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técnicas básicas do exame físico parte percussão

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semiologia
Técnicas Básicas do Exame Físico
 Percussão
 A percussão baseia-se no seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer
do corpo, originam-se vibrações que têm características próprias quanto à
intensidade, ao timbre e à tonalidade, dependendo da estrutura anatômica
percutida.
 Ao se fazer a percussão, observa-se não só o som obtido,
mas também a resistência oferecida pela região golpeada.
 
 Semiotécnica
.
 A percussão direta é realizada golpeando-se diretamente, com as pontas dos
dedos, a região-alvo. Para tal, os dedos permanecem fletidos na tentativa de imitar
a forma de martelo, e os movimentos de golpear são feitos pela articulação do
punho. O golpe é seco e rápido, não se descui dando de levantar sem retardo a
mão que percute. Essa técnica é utilizada na percussão do tórax do lactente e das
regiões sinusais do adulto. 
 A percussão digitodigital é executada golpeando-se com a borda ungueal do
dedo médio ou do indicador da mão direita a superfície dorsal da segunda falange
do dedo médio ou do indicador da outra mão.
Ao dedo que golpeia designa-se plexor, e o que recebe o golpe é o plexímetro.
 A mão que percute pode adotar duas posições, ou seja:
 •Todos os dedos, exceto o dedo médio, que procura imitar a forma de um
martelo, ficam estendidos sem nenhum esforço .
 •O polegar e o indicador ficam semiestendidos, o mínimo e o anular são fletidos
de tal modo que suas extremidades quase alcancem a palma da mão, enquanto o
dedo médio procura adotar a forma de martelo .
 A movimentação da mão se fará apenas com a movimentação do punho. O
cotovelo permanece fixo, fletido em ângulo de 90° com o braço em semiabdução .
 O dedo plexímetro - médio ou indicador da mão esquerda - é o único a
tocar a região que está sendo examinada. Os outros e a palma da mão ficam
suspensos rentes à superfície. Caso se pouse a mão, todas as vibrações são
amortecidas, e o som torna-se abafado.
 O golpe deve ser dado com a borda ungueal, e não com a polpa do dedo,
que cairá em leve obliquidade, evitando que a unha atinja o dorso do dedo
plexímetro.Logo às primeiras tentativas de percussão será observado que este
procedimento é impossível de ser executado com unhas longas.
 A intensidade do golpe é variável, suave quando se trata de tórax de
crianças, ou com certa força no caso de pessoas adultas com paredes
torácicas espessas. Somente com o treino, o estudante aprenderá a dosar a
intensidade do golpe.
 É aconselhável a execução de dois golpes seguidos, secos e rápidos, tendo
se o cuidado de levantar o plexor imediatamente após o segundo golpe.
Retardar na sua retirada provoca abafamento das vibrações.
 A sequência de dois golpes facilita a aquisição do ritmo que permitirá uma
sucessão de golpes de intensidade uniforme quando se muda de uma área
para outra.
 Em órgãos simétricos, é conveniente a percussão comparada de um e outro
lado.
 As posições do paciente e do médico variam de acordo com a região a ser
percutida. De qualquer maneira, é necessário adotar uma posição correta e
confortável.
 O som que se pode obter pela percussão varia de pessoa para pessoa. No
início, o estudante tem dificuldade em conseguir qualquer espécie de som.
Alguns têm mais facilidade e em poucas semanas obtêm um som satisfatório;
outros demoram mais tempo. Aqueles que têm dedos grossos e curtos obtêm
som mais nítido e de tonalidade mais alta. Com maior ou menor dificuldade,
todo estudante aprende a percutir. O segredo é o treinamento repetido até
que os movimentos envolvidos nesse procedimento sejam automatizados.
Para treinar, sugerimos a seguinte estratégia:
 • Automatizar o movimento da mão que percute. Parte-se de uma posição
correta: examinador em posição ortostática, ombros relaxados, braços em
semiabdução, próximos ao tórax, cotovelo fletido formando ângulo de 90°.
Passa-se,então, a executar movimentos de flexão e extensão da mão em
velocidade progressiva. Este exercício visa impedir a criação de dois vícios
comuns: a percussão com o pulso rígido e a movimentação da articulação do
cotovelo. Na verdade, o que se procura com este exercício é "amolecer" a
articulação do punho.
A obtenção dos três tipos fundamentais de sons deve ser treinada previamente
antes de se passar à percussão do paciente, usando-se os seguintes artifícios: o
Som maciço: é obtido percutindo-se a cabeceira da cama, o tampo de uma mesa,
uma parede ou um bloco de madeira o Som pulmonar: é emitido ao se percutir
um colchão de mola, uma caixa contendo pedaços de isopor ou mesmo um livro
grosso colocado sobre a mesa o Som timpânico: é o que se consegue percutindo
uma caixa vazia ou um pequeno tambor
 • Automatizar a direção do golpe. Inicialmente marca-se um ponto na mesa ou
em um objeto comum (um livro, por exemplo) e procura-se percutir o alvo sem olhar
para ele. Em seguida, faz-se o mesmo exercício com a percussão digitodigital
 • Automatizar a força e o ritmo dos golpes até se obter o melhor som com o
mínimo de força. O ritmo pode ser constante, mas a força do golpe varia conforme a
estrutura percutida. As estruturas maciças e submaciças exigem um golpe mais forte
para se produzir algum som, enquanto as que contêm ar ressoam com pancadas
mais leves. Ao se treinar o ritmo da percussão, deve-se ter o cuidado de não deixar o
plexor repousando sobre o plexímetro após o segundo golpe, conforme já
salientamos anteriormente
 • A última etapa do treinamento é a percussão do corpo humano.
Independentemente de se aprofundar na semiologia digestiva e respiratória, devem-
se percutir áreas do tórax normal para obtenção do som pulmonar; a área de
projeção do fígado, para se ter som maciço; e sobre o abdome, para conseguir som
timpânico. Em situações especiais, podem-se utilizar as seguintes técnicas de
percussão:
 • Punho-percussão: mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a borda
cubital a região em estudo e averigua-se se a manobra desperta sensação dolorosa 
 • Percussão com a borda da mão: os dedos ficam estendidos e unidos,
golpeando-se a região desejada com a borda ulnar, procurando observar se a
manobra provoca alguma sensação dolorosa.
 Esses dois tipos de percussão são usados no exame físico dos rins. Os golpes são
dados na área de projeção deste órgão (regiões lombares), e a dor é sugestiva de
lesões inflamatórias das vias urinárias altas (pielonefrite).
• Percussão por piparote: com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com
piparotes, enquanto a outra, espalmada na região contralateral, procura captar
ondas líquidas chocando-se contra a parede abdominal. A percussão por piparote é
usada na pesquisa de ascite 
Tipos de sons obtidos à percussão
 
 Os sons obtidos à percussão poderiam ser classificados quanto à
intensidade, ao timbre e à tonalidade, as três qualidades fundamentais
vibrações sonoras. Entretanto, para fins práticos é mais objetivo
classificá-los da seguinte maneira:
 • Som maciço: é o que se obtém ao percutir regiões desprovidas
de ar (na coxa, no rúvel do fígado, do coração e do baço)
• Som submaciço: constitui uma variação do som maciço. A existência
de ar em quantidade restrita lhe concede características peculiares
 • Som timpânico: é o que se consegue percutindo sobre os
intestinos ou no espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualquer
área que contenha ar, recoberta por uma membrana flexível • Som
claro pulmonar: é o que se obtém quando se golpeia o tórax normal.
Depende da existência de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas
pulmonares.

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