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DIGESTÃO DE LIPÍDEOS EM RUMINANTES

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Erica Marques 
DIGESTÃO DE LIPÍDEOS EM RUMINANTES 
A rancidez é quando uma gordura se torna oxidada. Quanto mais oxidada é a gordura mais 
amarga é. A oxidação é a inserção de oxigênios onde deveria ter hidrogênio. Pode ocorrer 
de forma enzimática, pela luz, ou temperatura. 
O processo oxidativo dos AGPI por dois mecanismos (danos oxidativos): 
1)  Os enzimáticos, com atividade das lipoxigenases (enzima da própria planta). 
2)  Não enzimático, pela reação com espécies reativas de oxigênio (membranas biológicas). 
Os vegetais têm lipoxigenase que faz a oxidação. Por esse motivo, é melhor dar para os 
animais o farelo da soja do que a soja moída. O principal uso da soja é produzir óleo 
vegetal, assim ocorre a maceração da soja e extrai o óleo ficando a torta. A torta de soja é 
mandada para uma segunda etapa, a extração a quente. O farelo que sobra tem baixo teor 
de gordura e alto teor de proteína. 
Quanto mais pobre em antioxidantes a nossa dieta, mais susceptível a oxidação nossas 
membranas plasmáticas ficam (enzimas e vitaminas evitam isso). 
O LDL é uma molécula inofensiva, tem ácidos graxos e proteínas, porém quando essa 
molécula vai ficando 
oxidada, gerando 
moléculas pró 
inflamatórias que estão 
relacionados com 
doenças. A má 
alimentação leva maior 
oxidação dos lipídeos. 
Formação de placas de 
ateroma: aumento do 
consumo de alimentos, 
desequilíbrio na 
quantidade de ômega 3 
e 6, gordura saturada e 
trans, baixo consumo de 
vitaminas, baixa 
atividade física. 
O ácido graxo trans 11 é encontrado na carne vermelha, no leito e na manteiga. 
Biohidrogenação: ​as bactérias pegas ácidos graxos ricos em duplas ligações e inserem 
hidrogênios. 
 
 
CLA: ácido linoleico conjugado (isômero do ácido linoleico da planta). è vendido como um 
suplemento alimentar, pois tem um papel importante no nosso metabolismo 
(antiinflamatório). Quanto mais o animal se alimenta de pastejo maior a quantidade. 
OBS: quanto mais gordura maior o teor de leptina, quanto menor o teor de gordura maior o 
teor de adiponectina. Quando ocorre o aumento dos adipócitos eles geram citocinas 
inflamatórias no nosso corpo. 
Pode utilizar glicerina na nutrição animal, ela funciona como um amido no organismo, porém 
tem que se atentar a pureza. Na dieta de um ruminante os ácidos graxos poli insaturados 
linolênico e linoleico então nas gramíneos e nos grãos. Quando comemos o ácido linolênico 
o aproveitamento dele é 25x inferior que o ácido linoleico do peixe. Quando o boi come o 
ácido linoleico a bactéria processa e transforma em trans 11, quando ingerimos 
conseguimos aproveitar o CLA. 
OBS: a predominância do tipo de gordura animal é a saturada. 
 
 
 
 
Síntese de novo: vai que pega acetato e acetil coa, e junta até formar ácidos graxos (as 
bactérias fazem e nós também). A bactéria não é dependente da gordura de deita. 
TOXICIDADE DOS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS 
Microrganismos susceptíveis: 
● Bactérias Gram-positivas. 
● Metanogênicas. 
● Protozoários. 
Compostos de maior toxicidade: 
● Ácidos graxos de cadeia média (10-14 C). 
● Ácidos graxos poliinsaturados. 
Maior solubilidade em água que os demais AG, potencial para romper membranas celulares 
(afinidade pelas mesmas), ácidos graxos associam-se com facilidade à partículas dos 
alimentos volumosos. As bactérias não aguentam uma dieta muito gordurosa, pois essa 
gordura interage com sua membrana e causa lise, (cadeia média e polinsaturados - 
interação mais forte). O ideal é de 3 a 5 % de gordura na dieta. 
LIPÍDEOS x DIGESTÃO DA FIBRA 
● Maior nível de lipídeos na dieta reduz a digestibilidade da fibra. 
● Proteção física (associação de lipídeos à partículas hidrofóbicas do alimento). 
● Modificação da população microbiana. 
● Inibição da população microbiana por efeito dos ácidos graxos na membrana 
celular. 
● Nível ótimo ⇒ 3 a 5% na MS total 
A dieta dos caprinos é mais tolerante a um maior teor de gordura, pois sua dieta na 
natureza costuma ser de semestes (conseguem subir nas arvore), já os dos bovinos a dieta 
natural é capim que tem baixo teor de gordura. 
OBS: a dieta do monogástrico é pulsátil (come, enche, esvazia, come), na dieta do 
ruminante e equinos eles recebem comida o dia inteiro por conta da ruminação e hábito 
alimentar (fluxo contínuo). 
ABOMASO 
● Pequenas partículas (1-2 mm) mais densas. 
● Fluxo contínuo de digesta e não pulsátil como nos monogástricos. 
● Enzimas digestivas secretadas continuamente em menores concentrações. 
 
● Tempo de permanência pequeno (1-2 horas) – pH 2-2,5. 
● Lipídios da dieta e de origem microbiana - não há digestão no abomaso. 
INTESTINO DELGADO 
● Lipídios no ID – 70% AG livres; 10-20% fosfolipídios; pequenas quantidades de 
pigmentos e vitaminas. 
● Lipase pancreática - hidrólise de triglicerídeos. 
● Sais biliares + lipídios + fosfolipídios + colesterol + AG livres + vitaminas = micelas 
livres. 
PARTICULARIDADES DO METABOLISMO INTERMEDIÁRIO EM RUMINANTES 
Dieta que conduz ao baixo pH, inclusão de ácidos graxos poliinsaturados leva a alteração 
nas vias de biohidrogenação. Redução da secreção de ácidos graxos de cadeias curta e 
média pela glândula mamária provenientes da síntese de novo de ácidos graxos. 
Ácidos graxos de cadeia curta e média 25,2% são de no máximo 14 C Essa síntese de 
gordura ocorre basicamente pela síntese de novo a partir de acetato. A reesterificação de 
ácidos graxos distribuídos por VLDL ocorre para AG de cadeia média e longa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: quando vamos a uma fazendo de uma produtor, se a queixa é isolada geralmente não 
será um problema nutricional, geralmente queixas nutricionais acometem todo o rebanho, 
pois todos possuem a mesma dieta. Quando o problema nutricional for relacionado a esse 
baixo ph, será observado além do déficit de gordura no leite, laminite por conta dos 
processos inflamatórios envolvidos.