Prévia do material em texto
CONCEPÇÃO 2 EMBRIOLOGIA LETÍCIA LEÃO Embriologia do aparelho faríngeo Relembrando: 1º semana: implantação do blastocisto 2º semana: disco embrionário bilaminar, placa precordal, epiblasto, âmnio 3º semana: mesenquima (mesoderma), desloca o hipoblasto (endoderna). As células que permanecem no epiblasto ectoderma. Início do sistema cardiovascular (coração já bate e a circulação já existe, mas é precária). 4º semana: dobramentos; mudança de forma; período mais crítico. 4º a 8º semana (organogênese): formação de tecidos e órgãos Arcos faríngeos: Aparecem entre a 4º e 5º semana No desenvolvimento da face e do pescoço formam-se os arcos faríngeos/branquiais 6 pares de arcos 5º é rudimentar e não visto Sistema faríngeo: Arcos faríngeos Sulcos faríngeos: separa externamente (ectoderma) Bolsas faríngeas: separa internamente (endoderma) Membranas faríngeas: encontro entre bolsa e sulco (endo e ectoderma) Arcos faríngeos: Surgem na parede lateral da faringe em desenvolvimento (porção longocefálica da cabeça) Mesênquima: formado por células da crista neural e mesoderma A partir do intestino primitivo (intestino faríngeo) parte mais cefálica 4 pares bem definidos e visíveis 5º rudimentar e não visível 6º par nem sempre é visível Numerados no sentido céfalo-caudal No fim da 4º semana, o centro da face é formado pelo estomodeu (boca primitiva) Membrana bucofaringea rompe com 26 dias; conecta a faringe e intestino anterior com a cavidade amniótica Componentes: endoderma, mesênquima e ectoderma; mesoderma miogênico: primórdio do músculo; angioblastos; endoderma faríngeo: regula o desenvolvimento dos arcos faríngeos Arco Típico: Artéria: origem no tronco arterioso do coração primitivo Componente muscular: originado da migração das células do mesoderma Nervos: motores e sensoriais; são os neuroectodermas do encéfalo 1º arco: nervo trigêmeo 2º arco: nervo facial 3º arco: nervo glossofaríngeo 4º e 6º arco: nervo vago (ramos) Derivados dos arcos: 1º arco: Proeminência maxilar: maxila, zigoma e porção do vômer Proeminência mandibular: mandíbula e parte escamosa do temporal. Cartilagem do 1º arco ou de Meckel: da origem ao martelo, bigorna, ligamento anterior do martelo, ligamento estilo- hioideo, ligamento esfenomandibular. Músculos da mastigação: milo-hioideo, ventre anterior do digastrico, tensor do tímpano, tensor do véu palatino 2º arco: Osso hioide. Cartilagem de Reichert: estribo e processo estiloide do osso temporal, corno menor do hioide, ligamento estilo- hioideo. Músculos da mimica facial: estapedio, estilo-hioideo, ventre posterior do digástrico CONCEPÇÃO 2 EMBRIOLOGIA LETÍCIA LEÃO 3º arco: osso hioide, músculos estilofaringeos; eminencia hipobranquial: corpo do hioide, corno maior do hioide. Músculos: estilofaringeo 4º e 6º: se fundem para formar as cartilagens da faringe (exceto epiglote); musculo: cricotiróideo, levantador do véu palatino e constritores da faringe; intrinecos da faringe Epiglote: 3º e 4º arco Sulcos faríngeos: São de ectoderma Separam os arcos externamente 4 sulcos faríngeos/ fendas branquiais 1º par persiste como meato auditivo externo ou canais auditivos Outros são obliterados à medida que o pescoço se desenvolve (sobreposição do 2º arco sobre o 3º e o 4º) Anomalias: mais comum é que o segundo não se feche ex- seios, fistulas, cistos Bolsas: 1º bolsa: Recesso tubotimpanico se junta com o primeiro sulco para formar a membrana timpânica; tuba faringotimpanica, cavidade timpânica e antro mastoide 2º bolsa: seio tonsilar e epitélio da superfície da tonsila palatina 3º bolsa: timo, paratireoide inferior 4º bolsa: paratireoide superior, corpo ultimofaringeo Membranas faríngeas: Revestem os assoalhos dos sulcos faríngeos Parte central: mesênquima Só o 1º par desenvolve estrutura: membrana timpânica Formação do seio cervical: Remanescentes embrionários raros Ex: abertura ao longo da borda anterior do músculo esternocleidomastóideo Desenvolvimento da face: Se desenvolve ao redor do estomodeu Desenvolvimento depende de: prosencéfalo, zona ectodérmica frontonasal e desenvolvimento dos olhos Estruturas primordiais: Proeminência frontonasal: terço superior da face + nariz Par de proeminências maxilares: terço médio da face Par de proeminências mandibulares: terço inferior da face Centros ativos do crescimento da face Proeminências: Proeminências faciais: mesênquima derivado da crista neural Proeminência maxilar Proeminência mandibular Proeminência cardíaca Membrana orofaríngea rompida Proeminência frontonasal: testa, dorso e ponta do nariz, vesículas ópticas (lateral) e invaginação dos placoides nasais, originando as proeminências nasais mediais, laterais e fossetas nasais Placoide nasal: espessamento que marca onde serão as narinas (septo nasal, laterais do nariz) Fosseta nasal: área do placoide nasal que foi invaginada Novas proeminências ex: proeminência nasal (lateral e medial) Fusões das proeminências: Fusão das proeminências nasais mediais: testa, pálpebra, narina, aumento gradual da maxila, mandíbula Fusão das proeminências nasais mediais com as maxilares e nasais laterais: segmento intermaxilar (gengiva, maxila incisiva, palato primário) Proeminências maxilares: limites laterais do estomodeu, maxila, palato secundário, lábio superior e malar (bochecha superior) Proeminências mandibulares: limite inferior do estomodeu, mandíbula, lábio inferior, bochecha inferior Lábio superior: fusão das proeminências nasais mediais com proeminência maxilar Lábio inferior: fusão das proeminências mandibulares (falha na fusão- covinhas) Nariz: frontal- ponte Cavidade nasal: Fechamento dos processos nasais + fosseta nasal = saco nasal Aprofundamento das fossetas nasais saco nasal primitivo CONCEPÇÃO 2 EMBRIOLOGIA LETÍCIA LEÃO Membrana oronasal: separa cavidade nasal e oral (rompe na 6º semana para o palato secundário se desenvolver) Não rompe- fissuras palatinas Comunicação: coanas Desenvolvimento das conchas nasais: inferior, media e superior estão na parede lateral Crescimento do nervo olfatório Seios paranasais: Desenvolve apenas após o nascimento pela necessidade de ar (exceto maxilares) São protuberâncias (divertículos) das paredes da cavidade nasal: extensões pneumáticas nos ossos Orifícios de drenagem dos seios da face: aberturas originais dos divertículos; parede lateral e superior Frontais, etmoidais, maxilares e esfenoidais Desenvolvimento do palato: Palato primário: surge primeiro pelas proeminências nasais mediais; pré-maxila: pequena parte do palato duro Palato secundário: após ruptura de membrana oronasal; proeminências maxilares (parte interna): processos palatinos laterais originam; palato definitivo- duro e mole Forame incisivo: marco embrionário entre primário e secundário Fusão do palato secundário inicia na porção mediana Fenda labial e palatina Anomalia craniofacial mais comum Alterações no desenvolvimento da face e funcionais: fala, alimentação e respiração Classificação: Labial, palatina e labiopalatina Unilateral ou bilateral Completa ou incompleta (forame incisivo) Desenvolvimento do pescoço: Tireóide: Primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião Espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitida formando uma pequena evaginação: primórdio da tireoide Migra para o pescoço (desce) pelo desenvolvimento da língua (empurra) Passa ventralmente ao hioide e se aloja Ligação provisória com a língua:ducto tireoglosso (depois atrofia) Começa na 7º semana: descida completa, involução do ducto Formação do forame cego na base da língua Malformações: Cisto do ducto tireoglosso: cistos no trajeto do ducto; crescimento e risco de infecção; remanescente embrionário Glândula tireoide ectópica: erro na descida da glândula, sublingual é mais comum Língua: Começa na 4º semana Elevação triangular mediana anterior ao forame cego na faringe primitiva, forma tumefação lingual mediana- não evolui com o feto Tumefações linguais laterais- tem expressão final de desenvolvimento- se fundem na linha mediana e compõem os 2/3 anteriores da língua Origem embrionária: mesenquima Parte rostral da eminência hipofaríngea: forma terço posterior Migração de células da crista neural cranial: originam inervação e vascularização da língua Migração de mioblastos: dão origem a musculatura da língua Papilas e corpúsculos gustativos: circunvaladas e folhadas- primeiras estão no território do nervo glossofaríngeo (IX); papilas fungiformes: relacionadas ao ramo da corda do nervo timpânico facial e papilas filiformes: 10 e 11º semana (tardias) terminações aferentes e sensitivas Inervação sensitiva: 2/3 anteriores: nervo lingual; 1/3 posterior: nervo glossofaríngeo + nervo laríngeo superior do nervo vago Inervação gustativa: 2/3 anteriores: nervo corda do tímpano; 1/3 posterior: nervo glossofaríngeo e vago (igual a sensitiva) Inervação motora: nervo hipoglosso e nervo vago (musculo palatoglosso)