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Inspeção É a exploração feita a partir do sentido da visão. Investigam-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior. A inspeção começa no momento em que se entra em contato com o paciente realizando uma inspeção geral. A mais empregada é a inspeção de segmentos corporais, e a partir daí, deve-se a atenção em áreas restritas Semiotécnica A inspeção deve ser realizada por partes, desnudando somente a região a ser examinada. Assim, quando se vai examinar o tórax o abdome permanece recoberto e vice-versa. O conhecimento das características da superfície corporal, assim como da anatomia topográfica, permitirá ao estudante reconhecer eventuais anormalidades durante a inspeção. Há duas maneiras fundamentais de se fazer a inspeção: Olhar frente a frente a região a ser examinada: a isso se designa inspeção frontal, que é o modo padrão do procedimento; Observar a região tangencialmente, essa é a maneira correta para pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, tais como pulsações ou ondulações e pequenos abaulamentos ou depressões. A posição do examinador e do paciente depende das condições clínicas do paciente e do segmento corporal a ser inspecionado. O examinador deve ficar de pé diante do paciente, movimentando-se de um lado para o outro, de acordo com a necessidade. A inspeção começa durante a anamnese, desde o primeiro momento em que se encontra com o paciente, e continua durante todo o exame clínico. Palpação A palpação frequentemente confirma pontos observados durante a inspeção. A palpação recolhe dados por meio do tato e da pressão. O tato fornece impressões sobre a parte mais superficial, e a pressão, sobre as mais profundas. Pela palpação percebem-se modificações de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, além da percepção de frêmito, elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, vibrações, pulsação e verificação da existência de edema. Semiotécnica A técnica da palpação deve ser sistemática, com a abordagem tranquila e gentil. Explique cada etapa do exame ao paciente e a maneira como ele pode cooperar. Recomenda-se que o examinador aqueça as mãos, friccionando uma contra a outra antes de iniciar qualquer palpação. Geralmente o paciente fica em decúbito dorsal, e o examinador de pé, à direita do paciente. Esse procedimento pode ser sistematizado das seguintes maneiras: Palpação com a mão espalmada, em que se usa toda a palma de uma ou de ambas as mãos; Palpação com uma das mãos superpondo-se uma à outra; Palpação com a mão espalmada, em que se usam apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos; Palpação com a borda da mão; Palpação usando-se o polegar e o indicador, em que se forma uma ‘’pinça’’; Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos. Esse procedimento é específico para a avaliação da temperatura. Percussão A percussão baseia-se no seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer do corpo, originam-se vibrações que têm características próprias quanto à intensidade, ao timbre e à tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida. Ao se fazer a percussão observa-se não só o som obtido, mas também a resistência oferecida pela região golpeada. Semiotécnica A técnica da percussão sofreu uma série de variações no decorrer dos tempos; hoje, usa-se basicamente a percussão direita e a percussão digitodigital, e em situações especiais, a punho- percussão tipo piparote. A percussão direita é realizada golpeando-se diretamente, com as pontas dos dedos, a região-alvo. Para tal, os dedos permanecem fletidos na tentativa de imitar forma de martelo, e os movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho. O golpe é seco e rápido, levantando sem retardo a mão que percute. A percusão digitodigital é executada golpeando-se com a borda ungueal do dedo médio ou do indicador da mão direita a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou do indicador da outra mão. Ao dedo que golpeia designa-se plexor, e o que recebe o golpe plexímetro. A mão que percute, pode adotar duas posições: Todos os dedos, exceto o dedo do meio, que procura imitar a forma de um martelo, ficam estendido sem nenhum esforço; O polegar e o indicador ficam semi estendidos, o mínimo e o anular são fletidos de tal modo que suas extremidades quase alcancem a palma da mão, enquanto o dedo médio procura adotar a forma de martelo. Tipos de sons obtidos Som maciço: é o que se obtém ao percutir regiões desprovidas de ar (na coxa, nível do fígado, do coração e do baço); Som submaciço: constitui uma variação do som maciço. A existência de ar em quantidade restrita lhe confere peculiaridades; Som timpânico: é o que se consegue percutindo sobre os intestinos ou no espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualqur área que contenha ar, recoberta por uma membana flexível; Som claro pulmonar: é o que se obtém quando se golpeia o tórax normal. Depende da existência de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares. Ausculta Para uma boa ausculta, deve-se obedecer às seguintes normas; ambiente silencioso para permitir uma boa ausculta, posição do paciente e do examinador (a posição habitual do paciente para ausculta do coração é o decúbito dorsal com a cabeça apoiada ou não em um travesseiro, ou o paciente sentado com o tórax ligeiramente inclinado para frente ou em decúbito lateral esquerdo, em todas as posições o examinador fica em pé). As solicitações feitas ao paciente devem ser claras, como por exemplo, quando pedir para que altere seu modo de respirar, expiração forçada=soprando todo ar possível, sempre tentar uma linguagem acessível. Aplicação correta do receptor deve ser levemente apoiado sobre a pele, procurando obter uma perfeita captação de suas bordas na área que está sendo auscultada. A campânula deve ser delicadamente posta sobre a pele, sua característica é captar sons mais graves.
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