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Icterícia neonatal 
Fisiopatologia e manifestações clínicas, puericultura, calendário vacinal e triagem neonatal 
 
01- Compreender a fisiopatologia da icterícia e suas               
manifestações clínicas 
 
Trata-se de uma das manifestações mais           
frequentes do período neonatal, ocorrendo         
em recém-nascidos 
 
Designa a coloração amarelada da pele e/ ou               
conjuntivas 
 
Sendo definida como a concentração sérica           
de  
 
→ ​Bilirrubina indireta (BI)​ > 1,5 mg/ dL ou  
 
→ ​Bilirrubina direta (BD) > 1,5 mg/dL, desde               
que esta represente mais do que 10% do valor                 
de bilirrubina total 
 
É visível na avaliação clínica quando o nível               
de BT sérica exceder 5 mg/ dL 
 
No RN, a maioria dos casos de icterícia               
decorre de um aumento da fração indireta,             
ou livre, da bilirrubina (BI) 
 
E apresenta uma evolução benigna 
 
01- FISIOPATOLOGIA 
 
A origem da bilirrubina está na DEGRADAÇÃO             
DAS HEMÁCIAS, fisiologicamente normal nos         
RN 
 
Uma hemácia vive aproximadamente 120 dias           
(70-90 NO RN) 
 
Quando a membrana das hemácias fica           
frágil, a célula se rompe durante sua             
passagem por algum ponto estreito da           
circulação 
 
Quando as hemácias se rompem e liberam             
hemoglobina, ela é fagocitada       
(MACROFÁGOS) 
 
Principalmente pelas células de KUPFFER         
(FÍGADO) 
 
Os macrófagos liberam o ferro da           
hemoglobina de volta para o sangue 
 
A porção porfirina da molécula de           
hemoglobina é convertida em: 
 
1- BILIVERDINA  
 
E pela ação da BILIVERDINA-REDUTASE, é           
transformada em  
 
2- BILIRRUBINA  
 
Então, a bilirrubina (forma não conjugada) é             
liberada no plasma 
 
É LIPOSSOLÚVEL E ANDA JUNTO COM A             
ALBUMINA (PODE ATRAVESSAR A BARREIRA         
HEMATOENCEFÁLICA) 
 
METABOLISMO HEPÁTICO DA BILIRRUBINA 
 
O metabolismo hepático da bilirrubina         
envolve 3 fases:  
 
A) CAPTAÇÃO 
 
A bilirrubina é removida da albumina nos             
HEPATÓCITOS 
 
B) CONJUGAÇÃO 
 
Ocorre no retículo endoplasmático liso do           
hepatócito 
 
Tem o objetivo de deixá-la HIDROSSOLÚVEL 
 
C) EXCREÇÃO 
 
Boa parte da bilirrubina é excretada na BILE 
 
E a parte que não é, volta para o plasma                   
(REGURGITAÇÃO) 
 
 
 
 
 
A partir desse fenômeno, instala-se uma           
cascata de eventos:  
 
A) A sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito  
 
B) A menor capacidade de captação,           
conjugação e excreção hepática da         
bilirrubina 
 
A sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito           
decorre da produção aumentada de BI           
(INDIRETA) 
 
O RN produz 2 a 3 vezes mais bilirrubina do                   
que o adulto 
 
Por causa da maior quantidade proporcional           
de hemoglobina e menor vida média das             
hemácias, que é de 70 a 90 dias 
 
1g HEMOGLOBINA = 34 mg BILIRRUBINA  
ENTÃO NO RN 6-10 mg/ Kg/ DIA 
 
A classificação da icterícia neonatal envolve           
2 grandes grupos de patologias, que acolhem             
vários tipos de causas 
 
1- HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA 
 
O ideal é dosar as bilirrubinas em todos os                 
bebês ictéricos 
O aparecimento de icterícia nas primeiras 24             
a 36 horas de vida alerta para a presença de                   
doença hemolítica por incompatibilidade       
sanguínea 
 
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA 
 
Trata-se de quadro comum, benigno e           
autolimitado 
 
Reflete uma adaptação neonatal ao         
metabolismo da bilirrubina 
 
A literatura classicamente atribui o valor de             
13 mg/dL como o máximo para delimitar a               
icterícia fisiológica 
 
ICTERÍCIA NÃO FISIOLÓGICA 
 
O fator de maior risco é o surgimento de                 
icterícia dentro das primeiras 24 horas de             
vida 
 
O risco de RN com 36 semanas desenvolver               
BT > 20 mg/dL é 8 vezes maior quando                 
comparado a RN de 41 semanas de idade               
gestacional 
 
Em razão da capacidade diminuída da           
conjugação hepática da bilirrubina e da           
dificuldade na sucção e deglutição para           
manter oferta adequada de leite materno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outra causa frequente de hiperbilirrubinemia         
indireta é o jejum prolongado, que favorece a               
absorção da bilirrubina no nível intestinal e             
seu maior aporte para a circulação           
sanguínea 
 
A chamada “icterícia por leite materno”           
tipicamente se inicia entre 3 e 5 dias de vida,                   
atingindo o pico após 2 semanas 
 
Desaparecendo entre 3 e 12 semanas após o               
nascimento 
 
Ocorre em bebês saudáveis, com bom ganho             
de peso, sob aleitamento natural, e constitui             
diagnóstico de exclusão 
 
A causa não está totalmente esclarecida,           
podendo decorrer de algum fator presente           
no leite materno que favoreça a absorção             
intestinal de bilirrubinas 
 
ABORDAGEM DE HIPERBILIRRUBINEMIA     
INDIRETA 
 
Importante contribuição para a abordagem         
da hiperbilirrubinemia indireta foi o         
nomograma de Bhutani 
 
Esse nomograma classificou os riscos do           
valor de BT, com predomínio de BI, em RN                 
com 35 semanas ou mais de idade             
gestacional, conforme a idade pós-natal 
 
A designação de risco de RN saudável de               
termo ou próximo do termo é baseada nos               
valores de bilirrubina específica para sua           
idade em horas de vida 
 
INCOMPATIBILIDADE RH (ANTÍGENO D) 
 
A hemólise ocorre quando as hemácias do             
feto e RN, portadoras do antígeno D, são               
destruídas por anticorpos maternos IgG         
anti‑D 
 
A intensidade da hemólise pode determinar a             
forma da doença 
 
LEVE, MODERADA E GRAVE  
 
INCOMPATIBILIDADE ABO  
 
A icterícia costuma aparecer nas primeiras           
24 ou 36 horas de vida, e a hemólise pode                   
ocorrer por até 2 semanas 
 
COMPLICAÇÕES DA HIPERBILIRRUBINEMIA     
INDIRETA 
 
As formas de terapia mais utilizadas no             
tratamento da hiperbilirrubinemia indireta       
compreendem a fototerapia e a EST, e, em               
alguns casos, a imunoglobulina standard         
endovenosa 
 
2- HIPERBILIRRUBINEMIA DIRETA 
 
A elevação do nível de BD resulta de               
distúrbios hepáticos ou doenças sistêmicas         
potencialmente graves 
 
A icterícia colestática caracteriza-se pelo         
aumento prolongado da bilirrubina       
conjugada  
 
E é reflexo da redução da excreção pelas               
células parenquimatosas hepáticas ou       
doença do trato biliar 
 
A icterícia causada pela BD elevada confere à               
pele um tom esverdeado ou         
amarelo-acastanhado opaco 
 
As causas a serem consideradas envolvem           
obstrução, sepse, doença do trato biliar,           
toxinas, inflamação e doenças metabólicas         
ou genéticas 
 
Entre os critérios que indicam         
hiperbilirrubinemia grave, está  
 
→ O aumento da bilirrubina conjugada > 1               
mg/ dL, se BT < 5 mg/ dL  
→ Ou quando bilirrubina conjugada > 20% da               
bilirrubina total se BT > 5 mg/dL 
 
A icterícia pode ser o primeiro sinal de               
disfunção hepática 
AVALIAÇÃO CLÍNICA DA ICTERÍCIA 
 
A icterícia por hiperbilirrubinemia indireta         
apresenta progressão céfalo-caudal 
 
Em RN a termo saudáveis, a constatação de               
icterícia 
 
1- SOMENTE NA FACE = 4 a 8mg/dL 
 
2- DESDE A CABEÇA ATÉ A CICATRIZ             
UMBILICAL = 5 a 12 mg/ dL 
 
ATÉ JOELHOS E COTOVELOS = MAIOR QUE             
15 mg/ dL 
 
NÃO HÁ UMA BOA CONCORDÂNCIA ENTRE           
AVALIAÇÃO CLÍNICA E NÍVEIS SÉRICOS 
 
OLHAR A IMAGEM DO MANEJO DA ICTERÍCIA  
 
 
 
 
 
PROGNÓSTICO 
 
A consequência mais temida da         
hiperbilirrubinemia é a encefalopatia       
bilirrubínica(KERNICTERUS)  
 
A fase aguda da doença ocorre nos primeiros               
dias e perdura por semanas, com  
 
- LETARGIA  
- HIPOTONIA 
- SUCÇÃO DÉBIL 
 
Se a hiperbilirrubinemia não é tratada,           
aparece 
 
- HIPERTONIA 
- HIPERTERMIA 
- CHORO AGUDO DE ALTA       
INTENSIDADE 
 
A hipertonia manifesta-se com retro         
arqueamento do pescoço e do tronco 
 
Progredindo para 
 
- APNÉIA 
- COMA 
- CONVULSÕES 
- MORTE 
 
A encefalopatia bilirrubínica na fase aguda           
em RN a termo pode, ocasionalmente, ser             
reversível, desde que haja intervenção         
terapêutica imediata e agressiva 
 
As crianças sobreviventes apresentam a         
forma crônica da doença, com  
 
- Tétrade paralisia cerebral atetoide       
grave 
- Neuropatia auditiva 
- Paresia vertical do olhar  
- Displasia dentária 
 
E, ocasionalmente 
 
- Deficiência mental 
 
 
 
 
 
 
 
 
KERNICTERUS 
 
Termo alemão que significa “icterícia nuclear” 
 
É uma síndrome lesional do tecido nervoso             
causada por aumento da bilirrubina indireta 
 
A doença é uma complicação rara de             
hiperbilirrubinemia em neonatos resultante       
de uma deposição preferencial da bilirrubina           
indireta nos  
 
- Globos pálidos 
- Núcleos subtalâmicos lateral e medial 
- Hipocampo 
- Putame 
- Tálamo  
- Núcleos dos nervos cranianos       
(especialmente III, IV e VI pares) 
 
Núcleos cerebelares e da medula oblonga           
também podem ser atingidos 
 
Assim como as substâncias branca e           
cinzenta dos hemisférios cerebrais 
A bilirrubina livre é tóxica às sinapses e lesa                 
os neurônios e as organelas celulares 
 
A necrose neuronal precoce é seguida por             
perda celular, gliose e desmielinização nas           
áreas 
 
02- Elucidar os testes de triagem neonatal 
 
Previnem e detectam doenças precocemente,         
com o objetivo de evitar morbidade e             
mortalidade nessa população infantil 
 
As doenças detectadas, sejam elas         
congênitas ou genéticas, quando       
diagnosticadas na fase pré-sintomática nos         
RN, permite intervenções clínicas precoces e           
proporciona tratamento adequado 
 
A partir da criação da Política Nacional de               
Triagem Neonatal (PNTN) pelo Ministério da           
Saúde em 2001, aconteceu a oficialização           
desse processo com a triagem biológica           
(teste do pezinho), triagem auditiva e triagem             
ocular 
 
Apesar da definição da PNTN, ainda existem             
desigualdades regionais importantes no       
acesso aos benefícios desses proce‑         
dimentos 
1- TRIAGEM AUDITIVA 
 
INCIDÊNCIA DA PERDA AUDITIVA EM RN: 1-6/             
1000 NASCIDOS VIVOS NORMAIS 
 
1-4/ 100 NASCIDOS VIVOS COM FATORES DE             
RISCO ASSOCIADOS  
 
Embora implantada ainda não tem cobertura           
para todos os RN em todos os municípios               
brasileiros 
 
Desde 2010 é determinado por lei que             
nenhuma criança saia da maternidade sem           
ter feito o teste, que é gratuito 
 
Existem fatores de risco potenciais para           
alterações auditivas em RN como: 
 
- Asfixiados (APGAR < 6 no quinto           
minuto) 
- História familiar de surdez congênita;  
- Infecções congênitas do grupo       
STORCH 
- Hiperbilirrubinemia (> 15 no RN a termo             
e > 12 no prematuro) 
- Septicemia neonatal/meningite 
- Hemorragia intraventricular 
- Convulsões ou outra doença de         
sistema nervoso central (SNC) em RN 
- Anomalias craniofaciais 
- Espinha bífida 
- Defeitos cromossômicos 
- Uso de drogas ototóxicas 
- Peso de nascimento < 1.500 g 
- Ventilação mecânica por mais de 5           
dias 
 
É recomendado na alta hospitalar realizar a             
triagem auditiva universal por meio das  
 
- Emissões otoacústicas transientes     
(EOAT)  
- Pesquisa do reflexo cócleo palpebral         
(RCP) 
 
Os RN com triagem auditiva normal e sem               
fatores de riscos para perda auditiva           
realizam esse teste 1 vez 
 
 
 
 
 
Porém aqueles com presença de quaisquer           
fatores de risco descritos, devem ser           
acompanhados por uma equipe       
multidisciplinar e realizar avaliações       
periódicas durante os dois primeiros anos de             
vida 
 
Quando no prosseguimento dessa triagem         
for comprovado o comprometimento       
condutivo, o neonato é encaminhado para o             
exame otorrinolaringológico 
 
CONDUÇÃO X NEUROSSENSORIAL 
 
Estudos mostram que a implantação de           
próteses antes dos 6 meses de vida irá               
permitir à criança um desenvolvimento de           
linguagem (receptiva ou expressiva), bem         
como seu desenvolvimento social 
 
2- TRIAGEM VISUAL  
 
O pediatra deve estar atento para a             
orientação e vigilância da realização do teste             
do olhinho (reflexo vermelho) em todos os             
recém-nascidos 
 
Estudos demonstram que a triagem visual em             
RN é um método que pode identificar             
potenciais causas de anormalidades       
oculares tratáveis 
 
considerando que em países em         
desenvolvimento  
 
- 30 a 72% da cegueira infantil é evitável 
- 9 a 58% é prevenível  
- 14 a 31% é tratável 
 
A nível mundial, as principais etiologias de             
cegueira tratável na infância são  
 
- Catarata 
- Retinopatia da prematuridade 
- Glaucoma 
 
TESTE DO OLHINHO (REFLEXO VERMELHO) 
 
Todo pediatra deve deve fazer a avaliação             
da criança do nascimento até os 3 anos com                 
exame oftalmológico 
 
- História ocular 
- Avaliação visual 
- Inspeção externa do olho e pálpebra,  
- Avaliação da motilidade ocular 
- Exame da pupila  
- Reflexo vermelho 
 
O reflexo vermelho é o exame de             
rastreamento (screening) para     
anormalidades oculares 
 
Várias doenças podem ser detectáveis:  
 
- catarata congênita 
- Retinopatia da prematuridade 
- Retinoblastoma 
- Glaucoma congênito 
- Descolamento de retina 
- Hemorragia vítrea 
 
Segundo orientação do Grupo de Trabalho           
de Prevenção da Cegueira da SBP, o teste do                 
reflexo vermelho deve ser realizado:  
 
- Antes da alta da maternidade 
- Na primeira consulta de puericultura 
- 2 meses de vida (período ideal para a               
cirurgia de catarata) 
- Com 6, 9 e 12 meses de vida 
- Após 1º ano: duas vezes por ano 
 
TÉCNICA DE REALIZAÇÃO 
 
- AMBIENTE ESCURO 
- UTILIZAÇÃO DE OFTALMOSCÓPIO 
- 50 CM DE DISTÂNCIA 
 
OS OLHOS SÃO CONSIDERADOS NORMAIS         
QUANDO APRESENTAM UM REFLEXO       
VERMELHO BRILHANTE  
 
Pontos pretos, assimetria ou a presença de             
reflexo branco (leucocoria) indicam a         
necessidade de avaliação mais cuidadosa –           
realizada pelo oftalmologista 
 
3- TESTE DO PEZINHO 
 
O teste do pezinho faz parte do PNTN e tem                   
como objetivo fazer o rastreamento de RN             
portadores de doenças que devem ser           
diagnosticadas e tratadas o mais         
precocemente possível a fim de evitar           
sequelas nas crianças 
 
 
 
O PNTN determina a gratuidade e           
obrigatoriedade da realização dos testes         
para diagnóstico neonatal da  
 
- PKU (FENILCETONÚRIA) 
- HC (HIPERTIREOIDISMO CONGÊNITO) 
- Hemoglobinopatias (ANEMIA   
FALCIFORME) 
- FC (FIBROSE CÍSTICA) 
 
O teste do pezinho como triagem biológica             
do PNTN está dividido em quatro fases: 
 
- Fase I: fenilcetonúria – hipotireoidismo         
congênito 
- Fase II: doença falciforme 
- Fase III: fibrose cística 
- Fase IV: hiperplasia adrenal congênita         
deficiência de biotinidase 
Deve ser colhido em todo RN com 3 a 5 dias                     
de vida, de preferência no 3º dia 
 
EVITA FALSO POSITIVO PARA HC E FALSO             
NEGATIVO PARA PKU  
 
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
1- PKU - UTILIZA O RESULTADO DO FAL               
(FENILALANINA) 
 
FAL < 4 mg% → É um resultado consideradonormal para crianças que tenham colhido o             
sangue após 48 horas de vida 
 
FAL ≥ 4 mg% e < 10 mg% → São solicitadas                     
mais 2 coletas de sangue em papel filtro com                 
intervalo de 1 mês entre cada coleta 
 
FAL ≥ 10 mg% → A criança já é chamada para                     
uma consulta com o médico neuropediatra e             
coleta de sangue venoso para confirmação           
do diagnóstico 
 
2- TSH-NEO 
 
TSH neo < 5 µUI/mL → É um resultado                 
considerado normal para crianças que         
tenham colhido o sangue após 48 horas de               
vida 
 
TSH neo ≥ 5 e < 10 µUI/mL → É um resultado                       
considerado limítrofe, nova coleta do teste           
do pezinho, imediatamente.  
Se mantiver resultado, RN será convocado           
para consulta com pediatra ou         
endocrinologista e faz coleta de sangue           
venoso para definir conduta 
 
TSH neo ≥ 10 µUI/ mL → A criança é                   
considerada suspeita de ser portadora de           
hipotireoidismo congênito 
 
3- HEMOGLOBINOPATIAS 
 
Primeiro exame suspeito coletar segunda         
amostra 
 
4- FIBROSE CÍSTICA - IRT (tripsina           
imunorreativa) 
 
IRT < 70 ng/mL → é um resultado considerado                 
normal para crianças que tenham colhido o             
sangue entre 3 e 30 dias de vida 
 
IRT1 ≥ 70 ng/mL → solicitar nova coleta do                 
teste do pezinho, entre a 3ª e 4ª semana de                   
vida do RN (IRT2) 
 
Se ​IRT2 mantiver alterado (≥ 70 ng/mL),             
encaminhar urgente para o gastropediatra 
 
FENILCETONÚRIA = O defeito em uma enzima             
leva ao acúmulo do aminoácido Fenilalanina            
(FAL) no sangue e ao aumento da             
Fenilalanina e da excreção urinária de Ácido             
Fenilpirúvico 
 
FIBROSE CÍSTICA = ​Processo obstrutivo         
causado pelo aumento da viscosidade do           
muco (PULMÃO E PÂNCREAS) 
 
4- TESTE DO CORAÇÃOZINHO 
 
1-2/ 1000 NASCIDOS VIVOS APRESENTAM         
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CRÍTICAS 
 
Em torno de 30% destes recém-nascidos           
recebem alta hospitalar sem o diagnóstico, e             
evoluem para  
 
- Choque 
- Hipóxia 
- Óbito precoce 
 
antes de receber tratamento adequado 
 
 
 
 
 
 
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CRÍTICAS 
 
Aquelas onde a apresentação clínica decorre           
do fechamento ou restrição do canal arterial             
(cardiopatias canal-dependentes), tais como 
 
- Cardiopatias com fluxo pulmonar       
dependente do canal arterial:  
Atresia pulmonar e similares 
 
- Cardiopatias com fluxo sistêmico       
dependente do canal arterial:       
Síndrome de hipoplasia do coração         
esquerdo, coartação de aorta crítica e           
similares 
 
- Cardiopatias com circulação em       
paralelo: 
 ​ Transposição das grandes artérias 
 
DIAGNÓSTICO 
 
Utilizando um ecocardiograma com       
mapeamento de fluxo em cores (INVIÁVEL           
PARA TRIAGEM) 
 
Por isso, utiliza a OXIMETRIA como triagem 
 
Realizar a aferição da oximetria de pulso, em               
todo recém-nascido aparentemente saudável       
com idade gestacional > 34 semanas, antes             
da alta da Unidade Neonatal 
 
LOCAL DA AFERIÇÃO → Membro superior             
direito e em um dos membros inferiores 
 
Entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta                   
hospitalar 
TESTE DA LINGUINHA 
 
Detecta alterações no frênulo lingual que           
provocam a anquiloglossia (língua presa) 
Ele é obrigatório desde junho de 2014 
 
03- Estudar o programa nacional de imunização e o                 
calendário vacinal 
 
1- BCG 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Bacilos vivos, atenuados e           
liofilizados de cepa de Mycobacterium bovis 
 
ESQUEMA VACINAL - ​Dose única, a partir do               
nascimento, o mais precocemente possível 
 
Segunda dose caso após 6 meses não houver               
cicatriz no local (CONTROVÉRSIAS) 
 
PROTEÇÃO - ​Formas graves da tuberculose 
 
CONTRAINDICAÇÕES -  
Relativas (temporárias) 
 
- Recém-nascidos com peso < 2.000 g  
- Lesões dermatológicas extensas     
afetando o local de aplicação da           
vacina 
 
Absolutas 
 
- Imunodeficiências congênitas e     
adquiridas 
 
2- HEPATITE B 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Antígeno de superfície do           
vírus da hepatite B (HbsAg) 
 
ESQUEMA VACINAL - ​3 DOSES 
 
A primeira dose da vacina hepatite B deve ser                 
aplicada nas primeiras 12 horas de vida 
 
A segunda dose está indicada com 1 ou 2                 
meses de idade  
 
Terceira dose é realizada aos 6 meses 
 
 
 
 
2012 PELO PNI → INCORPORADA a vacina             
combinada DTP/Hib/HB (denominada pelo       
Ministério da Saúde como penta) - 2, 4 E 6                   
MESES 
 
ASSIM, SERÃO 4 DOSES 
 
PROTEÇÃO - ​Hepatite B 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Reação anafilática       
prévia a qualquer componente da vacina e             
púrpura trombocitopênica pós-vacinal 
 
3- VOP E VIP 
 
VOP → ​Vacina oral de poliovírus vivos             
atenuados 
 
VIP → ​Vacina injetável de poliovírus           
inativados 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Ambas apresentam na sua           
composição poliovírus tipos 1, 2 e 3 
 
ESQUEMA VACINAL - ​A vacinação básica           
requer 3 doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) 
 
Devendo-se respeitar o intervalo de 60 dias             
entre as doses e um mínimo de 30 dias 
 
OBRIGATORIAMENTE COM VIP 
 
REFORÇO COM 15 MESES E 4 ANOS → VOP 
 
PROTEÇÃO - ​Proteção contra a poliomielite           
ou paralisia infantil 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Reação alérgica ou         
imunodepressão 
 
4- ROTAVÍRUS 
 
CONSTITUIÇÃO - MONOVALENTE, UMA CEPA         
DO ROTAVÍRUS ATENUADA 
 
ESQUEMA VACINAL - 2 doses, seguindo os               
limites de faixa etária: 
 
- 2 MESES -> Limites de 1 mês e 15 dias                   
até no máximo 3 meses e 15 dias 
- 4 MESES -> Limites de 3 meses e 15                 
dias até no máximo 7 meses e 29 dias 
 
PROTEÇÃO - ​Diarréias graves 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Imunodeficiências     
congênitas e adquiridas 
 
5- DTP E DT 
 
DTP -> ​difteria, tétano e pertussis 
 
DT -> ​difteria e tétano 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Vacina combinada       
composta por toxoides diftérico e tetânico 
 
ESQUEMA VACINAL - ​A vacinação básica           
requer 3 doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) 
 
Devendo-se respeitar o intervalo mínimo de           
30 dias entre uma dose e a seguinte 
 
O PNI utiliza, no 1º ano de vida, a vacina DTP                     
combinada com a hepatite B e Hib (vacina               
penta) 
 
O primeiro reforço é dado de 6 a 12 meses                   
após a terceira dose da imunização básica 
 
PROTEÇÃO - ​Difteria, tétano, coqueluche +           
Hepatite B e meningite (Hib) 
 
CONTRAINDICAÇÕES -  
 
6- PNEUMOCÓCICA CONJUGADA 
 
CONSTITUIÇÃO - ​10 VALENTE 
 
ESQUEMA VACINAL - ​A vacina pneumocócica           
conjugada é indicada a todas as crianças até               
5 anos de idade 
 
Recomendam-se 3 doses no 1º ano de vida (2,                 
4, 6 meses)  
 
E uma dose de reforço entre 12 e 15 meses 
 
PROTEÇÃO - ​Protege contra infecções         
invasivas (sepse, meningite, pneumonia e         
bacteremia) e otite média aguda 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Reações anafiláticas       
com doses anteriores 
 
7- MENINGOCÓCICA C CONJUGADA 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Polissacarídeos dos       
sorotipos A, C, W e Y conjugados com a toxina                   
mutante diftérica 
ESQUEMA VACINAL - No primeiro ano de               
vida são recomendadas 2 doses da vacina             
meningocócica C ou ACWY conjugada, aos 3             
e 5 meses 
 
A recomendação de doses de reforço 5 anos               
depois (entre 5 e 6 anos de idade para os                   
vacinados no primeiro ano de vida) e na               
adolescência (a partir dos 11 anos de idade) é                 
baseada na rápida diminuição dos títulos de             
anticorpos 
 
PROTEÇÃO - ​Meningite tipo C 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Reações anafiláticas       
com doses anteriores8- MENINGOCÓCICA B RECOMBINANTE 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Proteínas recombinantes  
 
ESQUEMA VACINAL - ​2 ou 3 doses, com 2                 
meses de intervalo entre as doses 
 
PROTEÇÃO - ​Meningite tipo B 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Reações anafiláticas       
com doses anteriores 
 
9- SCR, VARICELA, SCRV  
 
SCR -> ​Tríplice (Sarampo, caxumba e rubéola) 
SCRV -> ​Tetra (Sarampo, caxumba, rubéola e             
Varicela) 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Combinação de vírus vivos           
e atenuados  
 
ESQUEMA VACINAL - ​2 doses, com 12 e 15                 
meses  
 
PROTEÇÃO - ​Sarampo, caxumba, rubéola e           
Varicela 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Uso de sangue e           
derivados ou imunoglobulina anterior ou nos           
15 dias seguintes à aplicação da vacina,             
corticoterapia 
 
Essas vacinas não são contraindicadas em           
casos de alergia a ovo 
 
10- FEBRE AMARELA 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Vírus vivo e atenuado 
ESQUEMA VACINAL - ​Esquema de 2 doses,             
aos 9 meses e aos 4 anos de idade, sem                   
necessidade de doses de reforço 
 
PROTEÇÃO - ​FEBRE AMARELA 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Imunodeficiências     
congênitas ou adquiridas, e anafilaxia ao           
ovo 
 
11- HEPATITE A 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Vírus inativado 
 
ESQUEMA VACINAL - ​A partir dos 12 meses               
de idade em 2 doses, com intervalo de 6                 
meses entre elas 
 
PROTEÇÃO - ​HEPATITE A 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Hipersensibilidade     
aos componentes da vacina 
 
12- INFLUENZA 
 
CONSTITUIÇÃO - ​Vírus inativados e         
fragmentados 
 
ESQUEMA VACINAL - ​Está indicada para           
todas as crianças a partir dos 6 meses de                 
idade 
 
A primovacinação de crianças com idade           
inferior a 9 anos deve ser feita com 2 doses,                   
com intervalo de 1 mês entre elas 
 
ANUALMENTE 
 
PROTEÇÃO - ​GRIPE 
 
CONTRAINDICAÇÕES - ​Reações anafiláticas       
aos componentes da vacina, incluindo         
proteínas do ovo 
 
04- Entender a puericultura 
 
Avaliar o indivíduo como um todo , focando               
na prevenção e acompanhamento do mesmo 
 
A Puericultura se baseia na consulta médica 
 
 
 
 
A META é fazer o diagnóstico e listar os                 
problemas detectados, em relação à  
 
- Alimentação 
- Estado nutricional (desnutrição,     
anemia, obesidade) 
- Imunização 
- Crescimento, desenvolvimento   
neuropsicomotor e pubertário  
- Comportamento 
 
ALGUNS DADOS IMPORTANTES DA       
ANAMNESE 
SEQUÊNCIA DAS CONSULTAS 
 
PRECOCE → ​3-7 DIAS 
 
SEGUNDA →​ FINAL DO 1º MÊS 
 
1º SEMESTRE →​ MENSAL 
 
2º SEMESTRE →​ 6, 9 E 12 MESES 
 
2º ANO →​ TRIMESTRAL 
 
PRÉ ESCOLAR →​ SEMESTRAIS 
 
ESCOLAR →​ ANUAIS 
 
 
 
 
COMO DEVEM SER AS CONSULTAS 
 
1º MÊS 
 
- Detectar crianças com risco       
físico/famílias em risco social 
- Avaliar icterícia, controlar o peso,         
revisar a técnica da amamentação         
(assistir a uma mamada) 
- Estabelecer empatia (sintonia com as         
dificuldades da mãe) e proporcionar         
apoio 
- Advertir contra o uso de chupeta pelo             
menos nas 3 primeiras semanas 
- Desnecessidade e desvantagens do       
uso de chá ou água nos intervalos das               
mamadas 
 
1º ANO 
 
CRESCIMENTO → Acompanhar com as curvas           
de crescimento; completar a avaliação         
nutricional, observando vivacidade e humor,         
tônus muscular e turgor do subcutâneo 
 
DESENVOLVIMENTO → Marcos do       
desenvolvimento para a idade 
 
___________________________________________________ 
 
A avaliação de possível icterícia, manobras           
de Ortolani para verificação de alterações           
nos quadris e o exame físico completo são               
feitos de rotina nas primeiras 48 horas de               
vida 
 
 
 
A primeira consulta médica deve ser           
abrangente, pois, além de uma anamnese           
pormenorizada e exame físico completo, deve           
ser bastante explicativa e tranquilizadora         
para a família

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