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Marianna L. Deprá DIABETES MIELLITUS Como diagnosticar glicemia de 2h = glicemia pós-prandial TOTG = durante o teste de tolerância à glicose HbA1c = hemoglobina glicada CRITÉRIOS DE PRÉ-DIABETES: Tipos de diabetes • Diabetes tipo 1; • Diabetes tipo 2; • Pancreático; • Auto imune; • Mody; • Lada; • Doenças endócrinas; • etc. Diabetes tipo 2 SINAIS E SINTOMAS • > 40 anos; • maioria assintomático; • história familiar de diabetes; • resistência aumentada a insulina (ela tem dificuldade de entrar na célula por conta da quantidade aumentada de tecido adiposo); • Aumento da circunferencia abdominal; Marianna L. Deprá • síndrome metabólica (como deslipidemia); • acantose - sugere que o paciente tem resistência à insulina (linha escura no pescoço); FISIOPATOLOGIA • Hiperglicemia causada por: - lipólise aumentada; - reabsorção de glicose aumentada no rim; - captação periférica de glicose reduzida; - disfunção de neurotransmissores; - produção de glicose aumentada no fígado; - secreção de glucagon aumentada no pâncreas; - alteração das ilhotas pancreáticas (as células beta só vão ser destruídas em estágios mais aumentados); - efeito incretínico reduzido. • A dosagem de anticorpos vai estar ausente porque não é uma doença autoimune e o peptídeo C (intermediário para a produção de insulina) vai estar normal ou elevado - normal se a quantidade de insulina estiver adequada, quando começa a elevar, o peptídeo C fica elevado na tentativa de elevar a produção de insulina. • Fatores genéticos (hereditariedade) e ambientais (alimentação) —> resistência à insulina —> aumenta produção a insulina pois o corpo entende que não existe insulina e não tem tolerância à glicose —> com o passar dos anos, vai surgir uma intolerância à glicose —> falência das células beta —> diabetes. Diabetes tipo 1 SINAIS E SINTOMAS • < 25 anos (mas pode ocorrer em qualquer idade); • geralmente magros e sem história familiar; • diagnóstico: cetoacidose diabética; • complicações agudas frequentes: crise de cetoacidose; • auto-imune —> destruição das ilhotas pancreáticas —> não produz insulina; • tem que fazer insulinoterapia para o resto da vida. • Anticorpos presentes e peptídeo C baixo (pois não vai estar produzindo insulina). FISIOPATOLOGIA • você tem uma massa de células beta normais mas também tem uma predisposição genética para ter uma doença autoimune —> um fator inespecífico autora algo —> aparecem os auto anticorpos tumorais —> lesão nas células beta —> pré diabetes: começa a perder um pouco da resposta insulínica e pode fazer uma intolerância à glicose —> início clínico —> diabetes; • anticorpo anti-insulina e anticorpo anti-diasina; • quadro de cetoacidose; Marianna L. Deprá Diabetes 3C • Diabetes pancreatogênico; • destruição do pancreas endócrino e exócrino; • causas: pancreatite crônica (álcool - pode causar cirrose também) - o paciente começa a substituir as células do pâncreas por fibrose e cálculos, câncer de pâncreas, pancreatite aguda; • quando tem 90% de pâncreas destruído ele pode fazer insuficiente endócrina e exócrina. Na endócrina ele vai fazer um diabetes insulinodependente, e a exócrina é a esteatorreia que o paciente desenvolve por deficiência de produção de amilase lipase - é aquela diarreia com fezes amareladas, gordura presente pois não está absorvendo ela. Lada • Diabetes autoimune do adulto; • diagnóstico > 25 anos; • desde o início o paciente já tem anticorpos presentes, porém só vai precisar de insulina 6 meses-1ano após o diagnóstico (por isso é chamado de latente); • a velocidade de destruição das células beta é mais lenta do que na diabetes tipo 1; • sem cetoacidose ao diagnóstico; • durante o tempo que ficou sem insulina (6 meses a 1 ano) estava compensado do diabetes; Característica clínica DM1 DM2 INÍCIO USUAL INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA A PARTIR DOS 40 ANOS FREQUÊNCIA RELATIVA 5 A 10% 90 A 95% PREVALÊNCIA 0,1 A 0,3% 7,5% CONCORDÂNCIA EM GÊMEOS IDÊNTICOS ATÉ 50% 80 A 90% Característica clínica DM1 DM2 ASSOCIAÇÃO COM HLA* SIM NÃO ICA**/ANTI-GAD 65 *** GERALMENTE PRESENTES AUSENTES PEPTÍDEO C SÉRICO BAIXO NORMAL OU ELEVADO OBESIDADE AO DIAGNÓSTICO OCASIONAL FREQUENTE (80% SÃO OBESOS) SINTOMAS CLÁSSICOS QUASE SEMPRE PRESENTES 50% DOS PACIENTES SÃO ASSINTOMÁTICOS COMPLICAÇÃO AGUDA MAIS CARACTERÍSTICA CETOACIDOSE DIABÉTICA SÍNDROME HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICA TRATAMENTO MEDICAMENTOSO INICIAL INSULINA HIPOGLICEMIANTES ORAIS *HLA: antígeno leucocitário; **ICA: anticorpo anti ilhota; ***Anti GAD: anticorpo antidescarbox ilase do ácido glutâmico Marianna L. Deprá Mody • Diabetes familial de início jovem; • DM em familiar < 25 anos em 2 gerações • monogênico - mutação em um único gene - esse gene produz insulina defeituosa; • autoanticorpos negativos; • importante fazer genograma familiar; • peptídeo C presente - esse paciente tem insulina. Diabetes nas endocrinopatias • Acromegalia - GH alto (é hormônio hiperglicemiante); • síndrome de cushing - cortisol alto (hormônio hiperglicemiante); • tumores neuroendócrinos: glucagonoma - produz quantidade excessiva de glucagon; • eritema necrolítico migratório - feito por tumores produtores de glucagon Complicações crônicas do diabetes • pé diabéticos, doenças arteriais, nefropatia diabética, doença arterial coronariana (causa de morte), doença cerebrovascular, disfunções autonomias, retinopatia etc; • essas complicações vão acontecer de acordo com o tempo do diabetes (+ de 10 anos ou descompensada); • no diabetes tipo 1 espera um tempo para começar a rastrear complicações e no tipo 2 começa a rastrear no momento do diagnóstico. Isso acontece pois não se sabe quando a diabetes tipo 2 se instalou e o tipo 1 é muito agudo e abrupto; • fatores de risco: hipertensão, tabagismo, obesidade. MACROVASCULARES: • doença arterial coronariana - causa IAM; • doença arterial oclusiva periférica - tem como mecanismo as placas ateroscleróticas e impede o fluxo para um membro e pode perde-lo; • doença cerebrovascular - causa AVC; MICROVASCULARES: • retinopatia diabética - exame do fundo de olho, cruzamentos arteriovenosos, exudatos hemorrágicos, pode levar à cegueira; • neuropatia diabética - parestesia, perde sensibilidade (principalmente nos pés). os vasos que irrigam os nervos vão ser prejudicados pela alta de glicose; • nefropatia diabética; NEFROPATIA: • fatores de risco: duração da diabetes, microalbuminúria, fatores genéticos, mau controle glicêmico, hipertensão arterial, tabagismo, hipercolesterolemia, obesidade, obstrução urinária, infecção urinária crônica de repetição, uso de fármacos nefrotóxicos; RETINOPATIA: • principal causa de cegueira no mundo; Marianna L. Deprá • afeta até 40% dos diabéticos; •mais frequente em diabetes tipo 1; •diabetes mal controlada —> hiperglicemia —> altera osmolaridade no local dos vasos-> microangiopatia e oclusão capilar —> hipóxia retiniana. NEUROPATIA: -PNDIC: polineuropatia dismielinizante inflamatória e crônica - é irreversível; -autonômicas: o paciente vai fazer hipotensão postural (tontura), pode cair e sofrer um acidente. Também tem pacientes que fazem gastroparesia. Podem fazer super crescimento bacteriano por alteração na contração ou mobilidade do TGI, distensão abdominal e de alça —> o paciente tem diarréias. -pode ter lesão da sensibilidade dos sentidos e sentir uma sensação diferente (p.ex. um toque pode gerar dor); - lesão motora: dificuldade para motricidade - traumas + calçados inadequados (causam lesão) +o sangue já está hiperglicêmico, propiciando a instalação de bactérias e infecções + alterações vasculares + alterações de perda de solução de continuidade da pele = úlcera, chamada de pé diabético (pode ser necessária a amputação). a) Hipoglicemia sintomática documentada ✓ Tem sintomas e glicemia < 70 mg/dl b) Hipoglicemia sintomática provável ✓Sintomas sem ter medido a glicemia c) Hipoglicemia assintomática(sem alarme) ✓ Sem sintomas e glicemia < 70 mg/dl d) Hipoglicemia grave (convulsão, alteração de comportamento ou coma) ✓ Requer assistência de outra pessoa e) Hipoglicemia relativa ✓ DM + sintomas de hipo e glicemia > 70 mg/dl Marianna L. Deprá Complicações agudas do diabetes • hipoglicemia (insulina em excesso, contração muscular capta glicose independente de insulina), cetoacidose diabética, estado hiperglicêmico, hiperosmolar; HIPOGLICEMIA • glicose < 70mg/dL; • sintomas adrenérgicos e neuroglicopênicos (tremores, sudorese aumentada, ansiedade, tontura, taquicardia, visão embaçada, fraqueza, irritabilidade, dor de cabeça); • melhora com a alimentação. Marianna L. Deprá • em casos de hipoglicemia: regra 15g de carboidratos simples a cada 15 minutos; CETOACIDOSE DIABÉTICA: • Hiperglicemia (>250mg/dL) —> acidose metabólica (pH < 7,3 e bic < 18) —> cetonemia; • Sintomas catabólicos: poliúria, polidipsia, perda de peso; • Sinais de desidratação: mucosa bucal seca, olhos fundos, turgor de pele diminuído, taquicardia, hipotensão, choque; • Respiração de Kussmaul; • Hálito cetônico; • Náuseas, vômito; • Dor abdominal; - o paciente com cetoacidose não tem insulina (diabetes tipo1) , junto com hormônios hiperglicemiantes (GH,cortisol) —> o resultado disso vai ser a glicólise ou proteólise para tentar tirar glicose de tecido adiposo ou muscular —> o resultado é uma infecção com trauma metabólico; - pela falta de insulina —> a glicose não vai entrar na célula —> vai ser buscada na degradação do tecido adiposo —> aumento da lipólise —> liberação de ácidos graxos —> aumento da cetose; - lliberação de glicerol —> fígado fa gliconeogênese; - tecido muscular quebra proteína —> liberação de aminácido —> aumento da gliconeogênese no fígado —> hiperglicemia —> hiperosmolaridade; - o organismo entende como uma falta de glicose na célula e vai fazer de tudo para aumentar ela; - isso vai gerar uma glicosúria, pois vai aumentar a osmolaridade. O indivíduo vai ter uma diurese osmótica que vai levar a uma desidratação. A desidratação vai gerar uma alteração renal. ESTADO HIPEROSMOLARIDADE HIPERGLICÊMICO: Marianna L. Deprá • Não vamos ver em diabetes tipo 1, e sim em tipo 2; • Normalmente > 40 anos; • Instalação progressiva, durante vários dias ; • Poliúria, polidipsia e perda de peso; • Glicemias mais elevadas —> alteração da osmolaridade —> hiperosmolar —> Rebaixamento do nível de consciência, Profunda desidratação, Dificuldade de acesso à água; DIABETES MIELLITUS
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