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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO RURAL CURSO DE BACHAREL EM AGRONOMIA DISCIPLINA DE FITOPATOLOGIA II
PROFESSOR DOUTOR LUIS GUSTAVO CHAVES
PLANO DE MANEJO DA CULTURA DA ACEROLA NO MUNICIPIO DE CANINDÉ CEARÁ.
BLÊZIO MENDES VIEIRA.
Ambiente
A cidade Canindé está localizada no Estado do Ceará. Localiza-se a uma distância de aproximadamente 114,0 km da capital Fortaleza, tem uma área absoluta de 3.218,5 km² e suas coordenadas geográficas são 4°21’32’’(S) 39°18’42’’(W) tendo como municípios limítrofes: Tejuçuoca, General Sampaio, Paramoti e Caridade Leste: Irauçuba, Sobral e Santa Quitéria Oeste: Mulungu, Aratuba e Itapiúna Sul: Itatira, Madalena e Choró.
 O município apresenta um clima tropical quente semiárido, tropica quente semiárido brando, com média pluviométrica anual de 756,1 mm e temperaturas médias de 26ºC a 28ºC. (IPECE, 2018).Seu território está situado dentro da Bacia Hidrográfica do Curu e da Bacia Hidrográfica Metropolitana. Seu relevo é bastante diversificado, possuindo maciços residuais e depressão sertaneja, com solos principalmente classificados como Bruno não cálcico, Solos Litosolicos, plano solo solodico, podizolico vermelho-amarelo, possuindo uma flora característica, com espécies de vegetação de Caatinga Arbustiva aberta, Caatinga Arbustiva Densa e Floresta Subcaducifólia Tropical Pluvial (Mata Seca) (IPECE/IBGE, 2018). No último Censo Demográfico do IBGE de 2010 a população era de 74.437 pessoas e possui a densidade demográfica de 23,14 habitantes/km². Sendo que 37% dessa população abita na zona rural do município (IPECE/IBGE, 2010).
Cultura
A acerola (Malpighia emarginata DC.) é nativa da América Central e do Norte da América do Sul, produz frutos ricos em vitamina C e A, é fonte de ferro e cálcio, além de conter outras vitaminas do complexo B. São poucos os países que cultivam comercialmente a acerola, sendo que atualmente o Brasil e o maior produtor, exportador e consumidor.
A acerola apresenta uma grande adaptabilidade climática, os plantios se espalharam por quase todas as regiões do País, sendo a região nordeste concentra a maior produção, sendo responsável por 64% da produção nacional.
Dados mais recentes mostraram que no ano de 2017 a área colhida de acerola foi de 5.753 hectares, valor referente a 6.646 propriedades rurais com mais de 50 pés plantados. Nesse ano mesmo ano foram produzidas quase 70 mil toneladas de frutas e o valor de produção atingido foi de R$ 91.642.000.
O Estado de Pernambuco é o maior produtor, com 21.351 toneladas produzidas, seguido do Ceará, com 7.578 toneladas, e em terceiro lugar Sergipe, com 5.427 toneladas de frutas produzidas (IBGE, 2017).
Por ser uma cultura perene, a acerola permite a consorciação com outras culturas e até com animais, sendo uma prática recomendada pela literatura técnica e por instituições de pesquisa. Ademais, além de proporcionar ao produtor renda com a venda da sua produção ao longo de todo o ano, permite a subsistência do homem do campo, tornando-o capaz de enfrentar eventuais crises no setor. Socialmente, o cultivo da acerola permite a fixação do homem no campo, garantindo a ocupação de expressivo contingente rural durante o ano inteiro. Em termos ambientais, a acerola permite a recuperação de áreas degradadas em virtude de desmatamentos e o controle dos processos erosivos, podendo se aplicar a áreas mais secas, onde melhor se desenvolve.
Para o cultivo na região de Canindé deve-se escolher uma variedade que apresente uma tano a patógenos como a estiagens prolongadas, pois a região apresenta baixa pluviosidade o que poderia causar fragilidade na planta em períodos de estiagem, então e ideal que a variedade apresente uma boa adaptabilidade a condições diversas, sendo assim uma variedade recomendada seria (Malpighia emarginata) também conhecida como Acerola Cabocla. 
Segundo a EMBRAPA(2006). A variedade Cabocla produz frutos grandes,(Figura1) firmes, com peso médio de 12,8 g, com sulcos profundos, casca lisa de cor vermelha, polpa de coloração laranja, boa palatabilidade, com alta relação polpa/caroço, em torno de 6,8. As plantas adultas apresentam produção superior a 40 kg de frutos/ano em condições adequadas de suprimento de água e nutrientes. Adaptada à Região Nordeste, a Cabocla possui resistência às principais doenças da cultura, característica altamente desejável no que tange à preservação ambiental, uma vez que dispensa o uso de agrotóxicos.
Buscando uma baixa competição entre as plantas por recursos buscasse um plantio menos adensado com cerca 329 plantas/ha, como e feito no município de Maranguape CE que atualmente é o maior produtor do estado, superando Ubirajara possui uma densidade média de 905 plantas/ha. Com isso, mesmo Ubajara possuindo um maior número de plantas se comparada a Maranguape, a produtividade de Maranguape supera a de Ubajara (SEAGRI/Maranguape, 2020). Sendo que Maranguape produziu 2.121 toneladas(t), e Ubajara 1.669 toneladas(t) (IBGE, 2017).
O plantio deve ser realizado no início do período chuvoso. Que em Canindé corresponde aos meses de fevereiro a abril. As mudas de acerola devem ir para o campo quando atingirem 30 a 40cm de altura, dos 4 aos 6 meses de idade.
 Devem ser amarradas a tutores, com mais ou menos 80 cm de altura para evitar tombamento e permitir um crescimento ereto da planta. O plantio deve ser realizado em dias nublados tendo-se o cuidado de retirar o saco plástico e não danificar o torrão. A muda deve ser colocada no nível do terreno. Compactando-se a terra em volta do torrão.
Para que as plantas possam desenvolver todo o seu potencial de produção não devem sofrer a concorrência de outras plantas. Para tanto deve ser realizado o controle das ervas daninhas, que poderá ser feito por capina manual que é o método mais utilizado porem é possível fazer roçagem ou uso de herbicidas. Em todos os casos deve-se tomar cuidado para não ferir o tronco e as raízes, que são superficiais.
Deve-se realizar podas ela é uma prática essencial para a aceroleira. Devendo ser realizada em todas as fases da cultura a partir da formação da própria muda. Dentre os vários objetivos para os quais a poda é realizada, podemos destacar para a acerola: conduzir a planta na forma desejada: manter a fruteira produzindo somente em locais que facilitem os tratos culturais e a colheita com uma altura entre 1,5 m a 2,0 m, eliminar ramos doentes ou que prejudicam o desenvolvimento normal da planta.
 
FIGURA1 
Fonte:NUNES, 2020. 
Patógeno 
As aceroleiras são comunmente atacadas por doenças foliares ou radiculares, sendo na maioria dos causas ou por fungos ou nematoides. Onde algumas dessas doenças são Antracnose, Cercospora, Fungo Myrothecium roridum.
Antracnose; podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas, os sintomas da antracnose são, manchas esbranquiçadas, com estreito marrom circundando a área necrosada. Nos frutos infectam e causam manchas pequenas, enegrecidas, as quais podem coalescer aumentando a área necrosada.
Epidemiologia: A propagação da doença a grandes distâncias se dá pela utilização de material de propagação infectado. O vento e a chuva disseminam os esporos , a menores distâncias.Os maiores prejuízos ocorrem em anos de muita chuva e em cultivos que se localizam em lugares baixos e úmidos.
Nos ramos, na fase final do ciclo vegetativo e nos restos de cultura, ocorre a formação de conídios e ascocarpos, em um estroma fúngico contendo ascos com ascósporos.
Tanto conídios como ascósporos germinam numa faixa de temperatura de2C a 32C. A temperatura ótima para o desenvolvimento da doença está entre 24C e 26C e umidade relativa acima de 90%.
Ciclo de vida:
	Fonte: Doenças de fungos.
Cercospora: Cercospora ou mancha-das-folhas - causada pelo fungo Cercospora bunchauae Chup & Muller, pode ocasionar sérios danos a folhagem chegando a promover intensa desfolhação na planta . As manchas frequentemente localizadas no ápice ou nas bordas do limbo foliar são circundadas por um típico halo necrotico.Epidemiologia: A disseminação ocorre através de esporos e de restos de cultura levados pelo vento e por respingos de chuva. Os restos de cultura são, portanto, fonte de inóculo local e, também, para outras áreas de plantio. A ocorrência de temperaturas entre 25ºC e 30oC e de umidade relativa do ar superior a 90% são consideradas condições ótimas para o desenvolvimento da doença.(EMBRAPA/VERAS).
Ciclo de vida:
Fonte: Pragas e doenças do café.
 Fungo Myrothecium roridum: ataca as folhas causando mancha de cor cinza com círculos concêntricos. mostrando mais severidade em condições de viveiro e quando ocorrem precipitações pluviais mais intensas (Freire et a/.. 1994; Freire. 1995).
 Epidemiologia: Sobrevive em restos culturais e pode ser transmitido por sementes. Sua dispersão ocorre de partes infectadas das plantas para as partes sadias, principalmente por meio de respingos de água das chuvas, orvalho ou de irrigação. O fungo é encontrado em regiões de clima temperado e tropical, com uma gama de hospedeiros vasta, que inclui solanáceas e cucurbitáceas.(AGROLINK)
Ciclo de vida: . Os esporodóquios surgem como pontos negros semelhantes a cabeças de alfinete, tanto nas folhas quanto os frutos em outros órgãos afetados. Sob condições ótimas ao desenvolvimento, as lesões crescem em tamanho e número, coalescem e afetam grandes áreas do limbo foliar, resultando em desfolha. O fungo pode infectar não só tecidos mais tenros mas, também, tecidos mais lenhosos, causando lesões na haste principal e “dieback” em pedúnculos e pecíolos.
Plano de controle:
Antracnose: No Brasil não existem defensivos agrícolas para a acerola, mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPA/CNPAT mostram que o fungo pode ser controlado através de pulverizações preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizações curativas com benomil ou tiofanato metílico + chlorotalonil. Essa pratica em consorcio da podas retirando as partes infectadas apresentam uma boa eficiência no controle. 
Cercospora: Para o controle dessa doença deve se utilizar uma cultivar resistente é eliminar restos culturais que possam ser inoculo para doença. 
Fungo Myrothecium roridum: Para o controle dessa doença deve se utilizar uma cultivar resistente é eliminar restos culturais que possam ser inoculo para doença.
NEMATOIDES: Obter mudas sadias oriundas de solos não infestados com fitonematóides; Incorporar no solo leguminosas, no inicio de florescimento. por exemplo; Crotalaria spectabilis e C. paulinea, 20 dias antes do plantio das mudas sadias. Tanto ajudara no controle de nematoides evitando danos futuros como também contribuiria para fixação de nitrogênio no solo.
Controle: como foi descrito acima e possível notar que a forma mais comum do controle das doenças citadas, tanto é escolher uma variedade resistente como também manter a área de cultivo livre de restos culturais que possam ser inoculos para as doenças, só em alguns casos e preciso recorrer ao uso de produtos fitossanitários.
Referencia:
CESAR, Gustavo. Acerola:Detalhes de cultivo no Brasil.Campos e Negocios,2021.Disponivel em: < https://revistacampoenegocios.com.br/acerola-detalhes-do-cultivo-no-brasil/#:~:text=Dados%20mais%20recentes%20mostraram%20que,de%20R%24%2091.642.000.>. Acesso em 21/03/2021. 
ANGELA, Léa. Prosa Rural - Novas variedades de acerola. EMBRAPA.2006. Disponivel em: < https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2539398/prosa-rural---novas-variedades-de-acerola>. Acesso em 21/02/2021.
Mello, Breno. Pragas e doenças do café. CTA - Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata. (1 e 52). Dezembro de 2004.
FRANZÃO, A. A CULTURA DA ACEROLEIRA. Disponilvel em: < http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/aceroleira.htm#:~:text=Antracnose%20Constitui%2Dse%20de%20uma,marrom%20circundando%20a%20%C3%A1rea%20necrosada.>. Acesso em 21/02/2021.
SÔNEGO, Olavo. DOENÇAS FÚNGICAS: Disponivel em: < https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Doencas+Fungicas_uva_fito_000frc0higp02wyiv80084arlepfsmz7.pdf>. Acesso em 21/02/2021.
MANCHA-DE-MIROTÉCIO. AGROLINK. Disponível em: <https://www.agrolink.com.br/problemas/mancha-de-mirotecio_3022.html#:~:text=Etiologia%20%2D%20O%20agente%20etiol%C3%B3gico%20da,chuvas%2C%20orvalho%20ou%20de%20irriga%C3%A7%C3%A3o.>. Acesso em 21/03/2021.
VERAS, Rodrigo. Doenças foliares. EMBRAPA. Disponivel em:< https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_32_168200511158.html>. Acesso em 20/03/2021.
SUASSUNA, Nelson Dias et al. Manejo de doenças do algodoeiro. Embrapa Algodão-Circular Técnica (INFOTECA-E), 2006.
NUNES, Marcelo Henrique Raulino Soares. Estudo de caso de cultivo de acerola em Maranguape, Ceará. 2020.
BARBOZA, S. B. S. C.; TAVARES, Edson Diogo; MELO, M. B. Instruções para o cultivo da acerola. Aracaju: Embrapa-CPATC, 1996.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010. Censo Demográfico de 2010.
 IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2017. Censo Agropecuário 2017. 
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2017. Produção Agrícola Municipal, 2017
EMBRAPA, A cultura da acerola, 3. ed. rev. e ampli. Brasília, DF, 2012. 144 p.
IPECE - INSTITUTO DE PESQUISAS ESTRATÉGICAS E ECONÔMICAS DO CEARÁ. Perfil Básico dos Municípios; Município de Canindé. Fortaleza, 2010.