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→ é a neoplasia resultante da proliferação, progressiva e incontrolada de plasmócitos (células B diferenciadas). → É uma neoplasia de células plasmáticas, PLASMOCITOS MALIGNOS IMUNOFENÓTIPO: Positivos para CD138 e podem expressar CD56 (identifica células neoplásicas). INCIDÊNCIA DE MM → O MM corresponde a 13% de todas as neoplasias hematológicas. → Contabilizou-se 130,000 novos casos de mieloma múltiplo em 2017. → Doença sub-diagnosticada, normalmente diagnosticada já num estado avançado. De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), 29% dos pacientes levam 1 ano para receber o diagnóstico de Mieloma Múltiplo, 44% tiveram dificuldades para receber o diagnóstico, 20% tiveram o diagnóstico inconclusivo e 37% passaram por vários médicos para enfim serem diagnosticados em 2018. *Doença de diagnóstico tardio, dificultando o tratamento. PATOGENSE DE MM O MM está associado a rearranjos que envolvem o locus do IgH e vários proto- oncogenes. - Translocações envolvendo o locus da cadeia pesada da Ig no cromossomo 14q32. - Deleções no cromossomo 17p que envolve o locus supressor de tumor TP53 (associados a pior prognóstico) - Mutações que envolvem a via NF-kB (mantêm a sobrevivência dos plasmócitos). O MIELOMA É MOLECULARMENTE HETEROGÊNEO. As células tumorais produzem ALTAS QUANTIDADES DE IMUNOGLOBULINAS ANORMAIS conhecida como componente monoclonal, também referida como paraproteína ou proteína M. Essas substâncias podem ser detectadas no sangue ou na urina, a partir de testes que incluem a eletroforese e imunofixação de proteínas séricas e urinárias, além da detecção de cadeias leves livres no soro ou urina. Quando o mieloma progride, as células do mieloma começam a produzir mais cadeias leves do que cadeias pesadas. Quanto mais altas as cadeias leves livres, mais agressiva é a doença. O teste da cadeia leve livre do soro é um melhor preditor de resultado do que a quantidade de proteína M no sangue. O MM é caracterizada por lesão de órgão terminal - comprometimento renal hipercalcemia, lesões ósseas líticas e anemia. C - Cálcio elevado R - Complicações renais A - Anemia B- Lesões ósseas (Bone lesions) A proliferação e sobrevivência de células do mieloma dependem de várias citocinas, destacando-se a IL-6: Fator importante para crescimento dos plasmócitos. O crescimento das células de MM também está relacionado à presença de um microambiente tumoral (células do estroma da medula óssea). MM E LESÕES ÓSSEAS A base da patogênese da doença óssea relacionada ao mieloma é o desacoplamento do processo de remodelação óssea. A interação entre as células do mieloma e o microambiente ósseo, leva à ativação dos osteoclastos e à supressão dos osteoblastos, resultando em perda óssea. DIAGNÓSTICO Atualmente, o teste de quantificação de cadeias leves livres no soro é considerado um marcador de MM ativo se a razão entre cadeias leves livres envolvida/não-envolvida, juntamente com células plasmáticas clonais da medula óssea ≥60% e presença de mais de uma lesão focal em exames de ressonância magnética com pelo menos 5mm de diâmetro. MANEJO DA DOENÇA O estádio da doença, diferenças na biologia da célula tumoral e fatores relacionados ao sistema imune do próprio paciente devem ser considerados no planejamento terapêutico de qualquer tipo de câncer. Assim, o tratamento do MM deve ser individualizado, priorizando Características clínicas e moleculares do paciente, visto que a evolução da doença é extremamente heterogênea. → Sinais e sintomas - Dores ósseas - Anemia (60% dos pacientes) - Insuficiência renal (20% dos pacientes) - Doença mais comum em pacientes acima de 60 anos de idade. TRATAMENTO ★ Uso de drogas imunomoduladoras: talidomida e seus análogos (incluindo a lenalidomida. ★ Inibidores do proteassoma como o bortezomibe (droga de alto custo ainda não disponível para a maioria dos pacientes no Sistema Único de Saúde brasileiro, mas amplamente utilizado na saúde complementar) ★ Esteróides sintéticos (como a prednisona e a dexametasona) ★ Agentes alquilantes (como o melfalano e a ciclofosfamida) ★ Transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas, sempre que possíveL.