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Introdução a Clínica de Pequenos Animais

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1 
 
CLÍNICA MÉDICA DE ANIMAIS 
DE COMPANHIA I 
 
Levantamento da história clínica: 
✓ Ficha clínica 
✓ Identificação do animal/ proprietário 
✓ Queixa principal 
✓ Anamnese fisiológica 
✓ Anamnese patológica: atual, pregressa, 
familiar, ambiental e sanitária. 
Rotina do exame clínico geral: 
✓ Contenção do animal; 
✓ Temperatura: hipertermia, hiportermia 
✓ Exame das mucosas: normocoradas, 
hipocoradas ou hipercoradas, cianóticas, 
ictéricas, tempo de preenchimento 
capilar; 
✓ Exploração clínica dos linfonodos; 
✓ Inspeção de pele e pelos 
✓ Inspeção membros e coxim plantar 
✓ Inspeção boca, dentes, língua, palato 
✓ Inspeção dos ouvidos 
✓ Palpação abdominal 
✓ Ausculta torácica 
Procedimentos complementares: 
✓ Punções; 
✓ Citologia; 
✓ Biópsias para exames histopatológicos 
✓ Administração de medicamentos 
Exames complementares: 
✓ Patologia clínica 
✓ Exames de imagem: radiografia, 
ultrassonografia 
✓ Exames especiais e/ou específicos. 
 
 
 
 
 
 
PRÉ NATAL 
1) Idade da primeira cruza 
 
✓ Puberdade 
✓ Idade da primeira cruza: Não cruzar antes 
do primeiro cio. 
 
✓ Idade média da puberdade (meses) 
 Macho Fêmea 
Caninos 7 - 10 6 – 12 
Felinos 7 – 12 7 – 15 
 Alguns autores consideram 4 meses, pois 
castra gatas a partir do 2º cio. 
Castração: 
o Raças de pequeno porte/médio: depois do 
2º cio, em torno de 12 meses – se tornam 
adultos 
o Raças grandes/ gigantes: depois do 3º cio, 
em torno de 18 meses – se tornam 
adultos. 
► A idade reprodutiva deve ser respeitada para 
ter uma ninhada de qualidade. 
► Piometra é mais comum em cadelas com mais 
de 5 anos. 
2) Vermifugação: Vermifugar tanto o 
macho quanto a fêmea para reduzir a 
passagem dos parasitas pela parede 
uterina durante a gestação e atingir os 
filhotes. Bem como estar com a 
vacinação em dia. 
 
3) Cruzamento 
✓ Local: em local limpo, sem terras ou 
gramas... 
✓ Dias ideais de cruzamento: 9° ao 14º dia 
do cio, que ela está ovulando 
✓ Cópula: quanto mais se cruza maior é a 
ninhada e mais fácil é o parto, pois os 
filhotes vão nascer pequenos. 
 
 
 
 
 
2 
 
4) Alimentação durante a gestação: 
✓ Suplementação: a deficiência de ácidos 
graxos pode induzir partos prematuros, 
desenvolvimento placentário insuficiente 
e diminuição do tamanho da ninhada; 
 
o As necessidades da cadela em relação ao 
cálcio e ao fósforo aumentam discretamente 
durante a gestação, devido à escassa 
mineralização dos fetos: 
Raças de pequeno/ médio porte: não pode 
suplementar com cálcio no final da gestação, pois 
predispõe a hipocalcemia, levando a eclampsia. 
Com essa administração abusiva de cálcio 
(suplementação) durante a gestação promove 
inibição da secreção de paratormônio o hormônio 
paratireóideo (PTH), favorecendo a ocorrência 
de eclampsia em vez de preveni-la. O que se pode 
fazer é trocar a ração para de filhotes que contém 
mais proteínas. 
“Com a hipocalcemia, vai estimular os 
osteoclastos e vão fazer a produção de cálcio. Na 
baixa de cálcio no sangue, vai ser estimulado o 
PTH que faz com que vai ser liberado cálcio para 
o sangue. Cálcio suficiente inibe o PTH 
(feedback negativo).” 
 
Eclampsia: É uma hipocalcemia severa que leva 
o animal a ter convulsões, hipertermia, membros 
ficam rígidos, contração dos membros, vômito, 
diarreia. Durante o parto e a lactação, a cadela 
precisa de muito cálcio no sangue, o 
paratormônio tem que tirar cálcio de dentro dos 
ossos – os osteoclastos são ativados pelo 
paratormônio para tirar o cálcio dos ossos e jogar 
na corrente sanguínea. Na hora do parto há 
excesso de consumo de cálcio. 
Gestação gata/cadela: 58 a 63 dias. 
A suplementação de cálcio deve ser feita na 
última semana antes do parto (+- 50 dias), 
permanecendo até o final da lactação (Raças 
pequenas) – Não é obrigatório, apenas se o 
animal mostrar sinais de estar debilitado!! 
 
 
Raças grandes/ gigantes: Não vai ocorrer 
eclampsia nessas raças (pode acontecer, mas é 
difícil). Melhor fazer suplementação com cálcio, 
pois a quantidade que suplementa não vai ser 
muito grande. Raças grandes/ gigantes não fazem 
inibição porque elas precisam de muito cálcio por 
conta de estrutura física. 
 
✓ Características reprodutivas dos 
pequenos animais: 
Raças como rottweiler, pitbull, fila brasileiro não 
são boas mães, é comum fazerem canibalismo – 
por N motivos ou deficiência na alimentação. 
 
5) Pródomos: sinais clínicos que 
antecedem a hora do parto. 
Alterações comportamentais ocorrem próximo 
ao parto, fazendo com que a fêmea se torne mais 
quieta, agressiva, carente ou dengosa, 
dependendo do caso. 
Deve-se notar também o aparecimento de leite 
nas mamas, a distensão da vulva e dos 
ligamentos pélvicos, a liberação de tampão 
mucoso cervical e a queda da temperatura 
retal (em 1º C – resultante da queda dos níveis 
séricos de progesterona) nas 12 a 24h que 
antecedem o início do parto. 
 
✓ Lactação: mudanças na cor do leite, de 
claro vai ficando branco mais viscoso. 
✓ Corrimento do Muco cervical: não deve 
haver corrimento durante a gestação. 
✓ Temperatura Retal 
 
6) Parto 
1º Estágio: Também chamado de 
preparatório, ocorre entre 6 e 12h, 
perdurando por até 36h; ocorre relaxamento 
vaginal, dilatação da cérvice, início da 
atividade uterina e sinais de desconforto. Elas 
podem cavar o chão, mostram-se ansiosas. 
As contrações são curtas e vão ficando 
longas. 
2º Estágio: Segundo estágio, caracterizado pela 
expulsão fetal, que dura em média 3 a 12h, o 
3 
 
primeiro feto se encaixa no canal pélvico e 
desencadeiam-se contrações uterinas expulsivas 
intensas acompanhadas de contrações 
abdominais. 
Após a ruptura da membrana corioalantoideana, 
há a saída de um líquido transparente e a 
expulsão do feto em no máximo 2 horas. 
Posicionamento dos filhotes: preferencialmente 
da cabeça. 
Os fetos são expulsos alternadamente entre os 
cornos uterinos. Após o nascimento, há ruptura 
da membrana amniótica, lambedura do neonato 
para a limpeza e a estimulação respiratória e 
rompimento do cordão umbilical. Intervalo de 
parto entre filhote: 30-45min. Trabalho de parto 
pode durar 25 horas. 
3° Estágio: Consiste na expulsão da placenta 15 
minutos após o nascimento de cada feto ou após 
o nascimento de dois a três filhotes, alternando-
se com o segundo estágio. As fêmeas 
normalmente ingerem as placentas – rica em 
proteínas e ocitocina. 
 
✓ Ocitocina (CUIDADO) Doses: 
CADELAS – 5 a 25 UI IM 30/30 min. 
GATAS – 2 UI IM 30/30 min.: tem como 
funções: preparar o canal do parto, 
promover frouxidão dos ligamentos e da 
sínfise, contrai o útero na hora do parto, 
ejeção de leite. Também é importante 
para involução uterina. 
 
✓ Corrimentos vaginais: Durante o parto, 
sangue e verde, depois vai ficando 
marrom. Em 1 semana não tem que ter 
nenhum corrimento. 
 
 
✓ Nascimento 
✓ Expulsão das membranas fetais e das 
placentas 
✓ Não remover a cadela logo antes ou 
durante o parto 
 
 
NEONATOLOGIA 
1) CUIDADOS COM O RECÉM NATO: 
Primeiro se preocupar com temperatura, 
segundo se ele está respirando - Hipóxia, 
hipotermia e hipoglicemia. 
- Doenças congênitas o hereditárias: lábio 
leporino, falta de um membro, má formação. 
**Colocar glicose na boca dos filhotes quando 
nascem, para evitar a hipoglicemia: o intestino 
não consegue se “povoado” pelas bactérias do 
bem, é como se a glicose tampasse os receptores 
para a bactéria. Então esse cachorro vai se tornar 
imunologicamente pior, seu sistema imune vai 
ser mais fraco, menos desenvolvido, e é mais 
propenso a doenças alérgicas e doenças 
gastrointestinais. Sendo assim, tem que tentar 
tirar o colostro da mãe e tentar dar a ele. Em 
relação à a anestesia, o certo é dar anestesia 
inalatória, com propofol, hialotano ou isofurano, 
que são anestésicosvoláteis que só vão passar 
pelo pulmão, não vão ficar circulando pelo corpo 
para ser metabolizado, sendo assim o leite não 
vai conter anestésico. 
 
2) ALEITAMENTO NATURAL 
 
3) ALEITAMENTO ARTIFICIAL 
3.1 Fórmula de substituição do leite canino 
(Bjoerck et al, 1957) 
✓ Leite de vaca – 800ml 
✓ Creme de leite – 200ml 
✓ Gema de ovo – 1 unidade 
✓ Farinha de ovos – 6 gramas 
✓ Ácido cítrico – 4 gramas 
✓ Vitamina A – 2000 UI 
✓ Vitamina D – 500UI 
 
 
4 
 
Fórmula 2: 200 ml 
✓ Leite de vaca - 150/160ml 
✓ 1 colher cheia de creme de leite 
✓ 1 ovo inteiro 
✓ Vitamina Protovit (Farmácia)- 20 gotas 
 
3.2 Fórmulas comerciais 
✓ Leite substituto A1 – Royal Canin 
✓ Mother’s Helper – Lambert Kay 
✓ Esbilac (cães) e KMR (gatos) – Pet Ag 
 
 Para dar o “leite artificial”: Os filhotes 
engasgam muito fácil, eles possuem Reflexo de 
Deglutição – é estimulado quando os filhotes 
estão na posição com a cabeça pra cima, as patas 
na pata, e vão sugando e massageando as mamas, 
e com isso dá tempo de com o contato da mama 
com o palato, empurram a glote pra cima, fecha 
a traqueia e o leite passa pela glote. O ideal na 
clínica é sondar o animal. Em casa, o tutor vai 
colocar o filhote em pé, e ele vai ficar com a 
cabeça em pé, com um urso de pelúcia por baixo 
para ele apoiar. – De 2 em 2 horas para o 
aleitamento artificial. 
 
4) CUIDADOS COM OS FILHOTES 
 
✓ Alimentação 
✓ Aquecimento 
✓ Estímulos: a urinar e defecar – algodão 
com água morna passar na vulva e o ânus 
do filhote toda vez depois dele se 
alimentar. Os filhotes nascem sem 
enxergar e sem controlar a temperatura, 
dependendo totalmente da mãe pra isso. 
- Os filhotes sempre vão estar competindo pelas 
tetas abdominais, porque elas são mais 
entumecidas, tem mais leite. Os filhotes mais 
fortes vão para essas, sendo isso pode ser filhotes 
não uniformes, com isso deve-se observar e 
colocar os filhotes para revezar. 
- Caixa mate rnidade para cadela: com recuo para 
os filhotes; não pode ter jornal. 
 
 
5) DESENVOLVIMENTO DOS 
FILHOTES 
 
✓ Entre 2 a 7 dias – corte de rabos e dos 
ergots; 
✓ 10 dias – mantém-se em pé; 
✓ 15 dias – filhotes abrem os olhos e os 
ouvidos; 
✓ 20 dias – caminham em linha reta, 
passam a controlar a micção e a defecção 
e aceitam a ração de filhotes umedecida; 
✓ 28 dias – regulação térmica (não 
dependem mais do calor materno); 
✓ 30 dias – vão surgindo os primeiros 
dentes começam a machucar as tetas da 
mãe, que começa a rejeitar a 
amamentação; 
✓ 35 dias – já aceitam a ração seca para 
filhotes: já podem começar a serem 
separados da mãe; 
✓ 45 dias – podem ser separados da mãe; 
 
6) PATOLOGIAS DE CÃEZINHOS 
NEONATOS 
✓ Defeitos congênitos 
✓ Infecções virais, bacterianas e 
parasitárias 
✓ Manejo 
 
7) PATOLOGIAS EM FILHOTES: 
 
✓ Hipóxia 
✓ Desidratação 
✓ Hipotermia 
✓ Diarreia 
✓ Infecção umbilical: povidine 
✓ Septicemia 
✓ Síndrome do Leite Tóxico: Quando a mãe 
tem contaminação do leite, 
mamite/mastite por Streptococcus, onde 
este produz uma toxina, que quando o 
filhote ingere, morre. Sinais clínicos: 
perda de apetite, inanição (extremamente 
fraco), morte; pode ter também infecção 
na pele (impetigo) 
 
5 
 
**Antibiótico de escolha para fêmeas 
gestantes: cefalexina, amoxicilina o amoxicilina 
com clavulanato ** 
 
ROTINA PEDIÁTRICA 
Na primeira consulta deve-se ter certeza de que 
eles está bem vermifugado, nutrido e que ele 
está adaptado à casa nova. 
→ Só pode vacinar o filhote saudável! 
 
 
1) ALIMENTAÇÃO 
- Suplementação 
 
 2) VERMIFUGAÇÃO 
2.1 Principais vermes que acometem filhotes: 
✓ Ascaraditose – agente etiológico: 
Toxocara canis, T. leonina e o T. cati – 
Toxocara faz ciclo errático e causa 
pneumonia 
✓ Ancilostomídeos – Agente etiológico: 
Ancylostoma spp. – Faz diarreia com 
sangue, porque gruda nas paredes do 
intestino, o animal perde sangue e fica 
desnutrido e causa anemia. 
✓ Tricurídeos – Agente etiológico: 
Trichuris vulpis (cães) e T. campânula 
(gatos) 
✓ Dipilidium caninum (vermes chatos) – 
ciclo de 4 meses 
Filhote com boa clínica, mas nunca foi 
vermifugado: Drontal Puppy – 1ª dose, 15 dias 
depois repito a 2ª Dose e 15 dias depois vacino, 
e se o animal tiver muito saudável, 7 dias depois 
da segunda dose, posso vacinar. 
 
3) VACINAÇÃO 
Vacinas não éticas: Qualquer pessoa compra, 
qualquer pessoa aplica e não necessita do médico 
veterinário para examinar o aplicar, é como se 
não tivesse tomado, começa o esquema vacinal 
todo de novo. 
Vias de administração: subcutânea 
Importante ressaltar: se colocar muito álcool e 
não secar, quando introduzir a agulha, pode 
inativar a vacina. 
3.1 Objetivo: 
3.2 Fatores que afetam a vacinação 
✓ Tipo de vacina usado 
✓ Via de administração 
✓ Efeitos dos anticorpos maternos 
derivados do colostro 
✓ Idade do filhote 
3.3 Contraindicações 
✓ Animais enfermos 
✓ Fêmeas prenhas 
3.4 Tipos de vacinas 
✓ Vírus vivo modificado: mantém a 
capacidade de infectar e se multiplicar, 
mas sem causar doença clínica. 
✓ Atenuadas: contém uma versão 
enfraquecida do vírus, portanto não causa 
a doença em animais com o sistema 
imunológico saudável. 
3.5 Principais viroses caninas: 
✓ Cinomose 
✓ Hepatite infecciosa 
✓ Parvovirose 
✓ Coronavirose 
✓ Parainfluenza 
✓ Adenovirose 
✓ Raiva 
 
 
 
6 
 
3.6 Principais viroses felinas; 
✓ Panleucopenia 
✓ Rinotraqueíte viral felina 
✓ Leucemia 
✓ Peritonite infecciosa felina (PIF) 
3.8 Falhas vacinais 
✓ Falha na produção da vacina 
✓ Falha na conservação da vacina 
✓ Falha na aplicação – principalmente em 
vacinas atenuadas (seringas reutilizadas) 
✓ Animal subnutrido 
 
3.7 Esquema de vacinação (depende da região) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.9 Reações vacinais 
✓ Em geral ocorrem reações ao adjuvante 
da vacina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
DERMATOLOGIA DE PEQUENOS ANIMAIS 
 
Anatomia da pele: 
• Epiderme (camada externa): Diferença para a pele humana é o pH e textura 
• Apêndices epidérmicos – Glândulas sebáceas, sudoríparas, unhas e pelos 
• Derme – camada interna, serve de suporte e nutre a derme: altamente vascularizada, possui 
células de defesa 
• Hipoderme: tecido adiposo, armazena energia, função amortecedora e aquecimento (camada de 
gordura) 
**Doenças endócrinas e sistêmicas causam problema de pele (manifestação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funções da pele: 
→ Barreira de vedação 
→ Proteção ambiental 
→ Regulação térmica 
→ Percepção sensorial 
 
Alterações epidérmicas: 
• Lesões primárias: mais importante para o diagnóstico 
• Lesões secundárias: lesões evolutivas ou complicantes 
 
 
 
 
 
 
→ Ação antimicrobiana 
→ Secreção 
→ Produção de anexos e vitamina D 
→ Indicador 
 
8 
 
LESÕES PRIMÁRIAS 
 
Mácula: Toda e qualquer alteração da cor da 
pele, sem relevo, independente de sua natureza, 
causa ou mecanismo. 
Pápula: Formação sólida elevada e 
circunscrita, de coloração variável e tamanho 
pequeno, e que não deixa cicatrizes. 
Pústula: Coleção líquida caracterizada por 
elevação circunscrita, contendo líquido 
purulento de coloração branca cor de leite ou 
amarelada e que não ultrapassa um centímetro 
de diâmetro. 
Nódulo: Formação sólida causada por 
espessamento epidérmico, infiltração 
inflamatória dérmica ou no tecido subcutâneo, 
proliferações neoplásicas ou depósito de 
substâncias. 
Tumor: formação sólida caracterizada por 
lesão circunscrita arredondada e dura, com ou 
sem elevação da pele e geralmente maior que 
três centímetros de diâmetro. Esse termo é usado 
principalmente para processo neoplásico. 
Vesícula: Elevação circunscrita, contendo 
líquido claro, até 1 centímetro de tamanho. O 
líquido primitivamente claro (seroso), pode se 
tornar turvo (purulento) ou rubro 
(hemorrágico). 
Bolha: Coleção líquida causada por acidentes 
comoqueimaduras ou por medicamentos. 
Caracteriza-se por elevação maior do que um 
centímetro de diâmetro. O líquido, 
primitivamente claro, pode se tornar turvo-
amarelado ou rubro, formando-se bolha 
purulenta ou hemorrágica. 
Urticária: Dermatose caracterizada por 
pápulas eritematosas agudas, de caráter súbito e 
duração efêmera. Manifesta-se por eritêmato 
edematosas de tamanhos e formas diversas desde 
puntiformes até grandes placas, com aspectos 
bizarros, localizadas ou generalizadas. 
Característica marcante é o prurido
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
LESÕES SECUNDÁRIAS 
 
Escama: Perda tecidual causada por alteração 
na queratinização da pele. Apresenta lâminas de 
células epidérmicas corneificadas que podem ser 
minúsculas, pulverulentas ou espessas, que se 
desprendem espontaneamente da superfície 
cutânea. 
Crosta: Perda tecidual causada por 
dessecamento de serosidade, pus ou sangue, 
caracterizando-se por concreção que vai do 
amarelo claro ao esverdeado ou vermelho 
escuro. Forma-se na superfície de lesões 
cutâneas. 
Cicatriz: Sequela causada por reparação de um 
processo destrutivo da pele devido a um 
traumatismo ou a uma doença cutânea. 
Caracteriza-se por lesão lisa, plana, com 
saliência ou depressão, sem sulcos, poros ou 
pelos. Há formação de um tecido que recompõe 
as partes lesadas que associa fibrose, atrofia e 
discromia em sua composição. 
Úlcera: É uma ulceração persistente e de 
evolução crônica. Ulceração: perda de epiderme 
e derme eventualmente atingindo a hipoderme e 
outros tecidos. 
 
12 
 
Escoriação: Perda tecidual causada por 
traumatismo. Manifesta-se por lesão linear 
frequentemente coberta por sangue e por crostas 
serosas. Localiza-se na superfície da pele. 
Fissura: Perda tecidual caracterizada por 
erosão linear estreita e pouco profunda. 
Localiza-se na epiderme e derme dos contornos 
de orifícios naturais e em áreas de pregas ou 
dobras da pele. 
Hipopigmentação: Diminuição da cor, com 
manchas brancas de tamanho variável na pele. 
Hiperpigmentação: Mancha pigmentar 
caracterizada por aumento ou excesso de 
pigmentação. 
Hiperqueratose: Espessamento moderado ou 
excessivo da camada córnea. 
Liquenificação: Alteração na espessura da 
epiderme, que apresenta coloração em geral 
acastanhada escura, extensão variável, 
evidenciando os sulcos e saliências normais da 
pele, formando quadriculados em rede e malhas 
de formas poligonais bem definidas.
 
 
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14 
 
 
 
 
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TERMINOLOGIA DERMATOLÓGICA: 
Foliculite: Caracteriza-se por inflamação 
superficial ou profunda de um folículo ou um 
grupo de folículos pilossebáceos, manifestando-
se por pápulas ou pústulas. 
Perifoliculite: Foliculite caracterizada pelo 
aparecimento de pequenas pústulas foliculares, 
centradas por pelo e circundadas por pequeno 
halo eritematoso, não interferindo no 
crescimento do pelo/cabelo. 
Furunculose: Foliculite causada pela bactéria 
Staphylococcus aureus. Pode iniciar-se com foliculite 
superficial, surge um nódulo agudo, amplo e 
profundo, de cor vermelho-viva, que resulta da 
infecção de um folículo pilossebáceo. O nódulo é 
eritematoso, doloroso e quente. 
Alopecia: Ausência de pelos em locais pilosos. 
Hipotricose: Condição caracterizada por um 
quadro de ausência capilar, em que sequer 
ocorreu o crescimento dos cabelos. 
Hipertricose: Afecção dos pelos que possui 
origem congênita ou adquirida, difusa ou 
localizada, que se caracteriza pelo crescimento 
exagerado de pelos terminais, bissexuais, 
sexuais ou não sexuais. 
Leucotriquia: Diminuição da cor da pelagem, 
levando ao branco.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
PLANO DE DIAGNÓSTICO 
1. Exame Clínico: Histórico, Anamnese, Queixa Principal, Lesão Original, Aspecto atual da lesão, 
outros animais ou proprietário acometido; Dieta, fatores ambientais e medicação prévia 
2. Exame Físico: inspeção da pele; determinar o padrão de distribuição; aspecto do pelo; localização 
das lesões; identificação das lesões; evolução das lesões. 
3. Exames laboratoriais: raspado de pele; citologia; tricografia; cultura bacteriana e fúngica; biópsia 
e histopatologia; outros: perfil bioquímico, dosagens hormonais. 
 
 
 
 
 
 
 
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21 
 
 
 
TERAPIA DERMATOLÓGICA 
• Tratamento tópico: sempre começar com o tópico 
 higiene preventiva e medicamentosa; tosa; xampus e anti seborreicos; formulações tópicas (pó, 
loção, emulsão, cremes, pomadas, unguentos, gel) 
• Tratamento sistêmico: antibióticos, antimicrobianos, terapia com glicocorticoides, terapia 
antipruriginosa não hormonal; antiparasitários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DERMATOPARIAS PARASITÁRIAS 
⚫ Atualmente as sarnas são mais encontradas 
em abrigos, cães de rua, canis e gatis sem 
assepsia. 
Mais comum: 
→ Sarna sarcóptica ou escabiose canina 
→ Sarna notoédrica ou escabiose felina 
→ Sarna demodécica ou Demodiciose canina 
→ Sarna Otodécica (ou Otoacaríase) 
→ Linxacaríase 
→ Queiletielose 
**SEMPRE perguntar durante a construção 
do histórico e anamnese se mais alguém tem 
lesão, isso em todos os casos em que se vai 
atender um animal com problema de pele ** 
 
ESCABIOSE CANINA 
- Sarna Sarcóptica 
- Etiologia: Sarcoptes scabiei var. canis. 
- É uma zoonose. 
- Pré-disposição racial: não existe 
- Pré-disposição etária: não existe 
Transmissão direta: animal – animal 
Transmissão indireta: fômites 
→ Sarcoptes scabiei: extremamente ágil, se 
alimenta de pele (queratina), extremamente 
irritativo a pele(fezes), formam galerias na pele. 
Esse ácaro gosta de ficar na extremidade das 
orelhas, na extremidade das patas, ponta de 
cauda, jarrete e cotovelos. 
Sinais clínicos: 
• Prurido intenso (principal sinal clínico), ele 
acompanha as áreas mais acometidas. 
• Pápulas eritematosas e crostas amarelo-
hemorrágicas, alopecia e escoriações. 
• Lesões começam pelas pontas das orelhas, 
cotovelos e evoluem para abdômen, cauda e 
pernas (tarsos); pode evoluir para o corpo 
inteiro do animal 
“Na queixa principal o tutor falar que o animal 
se coça muito. E temos como obrigação 
perguntar quem veio antes, a coceira, ou a 
lesão? E em animais que tem sarna geralmente, 
a lesão veio antes da coceira, diferente da 
alergia, onde a coceira veio antes da lesão.” 
 
Lesões: alopecia (na ponta das orelhas), crostas 
também no espelho nasal. 
 
Lesões: alopecia, pápulas, eritema, bordo careca 
(característico da sarna) e com crostas 
amareladas. 
Mais difícil de 
serem encontradas 
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Lesões: A sarna é pouco responsiva ao 
corticoide, diferente da alergia. 
 
Diagnóstico: 
• Principalmentepela história clínica e 
anamnese - alto contágio entre animais e para 
o proprietário (lesões no abdômen e face 
interna dos membros superiores - prurido, 
pápulas) 
• Raspado de pele (70% negativo): Dá negativo 
porque o ácaro é muito ágil, fica 
profundamente na pele e muitas vezes não 
encontra ele na hora. 
- Recomendação mundial: Se tem um 
cachorro com suspeita de sarna, e/ou se coça, 
dou uma isoxazolina/ antiparasitário. Mesmo 
tendo prurido. 
Tratamento tópico: 
✓ Não usar Triatox, pois é extremamente tóxico 
para os animais e para os humanos, tem efeito 
cancerígeno; 
✓ Revolution, Effipro, Frontiline, Advocate: são 
antiparasitários para escabiose; porém ao 
fazer 1 vez por mês, faz-se de 15 em 15 dias – 
3 aplicações no intervalo de 15 dias 
Tratamento sistêmico: 
✓ Ivermectina (Ivomec): 0,2 a 0,4 mg / kg SC ou 
VO (Mectimax ®) não usar em: collies, 
sheepdog, shetland sheepdog: fazer dia 0 – 7 
– 15 – 30 (Literatura); Faz 3 dias seguidos, 
dependendo do caso, e depois faz vez por 
semana até todo mundo está curado 
(Professora); 
- Não usar nesses animais porque o 
medicamento passa pela barreira 
hematoencefálica, e os animais podem ter 
alterações neurológicas, como: cegueira, 
convulsão... 
✓ Doramectina (Dectomax®) 0,25 a 0,5 mg / kg 
SC ou VO 
 Usados mais para grandes animais, não tem 
em bula para pequenos. 
 
✓ Moxidectina (Cydectin®) 0,5 mg / kg SC ou 
VO 
✓ Milbemycina oxime (Milbemax®) 2 mg / kg 
VO dias 0 - 7 – 14 
✓ Afoxolaner (Nexgard®): 30 em 30 dias 
✓ Sarolaner (Simparic®): 35 em 35 dias 
✓ Fluralaner (Bravecto®): 3 em 3 meses 
 
Pode causar retinopatia em animais idosos; 
*As isoxazolinas são metabolizadas pelo fígado 
e eliminados pelo rim. 
Quando administrar? Quando houver presença de 
parasitas. 
 
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Profilaxia: lavar com lysoform: camas, 
cobertores, higiene. 
- Resistem pouco tempo no ambiente. 
• Tosa se necessário: no momento da tosa de 
um animal infectado, irá contaminar todo o 
ambiente. 
• Prognóstico bom 
 
SARNA NOTOÉDRICA 
- Sarna Sarcóptica Felina 
- Etiologia: Notoedres cati. 
- É uma zoonose. 
- Pré-disposição racial: não existe 
- O ácaro é mais fácil de ver comparado a 
escabiose canina 
- Ácaro menor, redondo, com 4 pares de pata 
- Apresenta lesões bem mais crostosas; 
- As lesões se espalham com maior facilidade; 
- Relacionado: a animais de rua, que vivem em 
abrigos, animais em contato com outros gatos. 
 
Sinais Clínicos 
• Prurido intenso; 
• alopecia parcial, pápulas, escoriações, crostas, 
eritema e eczema; 
• atinge face, cabeça, borda das orelhas, 
contorno dos olhos, pescoço, patas e períneo; 
• Pápulas eritematosas e crostas amarelo 
hemorrágicas, alopecia e escoriações; 
 
Diagnóstico 
• História clínica: alto contágio entre animais e 
para o proprietário (lesões no abdômen e face 
interna dos membros superiores - prurido, 
pápulas) 
• Raspado de pele – fácil de encontrar: remove 
a crosta que se forma, e faz o raspado. 
Tratamento 
• Banhos com parasiticida: para retirar as crostas 
– Peróxido de Benzoila ou Clorexidine (melhor, 
pois tem gatos que tem reações adversas ao 
peróxido de benzoila) 
• Tópico – Foldan sabonete ou loção tópica 
• Ivermectina (Ivomec) 
• Prognóstico bom 
SARNA OTODÉCICA ou otoacaríase 
 
• Etiologia: Otodectes cynotis 
• Atinge cães e gatos 
• Visualizado a olho nu 
- Esse ácaro não fica só na orelha, migra para o 
resto do corpo, por isso que tem animais que não 
coçam só a orelha. 
- Altamente contagiosa – extremamente 
transmissível, mas não é considerada zoonose. 
 
Sinais Clínicos: 
• Coceiras na base da orelha; 
• Observar se há lesão em volta dos olhos; 
• Balançar muito a cabeça (pode fazer 
otohematoma); 
• Prurido auricular moderado a grave; 
• Podem ser observadas lesões ao redor das 
orelhas, pescoço, peri-ocular e cauda; 
• Otite com cerúmen abundante e negro 
(semelhante à Malassezia): devido a irritação 
na pele; 
 
25 
 
Diagnóstico: 
• Exame clínico/ físico - observação da cera 
abundante e escura e do prurido. 
• Exame laboratorial - observação da sarna 
Tratamento: 
• Isoxazolinas; 
• Ceruminolítico; 
• Tópico: Foldan loção cremosa, Natalene 
pomada 21 dias; 
• Sistêmico Ivermectina (Ivomec) 0,2 a 0,4 mg / 
kg 2 aplicações com intervalo de 14 dias; 
• Banhos: Acarsan sabonete, Tetmosol 1 x 5 / 5 d 
por 21 dias; 
• Prognóstico bom; 
 
DEMODICIOSE CANINA ou 
Sarna Demodécica 
• Patogenia 
• Apresentação Clínica 
• Diagnóstico 
• Novas Espécies de Demodex 
• Tratamento 
• Comensal 
• Não é transmitida de um animal para outro 
Patogenia: 
• Demodex canis faz parte da microbiota 
residente da pele dos cães e gatos, habitando no 
interior dos folículos. Num estado de 
imunodeficiência, eles se proliferam gerando a 
doença. 
• Pré-disposição genética: doença de caráter 
hereditário – indicar castração do animal; 
• Transmissão durante a amamentação (16 h de 
vida); 
• Imunossupressão; 
• Defeito do sistema imune cutâneo: por diversos 
fatores 
“O ácaro tem uma proteína (capa) actina, essas 
proteínas são reconhecidas pelos linfócitos da 
pele do animal. Esses linfócitos produzem 
linfócitos sensibilizados, que reconhecem esses 
ácaros para destruí-los. Animal com 
imunossupressão frente a esse ácaro: esse 
linfócito não consegue reconhecer esse ácaro 
como não comensal, não consegue entender que 
esse ácaro faz parte da pele dele, com isso ele 
não consegue controlar. A proteína antigênica 
do ácaro não é reconhecida pelos linfócitos da 
pele, não destruindo o excesso desse ácaro, que 
se multiplica e causa a doença.” 
 
• Raças susceptíveis: raças co-sanguíneas 
Lesões: 
✓ Localizada: até 4 lesões com menos de 
2,5cm; 
✓ Generalizada: Mais do que 12 lesões; 
O animal apresenta lesões localizadas ou 
generalizadas que cujo o ácaro se multiplicou em 
uma quantidade maior do que o normal, 
causando essas lesões. 
 
Prognóstico: 
- Desfavorável: em animais que se alimentam 
bem, com boa saúde, mas apresentam a doença. 
- Favorável: em animais encontrados na rua, 
imunossuprimidos, não se alimentam bem. 
 
26 
 
Patogenia tradicional: 
 
Sinais clínicos: 
• Eritema 
• Pápulas, Maculas, Pústulas 
• Comedões 
• Ulceras 
• Exsudato 
• Descamação / Crostas 
• Hipotricose / Alopecia 
• Foliculite / Furunculose 
 
 
 
Diagnóstico: 
• Histórico e Anamnese; 
• Exame físico; 
• Tricografia; 
• Raspado de pele profundo e por fita de acetato; 
• Biópsia de pele; 
• Citopatologia: se tem bactéria ou não. 
- Se em um mesmo campo, observa-se todas as 
fases do parasita, o animal está péssimo. 
Tratamento: 
• Tópico e Sistêmico 
• Banho: Clorexidine ou Peróxido de Benzoila - 
2 vezes por semana, 15 min. 
• Tratamento da Piodermite Secundária: 
antibioticoterapia - Cefalexina, Amoxicilina + 
Clavulanato de Potássio; Segunda escolha: 
Clindamicina e Enrofloxacina - Mínimo de 21 
dias – Citologia 
Influence of systemic antibiotics on the 
treatment of dogs: “Com base nestes 
resultados, os antibióticos sistêmicos podem não 
ter impacto tanto quanto se pensava no sucesso 
real do tratamento da Sarna Demodécica 
Generalizada.” 
 
• Imunidade: vermifugação, vitaminas, 
alimentação 
• Acaricida: amitraz, ivermectina, milbemicina 
Oxima, moxidectina, doramectina 
→ Amitraz: 
Cefalexina, Amoxicilina + Clavulanato de 
Potássio, 
Clindamicina e Enrofloxacina 
• Mínimo de 21 dias 
• Citologia 
27 
 
→ Ivermectina: Eficácia comprovada, 
vários trabalhos publicados 
• Dose de 0,4 a 0,6 mg/Kg/dia via oral 
• Não pode ser usada em Collies, galgos, etc 
• Efeitos adversos: neurológicos (letargia, 
tremores, cegueira 
temporária, ataxia, midríase e morte) 
• Doses gradativas a cada 48h: 0,05 mg/Kg - 0,15 
mg/Kg - 0,2mg/Kg - 0,3 mg/Kg 
 
→ Milbemicina oxima 
• Dose 0,5 a 2,0 mg/Kg diavia oral 
• Segura 
• Pode ser usada em Collies 
 
→ Moxidectina 
• Vários trabalhos publicados 
• Eficácia semelhante a ivermectina 
• Dose 0,2 a 0,5 mg/Kg/dia ou 3/3 dias, oral ou 
SC 
• Efeitos adversos semelhantes aos da 
ivermectina, porém mais brandos 
 
→ Doramectina 
• Poucas publicações 
• Utilizada na prática, vários protocolos 
• Via oral e subcutânea na dose de 0,3 - 0,6 
mg/Kg/dia ou 3 
vezes por semana ou semana 
• Via subcutânea na dose de 0,6 
mg/Kg/semanal 
• Bons resultados 
 
Guideline 2018: CONSENSO 10ª 
 
• Ivermectina 0,3 a 0,6 mg/Kg/dia VO, 
Moxidectina 0,3 a 0,5 mg/Kg/dia VO, 
Milbemicina Oxima 1,0 a 2,0 mg/Kg VO e 
Doramectina 0,6 mg/Kg/semanal SC são 
eficazes. 
• É recomendado iniciar ivermectina e 
moxidectina com doses gradativas para testar 
sensibilidade. 
 
ISOXAZOLINAS: Afoxolaner, Fluralaner, 
Sarolaner 
 
Animais sensíveis a isoxazolinas podem fazer 
alteração neurológica (convulsão, cegueira 
temporária...) 
 
AFOXOLANER (Nexgard®) 
❖ Dose 2,5 mg/Kg mensal 
❖ Sem efeitos colaterais 
 
FLURALANER (Bravecto®) 
❖ Dose 25 mg/Kg - única administração oral 
❖ Sem efeitos colaterais 
❖ Administração com alimento 
 (Walther F. M. et al, 2014) 
 
- Tem sido observado que alguns animais quando 
fazem uso de Bravecto, como fica mais tempo na 
circulação, durante 3 meses, que esses animais 
fazem lesão hepática. É metabolizado no fígado, 
e excreção renal. 
- Para sarna, fazer de 2 em 2 meses porque com 
84 a droga está com níveis baixos. 
 
SAROLANER (Simparic®) 
❖ Indicação em bula 
❖ Dose 2,0 mg/Kg - 0, 30 e 60 dias oral 
❖ Sem efeitos colaterais 
 
!! Não associar terapias!! 
 
Guideline 2018: CONSENSO 11 
• Embora não tenham muitos estudos publicados 
que avaliem a eficácia de isoxazolinas para 
demodiciose em cães, dados preliminares são 
encorajadores e tornam essa classe de drogas 
(medicamentos) uma opção de tratamento 
promissora para cães com demodiciose. 
 
 
28 
 
Atenção! 
❖ Não utilizar glicocorticoides - 
imunossupressão 
❖ Não reproduzir machos e fêmeas portadores 
❖ Indicar castração 
❖ Prognóstico reservado??? 
❖ Escolher um acaricida eficaz, seguro e que 
tem indicação de bula!!!!

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