Buscar

Doenças exantemáticas mais comuns na infância

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Alanna Amorim – 5º semestre UniFTC 
DOENÇAS 
EXANTEMÁTICAS 
MAIS COMUNS NA 
INFÂNCIA 
DOENÇA COM PATOGÊNESE 
SISTÊMICA DE ORIGEM INFECCIOSA E 
QUE CURSA COM EXANTEMA 
- AS SEIS DOENÇAS CLÁSSICAS: 
• Sarampo 
• Escarlatina 
• Rubéola 
• Doença de Filatow-Dukes* (não é mais 
considerada uma doença 
exantemática) 
• Eritema infeccioso 
• Exantema súbito 
 
OBS: podem ser classificadas pela etiologia 
viral ou outras etiologias. 
O sarampo vai fazer um exantema 
maculopapular de etiologia viral, já a 
escarlatina também faz um exantema 
maculopapular de etiologia bacteriana. 
Na etiologia petequial tem o sarampo atípico, 
vírus cosacke, na etiologia papular vai ser 
verrugas, moluscos contagiosos, na etiologia 
vesicular tem a varicela, urticaria, impetigo, as 
picadas de insetos. 
MECANISMO DE SURGIMENTO DO 
EXANTEMA 
- Invasão e multiplicação direta na própria pele 
(varicela-Zoster, herpes simples) 
- Ação de toxinas (escalartina, infecções 
estafilococicas) 
- Ação imunoalérgica com expressão na pele 
(viroses exantemáticas, como sarampo e 
rubéola) 
- Dano vascular, podendo causar obstrução e 
necrose da pele (meningococcemia, febre 
purpúrica brasileira) 
DIFERENCIANDO OS EXANTEMAS 
• MÁCULA: lesão plana, não palpável 
• PÁPULAS: lesões pequenas 
perceptíveis ao tato → nódulos 
• VESÍCULAS: pequenas lesões que 
contêm liquido → bolhas 
• PÚSTULAS: vesícula com liquido que é 
purulento 
• PLACAS: lesões planas, mas elevadas, 
perceptíveis ao tato e grandes. 
• COR ERITEMATOSA: desaparecem com 
a vitropressão, é decorrente de uma 
vasodilatação, não desaparece com a 
vitropressão, é decorrente de 
extravasamento → purpúricas 
- Petequiais (pequenas) 
- Quimóticas (manchas maiores) 
• MORBILIFORMES: existem áreas de 
pele sã entre as lesões 
• ESCARLATINIFORMES: difuso (acomete 
como um todo) 
SARAMPO 
- Etiologia: paramixovirus 
- Mecanismo de transmissão: via aérea, por 
meio de aerossol; 
- Tempo de incubação: 7 a 14 dias 
- Manifestações clinicas: febre alta, coriza 
abundante, tosse, conjuntivite, fotofobia, 
 
2 Alanna Amorim – 5º semestre UniFTC 
exantema maculo-papular avermelhado: região 
retroauricular → tronco → membros (2 a 4 dias, 
desaparece em 5 a 7 dias) 
- SINAL DE KOPLIK (lesões visceradas na 
cavidade oral) é um sinal característico de 
sarampo. Na presença dele já pode-se fechar o 
diagnóstico. 
 
- DIAGNÓSTICO: caso suspeito → febre + 
exantema + tosse ou coriza ou conjuntivite. 
Tendo isso tem que fazer a notificação. Desse 
modo, é feito a Sorologia para inquérito 
sorológico. 
- TRATAMENTO: 
• Suporte 
• Vitamina A (obrigatoriamente, pois faz 
um consumo dessa vitamina, por isso a 
importância de repor para não ter a 
piora do quadro) 
- <6 meses: 50.000 UI 
- Entre 6 e 12 meses: 100.000 UI 
- >12 meses: 200.000 UI 
- COMPLICAÇÕES: encefalite/ pneumonite (usa 
antivirais nesses casos mais graves) 
- PREVENÇÃO: vacina (feita na forma do tríplice 
viral que administrada uma dose com um ano e 
reforço depois de 15 dias). 
 
OBS: toda criança entre 2 e 19 anos tem que ter 
duas doses de sarampo obrigatoriamente. Era 
considerada uma doença erradicada até o ano 
2000, mas após um surto de sarampo, foi 
recomendado mais uma dose de reforço ao 
sarampo. Desse modo ficou uma dose com um 
ano, depois com 1 ano e 15 dias e depois com 1 
ano e 3 meses. 
 
 
RUBEÓLA 
- Etiologia: Togavirus 
- Mecanismo de transmissão: via aérea e 
transplacentária 
- Período de incubação: 7 a 21 dias / período de 
transmissão: 5 a 7 dias antes e depois do 
exantema 
- Muitas pessoas vão ser assintomáticas 
- Manifestações clínicas: 
• 70% subclínica 
• Linfonodopatia generalizada 
• Febre baixa, astenia, anorexia 
• Adolescentes: cefaléia, dores 
generalizadas, conjuntivite, coriza e 
tosse 
• Exantema maculopapular e pintiforme 
difuso (face → tronco → membros) 
desaparece em 3 dias 
- Diagnóstico: caso suspeito febre + exantema 
maculopapular + linfadenopatia retroauricular, 
occipital e/ou cervical. IgM e IgG específicos 
- Tratamento: medidas de suporte 
- Complicações: encefalite e púrpura 
trombocitopênica 
- Prevenção: vacina (tríplice viral que se faz com 
1 ano e com 1 ano e 3 meses) 
 
 
3 Alanna Amorim – 5º semestre UniFTC 
ESCARLATINA 
- Etiologia: Streptococcus pyogenes (beta-
hemolítico do Grupo A de Lancefield) mesmo 
agente que causa febre reumática 
- Mecanismo de transmissão: secreções da via 
aérea 
- Período de incubação: 12 a 48 horas 
- Manifestações clínicas: 
• Febre alta, odinofagia, inapetência, 
toxemia, 
• Exantema eritematoso, com pápulas 
confluentes (pele em lixa, face e tronco 
e depois evolui para os membros). 
Resolve-se em 3m 7 dias com 
surgimento de descamação. 
• Sinal de pastia (região de cotovelo faz 
umas linhas avermelhadas) 
• Sinal de filatow (face avermelhada com 
uma palidez perioral) 
• Língua em framboesa (papilas 
gustativas vão estar bastante 
edemaciadas) 
• Linfonodomegalia dolorosa cervical e 
submandibular 
• Petéquias de palato 
 
- Diagnóstico: 
• Clínico 
• Strep test 
- Tratamento: 
• Penilicina G Benzatina 
- <20kg 600.000 UI 
- >20kg 1.200.000 UI 
- Nos casos dos alérgicos, muda para 
azitromicina. 
• Complicações: febre reumática, GNDA 
ERITEMA INFECCIOSO 
- Etiologia: Parvovírus B19 
- Mecanismo de transmissão: contato direto 
com secreções respiratórias 
- Período de incubação: 7 a 14 dias 
- Manifestações clínicas: 
• Febre baixa, astenia direta 
• Exantema rendilhado, padrão macular 
(face e tronco → membros). Duração 
de 7 a 10 dias. 
- Face esbofeteada ou cara de palhaço 
(intensa hiperemia e edema malares) 
- Exarcebações esporádicas 
• Dor articular migratória por um período 
de 3 meses 
- Diagnóstico: 
• Anemia e plaquetopenia 
• IgG e IgM específicos 
- Tratamento 
• Suporte 
 
EXANTEMA SÚBITO (ROSÉOLA INFATIL) 
- Etiologia: herpes vírus 6 e 7 
- Mecanismo de transmissão: contato com 
secreções respiratórias 
- Período de incubação: +/-10 dias 
- Manifestações clínicas 
• Febre alta, irritabilidade 
• Quando a febre vai embora começa o 
exantema maculopapular eritematoso 
(centro → periférico) 
- Diagnóstico: clinico 
- Tratamento: suporte 
- Complicações: encefalite 
VARICELA 
- Etiologia: vírus varicela-zóster 
- Mecanismo de transmissão: via aérea e 
contato com liquido da vesícula 
- Período de incubação: 14 a 21 dias/ período de 
transmissão: 2 dias antes do exantema ate a fase 
crostosa 
- Manifestações clínicas: 
• Febre + exantema, astenia, anorexia 
• Exantema (máculas → pápulas → 
vesículas → crostas) 
• Prurido intenso 
- Diagnóstico: clínico 
 
4 Alanna Amorim – 5º semestre UniFTC 
- Tratamento: 
• Suporte 
• Anti-histamínico 
• Permanganato de potássio 
- Complicações: 
• Infecção de pele secundária 
• Encefalite 
• Síndrome Reye 
• Varicela disseminada/ hemorrágica 
(imunocomprometidos) 
- Prevenção: vacina (feita com 1 ano e 3 meses e 
reforço aos 4 anos de idade, no particular as 
duas doses são feitas com 1 ano e reforço aos 4 
anos). 
 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA 
- Etiologia: vírus Epstein-Barr (80% dos casos), 
citomegalovírus, vírus da imunodeficiência 
adquirida, vírus da hepatite B, taxoplasma gondii 
- Mecanismo de transmissão: contato com 
secreções respiratórias (apenas para o Epstein- 
Barr 
- Período de incubação: +/- 10 dias 
- Manifestações clínicas: 
• Febre alta, irritabilidade 
• Exantema maculopapular eritematoso 
(centro → periferia) 
-Diagnóstico: 
• Febre, linfonodomegalia 
• Hepatoesplenomegalia 
• Faringoamigdalite 
• Erupção cutânea 10 a 15%, elevação da 
frequência associada ao uso de 
penicilina/ ampicilina 
- Exantema variável: maculopapular, 
petéquias, papulovesiculares, 
escarlatiniforme e urticariformes 
- Tratamento: suporte 
ENTEROVIROSES 
 - Etiologia: RNA-vírus (23 coxsackie A – A-Ia A-
24, exceto A-23), 6 coxsackie B (B-I a b-6), 31 
ECHO (I a 33, exceto 10 e 28) e 4 enterovírus (68 
a 71) 
- Mecanismo de transmissão: via fecal-oral 
- Período de incubação: 3 a 6 dias 
- Manifestações clínicas: 
• Exantema variável, desde o clássico 
maculopapular, até vesicular, petequial 
e mesmo urticariforme (depende do 
agente etiológico) 
• Síndrome mão-pé-boca 
- Diagnóstico: clínico 
- Tratamento: suporte 
- Prevenção: cuidados higiênicos 
FEBRES HEMORRÁGICAS 
- Etiologia: arbovírus (Flavoviridae) 
- Transmissão: picada do mosquito Aedes 
aegypti 
- Período de incubação: 4 a 7 dias 
- Quadro clínico: 
• Variável, porque depende da doença 
• Dengue clássica: febre alta, cefaleia 
intensa, dores musculares e articulares, 
náuseas, vômitos e diarreia, dor 
abdominal e com localização 
preferencial retrorbitária. 
- Linfonodomegalia 
- Exantema 
- Defervescência da febre 
• Dengue hemorrágica 
• Zika 
• Chikunguya 
- Diagnóstico: IgG e IgM específicos 
- Tratamento: de acordo com o quadro clinico 
- Prevenção: eliminação dos focos de mosquito 
 
5 Alanna Amorim – 5º semestre UniFTC

Continue navegando