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DELIRIUM EM IDOSOS JULIANA MIYUKI TOMIMATSU – RESIDENTE DO 2º ANO DE GERIATRIA – HSPM 16/10/2020 DELIRIUM DO LATIM DELIRARE – “FORA DOS TRILHOS”; ESTAR PERTURBADO, DESORIENTADO SINÔNIMOS – “ESTADO CONFUSIONAL AGUDO”; CONFUSÃO AGUDA”. EPIDEMIOLOGIA Na comunidade, a prevalência aumenta com a idade, chegando a 14% entre pessoas > 85 anos; Na Emergência, a prevalência estimada gira entre 10 a 30%; Durante a hospitalização, esta prevalência pode chegar a 50% (70 a 87% em UTI); Em idosos no pós-operatório, o risco de delirium pode ultrapassar 50%; Nas ILPI´s pode alcançar 60%; Nos pacientes terminais, podendo chegar a 80%; Fonte: Manual prático de geriatria / Elizabete Viana de Freitas ... [et. al.]. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. DEFINIÇÃO De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - 5 (DSM-5) é definido como: Alteração da consciência com diminuição da capacidade de manter, alterar ou focar a atenção; Alteração da cognição (memória, orientação, linguagem) ou o desenvolvimento de alteração da percepção; Não pode ser explicada por quadro demencial estabelecido, pré-existente ou em evolução; As alterações desenvolvem-se geralmente em horas a dias, e tendem a flutuar ao longo do dia. Pode vir associada a alucinações, delírios, paranoia, alterações de personalidade e afeto; O pensamento torna-se desorganizado; Fonte: Manual prático de geriatria / Elizabete Viana de Freitas ... [et. al.]. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. CLASSIFICAÇÃO Existem três subtipos de delirium, descritos em termo da atividade psicomotora e nível de vigília: 1.Hiperativo – doentes agitados, hiperalertas; maior risco de quedas; 2. Hipoativo – doentes letárgicos, hipoalertas; maior risco de infeções e úlceras de pressão; 3. Misto – características flutuantes entre os dois anteriores; Fonte: Manual prático de geriatria / Elizabete Viana de Freitas ... [et. al.]. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Fonte: “Delirium pós-operatorio no idoso. Onde estamos?”, Rev Med Minas Gerais 2017; 27 (Supl 2) [artigo de revisão] FATORES PREDISPONENTES • Alterações prévias à admissão que estimam a vulnerabilidade do indivíduo para evoluir com Delirium. Fonte: NETO et al. “Delirium: The 7th Vital Sign?”, Acta Med Port 2018 Jan;31(1):51-58 FATORES PRECIPITANTES • Alterações adquiridas durante internação que desencadeiam a evolução para Delirium. Fonte: NETO et al. “Delirium: The 7th Vital Sign?”, Acta Med Port 2018 Jan;31(1):51-58 Fonte: NETO et al. “Delirium: The 7th Vital Sign?”, Acta Med Port 2018 Jan;31(1):51-58 FISIOPATOLOGIA 1- Diminuição do metabolismo oxidativo com impacto nos sistemas de neurotransmissão e da transdução interneuronal; 2- Atividade reduzida da acetilcolina e aumentada da dopamina; 3- Aumento de citocinas inflamatórias (PCR, IL-1, IL-6 e FNT-α); 4- Alterações da barreira hematoencefálica em situações de stress; 5- Ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal com alteração da síntese e de neurotransmissores; Fonte: NETO et al. “Delirium: The 7th Vital Sign?”, Acta Med Port 2018 Jan;31(1):51-58 DIAGNÓSTICO Avaliação basal cognitiva do doente (MEEM/MOCA) Critérios diagnósticos padrão para confirmar delirium (Confusion Assessment Method - CAM) História completa Exame físico direto e testes selecionados para determinar a causa Fonte: NETO et al. “Delirium: The 7th Vital Sign?”, Acta Med Port 2018 Jan;31(1):51-58 Fonte: NETO et al. “Delirium: The 7th Vital Sign?”, Acta Med Port 2018 Jan;31(1):51-58 Fonte: Fabbri, RMA et al. Validity and reliability of the Portuguese version of the Confusion Assessment Method (CAM) for the detection of delirium in the elderly. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 59, n. 2A, jun. 2001. Fonte: Fabbri, RMA et al. Validity and reliability of the Portuguese version of the Confusion Assessment Method (CAM) for the detection of delirium in the elderly. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 59, n. 2A, jun. 2001. Fonte: Fabbri, RMA et al. Validity and reliability of the Portuguese version of the Confusion Assessment Method (CAM) for the detection of delirium in the elderly. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 59, n. 2A, jun. 2001. Fonte: Fabbri, RMA et al. Validity and reliability of the Portuguese version of the Confusion Assessment Method (CAM) for the detection of delirium in the elderly. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 59, n. 2A, jun. 2001. Fonte: Fabbri, RMA et al. Validity and reliability of the Portuguese version of the Confusion Assessment Method (CAM) for the detection of delirium in the elderly. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 59, n. 2A, jun. 2001. DELIRIUM OU DEMÊNCIA Delirium afeta principalmente a atenção, costuma ser causado por enfermidade aguda ou toxicidade por fármacos (às vezes com risco de morte) e, em geral, é reversível. Demência afeta em especial a memória, costuma ser causada por alterações anatômicas no encéfalo, tem início mais lento e, em geral, é irreversível. Fonte: “Delirium pós-operatorio no idoso. Onde estamos?”, Rev Med Minas Gerais 2017; 27 (Supl 2) [artigo de revisão] TRATAMENTO Correção da causa e remoção de fatores agravantes Cuidados de suporte Tratamento da agitação Fonte: “Delirium pós-operatorio no idoso. Onde estamos?”, Rev Med Minas Gerais 2017; 27 (Supl 2) [artigo de revisão] TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Reorientação temporo-espacial do doente (relógio / calendário / TV / luz solar); Facilitar processo de perceção do meio envolvente (aparelho auditivo / óculos); Hidratação e alimentação adequadas; Otimizar as medidas de prevenção de úlceras cutâneas; Estimular a mobilização precoce com prevenção adequada de quedas; Manter a regularidade da equipe de profissionais; Evitar as mudanças frequentes de enfermaria; Fonte: “Delirium pós-operatorio no idoso. Onde estamos?”, Rev Med Minas Gerais 2017; 27 (Supl 2) [artigo de revisão] http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acpmedicine/7280/avaliacao_e_gerenciamento_de_pacientes_geriatricos.htm http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/7280/avaliacao_e_gerenciamento_de_pacientes_geriatricos.htm TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Fonte: “Delirium pós-operatorio no idoso. Onde estamos?”, Rev Med Minas Gerais 2017; 27 (Supl 2) [artigo de revisão] Fonte: “Delirium pós-operatorio no idoso. Onde estamos?”, Rev Med Minas Gerais 2017; 27 (Supl 2) [artigo de revisão] CONSIDERAÇÕES FINAIS O delirium está associado a uma série de consequências negativas para a população geriátrica, como aumento do tempo de hospitalização, altas taxas de institucionalização e de mortalidade, distúrbio cognitivo a longo prazo e declínio funcional. Detecção rápida e precoce, além do manejo da condição subjacente que deu início ao quadro se faz fundamental. Fonte: Manual prático de geriatria / Elizabete Viana de Freitas ... [et. al.]. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
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