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A tomografia computadorizada do crânio é feita em cortes axiais/ transversos. E na TC áreas brancas são denominadas hiperdensas ou hiperatenuantes, e as áreas mais escuras são denominadas hipodensas ou hipoatenuantes. O crânio pode ser separado em dois compartimentos: (1) compartimento supratentorial, que está acima da tenda do cerebelo e compreende os hemisférios cerebrais; e (2) compartimento infratentorial, que está abaixo da tenda do cerebelo e compreende o tronco encefálico e o cerebelo. • Cérebro = hemisférios cerebrais (telencéfalo) + diencéfalo (compreende o tálamo, epitálamo e hipotálamo). Na tomografia é possível visualizar o tálamo, que encontra-se ao redor do terceiro ventrículo. • Encéfalo = cérebro + tronco encefálico + cerebelo SOLICITAÇÃO CORRETA DO EXAME: TC DO CRÂNIO (OU ENCÉFALO) CORTE COMPARTIMENTO SUPRATENTORIAL CORTE DA FOSSA POSTERIOR COMPARTIMENTO INFRATENTORIAL ANATOMIA SNC: TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) IMAGENOLOGIA Maria Eduarda Marchi - 2025.1 Terceiro ventrículo A faixa mais escurecida (forma de boomerang) entre a cabeça do núcleo caudado e o lentiforme é a cápsula interna (ramo anterior - joelho; e tem o ramo posterior - entre o tálamo e o núcleo lentiforme). O cinza mais escuro após o núcleo lentiforme compreende as cápsulas externas e extremas. Deve-se lembrar que os tálamos não pertencem aos gânglios da bases. Portanto quando fala gânglios da bases de densidade normal, não estamos nos referindo ao tálamo. Quando compreender o tálamo + gânglios da base, usa- se o termo de núcleos de substância cinzenta (predomina corpos neuronais). TÁLAMO NÚCLEO LENTIFORME (Porção lateral - putâmen; porção medial – globo pálido). Na TC não é possível visualizar essa divisão, assim pode chamar toda a estrutura de núcleo lentiforme). CABEÇA DO NÚCLEO CAUDADO Ventrículo lateral Direito e esquerdo Terceiro ventrículo SULCO LATERAL OU FISSURA SILVIAN JOELHO DO CORPO CALOSO Nesse corte tomográfico mais inferior vemos o bulbo e os hemisférios cerebelares (direito e esquerdo). O bulbo compõe o tronco encefálico (formado pelo bulbo, ponte e mesencéfalo) Nessa imagem, é possível visualizar o bulbo, e logo atrás dele há uma estrutura de densidade líquida. Em um corte mais superior ainda é possível visualizar o bulbo e os hemisférios. Bem como, o cerebelo, mais especificamente, o vermis cerebelar na região da linha média. Ainda nesse corte, já na compartimento supratentorial é possível visualiza os polos dos lobos temporais. O bulbo é uma estrutura mais fina e quando é possível visualizar o seu alargamento já é a transição bulbo-pontino. E para ter certeza de que já está realmente na ponte é quando os braços pontinos (pedúnculos cerebelares médios) estão aparentes. E estes comunicam os hemisférios cerebelares com a ponte. Nesse corte já é possível visualizar um afilamento, que já seria a transição da ponte com o mesencéfalo. Na imagem abaixo, as estruturas mais esbranquiçadas próximas ao tronco basilar são os vasos do polígono de willis. E essas estruturas hiperdensas em relação ao líquor, pois nela passam sangue (que contém ferro). No corte ao lado, é possível visualizar a “orelha do Mickey” do mesencéfalo, que consiste nos pedúnculos cerebrais do mesencéfalo. E anterior a esses pedúnculos, passam o trato corticoespinhal (trato piramidal), que é composto por axônios motores. O líquor é produzido pelo corpo (glomos) do plexo coróide e cai no interior dos ventrículos laterais. Dos ventrículos laterais o LCR segue para o terceiro ventrículo pelo forame interventricular (forame de monro). E então, do terceiro ventrículo, via aqueduto cerebral (aqueduto de sylvios), esse líquor vai para o quarto ventrículo. E assim, o LCR segue pelo canal raquiano e depois retorna para o encéfalo. O quarto ventrículo tem três forames de saída: 1 forame descendente (magendie) e 2 recessos laterais (forame de luschka). Identificação do sulco central 1. Identificar o sulco frontal superior 2. Identificar a anatomia do próprio sulco (forma de ômega) 3. Identificar o sulco do bigode (ramo marginal do sulco do cíngulo) Principais calcificações fisiológicas a saber: Calcificação da pineal, calcificação do plexo coróide, calcificação da foice cerebral e calcificação de globo pálido. Sulco frontal superior Sulco pré- frontal Sulco “do bigode” - outra maneira de identificar o sulco central (que está “atrás” do sulco central) A principal artéria acometida na isquemia é a artéria cerebral média. E os sinais precoces de isquêmica nesse território é quando tem isquemia no território de vascularização distal, o putâmen e a ínsula. E quando isso ocorre essas estruturas ficam hipodensas, perdendo a capacidade de diferenciação. No corte tomográfico ao lado, é possível visualizar uma isquemia precoce cerebral esquerda, onde não é possível diferenciar as estruturas.
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