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Dr. Francisco Anamnese Queixa Principal História pregressa da moléstia atual Interrogatório sobre os diversos aparelhos Antecedentes pessoais e familiares Na história otorrinolaringológica dirigida, devemos indagar sobre todos os sintomas otorrinolaringológicos, mesmo os que não fizeram parte do aparelho objeto da queixa principal. Para uma anamnese ideal devemos nos ater a alguns pontos específicos de cada área: Orelha; Nariz e seios paranasais; Boca e faringe e Laringe ORELHA o Devemos pesquisar sobre: o Perdas auditivas o Zumbidos ou barulhos na orelha ou cabeça o Tonturas queixa mais frequente em toda clínica médica, pode pender para um lado, pro outro, pra frente, pra trás, a vertigem é uma tontura, mas vertigem pensa no labirinto da orelha o Vertigens ou sensações de instabilidade o Sensação de plenitude auricular o Otorreia o Dor PROVA! Me cite 4 queixas de pacientes com problema de orelha. 1. Quanto ás hipoacusias (perda da audição)) o Tempo de inalação o Se o inicio foi súbito ou progressivo o Se há flutuação da audição o Se associa o início a algo como trauma ou ruído intenso o E escuta o som, mas não entende comum na geriatria o Se tem passado de queixas otológicas o Se trabalha ou tem acesso a locais de alto ruído o História familiar ou pregressa de doenças da orelha ou sistêmica o Medicamentos que vem ingerindo ou ingeriu 2. Quanto a otorréia (liquido que sai da orelha) o Inicio o Duração o Se é intermitente ou constante o Se é purulenta o Serosa ou muco-sanguinolenta 3. Quanto ao Zumbido o Intensidade o Frequência o Localização do zumbido (cabeça ou ouvido) o Duração do zumbido o Qualidade do zumbido (apito, grilos, ondas do mar, sirene, panela de pressão, etc.) Os sintomas mais comuns são: o Obstrução o Espirros o Coriza o Cefaléia e dor facial o Sangramento o Perda do olfato NARIZ E SEIOS PARANASAIS Os sintomas mais comuns são: o Obstruçao o Espirro o Coriza o Cefaleia e dor facial o Sangramento o Perda do olfato Relembrando: Seios frontal, etimoidais (anterior e posterior), esfenoidal, maxilar. 1. Quanto a obstrução: o Duração o O lado (se é em “báscula”) o Qual período do dia é pior o História do trauma o Alergia o Uso de medicamentos (principalmente tópicos nasais) sempre na parede lateral, usa-se muito pouco o inverso. Exemplo: uso um vasoconstritor, coloca na parede medial, o qual interfere no septo, podendo até perfura-lo. o Cirurgias nasais anteriores cirurgias estéticas pode dificultar a respiração 2. Quanto a coriza: o Investigar o lado e o tipo de secreção Macete: Em uma rinorreia unilateral, fedida, poucos anos procura-se algum objeto, alguma obstrução, algum objeto estranho na fossa nasal Sangramento de nariz, em pronto atendimento geralmente é hipertensão arterial, quando diminui a pressão, o sangue para. 3. Quanto aos espirros o Frequência dos espirros o Se aparecem ao entrar em contato com algo ou com algum ambiente o Profissão e hobbies 4. Quanto à sangramentos o Trauma o Alergias o Lado preferencial o História de hipertensão arterial ou outra doença sistêmica 5. Quanto à perca de olfato o Se apareceu com uma infecção de vias aéreas superiores o Se é parcial ou total BOCA E GARGANTA o Os sintomas mais comuns referem-se a quadros infecciosos. o Portanto, dor, febre, rouquidão e dificuldade de deglutição estão entre os principais sintomas. o Deve-se saber se o doente vem fazendo tratamento dentário e se está associado a outra doença sistêmica. o Dor de garganta: verificar a frequência e duração, localização e outros sintomas correlatos como halitose e catarro. LARINGE o Os sintomas principais dizem respeito à disfonia, falta de ar, dificuldade de deglutição e tosse. o O doente deve ser indagado quanto à hemoptise, regurgitação de alimentos e perda de peso. o Enquanto o paciente conta a história de sua moléstia, o examinador já procura ouvir o timbre da voz e os ruídos dispneicos. EXAME FISICO o Iluminação adequada do local a ser examinado o Posição do paciente o Posição do examinador o Ambiente com pouca luminosidade O doente deve estar sentado, em posições de conforto, em uma cadeira com as costas retas (90º) e as pernas dobradas em 90º A cabeça posicionada de modo a não permitir flexão para trás O médico deve ficar na mesma altura do local a ser examinado O doente deve ser esclarecido sobre cada passo do se assustar O exame ficico otorrinolaringológico necessita de alguns equipamentos essenciais para boa visualização e investigação das regiões. EQUIPAMENTOS BÁSICOS o Espelho frontal e respectivo foco de luz ou um fotóforo com luz forte o Otoscópio de espéculos auriculares o Espelhos de vários tamanhos (laringoscopia indireta e rinoscopia posterior) o Lamparina para aquecimento do espelho, não permitindo que o mesmo embace (OTOSCÓPIO E UM FOCO DE LUZ) o Aspirador elétrico com pontas variadas para ouvido e nariz o Abaixadores de língua (espátula de madeira ou metal) o Estiletes porta – algodão o Curretas o Pinça – baioneta – saca bocado – jacaré o Espéculos nasais de vários tamanhos o Diapasão (DIAPASAO E PINÇA DE BAIONETA) ABAIXADOR DE METAL, PINÇA DE JACAREZINHO (PQ NA PONTINHA ELA ABRE, PODE TER 5,7,10 ML), PURETINHA (PARA TIRAR CERÚMEN), ESTILETE PORTA-ALGODÃO, ASPIRADOR DE ORELHA (É MESMO UMA AGULHA), ASPIRADOR DE NARIZ (CALIBRE MAIOR), ESPÉCULO DE NARIZ OROFARINGE o Lábios o Mucosas das bochechas o Gengivas o Dentes (oclusão e ATM) o Palato o Assoalho da boca o Língua o Regiões amigdalianas o Orifícios de drenagem das glândulas salivares (maiores e menores) NARIZ o Inspeção da pirâmide nasal (pele, laterrorrinais, desvio de columela) o Palpação (dor, calor e tumorações) o Nos traumas são observadas crepitações e mobilidade da pirâmide. RINOSCOPIA ANTERIOR: O exame da fossa nasal é realizado através do especulo nasal e luz incidente o Coloração da mucosa o Tamanho dos cornetos o Umedecimento da mucosa o Tumorações o Secreções o Ulcerações o Corpo estranho o Deformidade ou perfuração do septo o Desvio caudal severo do septo nasal – O desvio da parte anterior da cartilagem quadrangular é tão extenso que provoca a LEGENDA DE UMA FOTO DA AULA RINOSCOPIA POSTERIOR: o Realizada pela boca o Visualizar a rinofaringe e as coanas nasais - Hipertrofia adenoideana - Óstio da tuba auditiva - Tumores o Atualmente – uso de métodos endoscópicos ORELHA o Deve-se iniciar pela inspeção do pavilhão auricular: Coloração; Edema; Ulcerações; Tumores; Mal formações; Fístulas; Cicatrizes retrocuriculares o Palpação: Dor; Lindonodos – pré e retroauriculares e os da cadeia cervical alta Cisto pré-auricular: é uma consequência da fistula/coloboma auris infectado (defeito congênito, não teve o fechamento). Só mexe na fistula, se der algum problema. Tomar cuidado com a glândula parótida e o nervo facial. o O conduto auditivo externo e a membrana do tímpano são examinados com o otoscópio (espéculo simples e microscópio) Otoscópio: o Luz própria o Amplificação da imagem (1 a 3X) o Retificar o conduto puxando o pavilhão para trás e para cima o Compelta visualização: remoção de cerume e descamação. CONDUTO AUDITIVO EXTERNO o Coloração da pele o Descamação o Secreções o Fungos o Abaulamentos o Tumores o Traumas MEMBRANA TIMPANICA o Normalidade Ligeiramente côncava Coloração branca perolada Visualização do cabo do martelo Visualização do triangulo luminoso Vascularização do cabo do martelo o Integridade o Coloração o Vascularizaçãoo Abaulamentos o Retrações o Cicatrizes e placas de timpanosclerose o Transparência: níveis líquidos e massas retrotimpanicas o Perfuração: mucosa da cavidade timpânica, ossículos, rebordos de perfuração, massas tumorais ou pólipos originários do ouvido PAROTIDEA E SUBMANDIBULAR 1. Inspeção o Abaulamentos o Tumores o Sinais inflamatórios e infecciosos (fístulas e ulcerações) 2. Palpação o Consistência o Dor Tumorações PESCOÇO: 1. Inspeção (estática e dinâmica) o Alterações da pele o Congestão venosa o Cistos o Dermatites o Fístulas o Abaulamentos o Tumores o Sinais inflamatórios e infecciosos 2. Palpação o Tumores o Linfonodos cervicais o Cistos o Abcessos o Alterações vasculares o Cartilagens laríngeas o Região tireoidiana LARINGE o Laringoscopia indireta o Videolaringoscopia o Laringoscopia de suspensão (microscópio) Laringoscopia indireta Método mais simples e mais usado para examinar a laringe Da uma imagem estativa e dinâmica da laringe em visão panorâmica Paciente sentado com as costas retas Boca aberta e língua para fora. Imagem laringoscópia o Base da língua o Epiglote o Zonas aritenóideas direita e esquerda o Banda ventricular o Corda vocal direta e esquerda o Comissura anterior o Comissura posterior o Seio piriforme direito e esquerdo EXAMES COMPLEMENTARES NARIZ E SEIOS PARANASAIS 1 – RX SIMPLES o Fácil execução o Baixo Custo o Limitação das imagens o Rastreamento para detecção de anormalidades grosseiras PRINCIPAIS INCIDÊNCIAS UTILIZADAS (Cont. ) o Mento naso (Waters) - seios maxilares, frontal e fossas nasais o Fronto naso (Caldwelll) - seios frontal e etmoidal o Axial (Hirtz) - etmoide posterior e esfenoide o Perfil - todas as cavidades em perfil o SOLICITAÇÃO: Rx DOS SEIOS PARANASAIS 2 - TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA o É o método que centraliza a maior parte do diagnostico por imagem na especialidade o Evidencia muito bem o complexo óstio meatal o Melhor resolução das imagens o Evidencia variações anatômicas o Análise anatômica precisa o O uso de contraste iodado endovenoso pode ser indicado o O estudo tomográfico para avaliação dos seios paranais e das fossas nasais inclui os planos axial e coronal. Axial – paralelo ao palato duro Coronal – o mias perpendicular possível ao axial Cortes – 1,5 a 2 mm de espessura 3 – ENDOSCOPIA NASOSSINUSAL o Permite a observação de áreas endonasais críticas e inacessíveis para rinoscopia tradicional. o Afecções nasais são detectadas pelo exame endoscópico em aproximadamente 40% de pacientes portadores de queixas nasossinusais e com semiologia rinológica tradicional dentro da normalidade. o Fonte de luz fria o Instrumento óptico Fibra flexível (nasofaringoscópio) o Diferentes diâmetros (variando de 2,7 a 4 mm) o Permite a naso, faringo e laringoscopia o Devido à sua extremidade distal que oferece movimentos verticais de 90 a 110º Fibra rígidos (telescópios nasossinusais) o Diametros de 2,7 a 4 mm o Ângulo de visão variando de 0 a 110º o Nariz – o mais usado é o de 0 e 30º o Laringe – 70º o Imagem melhor que o flexível Obs: é uma microcâmara acoplada ao sistema de vídeo Indicações clinicas da endoscopia nasossinusal: o Rinorreias posteriores o Obstrução nasal crônica o Sindorme sinobronquial o Cefaleia crônica o Obstrução tubária o Avaliação de esfíncter velofaríngeo o Epistaxes o Investigação dos seios paranasais ORELHA 1. Diapasão o O mais usado é o de 512 cps o Prova de Weber o Normalmente a vibração é percebida igualmente por ambos os ouvidos – Weber indiferente o Quando há surdez unilateral, o diapasão é mais audível por uma das orelhas o Orelha normal – neurossensorial o Orelha doente – transmissão o Prova de Rinne Comparação entre a condução aérea e condução óssea Normalmente a via aérea é mais sensível que a óssea (20s para óssea e 40s para aérea) – Rinne +ou normal Quando o tempo por via óssea esta diminuindo, mas ainda há melhor percepção auditiva por via aérea – Rinne encurtado (positivo patológico) – neurossensorial Via óssea é maior que por via aérea – Rinne negativo – transmissão 2 – Audiometria Tonal: o É uma técnica de exame que se utiliza tons puros estabelecendo-se os limites mínimos de percepção sonora de um indivíduo. o Esses limites mínimos são obtidos através das respostas dadas pelo indivíduo. o Estas respostas são anotadas em um gráfico. o Audiômetro Gerador de frequência Fones de ouvido Vibrador ósseo o Exame realizado em cabine acústica o Frequencia mais comumente estudadas são: 250HZ, 500Hz, 1000Hz, 2000Hz, 4000Hz, 6000 Hz e 8000 Hz. o Traçado audiométrico – realiza-se 2 tipos de medidas: - audição por via aérea (fones ouvido) - audição por via óssea (vibrador ósseo) Vocal (discriminação): o Consiste em aferir o grau de inteligibilidade da palavra articulada. o O poder de discriminação auditiva do paciente com referencia à voz humana. o Para a realização, usam-se sílabas sem sentido, balanceadas foneticamente, obtendo-se assim, uma resposta da função auditiva, por meio da recepção e discriminação dos sons. o A anotação é feita através da porcentagem das sílabas percebidas corretamente. o Valor normal varia de 100 a 80% de acerto. 3. Impedanciometria o É uma forma de medida objetiva da integridade e função do mecanismo periférico da audição. o O Aparelho usado é o impedanciômetro. o Tem como objetivo a identificação de patologias do ouvido médio o Permite determinar a pressão do ouvido médio o Mede-se a mobilidade da membrana timpânica o Avalia a tuba auditiva o Avalia a continuidade da cadeia ossicular 4. Emissões otoacústicas o É uma liberação de energia de audiofrequência (vibrações sonoras da cóclea) em resposta a um estimulo sonoro. o Estas otoemissões com origem na cóclea provocariam vibrações na cadeia ossicular que seriam transmitidas ao meato acústico externo. o Estas vibrações podem ser registradas com um microfone. o As otoemissões acústicas provocadas estão presentes em 75 va 100% das populações com orelha interna normal. o É um método objetivo e fácil, rápido e não invasivo. o Utilizado para triagem de crianças em berçário. o A presença de otoemissões é consistente com audição normal. o Quando as otoemissões não são detectadas, deve-se suspeitar de perda auditiva. 5. Bera (audiometria de resposta elétrica do tronco cerebral) o As respostas do tronco cerebral são obtidas por meio de um sistema eletrofisiológico: o Um gerador de estímulos sonoros. o Um pré-amplificador/filtro. o Computador. o Centros audiológicos – principal método de triagem nas crianças identificadas pelo registro de alto risco. o Pode ser feito em crianças de qualquer idade por ser método objetivo. o Avaliação da deficiência auditiva e do seu grau de severidade, quando outros métodos subjetivos e comportamentais não foram suficientes e conclusivos. o Apresenta uma taxa de resultados falso negativas muito baixa, de aproximadamente 2% ou menos. o As respostas elétricas são registradas com eletrodos de superfície. o É um método objetivo, não invasivo e que não se altera pela sedação. o Avaliação em pacientes adultos na localização de lesões cocleares ou retrococleares.
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