volta dos astrócitos temos os pés dos astrócitos impedindo que um passe para o perivascular. Essa estrutura ajuda na seleção do que vai passar, sendo bem criterioso. Alguns vírus conseguem destruir e, até mesmo, enganar a barreira hematoencefálica. Exemplo: os meningococos também atravessam essa barreira e a barreira tenta conter o vírus/ bactérias/ parasitas e pode gerar meningite. Os astrócitos têm receptores de membrana e transporte impede que algumas substâncias dos vasos sanguíneos passe para o tecido. Só deixa passar lipídeos e glicose. Lara Cristina R. de O. Costa 5