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Neurologia – aula 2 Caso clinico 1 Mulher de 34 anos de idade vem ao pronto atendimento com queija de estar esbarrando nas paredes e pessoas há cerca de 3 meses Exame físico: - AV 20/20 OD e 20/20 OE - Hemianopsia bitemporal - FO normal - Sem DAR Campo de visão com lesão em C -> hemianopsia homônima esquerda Campo de visão com lesão em D -> quadrantropsia a direita - Lesão no quiasma óptico Qual nosologia? - Vascular (começo súbito) - infeccioso - traumático - autoimune - metabólico - iatrogênico - neoplásico (começo mais arrastado) - degenerativo - epilético - congênito/ hereditário Diagnostico da paciente -> macro adenoma hipofisário Nosologia -> neoplásico Caso clinico 2 Mulher de 25 anos, caucasiana, previamente hígida, queixa-se de dor ocular à esquerda com piora a movimentação ocular, associada a “embaçamento visual” neste mesmo olho, que descreve como se tivesse uma “mancha escura” no centro da visão, com instalação há 5 dias. Diagnostico -> neurite optica Nosologia -> autoimune Anatomia e fisiologia da motricidade ocular Caso clinico 3 Homem, 50 anos, previamente hipertenso e diabético. Nosologia -> vascular Diagnostico -> nistagmo de abdução com convergência conservada Quando avaliar? - Queija visual - Diplopia/ estrabismo - Pálpebra/ pupila - Antes • Mediante qualquer queixa visual: PRIMEIRO avaliar acuidade visual (II nervo craniano - óptico) Motricidade ocular extrínseca A princípio, todo paciente deve ser testado para a acuidade visual para perto e para longe com utilização de uma notação Jaeger ou cartão de Rosenbaum. Saber se o paciente pode fixar a visão adequadamente em um alvo é condição fundamental antes de inferir que ele tenha uma paresia do olhar conjugado. Na avaliação da motricidade ocular, o alvo deve estar a cerca de 2 m do paciente, a fim de que os movimentos conjugados sejam analisados. Deixar o alvo demasiadamente próximo só permitirá avaliação adequada da convergência ocular. O nível de consciência e grau de colaboração também importam, e naqueles cuja colaboração satisfatória não pode ser alcançada, ainda vale o exercício de manobras reflexas descritas adiante. Para esta fase do exame, é indispensável que o neurologista tenha em mãos uma lanterna clínica, anotação Jaeger, oclusor ocular, pinhole, óculos de lente vermelha e oftalmoscópio de bolso. Motricidade ocular Extrínseca Intrínseca Como avaliamos a motricidade extrínseca? - 9 etapas Inspeção - Posição de cabeça - Fenda palpebral - Globo ocular Proptose ocular ou exoftalmia Enoftalmia - Alinhamento ocular – desalinhamentos horizontais Exotropia ou estrabismo divergente Esotropia ou estrabismo convergente - Alinhamento ocular – desalinhamentos verticais Hipertrofia Hipotrofia - Movimentos involuntários Nove posições Explicação da visão dupla: • Se uma imagem cai sobre a fóvea perfeitamento nos dois olhos, teremos visão única • Se uma imagem cai sobre a fóvea apenas em um olho e na periferia em outro olho, teremos visão dupla Possibilidades: - paresia de reto medial direito - paresia de reto lateral esquerdo A imagem mais periférica vem do olho com o músculo parético. Motricidade intrínseca Fisiologia das pupilas: Sistema parassimpático: Sistema simpático: Exame das pupilas: - Tamanho Normal: 2 a 6 mm Avaliar no claro e no escuro Ela varia com a iluminação - Forma e posição Redonda, uniforme, regular, central Causas oftalmológicas!! Reflexo fotomotor Como diferenciar se o problema está no nervo óptico ou no nervo oculomotor? - Normal - Problema no nerco óptico - Problema no nervo motor E a Síndrome de Horner? A síndrome de Horner é causada pela lesão na via simpática. O quadro clínico é miose (e anisocoria que piora no escuro), ptose palpebral, pseudoenoftalmia e, em alguns casos, anidrose ipsolateral. A ptose palpebral superior é discreta comparada à da paralisia do NC III e ocorre pela paresia do músculo de Müller. A elevação discreta da pálpebra inferior (conhecida como ptose inversa) pode ocorrer e leva à pseudoenoftalmia. A diminuição da sudorese da face ipsolateral ocorre principalmente na lesão pré-ganglionar. A presença de heterocromia de íris deve levantar suspeita de causa congênita. As reações pupilares à luz e reflexo para perto são normais neste caso. Cirurgia cervical, síndrome de Wallenberg e Horner congênito são as causas principais Tríade da Sd. de Claude Bernard-Horner: Onde está a lesão??