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J. A. Avalia o Psicol gica II “Psicodiagnóstico é um procedimento científico de investigação e intervenção clínica, limitado no tempo, que emprega técnicas e/ou testes psicológicos com o propósito de avaliar uma ou mais características psicológicas visando um diagnóstico psicológico (descritivo e/ou dinâmico), construído à luz de uma orientação teórica que subsidie a compreensão da situação avaliada, gerando uma ou mais indicações terapêuticas e encaminhamentos.” (Bandeira, Trentini, & Krug, 2016). → Para a realização do psicodiagnóstico, é preciso que o profissional tenha um preparo pessoal e técnico, tendo domínio de diferentes áreas e saberes psicológicos, além de considerar os aspectos éticos inerentes à realização da atividade. → O Ministério da Educação (Brasil, 2011, p.3), em suas Diretrizes Curriculares Nacionais, designou competências para os cursos de graduação em Psicologia envolvidos em processo de psicodiagnóstico: Identificar e analisar necessidades de natureza psicológica, diagnosticar, elaborar projetos, planejar e agir de forma coerente com referenciais teóricos e características da população-alvo; Identificar, definir e formular questões de investigação científica no campo da Psicologia, vinculando-as a decisões metodológicas quanto à escolha, coleta e análise de dados em projetos de pesquisa; Escolher e utilizar instrumentos e procedimentos de coleta de dados em Psicologia, tendo em vista a sua pertinência; Avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva, em diferentes contextos; Atuar inter e multiprofissionalmente, sempre que a compreensão dos processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar; Elaborar relatos científicos, pareceres técnicos, laudos e outras comunicações profissionais, inclusive materiais de divulgação; Saber buscar e usar o conhecimento científico necessário à atuação profissional, assim como gerar conhecimento a partir da prática profissional. → Há uma boa pergunta a ser respondida (hipótese clara)? Se sim, então o psicodiagnóstico tem mais chances de ser bem-sucedido. → Às vezes falta clareza por parte do paciente ao relatar sua demanda, diante disso, é necessário fazer uma reflexão clínica a partir das entrevistas iniciais e/ou do contato com a fonte encaminhadora. → Ao redefinir a demanda a partir da reflexão clínica, indicando qual aspecto deve ser priorizado, pode-se então, planejar uma atividade avaliativa. ↪ Esta reflexão inicial já é o primeiro momento da avaliação. → O psicodiagnóstico não dispensa a construção de hipóteses. → Boas perguntas são aquelas que auxiliam o profissional a confirmar ou a refutar determinadas hipóteses. J. A. → Falta de clareza por parte da fonte encaminhadora acerca do processo que envolve o Psicodiagnóstico; → Paciente encaminhado para um profissional que realiza apenas AP, quando na verdade necessitaria de um atendimento psicoterápico de urgência; → Em casos de urgência, o processo avaliativo deve ser abreviado; → No caso de urgência, necessita-se que o profissional também tenha conhecimentos e habilidades voltados à intervenção no sentido terapêutico. → Atualmente, em grande parte das vezes, (dado mais relacionado à demanda infantil), o paciente já chega com um diagnóstico, dado por algum médico ou outro profissional da saúde ou, até mesmo, por um professor da escola. → Deve-se refletir sobre o que está sendo solicitado, podendo caber ao psicólogo, entre outros: a) realizar a avaliação da pertinência do diagnóstico; b) realizar o diagnóstico diferencial; c) identificar forças e fraquezas do paciente e de sua rede de atenção visando subsidiar um projeto terapêutico; d) ampliar a compreensão do caso por meio da elaboração de um entendimento dinâmico, alicerçada em teoria psicológica; e) refletir sobre encaminhamentos necessários ao caso. → O psicólogo realizará a avaliação da demanda para, caso se mostre válido, estabelecer os objetivos do psicodiagnóstico. Esses objetivos, que nortearão a eleição das técnicas e/ou instrumentos a serem utilizados no processo de avaliação. Referências CUNHA, J. A.; Psicodiagnóstico -V. 5ª ed. revista. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. Bandeira, D. R., Trentini, C. M., & Krug, J., S. (2016). Psicodiagnóstico: formação, cuidados éticos, avaliação de demanda e estabelecimento de objetivos. In D. R. Bandeira., C. S. Hutz., C. M. Trentini., & J. S. Krug (Eds.), Psicodiagnóstico (p. 34-46). Porto Alegre: Artmed.
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