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Bioenergética: Metabolismo é uma atividade celular altamente coordenada por sistemas multienzimáticos (vias metabólicas) cooperam para: 1 Obter energia química pela captura de energia solar ou pela degradação de nutrientes 2 Converter as moléculas de nutrientes em moléculas próprias e características da célula 3 Polimerizar precursores monoméricos em macromoléculas: proteínas, ácidos nucleicos e polissacarídeos 4 Sintetizar e degradar biomoléculas necessárias, de acordo com a necessidade do individuo A bioenergética é o campo da biologia que estuda as transformações de energia que ocorrem no metabolismo celular A glicose é o combustível mais usado pelos seres vivos, na qual sua quebra gera energia, contida em suas reações. A glicose é produzida por: fotossíntese e quimiossíntese (por seres autótrofos) e sua quebra ocorre por respiração celular ou fermentação. Os organismos autotróficos (como bactérias fotossintéticas, algas verdes e plantas vasculares) podem usar dióxido de carbono da atmosfera como única fonte de carbono, a partir do qual formam todas as suas moléculas que contêm carbono. Alguns organismos autotróficos, como as cianobactérias, também podem utilizar nitrogênio atmosférico para produzir todos os seus componentes nitrogenados (proteínas e ácidos nucleicos principalmente). Os organismos heterotróficos não podem usar o dióxido de carbono da atmosfera e devem obter carbono do meio ambiente na forma de moléculas orgânicas relativamente complexas, como a glicose. As células e os organismos autotróficos são relativamente autossuficientes, enquanto as células e os organismos heterotróficos, por utilizarem o carbono em formas mais complexas, dependem de produtos gerados a partir de outros organismos. Os organismos autotróficos usam o dióxido de carbono atmosférico para construir suas biomoléculas orgânicas, alguns deles gerando oxigênio a partir da água durante o processo. Os organismos heterotróficos, por sua vez, utilizam os produtos orgânicos dos autotróficos como nutrientes e devolvem dióxido de carbono para a atmosfera. Os organismos vivos também necessitam de uma fonte de nitrogênio, necessária para a síntese de aminoácidos, nucleotídeos e outras substâncias. As bactérias e as plantas, geralmente, usam amônia ou nitrato como única fonte de nitrogênio, no entanto os vertebrados devem obter nitrogênio na forma de aminoácidos ou de outros compostos orgânicos advindos da alimentação. Somente alguns organismos – as cianobactérias e muitas espécies de bactérias do solo, que vivem simbioticamente sobre as raízes de algumas plantas – são capazes de converter (“fixar”) nitrogênio atmosférico (N2) em amônia. Outras bactérias – as bactérias nitrificantes – oxidam amônia em nitritos e nitratos; e outras, ainda, convertem nitrato a N2. As bactérias anamox convertem amônia e nitrito em N2. Portanto, além dos ciclos globais de carbono e oxigênio, um ciclo de nitrogênio opera na biosfera, movimentando enormes quantidades de nitrogênio. A reciclagem de carbono, oxigênio e nitrogênio que envolve todas as espécies, depende do equilíbrio adequado entre as atividades dos produtores (autotróficos) e consumidores (heterotróficos) na natureza. Esses ciclos de matéria são impulsionados por um enorme fluxo de energia na biosfera, iniciando com a captura da energia solar pelos organismos fotossintéticos e a utilização dessa energia para gerar carboidratos ricos em energia e outros nutrientes orgânicos. Esses nutrientes são, então, usados como fontes de energia por organismos heterotróficos. Portanto, o metabolismo é a soma de todas as transformações químicas e energéticas que ocorrem em uma célula ou em um organismo, e acontece por meio de uma série de reações catalisadas por enzimas que configuram as vias metabólicas. Cada uma das etapas consecutivas em uma via metabólica gera uma pequena alteração química específica, em geral, a remoção, a transferência ou a adição de um átomo particular ou um grupo funcional. O precursor é convertido em um produto por meio de uma série de intermediários metabólicos chamados de metabólitos. O termo metabolismo intermediário comumente é aplicado às atividades combinadas de todas as vias metabólicas que interconvertem precursores, metabólitos e produtos de baixo peso molecular. As vias catabólicas liberam energia, e parte dessa energia é conservada na forma de ATP e de transportadores de elétrons reduzidos (NADH, NADPH e FADH2); o restante é perdido como calor. Basicamente: Macromoléculas → Micromoléculas + Energia As reações anabólicas necessitam de fornecimento de energia, geralmente na forma de potencial de transferência do grupo fosforil do ATP e do poder redutor de NADH, NADPH e FADH2. Basicamente: Micromoléculas + Energia → Macromoléculas Algumas vias metabólicas são lineares, seguindo sempre uma direção que levará a um produto, e algumas são ramificadas, gerando múltiplos produtos finais úteis a partir de um único precursor ou convertendo vários precursores em um único produto. Em geral, as vias catabólicas são convergentes e as vias anabólicas são divergentes. Algumas vias são cíclicas: um composto inicial da via é regenerado em uma série de reações que converte outro componente inicial em um produto gerando um ciclo que converte moléculas continuamente.
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