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Sistemas Jurídicos Comparados

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SISTEMAS JURÍDICOS COMPARADOS
INTRODUÇÃO:
Por um lado, os problemas suscitados pela convivência em sociedade, que o Direito tem por objeto, não são os mesmo em toda parte, visto que são produtos de níveis de desenvolvimento econômico, social e cultural de cada país, região, geografia e demografia.
Por outro lado, mesmo onde os problemas são idênticos ou semelhantes diferem as valorações de que eles são objetos. Assim, entende-se que o Direito é consequência de inúmeras variáveis que o moldaram conforme conveniência.
Primeira noção de Direito Comparado:
Trata-se de um ramo da Ciência Jurídica que tem por objeto o Direito na sua pluralidade e diversidade de expressões culturais e procede ao estudo comparativo destas. Conjunto de conhecimentos relativos a certo objeto, obtidos segundo determinado método ou métodos. 
Modalidades de comparação jurídica:
Microcomparação: suporte fático pontual; é o possível de se fazer na prática, na verdade. Indagação dos tipos de soluções acolhidos para o problema casuístico.
Macrocomparação: visa realidades vastas, máxime os sistemas jurídicos de diferentes países tomados nos seus traços fundamentais. Agrupamento dos sistemas jurídicos em famílias, tradições ou culturas jurídicas.
Principais Funções do Direito Comparado:
Epistemológicas: assimilação dos elementos mais profundos, fundamentais e constantes, que a comparação coloca em evidência. Perspectiva funcional.
Heurísitcas: descoberta de soluções para problemas postos pela regulação de convivência social. A disciplina jurídica das situações privados internacionais é tributária da comparação de Direitos.
Deve-se atentar a imprescindibilidade do Direito Comparado à determinação da lei mais favorável a certa categoria de sujeitos, ao passo em que é fundamental sua proteção (“grau de favorecimento”). Ex: contratos consumeristas e relações trabalhistas. 
Ainda, tem-se a modelação dos interesses das partes ao regime jurídico aplicável e às situações privadas internacionais, possibilitando a descoberta de princípios comuns aos diferentes sistemas jurídicos nacionais. Identificação do núcleo comum (common core).
A partir de tais comparações e relações entre sistemas, tem-se a formação de diferentes organizações internacionais, tais quais: Tribunal Internacional de Justiça, Tribunal de Justiça da União Europeia, Tribunal Penal Internacional, etc.
T. J. União Europeia: competente para conhecer dos litígios relativos à reparação de danos causados pelas instituições da União ou pelos seus agentes no exercício das respectivas funções. A União deve indenizar os danos de acordo com os “princípios gerais comuns aos direitos dos Estados-Membros”.
A comparação de Direitos é, além disso, indispensável à harmonização e à unificação dos Direitos nacionais, sob a égide de certas organizações supra e internacionais.
Finalmente, é de fundamental pertinência exaltarmos o fato de que o direito comparado não está limitado a estabelecer soluções comuns aos diferentes sistemas jurídicos, mas compete, ainda, a ele determinar quais os limites a que se subordinam tanto a harmonização como a unificação dos Direitos.
Direito Comparado e Dogmática Jurídica:
Função essencial: recondução à unidade da multidão de dados normativos que o sistema jurídico oferece, mediante a sua ordenação em princípios, conceitos, institutos, etc. Pode também exercer função heurística.
São atividades mutuamente complementares, ao passo que a dogmática não se basta a si mesma nem dispensa a comparação jurídica. A dogmática depende da comparação para o alcance das fórmulas abstratas de construção de normas e ordenamentos jurídicos, sendo quase impossível aspirar conclusões universais válidas.
Direito Comparado e Antropologia Jurídica
Definição da Antropologia Jurídica: constitui uma especialização do ramo antropológico, cujo objeto é o Direito como forma de cultura. Ambos tratam o direito em sua pluralidade e diversidade, estudando suas formas de manifestação. São ciências auxiliares ao Direito.
Apesar de suas semelhanças, distinguem-se os ramos da ciência em suas finalidade e métodos que lhes conferem autonomia recíproca. A Antropologia jurídica se ocupa da determinação das regras jurídicas efetivamente observadas nas diferentes comunidades humanas, tomando-as como dados culturais. Já ao Direito Comparado interessam os fenómenos jurídicos sobretudo como realidades normativas, em ordem a determinar os tipos fundamentais de soluções que o Direito consagra para problemas casuísticos.
Os estudos da Antropologia Jurídica podem ser de grande valia para os comparatistas que aspirem a ir além do Direito escrito e se interroguem a respeito do Direito vivo e suas conexões com outras manifestações culturais.
Direito Comparado e Sociologia Jurídica:
Sociologia Jurídica: examina os fenômenos jurídicos quer como fatos sociais quer como instrumentos de controle e mudança social. Averiguar em que medida as condutas regularmente observadas em cada sociedade e as instituições jurídicas nela vigentes são fruto da particular estrutura dessa sociedade, juntamente aos efeitos causados (causa final e eficiente, eficácia social, validade).
Metodologia da comparação jurídica:
Há uma pluralidade de métodos utilizados na Comparação de Direitos. Os métodos que se sobressaem são: análise funcional, casuística/históricas, econômica, cultural. Estes não são mutuamente excludentes, podem as comparações serem validades efetivamente a partir de métodos diferentes.
Sequência a ser seguida em processo de comparação:
Delimitação do objeto da comparação a realizar análise dos termos a comparar identificação, numa síntese comparativa, das semelhanças e diferenças entre esses termos e das respectivas causas.
· Primeira etapa: formulação da questão sobre a qual irá incidir a comparação dos ordenamentos jurídicos. 
· Segunda etapa: descobrir o Direito em cada um dos sistemas jurídicos escolhidos.
· Terceira etapa: síntese comparativa, enunciar sistematicamente as semelhanças e as diferenças entre os ordenamentos examinados, buscando os principais tipos de ou modelos de solução de que o problema é objeto, para, em seguida, explicar à luz dos fatores que as determinam.
· Quarta etapa (não obrigatória): avaliação crítica das soluções encontradas em ordem a determinar qual a preferível.
DOS SISTEMAS JURÍDICOS EM GERAL:
Modelos de análise e critérios de classificação dos sistemas jurídicos:
· Posição no problema: classificação do problema.
· Famílias, tradições e culturas jurídicas: a primeira classificação se trata de um conjunto de sistemas jurídicos que possuem afinidades entre si quanto a certos aspectos fundamentais (técnico-jurídico, ideológico, cultural, representativo de determinado conceito de Direito). Já a segunda qualquer conjunto de atitudes historicamente condicionadas, relativas à natureza do Direito, ao papel deste na sociedade e na polis, à organização e ao funcionamento do sistema jurídico, bem como ao modo pelo qual o Direito deve ser criado, aplicado, estudado, aperfeiçoado e ensinado (toda a informação normativa passada por gerações). A terceira é definida como padrões estáveis de conduta social juridicamente orientados.
· Critérios de classificação: há duas ordens fundamentais – aqueles que se baseiam nas características técnico-jurídicas do sistema ou sistemas jurídicos considerados e o que apela preferentemente à sua filiação cultural e ideológica.
· Sistemas jurídicos e civilizações: o Direito é um elemento constitutivo das civilizações e de suas fontes escritas, porém, não significa dizer que os modelos fundamentais de estruturação jurídica das comunidades humanas correspondam a grandes civilizações. Não é possível, portanto, caracterizar cada povo por seu Direito, assim como não possível classificar as diferentes famílias de Direito conforme as civilizações.
Elenco e características dos principais sistemas jurídicos:
· Principais sistemas jurídicos da atualidade: cinco grupos de sistemas jurídicos – família romano-germânica (Civil Law); Commom Law; muçulmana (islâmica); tradição jurídicahindu; tradição jurídica chinesa. Antes, ainda, havia o Direito Socialista.
· Caracterização: 
· Família romano-germânica: o Direito assume uma função nuclear na regulação da vida social. Há uma cultura de direitos, segunda a qual a luta pelo direito subjetivo constitui um dever do seu titular para consigo próprio e de todos para com a sociedade. O funcionamento dos poderes é autônomo e separado, porém constituídos subordinados às regras jurídicas, que visam impedir o arbítrio e a prepotência (Estado de Direito). Influência nítida do Direito Romano, além de forte influência dos valores presentes da Revolução Francesa, ou seja, liberdade, igualdade e a solidariedade (fraternidade).
· Common Law: Estado de Direito (rule of law) exerce função nuclear na legitimação do poder político e do Direito constituído. Primacy Law o Estado só exerce seu poder através da lei; todos os cidadãos, com exceção aos funcionários e agentes administrativos, estão submetidos ao Direito e à jurisdição dos tribunais comuns (equality before law); as regras da Constituição não são fontes das decisões pelas quais os tribunais definem e tronam efetivos os direitos individuais, mas consequências. Cultura de precedentes, ou seja, valoração das situações concretas da vida à luz da solução anteriormente dada a casos idênticos ou análogos. A liberdade e a igualdade são os grandes ideais jurídicos.
· Família Muçulmana: Direito subordinado a religião, mais precisamente, é parte dela, uma vez que o núcleo essencial de sua criação está pautado na Xaria. Consiste em um conjunto de regras REVELADAS que todos os muçulmanos devem observar, constam no Corão e na Suna. Por ser um Direito revelado, nenhuma autoridade pode decretá-lo ou modifica-lo. É um direito pessoal, ao passo em que dita somente regras nas relações entre muçulmanos e entre muçulmanos e não muçulmanos.
· Direito hindu: é de base religiosa e pessoal, aplicando-se essencialmente aos hindus que vivem na Índia e noutros países asiáticos. Tem na sua origem o denominado Dharma, cuja difícil tradução exprime a ideia de dever (jurídico e religioso).
· Direito chinês: ora caracterizado como tradição jurídica ora como cultura jurídica. O Direito só aplicado na resolução dos conflitos sociais quando a conciliação falhar, a harmonia é o cerne para assegurar a paz social. O Direito é um mal necessário. Preferentemente as leis não são aplicadas na China, nem se recorre aos tribunais, se for possível eliminar os conflitos sociais.
· Sistemas jurídicos híbridos: há sistemas que apresentam características próprias de diferentes famílias ou tradições jurídicas (Ex.: Escócia, Quebec, Luisiana, África do Sul, Israel, Marrocos, Magrebe, Líbia, Argélia, Tunísia, Egito, Paquistão e Japão).
· Sistemas jurídicos e religião: a religião se encontra como um dos elementos que mais profundamente molda a mentalidade e valores de um povo; e o Direito não é, na sua essência, senão uma expressão desses valores.
· Subordinção do Direito a religião: muçulmano, judaico e hindu. Direito religiosos, ou seja, cujo fundamento do Direito são textos religioso ou Direito revelado, ou seja, que entendem proceder diretamente ou indiretamente de uma divindade e cujas finalidade últimas tem caráter transcendente. 
· Lugar do Direito português entre os sistemas jurídicos: integra a família romano-germânica, sendo seu Direito Privado, desde a entrada em vigor do Código Civil de 1966, mais próximo ao ramo alemão.
· Autonomização de uma família jurídica lusófona: tem-se a seguinte discussão tendo em vista as peculiaridades e originalidades de certas soluções do Direito português e pela influência que essas soluções tiveram em outros países.
FAMÍLIA JURÍDICA ROMANO-GERMÂNICA
Formação:
A civilização grega:
Deve-se a civilização grega a contribuição jurídica do domínio da razão humana e a superação do misticismo, ou seja, a propensão ao racionalismo. Ainda, deve-se não só a Ética e o conhecimento científico, mas o reconhecimento de uma esfera de autonomia à pessoa humana, sua subordinação voluntária a lei e soberania. Concepção particular do Direito, secular e racional, posteriormente aprofundada pelos romanos.
A herança romana:
Dentre as grandes heranças trazidas pela sociedade romana, tem-se a presença do Direito Romano, recepcionado por diversos países europeus. Dentre as características marcantes que possibilitaram a dispersão do Direito Romano por seu território, tem-se: o reconhecimento da liberdade individual; certeza, a precisão e a racionalidade dos seus preceitos; a flexibilidade e a abertura à inovação possibilitadas pela admissão da criação jurisprudência e pela circunstância de o aparelho judiciário ter ao seu dispor uma classe de jurisconsultos.
Ao longo do período, o Direito Romano foi submetido a uma intensa elaboração doutrinal pelas várias escolas que dele se ocuparam, destacando-se: Glosadores e Comentadores (Itália), Escola Humanista (França), Pandectistas (Alemanha).
Os Direitos germânicos:
Os povos germânicos conservavam seu Direito próprio, de fonte essencialmente consuetudinária, após se terem fixado nos territórios do antigo Império.
O cristianismo:
Repousa o personalismo jurídico, uma vez que o cristianismo reconhece a cada ser humano a condição de filho de Deus e atribui-lhe, por isso, um valor eminente: o homem possui valor transcendente, princípio da dignidade de pessoa humana, domínio da personalidade e princípio da igualdade. Ainda, exerceu grande influência no Direito de Família, ao passo, em que as relações correspondiam a pensamentos e valores cristãos.
Jusracionalismo e as codificações:
Século XVII, crescimento esporádico do pensamento jurídico relativamente à moral religiosa, ou seja, potencialidade da razão humana a fim de construir e sistematizar as leis jurídicas.
O verdadeiro ponto de partida do movimento codificador viria, no entanto, a ser o Código Civil francês de 1804 (Código Napoleônico). Consagrou ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, unificando os valores iluministas (laicismo, individualismo liberal, família patriarca, etc) da Revolução Francesa de 1789. O Código se irradiou para diversos países.
Tem-se, portanto, a criação da Codificação Alemã (BGB – Código Civil Alemão), pautada na autonomia privada, sendo o Estado liberal por definição e os articulares responsáveis por mover a economia. Há, portanto, a exaltação das liberdades de contratar, dispor dos bens que se é proprietário e de testar. Houve a modernização do Direito da Família e do Direito das Obrigações. 
Fenômenos de aculturação jurídica:
Assimilação por um grupo humano de valores jurídicos e modos de organização da vida em sociedade próprios de uma cultura diferente da sua.
Âmbito atual:
Delimitação do âmbito geográfico: países germânicos, latinos, Benelux, eslavos e sudeste europeu. Ainda, pode-se acrescer os países que resultaram da independência das antigas colônias dos países supra.
Conceitos Fundamentais:
· Direito constituído e equidade: justiça do caso concreto, conceito aristotélico.
· Direito Público e Direito Privado: o primeiro compreende normas e os princípios que disciplinam relações jurídicas em que uma ou ambas as partes exercem poderes de soberania; o segundo, as normas e os princípios que têm em vista relações entre particulares ou entre particulares e entes públicos, mas em que estes intervêm desprovidos de tais poderes, encontrando-se respectivos sujeitos, por conseguinte, em posição de “igualdade”.
· Direito material e processual: o primeiro compreende o conjunto de regras e princípios em que se contém a disciplina substantiva das relações e situações jurídicas, frequentemente traduzida na atribuição a aguem de um direito subjetivo e na correlativa imposição a outro de um dever jurídico. O segundo inclui as regras e princípios atinentes aos pressupostos, formas e trâmites das ações judiciais e outras providências de tutela jurisdicional.
· Direito objetivo e direito subjetivo: o primeiro designa a própria ordem jurídica, o segundo um poder jurídico.
Fontes de Direito:
· Razão de ordem:lei, fonte predominante na família romano-germânica.
· Tratados e outras fontes de Direito Internacional: sistema de recepção, ou seja, vigoram na ordem internacional sem ser transformados em Direito interno.
· Atos de Direito Comunitário: são de grande importância, uma vez que são responsáveis por grande parte do esforço para harmonizar e unificar o Direito na Europa, conforme as diversidades apresentadas por seus membros. As normas do Direito Comunitário vigoram nos Estado Membros da EU com primazia sobre a fonte interna, inclusive as constitucionais, posto que sem prejuízo dos direitos fundamentais dos cidadãos. Primado do Direito da União Europeia. Há um distanciamento entre o Direito Comunitário e o Direito Comunitário Europeu, ao passo em que o primeiro emana das entidades supranacionais congéneres.
· Leis: todas as disposições genéricas provindas dos órgãos estaduais competentes. 
· Costume: Difere-se de acordo com o país: na França e em Portugal é considerado fonte de direito secundária, geralmente tida como acessória relativamente a lei. Já na Alemanha é uma fonte situada no mesmo plano da lei.
· Jurisprudência: não há na França precedentes judiciais vinculativos. Na Alemanha a interpretação e integração da lei feitas pelos tribunais só valem imediatamente para o caso sob judice, não vinculando o tribunal a jurisprudência produzida. Já em Portugal importa distinguir duas categorias de situação em que a jurisprudência pode adquirir a condição de fonte do Direito, são elas: decisões dotadas de força obrigatória geral e a jurisprudência constante produzida pelos tribunais superiores.
· Doutrina: a Alemanha é o país em que a doutrina é mais difundida e possui maior influência social (Direito de Juristas). Na França o papel da doutrina é menos nítido, porém tem papel indiscutível na clarificação e sistematização do Direito vigente. Já em Portugal tem-se a doutrina como fonte mediata de Direito, não sendo um modo de criação de regras jurídicas, mas tendo influência nas decisões judiciais e na produção legislativa.
· Princípios jurídicos: nem todos os princípios são, decerto, imediatamente aplicáveis aos casos concretos.
Método Jurídico:
· Posição do problema: qual a relevância da norma no caso concreto; a que critérios se subordinam a interpretação das normas legais e a integração das lacunas da lei; podem os tribunais desenvolver o Direito legislado?
· Norma e critérios não normativos de decisão: a sentença representa a conclusão de um silogismo, que tem como premissa maior a norma aplicável e como premissa menor os fatos dados como provados no processo.
· Interpretação e integração da lei: na França a letra da lei continua a relevar, mas a finalidade ou o fim social desta tem uma importância crescente. Já na doutrina alemã há um rol de interpretações, sendo elas: a gramatical; a genética, a sistemática, a histórica, a comparativa e a teológica. Já no sistema português há também o pluralismo de elementos atendíveis na interpretação, porém apresenta na matéria a particularidade de consagrar regras legais que visam disciplinar as operações.
· Desenvolvimento jurisprudencial do Direito: os tribunais têm papel fundamental no preenchimento de lacunas rebeldes à analogia, além de decidirem com recurso à clausulas gerais, com bons costumes e boa-fé, concretizando-as por apelo aos direitos fundamentais e constitucionalmente consagrados.
Meios de resolução de litígios:
· Organização judiciária e composição dos tribunais: 
Na França se diferenciam duas esferas: administrativa e judiciária.
· Judiciária: Tribunaux de Grande Instance; Tribunaux de Commerce; Conseils de Prud’hommes; Tribunaux des Affaires de Securité Sociale; Comités Paritaires des Beaux Ruraux; Tribunaux de Police; Tribunaux Correctionnels; Cours D’Assises, Cours d’Appel; Cour de Cassation, Assemblée Plénière.
· Administrativa: Tribunaux Administratifs; Cours Administratives d’Appel; Conseil d’Etat.
Na Alemanha exsitem 5 jurisdições: ordinária, administrativa, financeira, laboral e social. A ordinária é a competente em matéria civil, criminal e jurisdição voluntária.
· Ordinária: Amtsgericht; Landesgericht; Bundesgerichtshof.
· Administrativa: Verwaltungsgericht; Bundesverwaltungsgericht.
· Financeira: Finanzgericht Bundesfinanzhof.
· Laboral: Arbeitsgericht, Landesarbeitsgericht, Bundesarbeitgericht
· Social: Sozialgericht; Landessozialgericht; Bundessozialgericht
Em Portugal há tribunais judiciais e administrativos. 
· Sistemas de recurso para os supremos tribunais:
França: sistema de cassação, o supremo só julga a sentença recorrida, cassando-a ou não. Após sua cassação, a ação deve ser julgada novamente por outro tribunal que poderá seguir o que fora estipulado pela corte suprema. Em caso de segunda sentença cassada, o terceiro tribunal se encontrará no regime atual vinculado a orientação que for superiormente definida.
Portugal: só constitucionalmente consagrado no âmbito do processo penal. No âmbito cível, em princípio, só é admissível recurso ordinário em casos em que o valor de alçada seja superior a do tribunal que se recorre. Dessa forma, entende-se que o Direito Português não garante pleno duplo-grau de jurisdição. É possível revista de acórdãos, recursos ordinários e extraordários, independentes do trânsito em julgado das sentenças recorridas.
Alemanha: apelação; revista e agravo. A utilização de recurso é mais restrita e depende de requisitos a serem seguidos.
· Meios extrajudiciais de resolução de litígios: 
Arbitragem: acordo pelo qual as partes submetem à decisão de árbitros um litígio atual ou litígios eventuais emergentes de determinada relação jurídica. Na França podem celebrar acordos arbitrais aqueles que podem dispor livremente de direitos. Na Alemanha tem-se como critério de arbitrabilidade a patrimonialidade da pretensão. Já em Portugal cabe resolução de litígios por arbitragem voluntária em direitos disponíveis e não estejam submetidos exclusivamente, por lei especial, a tribunal judicial ou a arbitragem necessária
 Mediação: o mediador não julga, com efeito, qualquer litígio; limita-se a propor uma solução, que as partes aceitarão ou não, conforme entenderem. É um meio autônomo de composição de litígios, ainda que com auxílio de terceiros.
Conciliação terceiro ativo, porém, com papel de facilitador de diálogo entre as partes.
Ensino do Direito e profissões jurídicas:
· Traços gerais da formação pré e pós-graduada dos juristas: as três escolas são bem parecidas em se tratando de formação de novos juristas, variam, portanto, o tempo de estudo e se, estes, precisam prestar alguma forma de exame para se tornarem profissionais do direito. Já o conteúdo dos cursos de Direito é variado, ao passo em que é um reflexo da diversidade dos sistemas jurídicos europeus.
Para exercitar a profissão de juristas, há a necessidade de formação complementar, ou seja, estágios, exames e mestrados.
· Profissões: 
· Juízes: na França e na Alemanha há magistrados judiciais (juges judiciaires, magistrats du siège ou magistrature asise/ Richter) e do Ministério Público (magistrats du parquet, magistrats debout/ Staatsanwalt ou Bundesanwalt). Ainda no 	país do croissants existem juízes administrativos, ou seja, juges administratifs. 
· Advogados: na Alemanha e em Portugal formam uma classe uma – Rechtsanwalte. Na França há diferenciação em 3 grupos: avocats (aconselhamento jurídico e representante forense), avoues (monopólio da representação jurídica na Cours d’Appeal), aavocars aux conseild (Cour de Cassation).
· Solicitadores ou procuradores.
· Notários: oficiais públicos e profissionais liberais.
· Conservadores dos registros prediais, civis e comerciais.
· Oficiais de justiça
A FAMÍLIA JURÍDICA DE COMMON LAW
Características singulares do modo de formação do Direito Inglês:
Formou-se gradualmente, na base de experimentação de soluções pelos tribunais, e não a partir de um sistema de princípios gerais a que o legislador houvesse decidido dar expressão normativa .
Fatores determinantes da autonomização da família jurídica (VisãoHistórica):
Em 1066, Guilherme da Normandia, primeiro rei normando da Inglaterra, inicia o processo de centralização do poder de seu reinado e, com isso, dá o primeiro passo para o desenvolvimento do sistema da Commom Law. Devido ao fato da Inglaterra ter sido uma província romana, houve direito romano lá, mas os romanos não impunham muito seu direito aos territórios conquistados e, portanto, não há, de forma arraigada, grande influência do direito romano no direito bretão: o Codex Iuris Civile sequer chega à Bretanha.
Dentre os fatores que historicamente determinaram a autonomização desse direito, destaca-se a ausência, em território inglês, de uma recessão do Direito Romano, ou seja, não há vestígios da interferência do direito citado no âmbito jurídico inglês. Apesar do clero ter tentado recepcionar o Direito Romano em solo Inglês, conforme dispõe o texto “Comentaries on the Laws of England”[footnoteRef:1], tal fato fora rechaçado por meio de decisão real, portanto, extinguindo a aplicação do Direito Romano nos tribunais ingleses. [1: Cfr. Comentaries on the Laws of England, vol. I, 15ª ed., Oxford, 1809, pp.18 ss.] 
Juntamente ao que fora supramencionado, tem-se os seguintes essenciais fatores para a autonomização da Common Law: as fontes essencialmente consuetudinárias, a supervalorização das liberdades individuais e a forte influência de duas correntes de pensamento, o liberalismo e o utilitarismo. 
As vertentes de pensamento impactaram as bases do direito inglês, ao passo em que manifestaram a necessidade da proteção dos direitos e liberdades fundamentais, buscando sempre a máxima felicidade dos cidadãos. Dessa forma, podemos citar uma passagem do texto An Introduction to the Principles os Morals and Legislation: “The principle of utility recognizes this subjection, and assumes it for the foundation of that system, the object of which is to rear the fabric of felicity by the hands of reason and of law.”[footnoteRef:2] [2: An Introduction to the Principles of Morals and Legislation, cap. I, nºI, Londres, 1789. ] 
Com relação as fontes adotadas pelo sistema jurídico inglês, pode-se afirmar que o, este, se trata de um sistema consuetudinário, baseado na hierarquia dos tribunais. Ou seja, os tribunais superiores são responsáveis pela harmonização dos precedentes, ao mesmo tempo em que são responsáveis pela devida aplicação dos precedentes nos diferentes casos que permeiam o direito anglo-americano. Passa-se a explanação histórica. 
Durante o século XIX, não existe, na Inglaterra, o ânimo à codificação como visto em outros países, visto a presença de características diferentes no sistema bretão. O sistema de precedentes se inicia com a criação das cortes reais (common law), uma vez que, estas, sedimentavam os entendimentos das decisões vindas do rei, os quais tinham caráter excecional. Os tribunais comuns eram os de condados (Country Courts), cuja finalidade era aplicar o Direito Consuetudinário local. 
A importância da jurisprudência como fonte de Direito em Inglaterra está estreitamente ligada à afirmação do poder real através da centralização da administração judiciária.
Recorrer àqueles tribunais não era, pois, propriamente um direito, mas antes um privilégio reconhecido por uma autoridade régia. Esse reconhecimento era explicitado por meio de uma ordem (writ) emitida pelo chanceler (Lord Canchellor) em nome do rei. Eram, portanto, típicos. 
A vista disso, com o acesso restrito as cortes, com a dificuldade do demandante conseguir um writ, que serviria depois para obter uma tutela jurisdicional para sua pretensão, tem-se de forma paralela, a criação do sistema conhecido como Equity. 
O chanceler, decidindo em nome do monarca, concedia remédios jurídicos que visavam corrigir injustiças resultantes da recusa de um writ, uma vez que não correspondia a uma ação típica. A ferramenta se mostrou fundamental para auxiliar o acesso à justiça. Até o século XIX, permanece esse sistema dual.
No último quartel do século XIX, com a entrada em vigor dos Judicature Acts, todos os tribunais ingleses passaram a ser competentes para aplicar as regras da Equity. Dessa forma, buscou-se evitar a multiplicação de ações com a mesma finalidade.
Em virtude do que fora exposto, desenvolveu-se o Direito legislado, a que a Inglaterra se chama de Statute Law. Dessa forma, o direito bretão, hoje, compreende três subsistemas normativos: Common Law, a Equity e o Statute Law.
Após a explanação histórica da formação do Direito inglês, faz-se de extrema pertinência a apresentação das formas de resolução de conflitos. Existem, hoje, no país bretão, para além de seu Supreme Court of the United Kingdom e do Privy Council, duas categorias de tribunais: os seniors Courts e os subordinate Courts. Os primeiros decidem recursos, mas podem também funcionar, como tribunais de primeira instância. Só as suas decisões podem constituir precedentes vinculativos. 
O Supremo Tribunal assumiu a função de jurisdicional da Camara dos Lordes, entre as quais sobressai a de julgar os recursos das decisões proferidas pelos Court of Appeal. Já o Privy Council, hoje, passa por um processo de exclusão de funcionalidade, ao passo em que os mais relevantes membros da Commonwealth aboliram seu uso.
Com relação aos seniors Courts, temos: Court of Appeal of England and Wales, o High Court of Justice e o Crown Court. O primeiro é o tribunal de segunda instância para causas de maior relevância, decidindo recursos em matéria cível e criminal, interpostos de decisões proferidas pelo High Court, pelo Crown Court e pelos County Courts.
Já o High Court of Justice funciona como tribunal de primeira instância nos casos de maior importância e como tribunal de recursos de certas decisões proferidas pelos subordinate Courts. Por outro lado, o Crown Court é competente em matéria penal. Ainda, tem-se os subordinate Courts, composto pelos County Courts e Magistrates Courts, responsáveis por julgar a maioria dos litígios. 
Importante, ainda, é salientar o conceito de stare decisis para o direito inglês. O stare decisis traz consigo a ideia de solidificação, de permanência. Tem-se a impressão de que o sistema da common law era mais flexível que o sistema civil law, mas essa visão está equivocada. Na verdade, ocorre exatamente o contrário, pois o sistema que tem a lei como fonte principal é mais fácil de mudar, porque é comum que se revogue uma lei e estabeleça outra. Em contrapartida, mudar um caso que está solidificado há anos é muito mais complicado. Para mudar um stare decisis o processo é muito mais complexo e dificultoso.
Quando se forma o precedente, os tribunais superiores podem trabalhar com três conceitos para poder alterar o stare decisis. Temos o distinguishing: o tribunal superior fala que o caso em questão não é igual ao caso do stare decisis. Distinguish, dizer que o caso concreto não é igual ao que já está decidido. Overruling: casos em que o tribunal superior diz que vai mudar o entendimento, pois o entendimento está ultrapassado. 
À vista do que fora visto, entende-se o poder atrelado a adequação do caso concreto ao pedido, juntamente a relação casuística entre o processo atual e os precedentes a serem aplicados. Assim, o conceito de direito subjetivo tem relevância limitada no ordenamento jurídico inglês, sendo um reflexo da ação do jurista.
Finalmente, o sistema inglês de ações típicas transitou para um sistema de causas de pedir típicas, causes of action. O que releva no sistema jurídico inglês, em ordem ao reconhecimento de certa pretensão, não é, por isso a existência de um direito subjetivo, mas antes a verificação de uma causa para pedir apropriada.[footnoteRef:3] [3: VICENTE, Dário Moura, 1962 – Direito Comparado – 2ª ed., ver. e actual – v. (Manuais Universitários) Vol I.: Introdução, sistemas jurídicos em geral – p.235] 
	
	Conceitos fundamentais:
· Writs e forms of action:o primeiro se trata de um documento, por um lado, certificava a existência de uma ação apropriada à pretensão do autor e, por outro, ordenava a comparência do réu peranteum tribunal real. O forms são as ações a que os writs se referiam. 
· A preeminência do processo: causas de pedir, ou seja, em ordem ao reconhecimento de certa pretensão, não é, por isso a existência de um direito subjetivo, mas antes a verificação de uma causa para pedir apropriada.
· Common Law, Equity e Statute Law.
Meios de resolução de litígios:
· Organização judiciária e composição dos tribunais:
Existem, hoje, no país bretão, para além de seu Supreme Court of the United Kingdom e do Privy Council, duas categorias de tribunais: os Seniors Courts e os Subordinate Courts. Os primeiros decidem recursos, mas podem também funcionar, como tribunais de primeira instância. Só as suas decisões podem constituir precedentes vinculativos. 
O Supremo Tribunal assumiu a função de jurisdicional da Câmara dos Lordes, entre as quais sobressai a de julgar os recursos das decisões proferidas pelos Court of Appeal da Inglaterra e do País de Gales, bem como pelo Court of Appeal da Irlanda do Norte e pelo Scottish Court of Session. Aprecia, também, se necessário, os recursos de decisões do High Court of Justice.
O tribunal foi fundado em 2009 e é constituído por 12 juízes, designados por Justices of the Supreme Court e nomeados pela rainha, sob recomendação do Primeiro-Ministro.
Já o Privy Council, hoje, passa por um processo de exclusão de funcionalidade, ao passo em que os mais relevantes membros da Commonwealth aboliram seu uso.
Com relação aos Seniors Courts, temos: Court of Appeal of England and Wales, o High Court of Justice e o Crown Court. O primeiro é o tribunal de segunda instância para causas de maior relevância, decidindo recursos em matéria cível e criminal, interpostos de decisões proferidas pelo High Court, pelo Crown Court e pelos County Courts.
Já o High Court of Justice funciona como tribunal de primeira instância nos casos de maior importância e como tribunal de recursos de certas decisões proferidas pelos Subordinate Courts. Por outro lado, o Crown Court é competente em matéria penal. Ainda, tem-se os Subordinate Courts, composto pelos County Courts e Magistrates Courts, responsáveis por julgar a maioria dos litígios. 	
· Recursos:
Os recursos são feitos por meio do sistema de substituição, uma vez que, tanto o Supremo Tribunal como no Court of Appeal, os tribunais se pronunciam sobre o próprio mérito das causas que lhe são presentes.
Para que o recurso seja julgado pelo Supremo, é necessário que seja concedida autorização pelo Supremo ou pelo Court of Appeal, ou seja, em casos em que envolva matéria de importância pública geral.
· Outros meios de resolução:
· Arbitragem: as partes são livres para decidir a forma em que solucionarão o litígio, com exceção aos casos de repercussão geral. Dessa forma, todas as questões de interesse civil são passíveis de arbitragem. Não há distinção entre regimes internos e internacionais, na verdade, entende-se que é necessário estabelecer a jurisdição a ser seguida. Sistema dualista referente a impugnação da decisão arbitral: ação anulatório ou recurso sobre questões de Direito. A execução de sentença arbitral é subordinada a uma decisão prévia de exequibilidade a proferir por um tribunal judicial.
· Mediação: não é distinguida da conciliação. 
· Negociação.
· Ensino do Direito e profissões jurídicas:
· O ensino do Direito na Inglaterra: o curso de Direito (Barchelor of Laws) é ministrado em 3 anos e versa sobre matérias obrigatórias dos exames a que os candidatos a solicitor e a barrister têm de se submeter. Pode-se ter acesso a profissão jurídica aqueles que não cursaram Direito desde que frequentem um curso com duração de um ano ministrado por uma Universidade. Feito isso, deverão prestar uma prova (Common Professional Examination).
· As profissões jurídicas na Inglaterra: 
· Barristers e solicitors. O primeiro é responsável por representar a parte em juízo, enquanto o segundo é responsável por assessorar a parte. A parte que quiser contratar os serviços de um barrister deverá fazê-lo por intermédio de um solicitor. 
Os barristers estão organizados em câmaras (chambers) nos Ins of Courts, porém, a entidade que regula as suas atividades é o Bar Council.
Aos solicitors cabe, geralmente, representar em juízo e fora dele os seus clientes, exceto nas audiências perante os tribunais superiores. Organizam-se em law firms. Para exercerem a profissão, além dos requisitos citados acima, devem frequentar um Legal Practice Course e de um estágio de dois anos junto de uma firma.
· Juízes: são selecionados entre os barristers.
· Não existe na Inglaterra um Ministério Público equiparável ao dos países continentes. Há um Crown Prosecution Office que exercerá função semelhante. 
· Notaries Public: lavrar ou certificar documentos para uso no estrangeiro. Na sua maioria são, também, solicitors.
Fontes do Direito:
· Jurisprudência:
É a principal fonte de Direito no Direito Inglês, uma vez que vigora no sistema o princípio do stare decisis (ater-se ao que fora decidido). Os tribunais ingleses não operam com respaldo de códigos e sua organização favorece a formação e a efetiva observância de precedentes vinculativos. Isso não quer dizer que os juízes estejam vinculados a tudo que fora declarado em sentença de caso semelhante.
Os juízes devem se ater a quatro fatores para formular suas sentenças: fator provados, razão de decidir (holding of the case), proposições jurídicas aduzidas pelo tribunal e a decisão propriamente dita.
A vinculação a um precedente depende ainda de este emanar do próprio tribunal que o emite ou de um tribunal superior, assim, salvaguardando a segurança jurídica e a liberdade individual. O princípio da stare decisis não impede, por outro lado, que um tribunal superior revogue uma regra que tenha constituído a ratio de uma decisão proferida por um tribunal subordinado (overruling).
· Lei: papel secundário. Em caso de conflito entre a lei e a jurisprudência prevalece o primeiro, dado que uma sentença não pode, pois, revogar um preceito constante de um Act of Parliament.
· Costume: a vigência das regras consuetudinárias se baseia no consentimento dos respectivos destinatários. O costume deve obedecer a quatro requisitos: ter vigorado ininterruptamente durante largo período de tempo, ser aceite como obrigatório pelos seus destinatários, ser compatível com os outros costumes, ser razoável.
· Doutrina: não é tida como fonte.
· Tratados e outras fontes de Direito Internacional: concessão dualista acerca das relações entre Direito Internacional convencional e Direito Interno. É necessária uma lei do Parlamento para que torne a norma internacional pertencente ao ordenamento interno. Não há um primado de Direito Internacional.
· Direito supranacional: o Direito da União Europeia é aplicado no território inglês.
Método Jurídico:
· O precedente e a sua aplicação ao caso singular: é fundamental, na decisão de um caso, ter como base a indução e a analogia para a solução do caso sob judice, uma vez que a regra aplicável a este tem primeiro que ser extraída de uma ou mais decisões proferidas em casos anteriores, que possuam analogia com ele. 
· O distinguishing: na ponderação da aplicabilidade de um precedente a um caso novo os tribunais ingleses procedem frequentemente a distinção. Ao sublinhar a existência, no caso decidindo, de um ou mais fatos relevantes que não se verificam naquele que originou o procedente, o tribunal restringe o âmbito deste e legitima uma decisão de sentido diverso da que foi proferida anteriormente. Formula, assim, uma exceção a uma regra jurisprudencial.
· Regras sobre a interpretação de leis: devem ser tomadas no seu significado comum (ordinary meaning), independentemente da intenção do legislador.
O DIREITO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Formação:
· A colonização inglesa e a recessão do Commom Law:
O approach, os conceitos, os princípios fundamentais do Direito dos EUA são ainda hoje os do Direito Inglês, porém, pode-se dizer o que o direito norte americano ainda sofreu influência de outros sistemas. À vista disso, o direito citado serevelou profundamente inovador em diversas matérias
· A revolução americana e o constitucionalismo:
A Declaração de Independência de 1776 foi fundamental para basilar as linhas fundamentais de pensamento americano, além de romper com a hegemonia britânica em terras norte-americanas. Posteriormente, fora criada a Constituição dos Estados Unidos da América consagrando quatro princípios: republicano, separação dos poderes, federal e democrático. 
Devido a lacuna deixada por uma não declaração de direitos fundamentais, tem-se a criação do Bill of Rights, sobressaindo, portanto, os seguintes direitos: vida, liberdade e propriedade.
· A ética protestante:
Influencia não somente o âmbito jurídico americano como também molda em vários aspectos o american way of life.
Características Gerais:
· O federalismo:
Os EUA consagram 50 estados, agregados em uma União, e um Distrito Federal. Cada estado possui uma organização política análoga a federação na qual o poder legislativo pertence a uma Assembleia (State Legislature). Tal órgão é dividido em Senado e Câmara dos Representantes. Todos os poderes que não tenham sido transferidos pela Constituição para órgãos federais se mantêm na titularidade dos órgãos estaduais.
· A complexidade do sistema jurídico:
Dois níveis: federal e estadual. O primeiro é composto pela Constituição e leis federais, enquanto o segundo é composto por leis estaduais. Dessa forma,, não existe um direito unitário dos EUA, portanto, daqui resulta a importância que assumem os conflitos de leis no espaço.
· A relevância do processo:
Ocupa papel nuclear no Direito Norte-americano, uma vez que há amplo acolhimento ao princípio dispositivo e ao modelo acusatório, colocando os trâmites processuais e o próprio objeto do processo em larga medida na disponibilidade das partes. Destacam-se as diligências a seguir: discovery, direct examination e witness statements.
Meios de resolução de conflito:
· Organização judiciária e composição dos tribunais:
São tribunais federais: Supremo Tribunal dos Estados Unidos (Supreme Court of the United States), Tribunais de Apelação dos Estados Unidos (United States Courts of Appeal), Tribunais de Distrito (United States District Courts), Tribunais Federais de Competência Especializada (United States Tax Court, United States Court of International Trade , Patent and Trademark Office, United States Claims Court). Os tribunais federais são competentes para julgar casos relativos a questões federais, casos em que as partes são de cidadãos de estados diferentes e casos em que a União integra um dos polos. 
A competência dos tribunais federais pode ser exclusiva ou concorrente com a dos tribunais estaduais. 
Cada Estado possui sua própria organização judiciária.
· Recursos:
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos julga recursos de decisões dos Courts of Appeal e dos Supremos tribunais dos estados. O Supremo emite o writ of certiorari e examina o recurso somente em caso de grande importância federal.
Já os Tribunais de Apelação dos Estados Unidos apreciam os recursos interpostos das decisões dos Tribunais de Distrito e dos Tribunais Federais de Competência Especializada.
· A full Faith and credit clause:
Os tribunais de cada estado estão obrigados a reconhecer automaticamente as sentenças proferidas pelos tribunais dos outros estados. Isso não significa dizer que a sentença tenha valor vinculativo nos outros estados.
· O tribunal do júri: 
O júri é competente em matéria criminal e civil quando for aplicável o Commom Law e o valor da causa exceder 20 dólares. Cabe ao júri decidir as questões de fato, incluindo o montante de indenização devida as partes.
· Class action: 
Uma pessoa pode demandar, não só em seu próprio nome, mas também no nome de um número indeterminado de terceiros, que se arroguem a titularidade dos mesmos direitos ou de direitos emergentes dos mesmos fatos. O receio das class actions impõe, com efeito, aos agentes econômicos deveres de cuidado.
Para que se possa propor essa ação são necessários quatro quesitos: classe tão numerosa que se mostre impraticável demandar conjuntamente todos os seus membros, questões de direito ou de fato comum as classes, que as pretensões sejam típicas dos membros da classe e a proteção justa e adequada aos interesses das classe.
· O abuso das ações judiciais:
Tornou-se um grave problema social e econômico nos EUA, tendo como fatores determinantes o sistema remuneratório dos advogados e a definição das custas processuais, ou seja, cada uma das partes arcará com seus próprios custos independentemente do desfecho da causa.
· Plea bargaining: 
Negociação entre o arguido em processo penal e o representante da acusação de uma assunção de culpa ou de uma declaração emitida de que não contestará a acusação, geralmente, feita a troco de certas concessões.
· Meios extrajudiciais de resolução de litígios:
Arbitragem – amplo reconhecimento da faculdade de recorrer à arbitragem como meio de resolução de litígios, uma vez que é amplamente favorecida pelas leis norte-americanas. Recai sobre a parte que se opõe à arbitragem o ónus de provar que o litígio sob judice é insuscetível de ser submetidos a árbitros.
Mediação ou conciliação.
Agências administrativas independentes.
Ensino do Direito e profissões jurídicas
· O ensino do Direito:
A formação dos juristas é ministrada nas Law Schools das Universidades norte-americanas, precedidas de um curso pré-graduado, lecionado num College ou Universidade. Duração mínima de sete anos, pautados, portanto, na exposição dos princípios basilares do Direito americano em comunhão aos precedentes comuns aos diferentes estados. 
· As profissões jurídicas:
· Não há distinção entre solicitors e barristers, é conferido um título profissional único: attorney. O acesso a advocacia depende da aprovação num exame escrito (bar examination).
· Não há no país uma carreira de magistrado judicial, sendo estes nomeados pelo Presidente dos EUA, confirmados pelo Senado. 
· Já em relação aos magistrados do Ministério Público, tal função é realizada pelos US attorneys (prosecutors), também nomeados pelo presidente. 
· Não há a figura do notário vinculado a carreira jurídica.
Fontes de Direito:
· Elenco: lei, tratados e jurisprudência.
· Hierarquia: a lei prevalece sobre a jurisprudência, exceto na medida em que uma decisão judicial pode recusar a aplicação de uma lei por esta ser inconstitucional. O Direito Federal prima pelo estadual. Os tratados celebrados com os EUA têm força de lei federal.
· Conflitos de lei: aplica-se hoje às situações conexas com dois ou mais estados o Direito designado pelas regras de conflitos vigentes no estado em que se encontram sedeados.
· A Constituição e a judicial review: a fiscalização judicial da constitucionalidade, que constitui hoje parte integrante da concepção norte-americana do Estado de Direito, cabe a todos os tribunais na decisão das questões que lhes sejam submetidas: difusa e concreta. Apesar deste fato, a última palavra na matéria cabe ao Supremo.
· A lei ordinária e o processo legislativo: os estados dispõem de competência subsidiária nas matérias primariamente cometidas ao Congresso federal. Para a elaboração de uma lei federal é necessário respeitar os três requisitos: apresentação de proposta (bill), discussão e aprovação nas câmaras do Congresso e a assinatura do Presidente. 	
A regulação de setores da atividade econômica está subordinada a ação das agências administrativas independentes (regulatory agencies)
· Codificações:
Coexistem diferentes codificações do direito vigente. Tem como objetivo compilar e sistematizar as regras estabelecidas por via jurisprudencial, as quais assumem por isso papel de relevo na sua interpretação e integração.
· Tratados e outras fontes de Direito Internacional:
Os tratados celebrados com os EUA têm força de lei federal e estão subordinados a Constituição.
· Jurisprudência:
Stare decisis menos rígido que o inglês, uma vez que há uma multiplicidade de jurisdições no território e a centralidade da Constituição, necessitando sua interpretaçãoadequada ao tempo em que é aplicada. A aplicação de um precedente a um caso novo depende de um juízo de analogia.
· Doutrina:
Não é tida como fonte primária de Direito, tem, somente, poder persuasivo.
· Restatements of the law:
Textos com a forma externa de códigos, nos quais se encontram enunciadas “regras” sobre as diferentes matérias neles versadas.
Método jurídico:
· A complexidade da determinação do Direito aplicável:
Este fator é devido a distinção entre Direito federal e estadual, juntamente a distinção do Statutory Law e Commom Law.
· A interpretação da lei:
Interpretação literal. 
· A integração das lacunas:
Golden rule: permite afastar o sentido literal quando este for absurdo.
Mischief rule: interpretação em conformidade com o objetivo de corrigir ou revogar uma regra jurisprudencial.
· Criação jurisprudencial do direito?
· O realismo jurídico norte-americano:
· A análise econômica do Direito:
A FAMÍLIA JURÍDICA MUÇULMANA
Âmbito e importância do conhecimento do Direito muçulmano:
· Âmbito pessoal do Direito muçulmano:
Conjunto de preceitos que regulam as condutas dos muçulmanos e as relações destes entre si, a que também se chama de Xaria. Estas têm como base fundamentais o livro sagrado do Islamismo – o Corão – e as tradições relativas aos ditos e atos do profeta Maomé.
· Países onde vigora:
Países do Oriente Médio e da Ásia. Importante salientar que o Direito muçulmano não se confunde com o Direito de países muçulmanos e nem com a família jurídica muçulmana.
Há em maior parte o estabelecimento de dois grupos fundamentais de sistemas jurídicos: os que seguem estritamente a Xaria e os sistemas híbridos.
· Importância do seu conhecimento:
Conhecimento dos valores que inspiram a civilização islâmica; a aplicação do direito muçulmano nos tribunais europeus; importância histórico-cultural para com a civilização muçulmana. 
Génese e Evolução
· O islamismo:
O Islamismo é uma religião que não se distingue, formal e substancialmente, de outros aspectos da vida em sociedade, entre os quais o Direito.
· A cisma entre Sunismo e Xiismo:
Para os sunitas, o Islamismo se funda no Corão e na tradição relativa às falas e aos atos do profeta (Suna); já os xiitas a fixação do teor do Direito islâmico coube igualmente aos doze imãs (chefes supremos) que depois de Ali, sucederam a Maomé. 
· Principais fases da evolução do Direito muçulmano:
· Formação: contemporânea do surgimento do Islamismo.
· Estabilização e disseminação: apogeu do Império Otomano e do Império Mongol.
· Declínio: posterior a abertura econômica e ocupação territorial por parte das potencias europeias, tendo assim influência de direito externos em território muçulmano.
· Renascimento: a partir da crise do petróleo, 1973.
Características Gerais:
· A base religiosa:
A base normativa em que assenta esta família jurídica é, na verdade, constituída por preceitos contidos num texto sagrado. Não separação entre Direito e Religião, ou seja, o Direito muçulmano é concebido com a expressão da “vontade de Deus”, o “maior dos juízes”. 
· A pluralidade das fontes
· A tendencial uniformidade do Direito:
Não varia de Estado para Estado, pois as suas fontes são as mesmas em todos os países cujos sistemas jurídicos integram a família islâmica. Apesar desse fato, há divergência com relação a interpretação das fintes, ao passo em que há divergência entre sunitas e xiitas.
Fontes de Direito:
· A Xaria:
Para o islão, o Direito é a expressão normativa da vontade de Deus. Há quatro manifestações dessa expressão:
· Corão: a palavra de Deus. Fonte-mãe do Direito muçulmano, mas só por si não se permite a solução para todos os problemas a que este tem de dar resposta.
· Suna: conduta exemplar do profeta. Atestada pelos relatos feitos pelos doutores do Islão e ações Maomé.
· Ijma: consenso da comunidade. 
· Qiyas: analogia.
· Outas fontes:
· Codificações e leis avulsas
· OS COSTUMES NÃO SÃO FONTES DE DIREITO MUÇULMANO.
· A ciência do Direito (fiqh).
· Ainda que não seja propriamente fonte de Direito muçulmano, a jurisprudência constitui, por conseguinte, fonte de Direito em alguns países muçulmanos. 
Método jurídico:
Entre os modos de descoberta do Direito aplicável aos casos singulares de que a mesma se ocupa desempenha um papel fulcral a analogia. É por via dela que se dá solução a muitas situações não previstas no Corão e na Suna. O fato da importância a analogia está na imutabilidade do direito muçulmano, uma vez que é a expressão da jurisdição divina. 
Há de se exaltar a existência da resolução de conflitos por vias não normativas, assim, evitar injustiças à luz dos valores tutelados pela Xaria.
Meios de resolução de litígios:
· Tribunais de Xaria:
A administração da justiça nas questões de Direito Privado cabe a tribunais singulares integrados por magistrados (cádis). As sentenças dos cádis normalmente não são fundamentadas, nem suscetíveis a recursos por erro no julgamento de matéria, porém podem ser revogadas pelo próprio julgador ou anuladas por outro cádis. 
· Tribunais estaduais:
Em alguns países a competência judiciária de alguns setores pode ser concorrencial entre tribunais.
· Extrajudiciais:
Arbitragem.
Ensino do Direito e profissões:
· O ensino do Direito:
Inicialmente há a necessidade do aprendizado religiosos para que, posteriormente, em nível superior, o Direito seja ensinado nas Faculdades de Direito das Universidade públicas. Formam-se, assim, os especialistas na Xaria, habilitando-os a exercerem funções jurisdicionais.
· As profissões:
Duas categorias de magistrado: os cádis (teólogos e juristas) e magistrados laicos. 
Jurisconsultos (muftis): pronunciam-se sobre questões concretas, a pedido, normalmente, do governo ou dos tribunais.
GRELHAS
	ENSINO DO DIREITO
	PORTUGAL
	ALEMANHA
	INGLATERRA
	EUA
	FRANÇA
	Necessidade de licenciatura em direito para o exercício de profissão jurídica
	SIM
	SIM
	NÃO
	SIM
	SIM
	Duração da licenciatura em Direito
	4 anos
	3 anos e 6 meses
	
	3 anos
	3 anos
	Exige formação universitária prévia a licenciatura em Direito
	NÃO
	NÃO
	NÃO
	SIM
	NÃO
	Exigência de estágio profissional para conclusão da licenciatura
	NÃO
	SIM
	NÃO
	
	NÃO
	Aprovação em exame de Estado 
	NÃO
	SIM
	NÃO
	NÃO
	NÃO
	Necessidade de formação complementar para o exercício da magistratura
	SIM
	NÃO
	NÃO
	NÃO
	SIM
	Duração mestrado
	1 e 6 meses a 2 anos
	
	
	
	2 anos
	Aprovação em exame de Estado para exercício da profissão
	NÃO
	SIM
	NÃO
	SIM 
	SIM
	Profissões Jurídicas
	PORTUGAL
	ALEMANHA
	INGLATERRA
	EUA
	FRANÇA
	Necessidade de licenciatura em Direito
	SIM
	SIM
	NÃO
	SIM
	SIM
	Necessidade de aprovação em exame de Estado para exercício da profissão
	SIM
	SIM
	NÃO
	SIM
	SIM
	Exigência de atividade prática para acesso a profissão 
	SIM
	NÃO
	SIM
	NÃO
	SIM
	Exigência de inscrição em uma associação profissional
	Nacional
	Local
	Nacional
	Local
	Local
	Classificação profissional
	Unitária
	unitária
	plural
	unitária
	unitária
	Representação
	Advogado e solicitador 
	Rechtsanwalte
	Solicitor
Barrister
	Lawyer
	Avoues
Avocat
Avocar aux conseild
	Aconselhamento
	Advogado e solicitador
	Rechtsanwalte
	Solicitor
	Lawyer
	Avocat

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