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INDUÇÃO AO TRAB DE PARTO

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1 Bruna Prado Zabini 
É um estimulo artificial a deflagração do trabalho de parto, em momento anterior a sua ocorrência 
espontânea, com intuito de antecipar a expulsão do feto. A partir de 37 semanas já não é mais prematuro, mas o ideal 
é nascer entre 38-41 semanas. 
CONSENTIMENTO: 
 A gestante, bem como seu companheiro ou acompanhante, devem estar informados e esclarecidos sobre o 
método escolhido: 
1. Concordarem com a indução 
2. Representa o termino da gestação 
3. Benefícios do parto vaginal em detrimento da manutenção da gestação 
 
FATORES MOTIVADORES: 
1. Síndromes hipertensivas (já tem condição de um parto) 
2. Diabetes mellitus (dependendo das condições) 
3. Colagenoses 
4. Restrição do crescimento intra uterina (RCIU) 
5. Pós datismo 
6. Comprometimento da vitalidade fetal 
7. Isso imunização materno fetal 
8. Óbito fetal intra útero 
9. Rotura prematura de membranas ovulares 
10. Corio amnionite (inflamação da bolsa) 
 
 
CONTRA INDICAÇÕES 
 São semelhantes as contra indicações ao parto vaginal 
• Absolutas 
o Apresentação córmica (atravessado) 
o Câncer cervical invasivo 
o Cicatriz uterina anterior (a partir de 2 cesáreas não faz indução) (pode ser que tirou mioma 
também/útero não consegue ter contração adequada para uma dilatação adequada, correndo risco 
de rotura no local da cicatriz)) 
o Desproporção cefalo pélvica absoluta 
o Herpes genital ativo 
o Placenta prévia 
o Vasa prévia 
o Prolapso de cordão umbilical 
o Apresentação pélvica 
o Mal formações (hidrocefálicas, por exemplo) 
o Sofrimento fetal agudo 
Outras contra indicações: grande multíparas, macrossomia, interatividade (= 2 ou mais cesáreas, se tiver uma só, já 
não induz pelo risco de rotura, principalmente se for recente) (cesárea anterior), espaço inter partal curto (<1 anos 
pós PN, <2 anos pós parto operatório) 
 
PRÉ-REQUISITOS: 
1. Integridade das membranas 
2. Apresentação fetal 
3. Avaliação da vitalidade fetal 
4. Consentimento da paciente 
 
2 Bruna Prado Zabini 
O American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) (2013) tipifica: 
1. Indução indicada não médica (eletiva) 
2. Indução indicada médica 
 
IND. ELETIVA 
 O parto naõ deve ser induzido eletivamente antes de 39 semanas de gestação, no chamado período termo 
precoce (37-38 sem). Isso por que são inúmeros as morbidades neonatais sinaladas, como: 
a. Síndrome da angustia respiratória (SAR) 
b. Taquipneia transitória 
c. Uso de ventilador pulmonar 
d. Pneumonia 
e. Insuficiência respiratória 
f. Admissão em UTI neonatal 
g. Hipoglicemia 
h. Apgar 5ºmin <7 
i. Mortalidade neonatal 
 
As indicações para o parto pré termo tardio (34-36 sem) e a termo precoce (37-38sem) são em casos de pré 
eclampsia, hipertensão gestacional e hipertensão crônica complicada; oligodramnia; cesárea clássica ou miomectomia 
anterior; placenta prévia, acreta; gestação gemelar; crescimento intrauterino restrito (CIUR); diabetes gestacional com 
doença vascular e DG ou pré gestacional mal controlados; descolamento prematuro de placenta (DPP), ruptura 
prematura de membranas; colestase da gravidez; doença hemolítica perinatal (DHPN) e malformações congênitas 
fetais. 
 
 MÉTODOS DE INDUÇÃO DO PARTO: 
1. Descolamento das membranas: indicado em gravidez com > ou igual a 41 semanas, com o colo desfavorável 
(deve haver certa dilatação cervical para introdução do dedo) 
 
2. Indutores da contração uterina: 
a. Ocitocina (em continuação ao misoprostol, utiliza-se ela com bomba de infusão venosa, na dose de 1 
a 8 um/min. Ela só pode ser administrada 4hrs após o término do misoprostol. Se ao momento da 
indução o colo já estiver maduro, a ocitocina será a única medicação utilizada) (capaz de aumentar as 
contrações rítmicas a qualquer momento da gravidez, sendo a resposta uterina maior mais próximo 
ao final da gestação). 
 
 Obs: Nos slides da professora e ministério da saúde: fala: 5UI de ocitocina em 500ml de soro glicosado a 5% 
EV, velocidade de 4 gotas/min ou 12ml/hora. Deve-se dobrar o gotejamento a cada 30min, até que se obtenha 
contratilidade uterina adequada, definida pela presença de atividade uterina regular 
 
Efeitos adversos: taquissistolia, precordialgia, hipertonia, hiper estimulação uterina e sofrimento fetal 
agudo. 
 
 
 
REZENDE 
A dose máxima de ocitocina tem sido arbitrariamente fixada em valores entre 20 e 40 mUI/min. Alguns 
pesquisadores, no entanto, acreditam que a dose possa ser aumentada até que se obtenham contrações eficazes. 24 É 
importante lembrar que infusões com dose igual ou maior que 20 mUI/min se associam a maior frequência de casos 
de intoxicação hídrica.10 No HC-FMUSP, emprega-se protocolo de baixa dosagem, que se inicia com 2 mUI/min e, caso 
seja necessário, recebe acréscimo de mais 2 mUI/min em intervalos mínimos de 15 minutos - ZUGAIB 
 
3 Bruna Prado Zabini 
b. Amniotomia (especialmente quando o colo é desfavorável. Isoladamente é o PIOR dos procedimentos 
pela possibilidade de longo intervalo entre a ruptura e o inicio das contrações, sua principal indicação 
é no DPP com o feto morto) (é mias utilizado para acelerar o TP já instalado pois aumenta o risco de 
infecção amniótico e o risco de acidente de cordão). 
c. Descolamento membranas 
d. Estimulação dos mamilos 
 
3. Promotres do amadurecimento cervical 
a. Sonda tipo retal ou Foley (com ou sem infusão salina extra amniótica – ISEA) (TÉCNICA DE KRAUSE) 
(12 à 24 hrs com mínima tração, ocorre liberação de prostaglandina endógena. Há baixo custo e fácil 
aplicabilidade, causa maior desconforto, maior sangramento e maior tempo e risco de infecção) 
b. PGE2: dinoprostano (é uma alternativa ao misoprostol, tem menor hiperestimulação uterina porém, 
alto custo) 
c. Análogo de PGE1: misoprostol (o esquema preferente é a dose de 25ug vaginal a cada 3-6hrs, até o 
amadurecimento cervical ou a indução do parto. Já a OMS recomenda o oral, 25ug de 2/2hrs como 
agente de escolha e como alternativa o vaginal 25ug 6/6hrs) (têm rápida absorção vaginal, baixo custo 
e termoestabilidade) 
 
 Obs: misoprostol e dinoprostona NÃO DEVEM ser utilizados em paciente com cesariana anterior ou cirurgia 
uterina extensa!! 
 
ÍNDICE DE BISHOP = se a indução for indicada e o colo for desfavorável (imaturo), devemos utilizar agentes para 
o amadurecimento. E para determinar as condições do colo, usamos este índice. 
o Desfavoravel: < ou = 6 
o Favorável: > 6 
o Probabilidade de parto vaginal após indução igual ao espontâneo se >8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contratilidade uterina: o parto induzido deve ser sempre monitorado (ACOG, 2009). O ideal é obter-se até 5 
contrações/10 min. É considerada taquissistolia a ocorrência de > 5 contrações/10 min, que pode estar associada a 
alterações desfavoráveis da frequência cardíaca fetal (fcf): ausência de oscilação, dips tardios ou umbilicais 
recorrentes, bradicardia [National Institute of Child Health and Human Development (NICHD), 2008]. Nessas 
condições, se não houver resposta às medidas corretivas de rotina (mudança do decúbito, administração de 
oxigênio), a cesárea estará indicada. A terbutalina subcutânea também pode ser tentada. 
 
4 Bruna Prado Zabini 
INDUÇÃO COM O FETO MORTO: 
Até 28 semanas o misoprostol vaginal pode ser utilizado na dose de 200 µg, de 12/12 h durante 48 h (SOGC, 
2006), mesmo em mulheres com cesárea prévia. Após 28 semanas, em mulheres com cesárea anterior, a melhor opção 
é a sonda de Foley transcervical. - REZENDE 
3º trimestre misoprostol 25-50mcg 3-6hrs e no 2º trimestre se for 13-17 semanas200mcg 6/6hrs e se for 18-
27 sem, 100mcg 6/6hr) – SLIDE PROFESSORA 
 
FALHA DE INDUÇÃO 
• Com prostaglandinas: não há consenso quanto ao tempo máximo (geralmente de 48 à 72 horas) 
• Com ocitocina: 12 -18 horas com membranas rotas; geralmente de 24 horas (depende do protocolo do serviço) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
• REZENDE - Obstetrícia Fundamental. 13. ed.; 2014. Capitulo 12 (Contratilidade Uterina). 
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, 
aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher/ Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de 
Saúde, Área Técnica da Mulher. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Capitulo 14 (Indução do Parto), pg. 
119. 
• Tratado de Obstetríca – FEBRASGO. Capitulo 19.2.5.5 
• ZUGAIB – Obstetrícia, 3ºed., 2016. Seção 4 (Parto e puerpério), capítulo 14 (Manutenção cervical e indução 
de parto), pg. 331

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